Simulado do Enem: Inscrições até 12 de setembro.

Prova servirá como teste para estudantes que farão este ano 

o Exame Nacional do Ensino Médio

Alunos do 3º ano do ensino médio poderão testar seus conhecimentos com o Simulado Online Enem 2011, que ocorre entre os dias 17 e 18 de setembro, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A prova é uma versão virtual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada pelo Pré-vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina e promovida pela Rádio Atlântida de Florianópolis.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 12 de setembro pelo site www.prevestibular.ufsc.br. O teste tem duração de duas horas e pode ser realizado de qualquer computador com acesso à internet, no sábado (17) ou domingo (18), à escolha do aluno.

São duas versões da prova, com 30 questões de múltipla escolha, que abordarão as ciências da natureza, ciências humanas e matemática. O regulamento e demais informações estão disponíveis no site. O professor e coordenador do Pré-vestibular da UFSC, Otávio Auler, irá esclarecer as dúvidas dos estudantes no blog diario.com.br/otavioauler , twitter @profenem e facebook/profenem.

– Todos os desafios da vida exigem dedicação e treino. No Simulado Online Enem é a mesma coisa, antes de entrar em campo, temos que treinar – lembra Auler.

Pelo menos 30 universidades federais adotaram o Enem como única forma de seleção para 2012. As instituições também utilizam o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), criado pelo Ministério da Educação para as universidades que usam a nota do Enem para o processo de seleção, de forma parcial ou integral. A UFSC realiza o vestibular, mas neste ano aumentou o peso do Enem para 30% na nota final da prova.

O concorrente que tenha realizado o teste e obtido um bom desempenho contará com mais pontos.

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Projeto de Lei que obriga divulgação do Ideb em escolas públicas tem opiniões divergentes em SC

As fachadas das escolas públicas brasileiras poderão vir acompanhadas de um número: o do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — uma avaliação que monitora a qualidade de ensino do país. Um projeto de lei, em tramitação no Congresso Nacional, quer obrigar os colégios públicos a colocarem uma placa, de no mínimo um metro quadrado, na porta do estabelecimento, revelando a média que obteve na avaliação nacional.

A ideia foi apresentada pelo deputado federal, Edmar Arruda (PSC-PR). A justificativa foi de que "pais, professores, alunos e toda a comunidade escolar sejam informados sobre a qualidade da escola em que estão envolvidos". Ele ainda citou no texto do projeto que a proposta foi inspirada em uma provocação feita pelo especialista em educação Gustavo Ioschpe.

Em sua coluna na revista Veja de 8 de junho, o pesquisador sugeriu que as escolas públicas deveriam ser forçadas a expor o Ideb ao lado do índice médio do município e do Estado. Para Ioschpe, "a maioria dos pais e professores não sabe se a escola do filho é boa ou ruim" e completa dizendo que se esperar que haja consultas no site do Ministério da Educação (MEC), o Brasil será o país do futuro por mais muitas gerações. De mesma opinião, Arruda levou a ideia adiante.

— Entendo que, à medida que isso se torne transparente, não só haverá uma melhora na autoestima do aluno e dos profissionais como também um maior envolvimento dos pais. É um projeto simples, mas que vai gerar orgulho pra eles ou uma mobilização maior para que se busque melhoras na instituição — diz.

No Rio de Janeiro (RJ), o prefeito Eduardo Paes nem aguardou a aprovação da lei. Assinou um decreto obrigando os colégios municipais a exibiram o número. Quando os alunos voltaram às aulas, na semana passada, já encontraram a nota exposta.

Opiniões divergem no Estado
O presidente do Conselho Estadual de Educação, Maurício Pereira, é favorável à proposta. Ele argumenta que, se a avaliação é pública, os resultados devem ser divulgados:

— Só lamento que por algo tão simples precisamos de lei. Não sei se essa seria a maneira correta. Mas no Brasil, infelizmente, as coisas só funcionam assim.

Para ele, o Ideb é a nota da escola, representando a qualidade que ela tem ou não.

— Quem não tem um resultado bom, que procure melhorar. Divulgar esse índice tem repercussão, incluindo a cobrança dos pais pela melhoria da escola — ressalta.

Número não ajuda

Já para o especialista em educação Antonio Pazeto, ex-diretor de educação básica do Estado, a exposição pública do Ideb em frente a qualquer escola não contribui para melhorar a educação.
— O que é positivo e eu concordo é que se dê amplo conhecimento dos resultados do Ideb aos alunos, pais e professores por meio de discussões, buscando as causas positivas e negativas dos resultados, definindo ações, metas e compromissos conjuntos a serem alcançados. Ele ainda observa que o índice não é garantia de que uma escola é boa e com qualidade:
— Ele serve como um indicador importante, não sendo o único. Há diversos outros aspectos que somente professores, gestores e os próprios alunos têm condições de identificar como positivos ou negativos. Para isso, eles devem focar o trabalho pedagógico, a aprendizagem, as relações de convivência, os valores humanos e ambientais.

Orgulho do resultado
Quando saiu o resultado do Ideb, em 2010, a Escola Aldo Câmara da Silva, em São José, na Grande Florianópolis, colocou uma faixa comemorando o resultado alcançado: 6,2 nos anos iniciais do ensino fundamental. O índice mereceu ser celebrado. Além de a nota ser a mais alta entre escolas públicas do município, apenas 6,7% (3.325) dos colégios públicos do país tiveram índice maior ou igual a seis nesta etapa do aprendizado.

A diretora da escola, Roseli Kulkamp Sant'ana, acredita que o bom desempenho em 2009 — um salto, se comparado com o índice de 2007, de 4,6 — foi devido a um momento que a escola vivia. Havia professores muito engajados com a educação. Eles trocavam ideias e projetos, que funcionavam nas turmas.

— A gente tentou divulgar o máximo nosso desempenho, porque foi um orgulho para todos — relata.

A diretora concorda em expor a nota na frente do colégio, que tem cerca de 420 alunos. Para ela, isso incentivaria a instituição a melhorar. Roseli apenas alerta para o fato de que são poucos os responsáveis que sabem o que a nota representa.

— Quando colocamos a faixa, uma minoria de pais nos procurou. Por isso é interessante que se publique e que se fale do índice. Acredito que, quando o número ficar na frente do colégio, vai despertar a curiosidade dos familiares.

A diretora ainda acha necessário contextualizar o índice, explicando o que ele avalia.

— Ele não é apenas uma nota, é resultado de um trabalho pedagógico e de convivência, que envolve professores, alunos e família — observa.

No final deste ano, alunos do 5º ano e 8ª série irão encarar a Prova Brasil, que conta no Ideb. Roseli espera a escola repita o bom desempenho nas séries iniciais.

Mais do que avaliar a qualidade de escola, a prova também vai dar uma resposta para o novo modelo de ensino fundamental, que era de oito e passou para nove anos. A avaliação será respondida por alunos do 5º ano — os primeiros que entraram no novo modelo, em 2007, quando começou a ser implantado na rede estadual.
Ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
Média do Brasil
Séries iniciais (1º a 5º ano): 4,6

Séries finais (6º a 9º ano): 4

Ensino Médio: 3,6
Média de Santa Catarina
Séries iniciais (1º a 5º ano): 5,2

Séries finais (6º a 9º ano): 4,5

Ensino Médio: 4,1
O ranking nos estados
:: Séries iniciais
Minas Gerais: 5,6
Distrito Federal: 5,6
São Paulo: 5,5
Paraná: 5,5
Santa Catarina: 5,2
:: Séries finais
São Paulo: 4,5
Santa Catarina: 4,5
Distrito Federal: 4,4
Minas Gerais: 4,3
Paraná: 4,3
:: Ensino Médio
Paraná: 4,2
Santa Catarina: 4,1
Minas Gerais: 3,9
São Paulo: 3,9
Rio Grande do Sul: 3,9

[Fonte: DC]