Menino vítima de bullying é agredido com golpes de porrete

Vítima de bullying - agressões verbais e psicológicas repetidas vezes, sem motivação evidente -, um menino de 12 anos, aluno do 6º ano de escola municipal em Oswaldo Cruz, zona norte do Rio, foi espancado a golpes de porrete por um estudante da 8ª série, de 16 anos, na manhã de segunda-feira.

Por causa dos ferimentos nas costas, braço esquerdo, orelha direita e cabeça, o menino vomitou e sofreu tonturas por mais de quatro horas. Na terça, ele fez exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML). O suspeito das agressões vai depor nesta quarta na 30ª Delegacia de Polícia (Marechal Hermes), onde o caso foi registrado como lesão corporal. A pancadaria ocorreu a 150 m do colégio.

"Se as pessoas não interferem e tomam o porrete, acho que meu filho teria morrido ali", afirmou o pai do menino. "Enquanto um batia, outros quatro mandavam ele bater ainda mais", revelou a vítima. "Eles vieram por trás, puxaram minha mochila, por isso empurrei ele para me soltar. Foi quando ele pegou o porrete."

Conforme relatos, desde que entrou para a escola, em fevereiro, o menino sofre por ser um dos calouros. Há dois meses, o pai pediu à direção que o transferisse para o turno da manhã. "Briguei com um garoto que não parava de dar tapa no meu rosto", disse o menino. "Cercamos ele de carinho, por isso não admitimos que seja vítima de violência, ainda mais no ambiente escolar", afirmou a mãe, que tem outros três filhos.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação disse que o fato ocorreu fora das dependências da escola. "Ao tomar conhecimento do ocorrido, a direção encaminhou os estudantes de volta à escola e convocou os responsáveis para reunião. O aluno do 8º ano, acusado de agressão, mora com a avó e, de acordo com ela, será providenciada a sua transferência, pois ele voltou a viver com os pais na cidade de Araruama."

Escola deve prevenir o bullying:


O pediatra Lauro Monteiro Filho, especialista em bullying, disse que o problema deve ser prevenido e combatido pela escola. "Prevenir e combater o bullying é responsabilidade de toda a instituição e envolve funcionários, professores, diretoria, alunos e pais".

O médico também aconselha sobre como enfrentar este drama recorrente. "Não se resolve o bullying escolar na polícia ou na Justiça, que são as últimas instâncias a serem procuradas, se todo o resto falhou".

No Rio de Janeiro, o combate ao bullying está previsto na lei 5.089, sancionada pelo prefeito Eduardo Paes em outubro de 2009. O texto destaca que as unidades de ensino devem incluir ações antibullying nos projetos pedagógicos.[Fonte: Terra]

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Pela 2ª vez, Brasil supera metas da educação básica

O Brasil superou as metas na educação propostas pelo Ministério da Educação (MEC) para serem alcançadas em 2009, de acordo com o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado nesta quinta-feira (1º). O resultado repete o desempenho de 2007, quando as metas estipuladas pelo governo também foram ultrapassadas. Apesar do avanço, o ensino médio continua mostrando desempenho baixo em relação ao ensino fundamental.

A avaliação foi criada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e leva em conta dois fatores que interferem na qualidade da educação: rendimento escolar (taxas de aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho na Prova Brasil.

A Prova Brasil avalia o desempenho de estudantes em língua portuguesa e matemática no final dos ciclos do ensino fundamental, de 4ª série (5º ano) e 8ª série (9º ano), e no terceiro ano do ensino médio.

Em 2009, os estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental tiveram 4,6 pontos. A meta era de 4,2. Em 2005, esses alunos tiveram 3,8 pontos. Em 2007, tiveram 4,2 contra meta de 3,9. Estudantes dos anos finais do ensino fundamental tiveram 4 pontos em 2009. A meta era de 3,7. Em 2005, a nota foi de 3,5. Em 2007, o índice foi de 3,8 contra meta de 3,5.

Alunos do ensino médio têm o pior desempenho e crescem no ritmo mais baixo. Em 2009, tiveram 3,6 e a meta era de 3,5. Em 2005, a nota foi de 3,4. Em 2007, o índice foi de 3,5 e a meta era de 3,4.





"Vínhamos de um período de recessão na educação. Em 2001, tivemos o pior momento das crianças em matemática e língua portuguesa. Então, conseguimos ter uma arrancada mais forte nos anos iniciais que vai se propagando ao longo do tempo. Os que hoje estão vivendo os anos finais são os que viveram os anos iniciais há anos. Por isso, a curva dos anos iniciais começa bastante inclinada e tende a perder a curvatura até convergir para a nota 6 em 2021. Por isso, o vigor dos anos iniciais pode ser melhor que dos níveis médios. Se as projeções do Inep forem mantidas, vamos ver um crescimento um pouco mais forte nos níveis finais. É isso que está previsto no modelo do Inep", disse o ministro Fernando Haddad.

O objetivo estabelecido pelo MEC quando criou o índice, em 2007, foi que todas as séries atinjam níveis educacionais de países desenvolvidos até a divulgação do índice em 2022. As metas, que fazem parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para alunos dos anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano) é chegar a 6 pontos; para alunos dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) é de 5,5 pontos e para o ensino médio é de 5,2 pontos. A escala vai de 0 a 10.

Segundo o resultado do Ideb divulgado pelo MEC, as melhorias no índice foram motivadas, principalmente, por desempenho melhor na Prova Brasil no ensino fundamental. No ensino médio, porém, houve um crescimento do rendimento escolar e uma menor influência do desempenho na Prova Brasil no índice.

Sobre uma possível antecipação das metas, Haddad prefere ser cauteloso. "Em caso dos anos iniciais, o ritmo está tão forte que o índice poderia ser até antecipado. Não é recomendado. Vamos manter esse passo e esperar o próximo resultado da Prova Brasil. Se em 2012 houver a confirmação de que a consistência se renova, poderemos projetar a antecipação", afirmou.

De acordo com o MEC, os dados estaduais do Ideb devem ser divulgados na próxima semana.