Mostrando postagens com marcador Ensino Médio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Ensino Médio. Mostrar todas as postagens

Quase 90% dos alunos terminam o ensino médio sem saber matemática


Levantamento divulgado nesta quarta-feira pelo movimento Todos pela Educação aponta que apenas 10,1% dos alunos do ensino médio aprendem o suficiente em matemática ao concluírem o ensino médio. Os dados analisados a partir do desempenho dos alunos na Prova Brasil em 2011 revelam que a situação piorou em relação ao ano anterior, quando 11% alcançaram desempenho mínimo na disciplina. A meta estabelecida pelo movimento é de 20%.
Em português, o indicador se manteve estável em 29%, para uma meta de 31%. Nos anos finais do ensino fundamental (9º ano), 27% dos alunos alcançaram desempenho adequado em português, para uma meta parcial de 32%. Em matemática, o resultado foi de 16,9% para uma meta de 25,4%. Ambos os dados são melhores do que as marcas anteriores (26,2% para português e 14,7% para matemática), mas não o suficiente para o cumprimento das metas parciais.
Apenas os anos iniciais do fundamental tiveram desempenho menos preocupante, segundo o Todos pela Educação. Em português, 40% dos alunos apresentaram desempenho adequado (eram 34,2% em 2009), para uma meta de 42%. Em matemática, 36% dos alunos apresentaram desempenho adequado (eram 32,5% em 2009), superando a meta parcial em um ponto percentual.
Para Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação, o mais desafio do ensino público hoje é o ensino da matemática, já que em todas as avaliações a disciplina tem o pior desempenho.  "Esse problema não é constatado apenas no ensino médio, vem desde as primeiras séries. Não existe política específica para a matemática no Brasil, há falta de professores. os jovens que s eformam acabam indo para o mercado, que remunera melhor que a educação", afirma.
Segundo ela, a única política atual voltada para incentivar o aprendizado está nas olimpíadas de matemática que, apesar de estimular talentos, não têm efetividade junto àqueles com dificuldade na área. "Possivelmente, as olimpíadas ajudam os 10% que já vão bem em matemática. Os 90% restantes continuam sem esse engajamento".
Estados
De acordo com o levantamento, os Estados de Alagoas, Amapá, Pernambuco e Roraima não conseguiram cumprir a meta de desempenho para nenhuma das etapas da educação básica. Já Tocantins superou as metas para os anos iniciais e para os finais do ensino fundamental, em ambas as disciplinas, e o Amazonas superou as metas dos anos iniciais, em ambas as disciplinas, e superou a meta de português nos anos finais e no ensino médio.[Fonte: Terra]

Censo Escolar: matrículas no ensino médio estão estagnadas


O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta sexta-feira os dados completos do Censo Escolar de 2012 no Diário Oficial da União. Os dados mostram que o número total de matrículas no ensino fundamental caiu 2,2%, de 30,3 para 29,7 milhões de alunos. No ensino médio foi registrada queda de 0,3%, o que manteve os dados praticamente estáveis, com a redução de 23 mil matrículas num universo de mais de 8 milhões.
Entre os avanços em relação ao censo do ano passado está o crescimento do ensino integral no nível médio e no nível fundamental, nas redes estaduais e municipais. A alta foi mais expressiva nas áreas rurais, onde o número de matrículas saltou de 81.155 para 125.634 nos anos iniciais do ensino fundamental, e de 52.010 para 82.087 nos anos finais, um crescimento de 54,8% e de 57,8%, respectivamente. O ensino médio em tempo integral nas zonas rurais cresceu 34%, com uma evolução de 10.675 matrículas para 14.369.
Nas áreas urbanas, o número de matrículas do ensino integral cresceu mais em números absolutos, mas foi menos acelerado em termos relativos, na comparação com as áreas rurais.
Os anos iniciais do ensino fundamental nas escolas municipais e estaduais tinham 962.121 alunos em 2011 e, em 2012, passaram a ter 1.139.542 (18,4%). Já as matrículas nos anos finais cresceram de 530.584 para 702.858 (32,4%). No ensino médio, a alta chegou a 33,7%, passando de 162.830 para 217.830 matrículas. [Fonte: Terra]

Dúvida sobre carreira contribui para ingresso tardio na universidade


Sair do ensino médio com 17 anos pode ser cedo para decidir sobre seu futuro. Por isso, muitos jovens adiam a entrada na faculdade. Para Monique Cunha de Araújo, a escolha da profissão ainda não era clara quando deixou o terceiro ano, em Niterói. Apesar de o colégio ser voltado para o vestibular, Monique não compartilhava dos planos de seus colegas que se preocupavam com os preparativos para os processos seletivos das universidades. "Eu queria fazer algo que eu gostasse. Essa era a minha linha de pensamento, eu não queria estresse. Então decidi ir trabalhando, pensando e amadurecendo", conta.
A atitude de Monique ainda é rara entre os adolescentes recém-formados no colégio, diz a coordenadora de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, de São Paulo, Silvana Letorace. Mas ela afirma que casos como o de Monique vêm crescendo. Silvana relata que as situações mais comuns são de alunos que vão estudar um período no exterior antes de entrar na faculdade, algo que acontece muito em países europeus. Porém, faz uma ressalva sobre a importância de regressar ao Brasil para seguir os estudos: "Se o aluno realmente está em dúvida, quer aprimorar uma língua estrangeira, conhecer novas culturas e conhecer outro país é interessante. Mas não pode perder o foco dos estudos. O ideal é que volte para ingressar em uma faculdade".
Nem sempre os pais apoiam a decisão do jovem. Às vezes, os pais desaprovam o fato do filho não prestar vestibular imediatamente. Marcelo Cury conta que era um adolescente desinteressado e que aos 16 anos já trabalhava, o que o afastou dos estudos. O hoje jornalista terminou o Ensino Médio aos 28 anos, no supletivo em um colégio de Sorocaba, e começou a trabalhar em uma rádio na cidade. No emprego, recebeu incentivo de seus chefes para entrar na faculdade de jornalismo, na qual se formou em 2000. Antes disso, porém, Cury teve que enfrentar a pressão familiar para que fizesse o vestibular assim que terminasse o colégio. "Todos os pais têm esse plano, sempre foi um processo natural de todo mundo. Mas eu nunca terminava o colégio e não tinha interesse", conta.
Os pais de Monique aceitaram a escolha da filha com mais tranquilidade. Antes de terminar o terceiro ano em uma instituição de cursos pré-vestibular, a jovem também já trabalhava. Por estar indecisa sobre a carreira que queria seguir, acabou o colégio e trocou de emprego. Começou a trabalhar como secretária em uma empresa de inspeção de dutos, no Rio de Janeiro. Lá conheceu uma gerente que havia estudado Letras com ênfase em alemão e que acabou se tornando seu exemplo.
"Na verdade, eu já gostava muito da língua, mas foi quando eu comecei a conversar com ela que me deu um clique", relata. Com um incentivo financeiro da empresa para fazer pré-vestibular, Monique conseguiu passar no processo seletivo da Universidade Federal Fluminense (UFF) para o mesmo curso que sua colega de trabalho havia feito há alguns anos. Ela hoje dá aulas de alemão para crianças e adultos em Caxias do Sul (RS).
Para Monique, a experiência foi válida para seu amadurecimento e a ajudou a seguir o futuro profissional que considera hoje o mais adequado. "Eu demorei a escolher, mas foi a coisa certa. Eu cheguei a pensar em fazer serviço social, mas, quem sabe, hoje não estaria tão feliz", afirma.
Ela aconselha os jovens que não se sentem maduros para optar por um curso superior a fazerem o mesmo. A coordenadora de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, Silvana Letorace, lembra que o término do colégio é o momento em que os alunos realmente começam a caminhar sozinhos e devem fazer um curso que considerem a escolha correta. Portanto, artifícios como intercâmbio podem ajudar no seu crescimento pessoal para tomar tal decisão.
Cai percentual de calouros com menos de 20 anos nas federais
Nos anos de 1996, 1997, 2003 e entre os meses de outubro e dezembro de 2010, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes), a pedido do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), realizou pesquisas para compor o perfil dos estudantes das universidades federais do Brasil.

O estudo constatou uma diminuição do percentual dos jovens com idade inferior a 20 anos. Em 1996 e 1997, 21,41% dos alunos em instituições de ensino superior federais tinham menos de 20 anos. Em 2010, o índice caiu para 16,8%. Um aumento foi observado quanto a presença de alunos com idade entre 20 e 25 anos, que passou de 53,77% para 57,73%. O percentual dos estudantes universitários de 25 a 29 anos também aumentou de 14,6% para 16,39%.
O coordenador nacional da Fonaprace, Fabrício Carvalho, vê que isso é resultado de dois fatores associados: o aumento do número de vagas proporcionadas pelo plano Reestruturação e Expansão de Universidades Federais (Reuni) e a necessidade de uma formação superior no mercado de trabalho brasileiro. Isso fez com que pessoas que antes não tinham interesse em cursar uma faculdade repensassem a ideia. Ele lembra também que houve um aumento dos cursos noturnos, o que facilitou o ingresso de jovens trabalhadores, como Monique e Marcelo.
Carvalho afirma que a ascensão da classe média também poderia estar associada ao crescimento das porcentagens apresentadas pelo estudo: "Essas pessoas que estão alcançando a classe média são potencialmente produtivas. Com o aumento da sua renda, naturalmente há uma vontade, primeiramente pessoal, e uma necessidade de qualificação no mercado". Carvalho observa que antes todos os membros da família precisavam trabalhar para completar a renda, mas agora sobra tempo para alguém deste círculo familiar estudar. [Fonte: Terra]

Mercadante cobra 30% dos royalties do pré-sal para educação


O ministro Aloizio Mercadante participou da reunião ao lado do presidente da Comissão de Educação, senador Roberto Requião - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado /Divulgação
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou nesta quarta-feira durante reunião da Comissão de Educação do Senado Federal que o Brasil precisa de um "grande pacto em defesa da educação", com a garantia de aplicação no setor ao menos 30% dos royalties obtidos com a exploração do petróleo da camada do pré-sal durante ao menos uma década. As informações são da Agência Senado.
"Se aprovarmos o projeto de distribuição dos royalties como está, vamos pulverizar esses recursos. O que vamos ter no futuro, depois que acabar o petróleo? Ou vamos nos acomodar por 20 anos com essas receitas? Temos de pensar o Brasil sem o pré-sal. E o Brasil só se sustentará como País desenvolvido com educação, ciência e tecnologia", disse o ministro.
Durante a audiência presidida pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), o ministro informou como pretende colocar em prática, ao longo de sua gestão, as metas do Plano Nacional de Educação para o período de 2011 a 2020, ainda sob análise da Câmara dos Deputados. Inicialmente, ele destacou o compromisso do governo com a construção, até 2014, de seis mil creches e pré-escolas. Segundo ele, com isso será possível que um maior número de estudantes chegue ao ensino fundamental "em melhores condições para a alfabetização". Mercadante ainda afirmou que o grande problema do ensino fundamental é a defasagem entre a idade do aluno e a série em que ele se encontra. Atualmente, 15,2% das crianças com 8 anos ainda não são alfabetizadas, com consequências sobre o aprendizado dos anos seguintes. Para resolver essa questão, ele anunciou a adoção do programa Alfabetização na Idade Certa.
Ensino Integral
Inspirado no exemplo do programa Ciência sem Fronteiras, que concederá 100 mil bolsas nas melhores universidades do mundo, o ministro informou que será criado o programa Escola sem Fronteiras, destinado a permitir que professores que se destacam na educação básica conheçam experiências exitosas de educação dentro e fora do País.

O ministro anunciou também a intenção de ampliar as metas de implantação da educação em tempo integral. Em lugar das 32 mil escolas que estariam no Programa Mais Educação até 2014, informou, serão 60 mil escolas. "A experiência internacional mostra que a educação integral faz uma diferença muito importante quando se olha a qualidade de ensino".
O ministro defendeu ainda a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que enfrenta problemas nos últimos anos em termos de logística, como vazamentos de notas e de informações dos inscritos. Em sua opinião, o Ministério da Educação "não tem culpa de o Brasil ser tão grande e tão diverso". Houve nos últimos anos um "avanço logístico", disse, mas sempre haverá riscos na realização do exame. Para ele, o Enem garante a alunos de todo o País as mesmas chances de acesso a benefícios como o financiamento do Prouni.
A respeito do ensino superior, o ministro ressaltou a necessidade de se fortalecer a formação nas áreas de ciências básicas - matemática, física, biologia e química. Atualmente, 41% do total de matrículas no ensino superior encontram-se em apenas cinco áreas: administração, direito, pedagogia, ciências contábeis e enfermagem. Para ilustrar a carência de profissionais em áreas técnicas, ele citou o fato de o Brasil contar com apenas seis engenheiros por um mil habitantes, contra 80 na Coreia do Sul.
Mercadante anunciou ainda a oferta de tablets a 600 mil professores, além de cursos de 360 horas de formação digital. Os tablets, como informou, garantirão acesso a um portal do Ministério da Educação, onde estarão disponíveis 15 mil aulas como auxílio aos professores. "A ideia é levar a internet para a sala de aula. Temos 623 mil professores sem graduação e 350 mil se graduando. Precisamos acelerar esse processo, com o estímulo à formação e às novas tecnologias", disse Mercadante.[Fonte: Terra]

Professores da rede pública receberão tablets ainda em 2012

Professores da rede pública de ensino começarão a usar tablets durante as aulas a partir do segundo semestre deste ano. O Ministério da Educação (MEC) vai distribuir os equipamentos para cerca de 600 mil docentes do ensino médio, de acordo com a Agência Brasil.

Os dispositivos devem chegar a cerca de 62 mil escolas públicas urbanas. A ideia do MEC é que os professores aprendam a usar o equipamento antes dos alunos. Os docentes farão cursos de capacitação assim que a distribuição dos equipamentos for iniciada.

O tablet vai permitir que professores preparem aulas, acessem a internet e consultem conteúdo disponível no dispositivo, como livros, revistas, jornais e aulas preparadas pela ONG Khan Academy, que distribui conteúdo online usado no mundo inteiro.

De acordo com o ministro Aloízio Mercadante, as aulas preparadas no tablet serão apresentadas em uma lousa digital que já está presente em muitas escolas - o MEC afirma que 78 mil equipamentos foram distribuidos em 2011.

A inclusão de tablets é uma medida feita para tentar tornar as aulas mais atrativas para adolescentes e evitar a evasão escolar. "O ensino médio é o grande nó da educação. Os indicadores não são bons e a evasão escolar é alta. A escola não está atrativa para o jovem. Esses equipamentos fazem parte do esforço para melhorar o ensino médio", afirmou.

O MEC deve investir cerca de US$ 180 milhões para a compra dos 600 mil tablets. Em dezembro de 2011, o ministério abriu licitação para a aquisição de 900 mil dispositivos fabricados no Brasil com telas de 7 e 10 polegadas, câmera, microfone e bateria de seis horas de duração. Os tablets de 7 polegadas devem custar cerca de R$ 300 para o Governo Federal, enquanto os de 10 polegadas devem sair por R$ 470 a unidade.

O próximo passo é levar os tablets também para as escolas de ensino fundamental, mas o MEC ainda não tem uma previsão de quando fará isso.[Fonte: Olhar Digital]

Mil posições separam escola federal de estadual na lista do Enem


O Colégio de Aplicação da Universidade de Viçosa (Coluni) ficou em primeiro lugar entre as escolas públicas no Enem
Foto: Coluni/Divulgação


O abismo que separa a Escola Estadual Dom Aquino Corrêa, na cidade de Amambai (MS), e o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni), em Minas Gerais, não está apenas na lista das melhores escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Enquanto o colégio federal mineiro ficou no 8º lugar entre todas as escolas - primeiro entre as públicas - a instituição de Mato Grosso do Sul aparece mil posições depois, mas como primeira colocada entre as escolas estaduais de ingresso regular. Para o doutor em educação e professor da Universidade de Brasília (UnB), Célio da Cunha, a principal diferença entre as duas está no investimento.
"Não fico surpreso com essa diferença. Se pegarmos a história da educação brasileira desde os primórdios veremos que sempre estiveram à frente as instituições que o governo federal patrocinou. Isso acontece porque os investimentos federais são bem maiores", afirma o professor da UnB. Segundo ele, se o mesmo recurso disponibilizado para as escolas federais fosse aplicado pelos Estados e municípios na educação básica, a realidade seria outra.
No balanço divulgado ontem, além do Coluni, apenas 12 instituições públicas aparecem na relação das 100 melhores. Todas elas têm modelo de organização diferenciado e boa parte está vinculada às universidades públicas. Ainda fazem parte do grupo os colégios militares, os institutos federais de educação profissional e as escolas técnicas estaduais. Na lista geral, a primeira escola estadual com oferta regular de vagas é o colégio de Mato Grosso do Sul, na posição 1.008.
Feliz com o fato de a escola do interior ser a primeira entre as estaduais, a diretora do colégio Dom Aquino, Vilma Oliveira da Cruz, diz que os professores se empenham para estimular nos alunos os hábitos de leitura, fundamentais para um bom desempenho no Enem. "Nossa estrutura é muito ruim, a biblioteca é muito pequena, mas os professores levam os livros para a sala de aula e estimulam à leitura", afirma. Ela também diz que a disciplina e o comprometimento dos estudantes é um diferencial da instituição.
Com 615 alunos, no ano passado a escola formou a primeira turma de ensino médio, que atingiu a média de 635,51 pontos no Enem e teve participação de 100% dos estudantes na prova. Segundo a diretora, apesar de todas as dificuldades que a escola enfrenta, dos 25 estudantes, 24 passaram no vestibular. Entre os problemas está a falta de professores pra atender as turmas. "Agora estamos com a grade de docentes completa, mas todo o ano temos que enfrentar isso. As pessoas não querem vir de fora para ganhar pouco. Também temos muita rotatividade, eles ficam um ano na escola e vão embora", afirma.
Os maiores problemas são nas disciplinas de geografia e matemática. O salário inicial, de cerca de R$ 1,3 mil no Estado, não é atrativo para quem precisa sair de outras regiões para trabalhar em uma cidade que fica a mais de 400 km da capital. De acordo com a diretora, a falta de estrutura também é outro empecilho para o ensino. "Não temos prédio próprio, há 50 anos a nossa escola funciona em espaços cedidos. Agora estamos ocupando um lugar no prédio da Universidade Estadual, mas é muito pequeno", critica a diretora. Segundo ela, não há sala de informática, laboratório de ciências, quadra de esportes e nem refeitório. "Os alunos comem com o prato na mão", completa.
Realidades diferentes
Enquanto na escola estadual os alunos contam com uma estrutura mínima para as aulas, no colégio da Universidade de Viçosa, que atingiu média de 726.42 pontos no Enem, os estudantes têm a sua disposição cinco laboratórios de ciências, bibliotecas, computadores em todas as salas de aula e toda a infraestrutura de uma universidade. Os professores possuem dedicação exclusiva, dão aulas em um turno e no outro ficam disponíveis para pesquisas, tirar dúvidas e preparar as atividades.
O salário de um educador, segundo o sindicato nacional dos professores, varia de R$ 2,2 mil a R$ 3,6 mil em nível inicial. De acordo com o diretor Hélio Paulo Pereira Filho, o quadro da escola é composto, em sua maioria, de mestres e doutores. "Temos uma exigência muito grande, nossos professores, assim como o corpo técnico, são altamente qualificados", afirma.
A escola também não enfrenta dificuldades financeiras. Os recursos são suficientes para atender os 480 alunos e toda a estrutura necessária. "Nós também somos uma extensão da universidade, e isso facilita muito", explica o diretor. Ele concorda que, quanto mais recursos, mais fácil fica para gerir uma educação de qualidade. "Eu sempre digo: se a presidente Dilma quer mudar a história do ensino no Brasil, que invista nas escolas de aplicação das universidades".
Vagas
Na escola estadual de Mato Grosso do Sul, qualquer aluno pode se inscrever para uma vaga. "Recebemos todos, dos alunos mais humildes aos mais ricos", afirma o diretora. Já na escola federal de Minas Gerais, para concorrer a uma das 150 vagas oferecidas anualmente, os alunos precisam passar por uma prova, com uma média de dez candidatos por vaga.
"Fazemos esse exame para selecionar os estudantes com o perfil mais adequado", diz Hélio Paulo Pereira Filho. Segundo ele, isso não quer dizer que o ingresso é restrito para os estudantes que têm mais condições de se preparar. "Pelo menos 50% dos nossos alunos vieram de escolas públicas", diz.
Futuro
De acordo com o professor da UnB, o sucesso das escolas federais mostra que o investimento precisa aumentar no País. "Nos últimos anos, as escolas públicas estão acolhendo um grande contingente de pessoas, que antes não tinham oportunidade de estudar. Mas para que isso resulte em qualidade do ensino, é preciso que o recurso também aumente. É só pegar o exemplo dos colégio de aplicação, quando se investe dá certo", diz Célio da Cunha.
O doutor em educação defende a ampliação dos recursos disponibilizados pelo governo federal. "Se com o Plano Nacional de Educação (PNE) conseguirmos avançar para 7% do PIB de investimento na área, já poderemos dar um salto em qualidade. Mas o ideal é avançar mais, porque precisamos recuperar o atraso histórico da nossa educação", completa. [fonte: terra]

Segunda melhor no Enem, escola do PI tem aula de latim e xadrez


Dar "puxões de orelha" em pais faltosos e ver alunos estudando até mesmo na hora do recreio é uma rotina dentro do Instituto Dom Barreto, em Teresina (PI). A escola, que pela terceira vez conquistou a segunda posição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com média de 754,13 pontos, tem disciplinas de latim e xadrez no currículo dos alunos.
O Estado do Piauí, que tem um dos piores índices na classificação geral do exame, conseguiu emplacar dois colégios privados entre as 10 melhores escolas do País. Além do Dom Barreto, foi bem classificado o Educandário Santa Maria Goretti.
O colégio Dom Barreto é uma escola de elite, fundada pela Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. A mensalidade varia de R$ 592 (ensino infantil) a R$ 696 (ensino médio). Além do xadrez e do latim, os alunos têm aulas de filosofia, sociologia, inglês e espanhol, num ambiente que cobra disciplina e exige a participação da família.
No quadro da escola 100% dos 224 professores têm especialização e 15% deles possuem mestrado e doutorado. O maior salário pago a um educador é R$ 7 mil e a média do vencimento fica em torno de R$ 3,5 mil. Além da valorização dos profissionais, a cobrança com os pais também é um diferencial. Se eles faltam a reuniões são cobrados via telefone, e-mail e cartas.
Com 90% dos alunos do ensino médio aprovados nas maiores universidades do País, a diretora do Instituto Dom Barreto, Maria Stela Rangel da Silva, afirma que o "segredo" está na formação humana. "Nosso foco é preparar o aluno para a vida, do aluno ser gente e se preocupar com o próximo", diz a diretora.
As estudantes Clarissa Vilanova, 15 anos, e Maria Clara Chaves Monteiro, 14 anos, concordam que o instituto cobra disciplina e responsabilidade social dos alunos. "A escola não forma só para o vestibular, desperta para o lado humano, de você ser honesta, de cuidar do meio ambiente e noções de mundo", diz Clarissa.
Com 67 anos de existência, a tradicional escola do Piauí também investe em tecnologia. Um dos destaques é a sala do futuro, em que o aluno não usa caneta e nem lápis, somente o computador é companhia no estudo. A partir de 2012, os estudantes do Dom Barreto também vão contar com aulas da disciplina de robótica. O objetivo é estimular o raciocínio lógico dos alunos do ensino fundamental.
Com 3,3 mil alunos do ensino infantil ao médio, o instituto chega a exigir do aluno 8 horas diárias de aulas, de segunda a sábado. No preparatório do Enem desde ano, a escola incluiu mais 12 simulados surpresas, dando ênfase à redação.
Acompanhamento individual
A diretora do Educandário Santa Maria Goretti, Tércia de Moraes Leal, atribui o sucesso do desempenho no Enem ao acompanhamento do aluno desde do maternal ao ensino médio. "Aqui, 80% dos alunos entram ainda no ensino infantil e fazemos um acompanhamento quase que individual, despertando suas habilidades", afirma a diretora.
Santa Maria Goretti tem 1,1 mil alunos e é uma escola católica criada há 40 anos pela professora. O colégio tem carga horária de 8 horas diárias e assim como o Dom Barreto cobra disciplina e compromissos dos pais. Este ano, 90% dos alunos do ensino médio foram aprovados em vestibulares e têm estudantes que conseguiram ser aprovados em cinco vestibulares, além do Enem. [FONTE: TERRA]

CNE aprova as mudanças no Ensino Médio

Grade curricular terá novas disciplinas e escolas ganham autonomia para priorizar áreas de interesse.

Grade curricular terá novas disciplinas e escolas ganham autonomia para priorizar áreas de interesseAs disciplinas de ciência, tecnologia, cultura e trabalho vão fazer parte do novo currículo do ensino médio. As mudanças foram aprovadas, ontem, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e dão mais autonomia às escolas públicas e privadas na elaboração da grade curricular. O ministro da Educação, Fernando Haddad, precisa homologar a proposta para que as mudanças entrem em vigor.

A proposta do CNE é tornar a grade curricular mais atrativa aos jovens e combater a desistência dos alunos do ensino médio. Cada escola vai poder escolher entre quatro áreas de atuação para focar o seu currículo.

De acordo com as novas regras, poderá aumentar ou diminuir o número de horas-aula das disciplinas fundamentais, como português ou matemática. Uma escola de uma região industrial, por exemplo, pode focar seu currículo na área de tecnologia e reduzir a carga horária de disciplinas de física e química.
No ensino médio, a atual carga mínima de estudo é de 2,4 mil horas, divididas em dois conjuntos de disciplinas: a base comum, com as matérias mais tradicionais, como português e matemática, e a base diversificada, que traz os conteúdos eletivos, escolhidos diretamente pela escola. O aluno precisa ter sua carga horária dividida em 75% das matérias tradicionais e outros 25% da base diversificada.

O CNE também aprovou que a escola pode trabalhar até 20% de conteúdo à distância. Além disso, os estabelecimentos terão autonomia para aumentar o período letivo no turno da noite, dando mais tempo aos alunos para concluir os estudos.

O texto aprovado na tarde de ontem pelo CNE altera as diretrizes brasileiras para o ensino médio, em vigor desde 1998. A proposta foi estudada por oito meses pelo conselho.

Secretário avalia como positivas as medidas

Na avaliação do secretário estadual de Educação de Santa Catarina, Marco Tebaldi, as mudanças são positivas e o aluno será o grande beneficiado. Ele explica que a alteração aprovada ontem pelo CNE é conceitual e as escolas não vão precisar incluir novas disciplinas na grade curricular.

– É importante priorizar no ensino médio a relação com o trabalho para iniciá-lo no mercado de trabalho. Há muitas escolas catarinenses que já têm essa percepção, sendo que há casos em que alunos têm até uniforme diferenciado – diz o secretário. [Fonte: DC]


Ensino médio Inovador e integrado ao técnico

Sistema de ensino de Joinville testa propostas do Ministério da Educação na tentativa de renovar uma das áreas de ensino que mais registra desistência de alunos


O ano letivo começou há uma semana na rede pública, mas uma discussão sobre o novo modelo de ensino médio promete ser uma das principais pautas do ano na educação.

Em Joinville, há pelo menos dois modelos sendo testados: um no Cedup e outro em duas escolas da rede estadual – o Brasil Profissionalizante e o Ensino Médio Inovador, criados pelo Ministério da Educação (MEC).

As mudanças no currículo e no modelo do ensino médio têm um objetivo: evitar os altos índices de evasão escolar entre os adolescentes. Na maior cidade do Estado, por exemplo, 5,86% dos jovens entre 15 e 17 anos saíram da escola em 2008. Em alguns bairros, como no Vila Nova, o número está acima dos 15%. Na mesma faixa de idade, a taxa de adolescentes que abandonou definitivamente os estudos naquele ano também era alta: 18,85%.

Para contornar esses números, é meta dos governos federal e estadual apostar em um ensino diferente. No começo do ano, o ministro Fernando Haddad anunciou que o ensino médio integrado com o profissionalizante é uma das grandes esperanças da equipe de especialistas do MEC.

A ideia de o aluno cursar o ensino médio em um turno e fazer o ensino técnico em outro requer formação de professores, parcerias com governos e prefeituras e altos investimentos em infraestrutura nas escolas.

Na região Norte, um modelo parecido foi implantado no ano passado em São Francisco do Sul e em Itapoá. Neste ano, começará a funcionar no Cedup, em duas turmas: técnico em marketing e técnico em qualidade.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, já apresentou um projeto à presidente Dilma Rousseff, que deu sinal verde para encaminhar a proposta à equipe econômica. Na avaliação do ministro, mesmo com a ampliação do número de escolas técnicas federais no governo Lula, o avanço é pequeno na integração do ensino médio com o técnico. “O ensino médio precisa de uma injeção de ânimo muito forte”, afirmou.

Ainda não há definição de custo estimado nem como seria a aplicação da medida. Haddad disse que, além das 354 escolas técnicas federais, poderiam participar do projeto mais 500 escolas do Sistema S (Senac, Senai, Sesc etc) e mais 500 do Programa Brasil Profissionalizado (200 a serem criadas). A carga horária complementar seria composta por disciplinas relacionadas ao curso escolhido mais atividades de esporte e cultura.

O ensino técnico é restrito no País, porque faltam vagas. Enquanto 8,3 milhões cursam o ensino médio, 861 mil fazem o profissionalizante, o equivalente a 10,3%. Dos que estão no nível técnico, 60% começaram depois de terminar o médio.

Para alterar o quadro, o governo terá um desafio pela frente. Em média, cada escola federal oferece 1,2 mil vagas, número insuficiente para atender à demanda. Em algumas unidades, a concorrência é muito acirrada. No Estado, são 1,6 mil estudantes matriculados no ensino médio integrado do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), que oferece 422 vagas nesse modelo. No último processo seletivo, o curso mais concorrido foi o de edificações – 15,53 candidatos para cada uma das 32 vagas oferecidas.


Preparação para o mercado


A partir deste ano, Joinville vai ganhar dois cursos de ensino médio integrado ao ensino profissional. As aulas dos cursos técnico em marketing e técnico em qualidade serão oferecidas no Cedup, mas ainda não está definido se irão começar no primeiro ou no segundo semestre. Serão cerca de cem vagas.

Segundo a consultora educacional da gerência regional de Educação, Angela Cristina da Silva, um modelo parecido foi implantado em Itapoá e em São Francisco do Sul no ano passado, quando duas escolas passaram a formar técnicos em logística portuária e em comércio. “Os cursos foram discutidos com a própria comunidade, levando em conta o mercado”, reforça a consultora.

O ensino médio integrado tem quatro anos de duração. A proposta é aliar as disciplinas do currículo convencional (como português e matemática, por exemplo) ao ensino específico voltado para a profissão. “Com isso, estamos dando uma oportunidade para que as pessoas saiam com uma qualificação para o mercado de trabalho.” A iniciativa faz parte do Programa Brasil Profissionalizado, criado pelo MEC. [Fonte: AN]





Ensino Médio em Tempo Integral

Especialista Critica Modelo


O economista e especialista em educação Claudio de Moura Castro avalia como equivocada a proposta do Ministério da Educação (MEC). Para ele – autor de vários livros e artigos sobre o assunto e considerado um dos maiores estudiosos sobre educação no Brasil –, o projeto ignora décadas de história e pesquisas na área. Integrar não seria a solução dos problemas do ensino médio, que, na opinião dele, está encolhendo por ser “chato e sobrecarregado de matérias”.

“Aprendem-se coisas cujo uso, se é que existe, nem os professores sabem. Isso tudo em uma idade de transição, de grandes terremotos interiores e pouco interesse por assuntos teóricos e abstratos”, critica. O especialista defende que a reforma do médio requer outros caminhos, que não passam pela integração com o técnico. “Ela exige reduzir o número de matérias e, mais ainda, os conteúdos dentro de cada uma. Requer mais aplicação. Ser mais prático não significa ser voltado para um emprego ou ocupação. Significa que a teoria deve ser exercitada em aplicações no mundo real”, ressalta.

Além disso, ele argumenta que o ensino técnico tem um custo elevado. “São escolas muito caras, têm quase custo de universidade federal, que, por sua vez, custam o mesmo que a média da Europa. Não há recursos para a expansão que seria desejável no setor público.” [Fonte: AN]

Santa Catarina Quer Mais Tempo


O secretário de Estado da Educação, Marco Tebaldi, considera a proposta do ministro Fernando Haddad um avanço. No entanto, a integração do ensino médio com o técnico em Santa Catarina não deverá sair nessa gestão, de acordo com Tebaldi. “Precisamos adequar as condições do Estado. Vamos caminhar para isso, preparando para que, na próxima gestão, isso já aconteça. É algo para os próximos anos “, observa.

Mas 16 escolas estaduais catarinenses, além das duas de Joinville, já testam o Ensino Médio Inovador – o modelo já foi implantado em 354 escolas de 18 Estados brasileiros.

Tebaldi lembra que, em sua gestão como prefeito de Joinville, foi implantado um modelo como o proposto pelo MEC, no qual os alunos vão às aulas do ensino médio num período e, no outro, frequentam a escola técnica. No fim de três anos, o estudante sai formado como um técnico também. “A implantação desse modelo contou com o apoio do setor privado de metal-mecânico. A Prefeitura ficou responsável por oferecer o terreno e os professores e eles fizeram o complemento.” [Fonte: AN]

Plano Nacional de Educação tem 20 metas para atingir até 2020

O ministro da Educação, Fernando Haddad, entregou nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o projeto de lei do novo Plano Nacional de Educação (PNE) que irá vigorar na próxima década. O documento de 14 páginas estabelece 20 metas a serem alcançadas pelo país até 2020. Cada uma delas é acompanha de estratégias para que se atinjam os objetivos delimitados. Algumas determinações já foram previstas em leis aprovadas recentemente ou fazem parte do PNE ainda em vigor.
Pelo menos 20% das metas tratam diretamente da valorização e formação dos profissionais do magistério. Entre elas a garantia de que todos os sistemas de ensino elaborem planos de carreira no prazo de dois anos, que todos os professores da educação básica tenham nível superior e metade deles formação continuada com pós-graduação - com a previsão de licenças para qualificação. O PNE ainda determina que o rendimento médio do profissional da educação não seja inferior ao dos demais trabalhadores com escolaridade equivalente.
O plano inclui metas de acesso à educação infantil, ensino médio e superior. Ele reafirma a proposta de emenda à Constituição (PEC) aprovada neste ano que determina a universalização da pré-escola até 2016 e acrescenta que 50% das crianças de até 3 anos devam ter acesso à creche até 2020, patamar que já estava apontado no atual PNE mas não foi atingido. Hoje, esse atendimento é inferior a 20%.
No ensino superior, o PNE estabelece que 33% dos jovens de 18 a 24 anos estejam matriculados nesta etapa - hoje esse percentual é inferior a 15%, longe da meta de 30% que havia sido estabelecida no plano aprovado em 2001. Considerando toda a população, a taxa de matrícula deverá atingir 50% até 2020. No ensino técnico a matrícula deverá ser duplicada. O plano também determina que se atinja a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.
Outra meta é que todas as crianças sejam alfabetizadas até os 8 anos de idade e o analfabetismo na população com mais de 15 anos erradicado até o fim da década - essa última também já estava prevista no PNE em vigor, mas a taxa ainda é de 9,7%. A educação em tempo integral deverá ser oferecida em 50% das escolas públicas e os cargos de direção ocupados mediantes critérios técnicos e mérito. Hoje é comum que os diretores sejam indicações políticas das secretarias de educação.
O Ministério da Educação (MEC) também incluiu no documento as metas de crescimento do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que funciona como um termômetro da qualidade da educação. Até 2021 o país deverá atingir média 6 em uma escala de 0 a 10 ¿ em 2009 a nota foi 4,6. Como Haddad já havia adiantado, o plano inclui a meta de investimento de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) na área.
O presidente Lula encaminhará o projeto de lei ao Congresso Nacional que começará a discussão do texto na próxima legislatura. A previsão é que o novo PNE possa ser aprovado até o fim do primeiro semestre de 2011.
Confira as 20 metas

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.
Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.
Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária.
Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.
Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.
Meta 6: Oferecer educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.
Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)
Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.
Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.
Meta 11: Duplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.
Meta 13: Elevar a qualidade da educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores. 7 estratégias.
Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores. 9 estratégias.
Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.
Meta 16: Formar 50% dos professores da educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.
Meta 17: Valorizar o magistério público da educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.
Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.
Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.
Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. [Notícias Terra]