Educação à distância cresceu 571%

Censo: Educação a distância é a modalidade que mais cresce.

O crescimento do número de cursos de educação superior a distância é o maior destaque do Censo da Educação Superior de 2006, divulgado nesta quarta-feira, 19, em Brasília. De 2003 a 2006, o número passou de 52 para 349, o que significa aumento de 571%.O crescimento do número de estudantes em cursos de educação a distância também superou expectativas. Eles passaram de 49 mil em 2003 para 207 mil em 2006, aumento que corresponde a 315%.Os dados demonstram também um crescimento geral no número de alunos matriculados em cursos de educação superior — de 4,99 milhões para 5,31 milhões, incluindo cursos presenciais, a distância, seqüenciais e tecnológicos. “Esperávamos que a educação a distância tivesse um aumento, mas os números coletados pelo censo superaram nossas expectativas”, revelou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes.O secretário de educação a distância, Carlos Bielschowsky, atribui o crescimento à credibilidade desse método de ensino, ao incremento da tecnologia nos últimos quatro anos e à criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB). “O Exame Nacional de Avaliação de Desempenho de Estudantes demonstrou que os alunos de cursos a distância vão tão bem quanto os de cursos presenciais. Aliás, em alguns cursos, eles tiveram desempenho melhor”, diz Bielschowsky. Outra novidade foi a evolução, em 2006, da taxa de escolarização líquida — corresponde ao número de alunos matriculados em cursos de educação superior sem distorção de idade. Ou seja, jovens de 18 a 24 anos que estão na faculdade. Em 2005, o número de jovens em instituições de ensino superior correspondia a 10,9% do total de jovens brasileiros; em 2006, a 12,1%. “Ainda é pouco, mas há duas décadas esse percentual estava praticamente estagnado”, destacou o diretor de estatísticas e avaliação da educação superior do Inep, Dilvo Ristoff. “Conseguimos iniciar uma mudança.”A Região Sudeste ainda tem o maior número de instituições de ensino superior, com 48,1% do total, mas essa representação vem diminuindo a cada ano com o crescimento em outras regiões. O Nordeste, por exemplo, tinha 388 instituições em 2005. Em 2006, já eram 412.Matrículas — A rede pública responde, de acordo com o censo, por 25,9% das matrículas em graduações presenciais, enquanto a rede privada fica com 74,1%. No entanto, o número de doutores em exercício nas universidades públicas (42 mil) é superior ao da rede privada (24 mil).Na relação doutor por aluno, as instituições federais de educação superior são as mais bem colocadas. Elas têm, em média, um doutor para cada 69 alunos, enquanto as faculdades particulares têm, em média, um para 178. Em todo Brasil, predominam as instituições de pequeno porte: 67,5% das 2.270 instituições que participaram do censo de 2006 têm até mil alunos.As mulheres continuam como a maioria em cursos de educação superior. Elas correspondem a 55,7% do total de matrículas em 2006. A única categoria do censo na qual as mulheres ficam em segundo plano é a de número de professores na educação superior — os homens têm 55,5% dos postos. De acordo com o presidente do Inep, os números ainda não refletem a primeira fase da expansão universitária. “A maior parte da expansão começou a funcionar este ano”, lembrou. “Esperamos ter dados ainda mais positivos no censo de 2007.”´
Mais:

Só 12,1% dos jovens entre 18 e 24 anos são universitários

O número de pessoas matriculadas no ensino superior cresceu no País entre 2005 e 2006:

O último Censo do Ensino Superior, divulgado hoje pelo Ministério da Educação, mostra que a taxa de escolaridade líquida - que considera apenas os jovens de 18 a 24 anos - passou de 10,9% para 12,1%. Mesmo pequeno, o crescimento é comemorado pelo MEC. É o maior registrado nos últimos anos. "Nas décadas de 80 e 90 a taxa esteve estagnada em torno de 9%. Voltou a crescer agora. Apenas isso é uma boa notícia", afirmou Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A taxa mostra que mais jovens na idade correta estão chegando ao ensino superior. Mas há também mais pessoas no ensino superior. A taxa de escolaridade bruta - calculada considerando-se todas as pessoas matriculadas, independentemente da idade, em relação ao número de jovens - também cresceu. Passou de 18,2% para 20,1%.O ensino superior, no entanto, mantém ainda as desigualdades regionais. Na região Sul, a taxa de escolaridade líquida é de 17,1%, a mais alta do País. Nas regiões Sudeste e Centro-oeste, a taxa atingiu 14%. As regiões Norte e Nordeste não chegam à metade disso, ficando abaixo de 7%. Boa parte desse crescimento do ensino superior pode ser creditado ao aumento dos cursos de graduação a distância. O censo mostra que as matrículas nesse tipo de ensino cresceram mais de 315% entre 2003 e 2006. O número de cursos oferecidos teve uma evolução de 571%. No entanto, apesar do investimento que o governo federal pretende fazer em cursos a distância, a maior parte desse crescimento ainda ocorre em instituições privadas. Isso porque o censo, ainda com dados de 2006, não conta as vagas criadas pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que entrou em funcionamento apenas este ano. Foram contadas apenas as vagas do programa Pro-Licenciatura, de formação de professores. "Até fevereiro teremos 45 mil alunos na UAB. Até 2009 pretendemos chegar a 200 mil", afirmou Carlos Bielschowsky, secretário de ensino a distância do MEC.

ONU: Brasil está entre últimos da AL em escolaridade de jovens

Os jovens brasileiros estão entre os que permanecem por menos anos na escola na América Latina, apesar de a freqüência escolar no Brasil estar acima da média da região, segundo indica um relatório divulgado nesta semana pela Organização das Nações Unidas (ONU).


O relatório “Juventude Mundial 2007” indica que os jovens brasileiros entre 15 e 24 anos passaram em média 8,4 anos na escola – entre as pessoas de 24 a 59 anos, essa média é de 7,5 anos.
A maior média de anos passados na escola entre as pessoas de 15 e 24 anos foi registrada no Chile (10,9 anos), seguido do Peru (10,6) e da Argentina (10,5).
Entre os 18 países latino-americanos considerados pelo relatório, o período de anos de escola dos brasileiros de até 24 anos é maior somente do que o dos guatemaltecos (8,2 anos), hondurenhos e nicaragüenses (7,9 anos).
Em relação à freqüência escolar, 73,6% dos jovens brasileiros entre 13 e 19 anos pertencentes à camada dos 20% mais pobres freqüentam a escola, enquanto 89,8% dos jovens na mesma faixa etária entre os 20% mais ricos vão à escola.
O índice brasileiro para os jovens mais pobres é superior ao de nove países da lista – Colômbia, Equador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Paraguai e Uruguai.

Avanços:
O relatório da ONU afirma que os países da América Latina tiveram grandes avanços no campo da educação nos últimos 30 anos, atingindo um índice médio de 95% das crianças matriculadas no ensino primário, superior aos 85% verificados entre os países em desenvolvimento em geral.
Apesar das melhoras no setor da educação, o relatório adverte que os jovens latino-americanos enfrentam mais dificuldades em conseguir trabalho e renda suficiente hoje do que há 15 anos.
Segundo a ONU, em 2002 cerca de 18% dos jovens entre 15 e 19 anos e 27% daqueles entre 20 e 24 anos não estavam nem estudando nem trabalhando.
O relatório chama a atenção para uma relação entre baixa escolaridade e dificuldades no mercado de trabalho e observa que os jovens que abandonam a escola entre 15 e 19 anos enfrentam mais dificuldades para encontrar trabalho ou encontram trabalhos mal remunerados. (Fonte: BBCBrasil)


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Francês volta a derrotar calculadora

O francês Alexis Lemaire, 27 anos, voltou a derrotar as calculadoras mais avançadas e quebrou nesta terça-feira, em Londres, seu próprio recorde, ao resolver a raiz 13ª de um número de 200 dígitos em apenas 70 segundos.
Em um teste realizado no Museu de Ciências de Londres, Lemaire calculou a raiz 13ª de um número de 200 dígitos somente com o cérebro e em apenas 70,2 segundos, quebrando seu recorde anterior de 72,4 segundos.
O matemático francês, que faz doutorado sobre inteligência artificial na Universidade de Reims (nordeste da França), calculou corretamente o número 2.407.899.893.032.210, entre as 393 trilhões de respostas possíveis.
Este número (2 trilhões, 407 bilhões, 899,893 milhões, 032.701) multiplicado por si mesmo 13 vezes produz o gigantesco número de 200 dígitos que foi escolhido aleatoriamente por um computador.
"Lemaire se sentou e todo mundo fez silêncio. Depois, subitamente, anunciou a resposta", disse Jane Wess, curadora de matemática do museu de Ciências de Londres.
"Acredito que este é o maior valor que já foi calculado mentalmente", completou.

Educação no Brasil está entre as piores do mundo!!!

Brasil é reprovado, de novo, em matemática e leitura:

A péssima posição do Brasil no ranking de aprendizado em ciências se repetiu nas provas de matemática e leitura. Os resultados do Pisa (sigla, em inglês, para Programa Internacional de Avaliação de Alunos), divulgados ontem pela OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), mostram que os alunos brasileiros obtiveram em 2006 médias que os colocam na 53ª posição em matemática (entre 57 países) e na 48ª em leitura (entre 56).
O objetivo do Pisa é comparar o desempenho dos países na educação. Para isso, são aplicados de três em três anos testes a alunos de 15 anos em nações que participam do programa. O ranking de ciências, divulgado na semana passada, colocava o Brasil na 52ª posição.
Além de estarem entre os piores nas três provas nessa lista de países, a maioria dos estudantes brasileiros atinge, no máximo, o menor nível de aprendizado nas disciplinas.
O pior resultado aparece em matemática. Numa escala que vai até seis, 73% dos brasileiros estão situados no nível um ou abaixo disso. Significa, por exemplo, que só conseguem responder questões com contextos familiares e perguntas definidas de forma clara.
Em leitura, 56% dos jovens estão apenas no nível um ou abaixo dele. Na escala, que vai até cinco nessa prova, significa que são capazes apenas de localizar informações explícitas no texto e fazer conexões simples.
Em ciências, 61% tiveram desempenho que os colocam abaixo ou somente no nível um de uma escala que vai até seis. Isso significa que seu conhecimento científico é limitado e aplicado somente a poucas situações familiares.
Nos três casos, a proporção de alunos nos níveis mais baixos é muito maior do que a média da OCDE, que congrega, em sua maioria, países ricos.
Comparando o desempenho do Brasil no exame 2003 (que já era ruim) com o de 2006, as notas pioraram em leitura, ficaram estáveis em ciências e melhoraram em matemática.
Uma melhoria insuficiente, porém, para tirar o país das últimas posições, já que foi em matemática que o país se saiu pior em 2006, com médias superiores apenas às de Quirguistão, Qatar e Tunísia e semelhantes às da Colômbia.
Como há uma margem de erro para cada país, a colocação brasileira pode variar da 53ª, no melhor cenário, para a 55ª, no pior. O mesmo ocorre para as provas de leitura e ciências. No de leitura, varia da 46ª à 51ª. Em ciência, da 50ª à 54ª.
A secretária de Educação do governo José Serra (PSDB-SP), Maria Helena de Castro, diz que o resultado em leitura é lamentável. "Essa é uma macrocompetência, básica para que os alunos desenvolvam as outras, como matemática, raciocínio crítico." Nos exames, São Paulo ficou abaixo da média nacional nas três áreas avaliadas.
Suely Druck, da Sociedade Brasileira de Matemática, diz que, em geral, os alunos de outros países, assim como os do Brasil, tiveram desempenho pior em matemática na comparação com as outras disciplinas.
"A matemática se distingue das outras porque desde cedo a criança já tem que ter conhecimento teórico e é um aprendizado seqüencial, ou seja, antes de aprender a multiplicar, tem que saber somar." Por isso, defende que se exija um conteúdo mínimo em matemática para o professor dos primeiros anos do ensino fundamental, quando todas as matérias são ainda ensinadas pela mesma pessoa.
O Pisa permite também comparar meninos e meninas. Em matemática e ciências, no Brasil, eles se saíram melhor. Em leitura, elas foram melhor.


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