Mostrando postagens com marcador Aprendizagem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aprendizagem. Mostrar todas as postagens

Garota de três anos tem o QI maior do que o de Albert Einstein

(Reprodução/SWNS.com)
Aos três anos, Ophelia Morgan-Dew já sabe ler e escrever e demonstra capacidades que impressionam. A criança se tornou recentemente a pessoa mais jovem do Reino Unido a se tornar membro da Mensa, sociedade internacional que reúne pessoas com os quocientes de inteligência (QIs) mais altos do mundo. De acordo com testes, ela possui um QI mais alto do que o do físico Albert Einstein, apontado como uma das pessoas mais inteligentes da história.
A mãe conta que a filha começou a falar aos oito meses de idade. De lá pra cá, o aprendizado continuou, passando por números, cores e o alfabeto. Outro ponto impressionante é o fato de Ophelia conseguir se lembrar de coisas que aconteceram nos seus primeiros anos de vida. Especialistas indicam que a maior parte das pessoas só tem lembranças de sua vida depois dos três anos.
“Ela tem uma memória incrível e se lembra de eventos que aconteceram antes de completar 12 meses de idade”, explica Natalie Morgan-Dew, mãe da garota.
Surpresa com o desenvolvimento da filha, ela decidiu levar a criança a um especialista. Testes de QI mostraram uma pontuação de 171, 11 a mais do que Einstein e acima de gênios como Stephen Hawking. A capacidade intelectual de Ophelia é a de crianças com mais do que o dobro de sua idade.
Natalie afirma que a garota tem uma vida comum. “Ela é uma criança bastante ativa, gosta se manter ativa e é muito espirituosa. Ela adora ler livros comigo ou com o pai, atividades numéricas, cartas e o computador. Ela também gosta muito de brincar com os primos e ir ao parque”, declara.
A mãe revela que cogitou “evitar celebrar a conquista intelectual” da filha. “Parece haver um estigma em torno disso. Mas eu pensei: não é diferente para os pais celebrarem uma medalha que os filhos ganham em um evento esportivo, então ela merece elogios por ser tão inteligente. Ofélia é uma garota linda e eu teria orgulho dela, não importa o que ela conseguisse, contanto que ela fosse saudável e feliz”, afirma.[Fonte: Yahoo]

A Educação Brasileira Continua Muito Mal

Brasil tem desempenho escolar abaixo da média internacional
Entre 70 países avaliados pela OCDE, alunos brasileiros ficam nas últimas posições quanto a conhecimentos em matemática, leitura e ciências, apesar de investimentos em educação terem aumentado. Os conhecimentos em leitura, ciências e matemática dos estudantes brasileiros estão significativamente abaixo da média dos alunos de países avaliados pelo Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) em 2015. No ranking, divulgado nesta terça-feira (06/12) e que avaliou o desempenho dos alunos da educação básica de 70 países, o Brasil aparece na 59ª posição em leitura, 63ª em ciências e 66ª em matemática.
Esta é a segunda edição consecutiva na qual as médias dos estudantes brasileiros não avançaram nas três áreas verificadas. A avaliação, realizada pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), avalia adolescentes de 15 e 16 anos a cada três anos.
Em ciências, a média do Brasil foi de 401 pontos, enquanto a média dos países da OCDE foi 493. Em leitura, o país alcançou 407 pontos, abaixo dos 493 das demais nações avaliadas; e em matemática, o desempenho brasileiro obteve 377 pontos contra 490 da média mundial.
No topo do ranking de ciências estão Cingapura (556), Japão (538) e Estônia (534). Em leitura estão Cingapura (535), Hong Kong (China) e Canadá (ambos com 527), e Finlândia (526). Em matemática, Cingapura também aparece em primeiro lugar, com 564 pontos, seguida de Hong Kong (548) e Macau (China), com 544 pontos.
Cada 30 pontos no Pisa equivalem a um ano de estudos, de acordo com os critérios da organização. Isso quer dizer que, em média, os estudantes do Brasil estão cerca de três anos atrás em ciências e leitura e mais de três anos em matemática.
Desempenho estagnado
Em matemática, o País teve uma trajetória positiva desde 2003, início da série histórica, quando obteve 356 pontos. A seguir, obteve 370 em 2006 e 386, em 2009. Em 2012, o País atingiu 389 pontos. Houve uma elevação real de 21 pontos na média dos alunos no período de 2003 a 2012. Em 2015, no entanto, o País caiu para 377, o que significa um declínio de 11,4 pontos. Apesar de ser uma queda, pelos critérios da OCDE, não se trata de grande diferença.
Nas demais avaliações, o País está estagnado. Em ciências, a proficiência média do Brasil foi 390 em 2006; 405 em 2009; e 402 em 2012. As pontuações não apresentam diferenças estatísticas, segundo o relatório da OCDE, o que mostra a estagnação. O mesmo ocorre em leitura. Em 2000, o País obteve 396; em 2003, 403; em 2006, 393; em 2009, 412 e em 2012, 407. Essas diferenças são consideradas insignificantes estatisticamente.
A avaliação 2015 do Pisa verificou ainda que 71% dos jovens na faixa de 15 anos de idade estão matriculados na escola a partir do sétimo ano, o que corresponde a um acréscimo de 15% em relação a 2003. O estudo aponta que essa expansão do acesso escolar entre os jovens, sem declínio no desempenho médio dos alunos, é um ponto "bastante positivo" para a educação do País.
Investimentos precisam surtir efeito
No Pisa, as diferenças socioeconômicas entre o Brasil e os países membros da OCDE são levadas em consideração. Enquanto no Brasil o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é de 15,9 mil dólares, a média da OCDE é de 39,3 mil dólares por habitante.
Os países-membros da organização investem mais por estudante dos 6 aos 15 anos - 90,3 mil dólares, enquanto no Brasil esse investimento é de menos da metade - 38,2 mil dólares por aluno, o que equivale a 42% da média da OCDE. Essa proporção, no entanto, correspondia a 32% em 2012. Na avaliação do Pisa e da OCDE, "os aumentos no investimento em educação precisam agora ser convertidos em melhores resultados na aprendizagem dos alunos".
Outros países latino-americanos, como a Colômbia, o México e o Uruguai obtiveram resultados melhores em 2015 em comparação ao Brasil, muito embora tenham um custo médio por aluno inferior. O Chile, com um gasto por aluno semelhante ao Brasil (40 mil dólares), também alcançou pontuação melhor em ciências (477 pontos).
Formação de professores
Para a secretária do Ministério da Educação, Maria Helena Guimarães de Castro, o resultado geral do Brasil "é muito ruim em comparação até com países que têm investimento menor que o nosso em educação e, inclusive, um nível de desenvolvimento inferior ao do Brasil".
"Um salto de qualidade" é possível, de acordo com a secretária, desde que haja políticas públicas adequadas no país. Segundo ela, a formação de professores deve ser prioridade.
A secretária aposta na definição da Base Nacional Comum Curricular para melhorar o ensino. Esta base deverá estabelecer o conteúdo mínimo que os estudantes brasileiros devem aprender do ensino infantil até o ensino médio. O documento, que está em discussão para o ensino médio e em fase final de elaboração para as demais etapas, deve orientar também a formação dos professores.
Participaram da edição 2015 do Pisa 540 mil estudantes que, por amostragem, representam 29 milhões de alunos dos países participantes. A avaliação incluiu os 35 países-membros da OCDE, além de economias parceiras, como o Brasil.

No País, participaram 23.141 estudantes de 841 escolas. A maior parte deles (77%) estava matriculada no ensino médio, na rede estadual (73,8%) e em escolas urbanas (95,4%). [Fonte: Terra]

Quatro passos para aprender tudo o que quiser, segundo um Nobel da Física

Na escola, na faculdade e até mesmo no dia-a-dia, é comum depararmo-nos com assuntos que não conseguimos compreender. Mas Richard Feynman (1918-1988), distinguido com o Prêmio Nobel de Física em 1965, garantia que havia uma técnica simples para ajudar a entender qualquer tema.

O próprio Feynman sempre foi reconhecido por essa característica entre os colegas: ele tinha muito talento para transformar explicações de coisas muito complexas em algo simples e fácil de entender. E o seu entusiasmo para explicar os conceitos mais difíceis costumava contagiar quem estava por perto.
O que Feynman defende na sua técnica é que existem dois tipos de sabedoria: a que é focada em saber apenas o nome de algo e a que é focada em de facto saber algo.
A receita para a real aprendizagem, segundo ele, é a última - e pode ser aplicada observando os quatro passos a seguir:
1) Escolha um conceito
Qualquer um que preferir. Pode ser um de macroeconomia, economia doméstica ou qualquer coisa que vier a cabeça.

Seja química ou culinária, ou primeiro uma e depois a outra. E anote o conceito - o mais importante aí é desenvolver o raciocínio.
2) Escreva-o como se estivesse a ensinar uma criança
Redija, então, tudo o sabe sobre esse conceito.

Mas atenção: precisa de fazê-lo da maneira mais simples possível. Escreva como se estivesse a explicar para uma criança - ainda que isso pareça absurdo e desnecessário, é um passo muito importante.
Assegure-se de que, do início ao fim, esteja a usar uma linguagem muito simples. Além disso, evite jargões e expressões prontas que partam do pressuposto de que você já sabe o conceito delas.
Explique cada detalhe de tudo e não caia na tentação de omitir algo que, na sua visão, está subentendido.
3) Volte ao tema e pesquise sobre ele
No passo anterior, provavelmente encontrou lacunas no seu conhecimento. Coisas que esqueceu e que não conseguiu explicar.

E esse é o momento em que começa realmente a aprender. Volte à fonte de informações sobre esse tema e pesquise o que ainda falta entender.
E, quando achar que cada subtema está claro, tente escrever no papel a explicação para ele de uma maneira que até uma criança entenderia.
Quando se sentir satisfeito e estiver a compreender tudo o que antes estava confuso, volte à redacção original e continue a escrever as explicações.
4) Reveja e simplifique ainda mais
Depois de passar por todas essas etapas, reveja o que escreveu e simplifique. Certifique-se novamente de que não usou nenhum jargão associado com o tema que está a intriga-lo.

Leia tudo em voz alta. Preste atenção para perceber se está tudo exposto da forma mais clara possível.
Se a explicação não for simples ou se parecer confusa, interprete isso como um sinal de que não está a entender algo.
Crie analogias para explicar o conceito, porque isso ajuda a esclarecer tudo na sua cabeça e é a prova de que está realmente a dominar aquele tema.[Fonte: Diario Digital]

Baixo desempenho do Brasil em teste da OCDE revela também desigualdade de gênero na educação

Um estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) detectou disparidades no desempenho escolar de meninos e meninas no Brasil.
Com base nos resultados de seu Programa Internacional de Avaliação de Desempenho Escolar (Pisa), que mede o desempenho de adolescentes de 15 anos em leitura, matemática e ciências, a entidade mostra que o percentual de meninos com baixa pontuação nos testes é de mais de 45% no Brasil, enquanto meninas ficam abaixo de 40%.
Os dados são relacionados ao ano de 2012.
Em ambos os casos, o país ficou bem distante da média dos países-membros da OCDE, que é de cerca de 15% para meninos e 9% para meninas.

Sub-representação

Mas na avaliação da resolução de problemas de matemática e de ciências, a relação de gênero se inverte. No Brasil, meninos superam meninas entre 20 e 30 pontos na pontuação total do teste. Segundo cálculos da OCDE, isso equivaleria ao resultado de quase oito meses a mais de escola para os meninos.
"O Brasil tem um grande número de meninos que não conseguem atingir níveis básicos de eficiência em leitura, matemática e ciências. Ao mesmo tempo, é um dos países com uma das maiores disparidades de gênero nos estudos de matemática e ciência. São resultados preocupantes porque o país precisará de estudantes com boas qualificações nessas áreas se quiser incrementar seu potencial de crescimento econômico nos próximos anos", disse à BBC Brasil Francesca Borgonovi, co-autora do estudo e analista de educação da OCDE.
Aula com meninos
O índice de meninos brasileiros de 15 anos com baixa pontuação nos testes da OCDE foi de 45%
A disparidade nessas áreas não é uma exclusividade do Brasil e se reflete também no ensino superior, em que mulheres estão sub-representadas. Segundo a OCDE, em todos os países estudados apenas 14% das mulheres jovens que entraram na universidade pela primeira vez em 2012 escolheram campos relacionados à ciência, incluindo engenharia, indústria e construção. O percentual masculino foi de 39%.
Um ponto-chave do estudo da OCDE é o que a entidade classifica como ansiedade dos alunos diante de disciplinas como a matemática. Em média, detectou-se um índice de 27% de meninos e de 34% de meninas admitindo "grande nervosismo" diante da resolução de problemas matemáticos.
No Brasil, os índices saltam para 43% dos meninos e 54% das meninas.

Videogames

O maior número geral de meninos falhando em obter níveis básicos em leitura, matemática e ciências se deve a uma série de fatores, segundo a OCDE. Há evidências de que podem ser causadas por diferenças de comportamento de gênero. Meninos, por exemplo, gastam uma hora a menos por semana fazendo o dever de casa do que as meninas - em média, elas dedicam 5,5 horas semanais para tanto.
Outro ponto é a questão dos videogames: o estudo mostra uma diferença supreendente no uso destes aparelhos eletrônicos fora do horário de escola. Mais de 60% dos meninos jogam videogame com frequência, número que cai para 41% entre as meninas. A OCDE sugere que o passatempo esteja sacrificando hábitos de leitura de meninos.
A OCDE recomenda uma série de medidas como um pacote de soluções. Elas começam no lar, com pais dando apoio e incentivos iguais para filhos e filhas - algo que ainda é uma espécie de tabu nos países analisados pelo estudo, em que pais estavam mais propensos a esperar que meninos trabalhassem em um campo da ciência, tecnologia, engenharia ou matemática mesmo quando seus filhos e filhas de 15 anos de idade obtinham o mesmo desempenho em matemática.
Para o órgão, no entanto, as medidas passam também por uma atenção especial de professores, sobretudo aos alunos socioeconomicamente desfavorecidos. Um ponto especificamente ligado ao Brasil, já que a OCDE constatou uma diferença, por exemplo, de 83 pontos no desempenho em matemática em favor de estudantes de escolas particulares sobre os de escola pública, por exemplo.[Fonte: BBC.UK]

Como 215 escolas brasileiras superaram desafios na educação

Educação de qualidade apesar das condições socioeconômicas desfavoráveis. Este foi o desafio superado por 215 escolas públicas brasileiras analisadas pelo estudo Excelência com Equidade. Realizado pela Fundação Lemann em parceria com o Itaú BBA, seus resultados consolidados já estão disponíveis no QEdu.org.br para que você também possa ler sobre estas escolas.

Documentos para baixar e ler onde quiser

Para conhecer o estudo completo acesse a página Excelência com Equidade no QEdu.

O documento pode ser lido em duas partes:
  • Baixe aqui o estudo quantitativo, divulgado neste mês, em setembro de 2014, que analisa estatisticamente 215 escolas que tiveram excelência educacional com equidade;
  • Baixe aqui o estudo qualitativo, publicado em dezembro de 2012, que analisou em detalhes um grupo de 6 escolas selecionadas a partir do grupo de 215.
Você também pode acessar o estudo completo aqui.

Conheça as 215 escolas

Navegue nas 215 escolas apontadas pelo estudo e acesse os dados educacionais de cada uma delas através das páginas do QEdu.

Excelência com Equidade na Mídia

Os dados levantados pelo estudo alcançaram repercussão em três interessantes reportagens: 
Além disso, o Excelência com Equidade ganhou destaque nas referências bibliográficas do Mapa do Buraco, documento elaborado por jovens talentos e que aponta os desafios do ensino brasileiro.

Você é educador ou gestor e também tem histórias de sucesso para contar? 

Conte nos comentários da página da Fundação Lemann no Facebook a sua história! As cinco primeiras histórias ganharão a versão impressa do estudo com os resultados dos relatórios qualitativo e quantitativo.

Ainda não conhece o QEdu?

Clique na imagem abaixo, navegue na nossa página principal e conheça o maior portal de informações educacionais do Brasil.

 
Ainda restou alguma dúvida?
use nossa área de Feedback.

Entidade diz que sistema atual de ensino não garante aprendizagem

Entidade diz que sistema atual de ensino não garante aprendizagem
A diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, defendeu hoje (19/08/2014) uma estratégia inovadora para enfrentar os desafios atuais da educação. “Precisamos ainda de inovação, porque não dá para viver em pleno século 21 com uma educação que é reflexo do século 19 e 20, porque o sistema atual não está garantindo aprendizagem. A porcentagem de alunos que aprendem ao final de cada etapa é pequena e vai caindo no decorrer dos anos”.
Priscila apresentou a análise ao participar do fórum Educação e o Mundo do Trabalho: O Ponto Que O Brasil Precisa Construir, organizado pelo jornal O Estado de S. Paulo, na capital paulista. Para ela, é preciso criar a possibilidade de ter uma educação que sirva ao país, com todas as crianças na escola, garantia de que todos aprendam e equidade com resultados iguais.
Para a diretora, o conhecimento diversificado e complementar é o fator que mais explica o desenvolvimento de um país. “É isso que tem explicado que países tenham avançado economicamente de forma justa para seus cidadãos com maior distribuição de renda, qualidade de vida e de forma sustentável”. Segundo ela, isso está intimamente ligado com o tipo de educação que o país oferece.
O ministro da Educação, Henrique Paim, disse durante o evento que o Brasil tem feito um grande esforço para melhorar a educação, mesmo que o país tenha tido um despertar tardio a respeito do assunto e esteja pagando um preço alto por isso. Durante painel do fórum, o ministro ressaltou que há três elementos-chave para esse esforço nos últimos anos: estatísticas da educação, avaliação dos estudantes e financiamento da gestão.
“Constituímos no Brasil um grande sistema de avaliação e estatística dos mais modernos, com um cadastro atualizado todos os anos. O outro elemento é a avaliação que mede o desempenho dos estudantes desde a escola até os sistemas municipais e estaduais, o que tem que ser reconhecido como ferramenta importante para avançar na educação. O financiamento de gestão é o terceiro fator que permitiu que haja um padrão de financiamento para a educação, que faz com que criemos maior equidade entre os estados brasileiros”.
De acordo com Paim, o Plano Nacional de Educação (PNE) é diferenciado e trata de acesso e equidade, sendo uma grande oportunidade para o país, por tratar de todos os elementos fundamentais para o avanço da educação. “O PNE é o grande guia para que possamos, nos próximos dez anos, mudar a educação brasileira de forma estruturante. O programa surgiu de um grande debate e hoje temos uma outra perspectiva em torno da questão educacional”, afirmou.

Educação do futuro terá banda larga gratuita e drones


Nos próximos 10 anos, a expressão “não sei” vai desaparecer. O mundo todo estará conectado, com internet banda-larga gratuita distribuída por drones, balões, ou microssatélites, e qualquer dúvida será resolvida quase instantaneamente. A previsão é do venezuelano José Cordeiro, professor da Singularity University, localizada em uma base de pesquisa da Nasa, no Vale do Silício (EUA). “Poderemos usar nosso cérebro para coisas mais importantes, mais interessantes e mais inovadoras. Para tarefas repetitivas, teremos os robôs e a inteligência artificial”, resume.

Esse futuro, explica, muda a forma como devemos encarar o conhecimento e a educação atualmente, e é um dos pilares a sustentar a Singularity, que coloca para si a missão de “educar, inspirar e capacitar líderes para aplicar tecnologias exponenciais para enfrentar os grandes desafios da humanidade.” Lá, os participantes - a instituição evita usar a palavra “estudantes” - conhecem as tecnologias de ponta desenvolvidas no Vale do Silício e são instigados a pensar em como elas serão aplicadas nos empreendimentos do futuro - todos com base tecnológica, utilizando inovação e criatividade. “As pessoas que chegam lá costumam ter quatro características: são experts em alguma área, mostram espírito empreendedor e capacidade de liderança e têm experiência internacional”, diz Cordeiro. Uma das perguntas feitas na seleção para o ingresso na universidade é “como você pretende mudar o mundo?”.

Não é por acaso que as palavras empreendedorismo e inovação foram as mais utilizadas pelo venezuelano e por quase todos os participantes do I Workshop Estácio Educação & Inovação, realizado na última quarta-feira na Universidade Estácio de Sá. Ex-secretário Nacional de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e atual reitor da Estácio, Ronaldo Mota resume: “A inovação é uma das chances de o Brasil ser sustentável. Temos de ser competitivos em todos os setores, e isso se faz formando pessoas inovadoras”.

Mota compara o passado e o futuro do processo educativo que deverá nortear os métodos das escolas e universidades do futuro. Para ele, aquele conteúdo que antes era segmentado e teórico tende a ser, cada vez mais, interdisciplinar e baseado em situações e problemas reais, e as avaliações individuais serão substituídas pela constatação da capacidade de realizar missões e trabalhar em equipe. O ensino, que antes era centrado no professor, se voltará para o educando, que tem autonomia para decidir onde, quando e como estudar. “O processo educativo se torna um fenômeno coletivo-cooperativo, ainda que preocupado com a individualidade do estudante”, diz o reitor, autor do livro Education for Innovation and Independent Learning (Educação para Inovação e Aprendizagem Independente, em tradução livre), escrito em parceria com David Scott.
Ele afirma que o professor não reduzirá a avaliação do aluno a simplesmente saber e não saber, porque o profissional do futuro não será medido por isso, mas por sua capacidade de enfrentar desafios e buscar respostas. “Temos que romper com a educação dependente e estimular a aprendizagem independente”, reforça.
“Não se dirá mais ensino presencial e a distância, apenas ensino”
Mota acredita que a autonomia do educando passa pela hibridização da educação a distância e presencial. “Se ele for fazer disciplina presencial, haverá um portal, se for fazer outra a distância, mesmo assim trabalhará em equipe”, explica. Para Pedro Graça, diretor de EAD da Estácio, a modalidade disponibiliza recursos que a presencial, por si só, não oferece. Por exemplo: é possível acompanhar mais atentamente aluno por aluno, vendo o que cada um está errando em cada exercício, quais as dificuldades e as facilidades, e adaptar o conteúdo às necessidades dele.

Ele aponta que um dos desafios tradicionais do EAD, a resistência dos docentes, vem se tornando um problema mais distante, e que cada vez mais o EAD é encarado como uma ferramenta complementar de ensino, não como um entrave ou concorrente. “Os professores que hoje trabalham com EAD, na maioria, não vieram prontos, foram capacitados. Nas próximas gerações, estarão mais preparados, pois isso será trabalhado desde sempre. Não vai mais existir ensino presencial e a distância, apenas ensino”, avalia.  
Diretor de Relações Corporativas e Sustentabilidade da Estácio, João Barroso destaca que o motor do crescimento das matrículas brasileiras no ensino superior é decorrente das instituições de ensino privadas, com grande impulso do EAD. Ele acredita que essas entidades serão imprescindíveis para que o País seja capaz de cumprir a meta 12 do Plano Nacional de Educação, que prevê elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos.
Sala de aula do futuro e gamificação
No evento, a Estácio apresentou algumas de suas iniciativas que buscam àquilo que considera ser a “universidade do futuro”. A instituição construiu um protótipo do que será a “sala de aula do futuro”, que conta com uma tela conectada desenvolvida na universidade e patenteada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial. Ela permite interatividade com outros dispositivos, gerenciamento remoto e troca de conteúdo colaborativo, com o objetivo de facilitar o uso de conteúdos multimídia e a interação com os estudantes, substituindo projetor, computador, tela e caixa de som. O mobiliário também foge do tradicional e é pensado para estimular a criatividade dos alunos. A sala está em teste, e a ideia é que, até 2020, chegue a todas as unidades da Estácio.


Educação emocional entra na rotina escolar dentro e fora do País

A personalidade da criança é construída não só no ambiente familiar, mas também com as experiências em outros contextos. Até por isso, a escola tem papel fundamental no estímulo ao desenvolvimento e à formação integral dos alunos. Com base neste conceito, iniciativas dentro e fora do País propõem que o aprendizado vá além de ciências humanas e exatas e passe a contemplar sentimentos e emoções.
Em um estudo realizado em escolas na província de San Juan, na Argentina, pesquisadoras da Universidad Adventista del Plata de Entre Ríos desenvolveram um programa para promover emoções positivas em crianças, capacitando professores para incluí-lo como parte do currículo. A experiência resultou no livro Cómo Inspirar Emociones Positivas en los Niños: Una Guía para la Escuela y la Familia, de María Cristina Richaud de Minzi e Laura Oros, que descreve passo a passo como realizar esta tarefa em sala de aula e inclui 30 atividades de amostragem e recursos didáticos para a implementação da educação emocional nas séries iniciais (1º ao 3º ano). Segundo elas, com estimulação adequada, pode-se enriquecer a experiência emocional positiva de alunos e professores e, com isso, melhorar o processo de aprendizagem.
Conforme Laura, é comprovado cientificamente que essas emoções aumentam a flexibilidade cognitiva, a atenção e a concentração, facilitando a resolução inovadora e criativa de problemas e aumentando a capacidade de organizar ideias. "Quem experimenta com frequência emoções positivas tem mais facilidade para planejar e estabelecer metas a longo prazo. Esses estados positivos preparam para um aprendizado mais rápido e um melhor desempenho intelectual. A isto se somam outros importantes benefícios psicossociais, que permitem que as crianças e os professores convivam em um clima muito mais saudável, com menos agressão e bullying", explica.
Conforme Laura Oros, é comprovado cientificamente que essas emoções aumentam a flexibilidade cognitiva, a atenção e a concentração, facilitando a resolução inovadora e criativa de problemas e aumentando a capacidade de organizar ideias Foto: Divulgação
Conforme Laura Oros, é comprovado cientificamente que essas emoções aumentam a flexibilidade cognitiva, a atenção e a concentração, facilitando a resolução inovadora e criativa de problemas e aumentando a capacidade de organizar ideias
Foto: Divulgação
A sistematização desta proposta não é uma tarefa simples, mas há esforços significativos na Argentina para atingir este objetivo. "A província de San Juan é, talvez, a que está mais perto de alcançá-lo. Em diferentes partes do país, há boas propostas de intervenção que permitiriam alcançar um impacto surpreendente se fossem formalmente incluídas nos currículos", afirma Laura. Para ela, o ideal seria adaptar essas iniciativas - geralmente implantadas como oficinas esporádicas - aos currículos, integradas ao planejamento escolar e desenvolvidas como parte dos conteúdos obrigatórios anuais. "Isto implicaria, obviamente, no planejamento de uma instância de capacitação docente para trabalhar estas ferramentas com os professores e proporcionar orientações sobre sua implementação", afirma.
A equipe da pesquisadora, coordenada pela co-autora do livro, María Cristina, vem implementando, há cerca de 10 anos, estratégias de fortalecimento emocional em escolas argentinas, com excelentes resultados. "Os professores notam que, com o nosso programa, as crianças mostram maior respeito pelos outros, cooperação, avaliação pessoal, facilidade em perceber suas realizações e habilidades, autoconfiança, autocontrole e capacidade de rir e desfrutar de experiências cotidianas", aponta Laura.
Para isto, é recomendável começar a trabalhar a educação emocional já nas séries iniciais. "Quanto mais cedo, mais chances de criar uma forte base emocional sobre a qual se podem construir outros recursos psicológicos, físicos e sociais importantes para o desenvolvimento saudável", comenta a pesquisadora. O êxito desta abordagem, no entanto, depende da sua aplicação contínua e sua articulação sistemática com o currículo escolar - do contrário, não se chega ao mesmo resultado.
O profissional mais indicado para trabalhar a educação emocional com as crianças é o próprio professor, já que ele conhece a dinâmica social da turma, suas preferências e padrões de interação em sala de aula (incluindo mecanismos de integração e exclusão de colegas). A autora do livro ressalta que não há uma única maneira de inspirar emoções positivas em crianças. "A verdadeira educação é aquela que visa ao desenvolvimento integral da pessoa. Neste sentido, a incorporação de conhecimentos e práticas para fortalecer as emoções positivas e da gestão e regulação das emoções negativas devem ocupar um lugar de importância no planejamento escolar", completa.
Iniciativa semelhante no Brasil
No Brasil, uma iniciativa foi implementada em 2004 pelo Centro de Valorização da Vida, entidade que atua desde 1962, oferecendo apoio emocional gratuito. O programa Amigos do Zippy foi desenvolvido por um grupo multidisciplinar de especialistas, coordenado por Befrienders International, uma entidade com sede em Londres, na Inglaterra. O programa-piloto começou com 276 crianças de oito instituições da Grande São Paulo. Uma avaliação profissional foi conduzida e demonstrou resultados animadores, semelhantes aos que estavam sendo obtidos em outros países.

Depois disso, foi fundada a Associação pela Saúde Emocional de Crianças (ASEC), entidade sem fins lucrativos que se dedica ao desenvolvimento e expansão de programas de educação emocional no Brasil. Em 2012, participaram 459 escolas públicas e privadas, de 41 cidades do País. Desde o início até o final do ano passado, mais de 159 mil crianças foram beneficiadas. Presidente da entidade e coordenadora do Amigos do Zippy no Brasil, Tania Paris explica que escolas particulares e entidades filantrópicas se inscrevem diretamente com a ASEC, e escolas públicas participam por meio de acordos que são celebrados com suas respectivas secretarias de Educação.
O projeto oferece capacitação para os educadores que irão desenvolver o programa com as crianças e eles recebem todo o material necessário, desde apostilas metodológicas, com aulas estruturadas, ilustrações para darem vida às histórias e moldes para os materiais para brincadeiras até pôsteres grandes e coloridos para a sala de aula, crachás para as crianças, guias para os pais etc. "Existe uma metodologia própria, que privilegia o aprendizado de lidar com dificuldades de forma crescente, desde as mais simples até as mais complexas, como a perda de um ente querido, passando por situações de rejeição, bullying e conflitos", explica Tania.
Ainda de acordo com ela, o programa pretende ampliar a compreensão e o discernimento das crianças para fazerem suas próprias escolhas, que não as prejudiquem nem a outras pessoas. "Com mais recursos internos, a criança se desenvolve mais e isso, naturalmente, repercute em seu comportamento. Existe uma estreita relação entre desenvolvimento emocional e aumento de recursos pessoais para um bom desempenho acadêmico", assegura.
Mesmo professor
O colégio Liceu Santa Cruz, de São Paulo, é uma das escolas que aplica o Amigos do Zippy na primeira série do ensino fundamental. Desde 2004, cerca de 350 alunos já participaram do projeto. O vice-diretor, Erival Rodrigues de Oliveira, diz que a escola procura manter sempre o mesmo professor para dar continuidade ao trabalho com os alunos. "A afetividade familiar tem deixado a desejar, o que é preocupante. As crianças estão mais carentes neste sentido. De certa forma, eles suprem essa questão com bens materiais e têm dificuldade na questão emocional e em aprender a dividir espaço. Esse tipo de trabalho tem facilitado bastante. Acaba-se despertando esse lado afetivo também, existe troca de afetividade entre eles", afirma.

Para ele, dois resultados são claros após a aplicação do projeto. "Os alunos conseguem lidar melhor com a questão da perda, tanto de parentes quanto de animais de estimação. O Zippy trabalha com isso, ele tem uma mascote que acaba morrendo no meio da história. No nosso caso, levamos os alunos a um cemitério para conhecerem e trabalharem essa questão em grupo. Esse trabalho dá muito resultado. Outro fato é a questão da colaboração, na percepção que existe o diferente, da importância de ajudar e escutar o outro - o que ajuda na questão da inclusão", destaca. Oliveira conta que a escola tem muitos alunos com síndrome de Down e que, após a participação no programa, os alunos passaram a lidar melhor com as diferenças, ajudar uns aos outros e se tratarem de forma mais respeitosa. [Fonte: Terra]

Escolas europeias apostam em salas de aula sem classes

Nas escolas da rede Vittra, na Suécia, os alunos são ensinados em pequenos grupos espalhados nos diferentes espaços, e os mobiliários são feitos sob medida - Foto: Kim Wendt / Divulgação
A promessa de um ensino personalizado na rede de escolas Vittra, na Suécia, começa no mobiliário. Nada de classes dispostas lado a lado em frente a um quadro-negro. Ao contrário do formato convencional, pufes espalhados pelo espaço e sofás em formatos curiosos foram projetados com a participação das crianças.
A arquiteta Rosan Bosch foi responsável pelos projetos das salas de aula das escolas Vittra, na Suécia, e Ordrup School, na Dinamarca, redes que apostam na valorização da individualidade do aluno. A arquiteta conta que a tarefa foi criar um design capaz de suportar o desenvolvimento dos estudantes ao mesmo tempo em que fosse funcional, para proporcionar um espaço estimulante de aprendizagem e trabalho. Para ela, o maior desafio no projeto foi criar um ambiente escolar atraente que despertasse a curiosidade dos alunos, para que relacionassem o aprendizado a algo positivo, aumentando a vontade de ir para a escola.
O projeto da Ordrup School é focado nos alunos de seis a 12 anos de idade e, com a criação de espaços diferentes, pretende valorizar a criatividade e as diferenças de cada aluno. Os estudantes podem trabalhar em grupos ou ficar em cabines de concentração coloridas para leitura, sem se distrair com o que acontece ao redor. Também são utilizados tubos de leitura estofados, sofás, ilhas sobre rodas que podem ser movimentadas e usadas para diversos trabalhos.
Segundo o chefe de pesquisa e desenvolvimento da Vittra, Ante Runnquist, a escola optou por criar ambientes diferentes, pois, além das salas de aula, os alunos devem estar em contato com outros espaços, facilitando o encontro de lugares e de atividades que se adaptem ao indivíduo. Para isso, a escola desenvolveu, com a arquiteta, a ideia de uma sala de aula diferente das tradicionais. Os alunos são ensinados em pequenos grupos espalhados nos diferentes espaços da escola, e os mobiliários são feitos sob medida.
Rosan explica que alguns móveis foram criados com as crianças, para garantir que pudessem trabalhar da melhor maneira, sentados de forma adequada, tornando mais fácil implementar os métodos de ensino digitais, como é o caso da Vittra, que mantém um projeto de um computador por aluno. A rede sueca tem mais de 30 escolas no país e não cobra mensalidade dos alunos - o único pré-requisito é que o responsável esteja cadastrado no órgão público responsável e em dia com seus impostos.
Diferença
Bem distante da realidade das escolas públicas brasileiras, a inovação mobiliária das redes sueca e dinamarquesa não estão isoladas das suas metodologias. A Vittra, por exemplo, investe numa aprendizagem baseada na experiência do aluno e os estimula a conviver com as diferenças. Um de seus projetos recentes colocou seus estudantes em contato, por cartas, com crianças de Gana, na África. Outra de suas escolas levou os pequenos à cidade de Lund, para encontrarem pessoalmente Dalai Lama.

No Brasil, as escolas tradicionais predominam, mas, segundo a professora do departamento de métodos e técnicas da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Patrícia Pederiva, há experiências inovadoras, com o objetivo de fazer do espaço educativo um lugar para a criação. "A base desse ensino tradicional é a igualdade, o modelo único, a busca pelo padrão. Ora, se somos diversos, a base não pode ser a igualdade e sim a diferença. Por meio dessa diferença que crescemos na vida, em qualquer espaço. Igualdade engessa, diferença liberta", diz Patrícia.
A professora defende que é preciso ter espaço para explorar todos os sentidos no lugar mais amplo e rico possível, principalmente na infância. "É preciso ter espaço para correr, brincar, pular, explorar, cheirar, ouvir", elenca. O lugar ideal para o ensino, de acordo com Patrícia, é aquele em que se pode vivenciar todos os sentidos plenamente, espaço para o corpo, para ler, para descansar, para criar, quanto mais engessado for o ambiente, quanto mais controlado, menos espaço haverá para a criação. "Salas convencionais são espaços engessados. É preciso pensar em novas vivências. Mas, para isso, é preciso também pensar educação de uma forma mais livre, mais criativa", afirma.
Mas não basta investir em móveis novos. Para o professor Celso dos Santos Vasconcellos, doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e responsável pelo Libertad - Centro de Pesquisa, Formação e Assessoria Pedagógica, o mobiliário faz parte de uma estrutura que favorece ou dificulta o aprendizado. Espaços que privilegiem o trabalho em grupo, como grandes mesas, seriam eficientes, diz, mas a questão principal é o professor. "O professor tem que garantir um trabalho coletivo", afirma. O educador precisa estar atento aos estudantes, acompanhando e supervisionando suas pesquisas, além de ter a capacidade de atender as crianças individualmente ou em grupos.
O ensino deveria ser baseado em projetos, por meio de estudo e pesquisa, em que os alunos são ativos no processo e aprendem em situações baseadas em problemas, são debates buscando soluções, de acordo com Vasconcellos. "Ter a sala como um local de estudo e não de aula", afirma. [Fonte: Terra]

Qual a importância dos conteúdos escolares? Saiba mais


"Para que aprender isso? No que que eu vou usar na minha vida?" Boa parte dos professores já escutou essas perguntas durante as mais variadas aulas. Para muitos estudantes que chegam ao ensino médio com ideias de qual profissão gostariam de seguir, continuar aprendendo sobre os mais variados conteúdos é mera questão de ser aprovado no vestibular ou, no mínimo, reforçar a certeza de quais áreas eles não gostariam de se dedicar de jeito nenhum. Porém, a formulação do currículo escolar procura abarcar conhecimentos que serão aproveitados pelos alunos em qualquer curso superior e no próprio dia a dia.
"O que pode não fazer sentido hoje serve para ter uma formação global generalista que depois vai permitir a ele se tornar um especialista por meio da graduação", explica Célio Tasinafo, professor de História e diretor pedagógico do colégio e cursinho pré-vestibular Oficina do Estudante (SP). "Tudo o que eles acham que 'não serve para nada' é por não ter a dimensão de como as áreas específicas estão estruturadas e como esse conteúdo é básico", completa. [Fonte: Terra]
INFOGRÁFICO

10 conteúdos importantes
Conheça melhor a importância de conteúdos cuja utilidade é geralmente questionada pelos estudantes, de acordo com os próprios professores

Organização e estudo diário são rotina para vencedora do Soletrando

Yasmin Böhm Lewis Esswein, 14 anos, sempre foi uma aluna dedicada. Alfabetizou-se aos cinco anos e desde pequena tomou gosto pela leitura e pelo português. A jovem estuda ao menos uma hora por dia, aumentando o tempo para duas horas aos fins de semana. Não é por acaso que a estudante do nono ano do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) não errou nenhuma palavra durante as etapas que a levaram à final da competição Soletrando, da qual foi vencedora em 2012.
A palavra que lhe deu o prêmio de R$ 100 mil e o troféu Jorge Amado no fim de setembro foi "endechador", vocábulo que a estudante desconhecia. "Nunca tinha visto a palavra, mas havia estudado etimologia e regras ortográficas, então refleti sobre isso, analisei e cheguei à conclusão da grafia correta", conta, ressaltando que o mais difícil durante a competição foi manter a tranquilidade. "Ela nunca deu chance para adversário, porque sempre acertava todas", orgulha-se a mãe, Carmen Lúcia.
O gosto pela leitura foi incentivado pelos pais, que liam histórias antes dormir desde que a menina tinha dois anos. "Sou muito curiosa e sempre gostei de ler, porque quanto mais leio, mais aprendo", diz Yasmin. Na preparação para o Soletrando, passou a estudar mais do que o normal, auxiliada por um dicionário eletrônico.
Yasmin ingressou no CMPA em 2009. Como não provém de família militar, teve que prestar concurso para entrar no colégio. Já em 2008, aos 10 anos, começou a estudar para o exame. Na época, além de estar matriculada na Escola Escobar, que prepara para o ingresso no Colégio Militar, ela também frequentava um cursinho com o mesmo objetivo. "O CMPA é uma entidade de ponta, e sempre pensamos na possibilidade de ela estudar lá. Quando chegou o momento, a preparamos para isso", conta James, pai da menina. Os três finalistas da edição 2012 do Soletrando eram de colégios militares.
"Cada colégio que estudei tinha suas particularidades, e eu tive uma base muito boa. Se eu sou o que sou hoje é por causa da base que tive, porque aprendi a ler e escrever bem", afirma Yasmin, que também frequentou o colégio Pró-Saber, em Porto Alegre. Além das aulas no CMPA, Yasmin se divide entre aulas de inglês duas vezes por semana e o clube de química às segundas-feiras.
Determinada, Yasmin já sabe o que fazer com o prêmio em dinheiro: economizar para investir em uma provável graduação em odontologia e na especialização em ortodontia. Além da formação profissional, a gaúcha também deve destinar 10% da quantia para uma instituição de caridade. [Fonte: Terra]

Mundo levará décadas para implantar 'ensino do século 21', diz pesquisador


A maioria das escolas do mundo parou no tempo e ainda não se adequou às demandas e desafios do século 21. Enquanto a sociedade desenvolve e depende cada vez mais de novas tecnologias, as instituições de ensino parecem não saber como acompanhar essas transformações e sofrem para se comunicar com os alunos. A avaliação é do pesquisador David Albury, da Gelp (sigla em inglês para Global Education Leaders' Program ou, na tradução livre, Grupo Global de Líderes da Educação), que esteve no Brasil na última semana e participou de um bate-papo com jornalistas sobre os desafios na área de educação, realizado na última segunda, dia 24, em São Paulo.
O Brasil é um dos 10 países que faz parte do grupo, responsável por pesquisas sobre como implantar um sistema educacional adequado aos conhecimentos, necessidades e habilidades requeridos para os dias atuais. Para o estudioso, embora já existam exemplos de escolas adotando novas metodologias de ensino, ainda não é possível apontar um caminho certo a seguir, nem tampouco calcular em quanto tempo o mundo adotará a chamada "educação para o século 21", capaz de conquistar e atrair os estudantes, e de proporcionar, de fato, um ensino de qualidade aplicado à vida adulta.
Para exemplificar o lapso entre o que o mercado quer dos jovens recém-formados e o que eles aprendem nas instituições de ensino, Albury cita alguns dos pré-requisitos que ainda não entraram nas grades curriculares das escolas, como a capacidade de trabalhar em equipe, de solucionar problemas, de se comunicar bem, além da criatividade e do empreendedorismo.
"Nós hoje sabemos que as escolas deveriam adotar um ensino mais 'personalizado', com um currículo que atenda ao perfil, aos problemas, às necessidades e aos interesse dos alunos. (...) Também sabemos que as crianças não aprendem só nas escolas, (...) mas que a tecnologia, embora fundamental, não é tudo em uma instituição de ensino. (...) Enfim, nós sabemos o que precisamos, mas ainda não sabemos como realizar essa mudança, (...) como será esse novo modelo de ensino, e esse é o nosso grande desafio", disse Albury. "Não são os alunos de hoje que são desengajados. Nós é que não soubemos engajá-los a aprender", completou o pesquisador, ao apresentar uma análise dos desafios e obstáculos que os educadores deparam.
Para tentar identificar soluções, o grupo tem percorrido o mundo em busca de instituições de ensino que tenham adotado experiências inovadoras e bem sucedidas, que possam servir de exemplos, tanto em áreas ricas quanto em lugares pobres. A ideia é, a partir desses exemplos, implantar aos poucos projetos pilotos desse novo modelo de educação. Entretanto, ainda será preciso percorrer um longo caminho até que se alcancem os mecanismos capazes de serem disseminados e implantados em escalas maiores.
"Existem alguns obstáculos. Por exemplo, ainda não sabemos como testar, nesse novo modelo de educação, o aprendizado dos alunos. E como vamos avaliar e capacitar os professores? (...) (No Reino Unido) Nós levamos 1.000 anos para desenvolver esse sistema de educação que temos hoje. Ou, no caso do Brasil, 300 ou 200 anos... Então essa mudança não vai acontecer da noite para o dia, vai levar anos, talvez décadas", disse o pesquisador, em encontro promovido pelo Instituto Inspirare, em São Paulo. [Fonte: Terra]

País tem mais de 30 milhões de pessoas que só conseguem assinar o nome


Mais de 30 milhões de pessoas no Brasil com mais de 15 anos só conseguem escrever o próprio nome e entender textos curtos e simples. Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base em dados de 2011, esse número representa 20,4% da população.

Ao contrário da taxa de analfabetismo, que caiu 1%, o número de analfabetos funcionais, como são chamadas as pessoas que conseguem compreender apenas as informações do dia a dia, como o nome da linha de ônibus e escrever um bilhete, se manteve o mesmo nos últimos três anos.

Na região Nordeste, a situação é mais greve: 30,9% das pessoas que estudaram ao menos quatro anos ao longo da vida são analfabetas funcionais, enquanto no Sudeste o índice é de 14,9%.

Enquanto em todo o País o índice se manteve ou caiu, a região Norte registrou aumento nessa taxa, passando de 24% das pessoas com analfabetismo funcional em 2009 para 25,3% em 2001.

Já nas regiões Sul e Centro-Oeste, a taxa não teve variações significativas nos últimos três anos e se manteve em 15% e 18%. [Fonte: R7]



Brasil tem quase 13 milhões de analfabetos; número caiu apenas 1% em três anos

O Brasil tem 12,9 milhões de analfabetos, contingente que corresponde a 8,6% da população brasileira com 15 anos ou mais de idade, apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de analfabetismo segue em queda no país. Em 2009, eram 9,7% de pessoas que não sabiam ler ou escrever.
A parcela mais significativa de analfabetos do Brasil foi constatada na faixa etária que engloba as pessoas de 50 anos ou mais. Do total dessa parcela, são 18,6%. A taxa de analfabetismo cai à medida em que a população é mais jovem. Dos 40 a 49 anos, 8,1% não leem nem escrevem. Dos 30 aos 39 anos, são 5,2% enquadrados dessa forma; Dos 25 a 29 anos, 2,8%; na faixa dos 18 a 24 anos, são 1,7% de analfabetos, e entre as pessoas de 15 a 17, essa proporção fica em 1,2%.
Proporcionalmente, o maior contingente de analfabetos está na região Nordeste, onde 16,9% da população acima dos 15 anos de idade não sabe ler ou escrever. Em 2009, essa proporção era de 18,8%. Na região Norte, foram constatados 10,2% de analfabetos. O dado também mostra evolução na comparação com 2009, quando 11% da população do Norte era analfabeta.
Também houve queda na taxa de analfabetismo nas demais regiões. No Centro-Oeste, de 8%, em 2009, para 6,3%; no Sul, a proporção de analfabetos passou de 5,5% para 4,9%; já no Sudeste, os analfabetos significaram 4,8% da população acima dos 15 anos, ante 5,7% em 2009.
No Nordeste, 35,6% da população com 50 anos ou mais são analfabetos. Na faixa dos 40 a 49 anos, 18,7% não sabem ler ou escrever. Entre a população que mora no Nordeste, que tem 15 a 17 anos, são 2,1% de analfabetos. [Fonte: Terra]


Mulheres são mais escolarizadas do que os homens, diz IBGE


As mulheres são mais escolarizadas do que os homens, informou nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011) mostra que as representantes do sexo feminino economicamente ativas (com dez anos ou mais de idade) têm, em média, 7,3 anos de estudo. Já os homens registram 7,1 anos de frequência nas salas de aula. Na média geral, a população brasileira tem 7,5 anos de estudo.
A diferença é ainda maior entre os mais jovens. Na faixa dos 20 a 24 anos, a parcela feminina registra 10,2 anos de estudo. Os homens ficam bem atrás, e têm 9,3 anos médios de frequência escolar. A média geral dessa parcela da população é de 9,8 anos de estudo.
As mulheres apresentam mais anos de estudo que os homens em todas as faixas etárias, com exceção do grupo com 60 anos ou mais. A parcela masculina desse grupo tem 4,6 anos de estudo, em média. Já entre as mulheres, a frequência média nos bancos escolares é de 4,3 anos.
O IBGE mediu ainda o nível de instrução das pessoas com 25 anos ou mais de idade. O grupo cuja instrução é inferior a 1 ano de estudo representa 15,1% do total. Em 2009, significava 13%.
Já os que apresentam ensino fundamental incompleto ou equivalente são 31,5% do total da população acima de 25 anos. Em relação a 2009, houve queda relevante, já que naquele ano, essa proporção era de 36,9%. Ao mesmo tempo, a participação de pessoas com ensino fundamental completo, que era de 8,8% em 2009, saltou para 10% na Pnad 2011.
No ensino superior, 11,5% completaram essa etapa, ante proporção de 10,6% em 2009. Aqueles que apresentam superior incompleto ficou praticamente estável - de 3,5% para 3,4%.
31% das crianças pequenas e mais pobres estão fora da escola
Quase um terço das crianças mais pobres, de 4 ou 5 anos, estão fora da escola, informou nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011) indica que, nas famílias que não tem renda domiciliar per capita ou ganham menos de ¼ do salário mínimo, 69,1% das crianças estão no maternal ou jardim de infância. Em média, a taxa de escolarização das crianças de 4 ou 5 anos é de 77,4%.
Nas famílias com renda domiciliar per capita igual ou superior a um salário mínimo, 88,9% das crianças estão estudando, segundo o IBGE. Já entre as crianças de 6 a 14 anos de idade, 98,2% estão na escola. Nessa faixa, a diferença para os que têm menos renda é menor. Para os grupos familiares com renda domiciliar per capita igual ou superior a um salário mínimo, a evasão escolar de crianças de 6 a 14 anos é de 2,6%. Já entre os com rendimento maior, 99,2% dessas crianças seguem estudando.
A Pnad mostra que a população com 10 anos ou mais de idade tem, em média, 7,3 anos de estudo. Por gênero, verifica-se que as mulheres são mais escolarizadas, com média de 7,5 anos de frequência nas salas de aula. Já os homens têm 7,1 anos de estudo. [Fonte: Terra]