Mostrando postagens com marcador Professores. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Professores. Mostrar todas as postagens

CAPES Recebe Inscrições de Professores Interessados em Realizar um Curso nos Estados Unidos com Tudo Pago


© Fornecido por Horabrasil


Seguem abertas, até 15 de janeiro de 2025, as inscrições para a seleção da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, que visa preencher 270 vagas em um curso nos Estados Unidos, com tudo pago, para professores.


Trata-se de um curso de inglês, que poderá ser feito por docentes em efetivo exercício nas redes públicas de ensino. Os selecionados terão direito a diversos benefícios como, por exemplo, as passagens, o curso pago, material didático, alimentação e alojamento.


Além disso, receberão uma ajuda de custo, no valor de US$ 700. Também receberão o reembolso da taxa de solicitação de visto (MRV), no valor de US$ 185.


Inscrições para a seleção do curso nos Estados Unidos

As inscrições já estão abertas. Os professores interessados precisam ser concursados, com estágio probatório concluído e estar ministrando aulas de língua inglesa na rede pública federal, estadual, municipal ou distrital de educação básica. Também devem participar do teste de avaliação de nível de proficiência em língua inglesa TOEFL ITP.


Datas importantes

De 05 de novembro de 2024 a 15 de janeiro de 2025 Inscrição de candidaturas no formulário online

De 1º a 9 de fevereiro de 2025 Inscrição para o TOEFL ITP

De 16 a 26 de fevereiro de 2025 Realização do TOEFL ITP

Até 22 de março de 2025 Divulgação do resultado preliminar

De 22 a 29 de março de 2025 Interposição de recursos

Até 5 de abril de 2025 Divulgação do resultado final

Até 26 de abril de 2025 Envio da cópia do passaporte

De 23 a 26 de junho de 2025 Orientação pré-partida e concessão do visto

De 26 a 28 de junho 2025 Embarque para os EUA

De 29 de junho a 8 de agosto de 2025 Atividades acadêmicas nos EUA

De 8 a 11 de agosto de 2025 Retorno ao Brasil

Até 11 de outubro de 2025 Envio do relatório de atividades

Até 11 de fevereiro de 2026 Envio do relatório da atividade de disseminação de conhecimentos.


O post CAPES recebe inscrições de professores interessados em realizar um curso nos Estados Unidos com tudo pago apareceu primeiro em Hora Brasil. Fonte: MSN


ATENÇÃO: As inscrições para a seleção de professores para curso nos Estados Unidos poderão ser feitas, após a leitura do edital, pelo link https://fulbright.org.br/


Estados Unidos da América Ainda Fazem Uso da Palmatória em Escolas Para Punir Alunos

© Getty Images Muitos americanos se surpreendem ao descobrir que estudantes em várias partes do país ainda são submetidos a castigos físicos

Quando a americana Ayanna Smith foi buscar seu filho, Jalijah, na escola, em uma tarde de 2016, foi informada de que o menino, então com 5 anos de idade, havia sido "acusado" por um coleguinha de mostrar a língua para a professora. Sua surpresa aumentou ao descobrir como a escola resolveu o problema: aplicando golpes de palmatória nas nádegas do menino.

"A professora não viu se ele havia mesmo mostrado a língua, apenas acreditou no que outra criança disse", diz Smith à BBC News Brasil. "Ela chamou outro professor, autorizado pela escola a disciplinar estudantes com castigos corporais. Em vez de investigar o que houve ou de me contatar, ele levou meu filho para outra sala e o espancou."
A revolta de Smith foi agravada pelo fato de que ela havia comunicado à escola, localizada em DeSoto, cidade de 53 mil habitantes no Estado do Texas, que não autorizava que o filho fosse disciplinado com punição corporal. "Preenchi o formulário enviado pela escola pedindo permissão dos pais e marquei minha opção", ressalta.
Smith tirou o filho da escola e o educou em casa por quatro meses, até o início do ano letivo seguinte. "Na época, ele ficou com medo de ir à escola", lembra. "Hoje, ele tem 8 anos de idade e estuda em uma escola diferente, mas ainda não consegue confiar nos professores."
Muitos americanos se surpreendem ao descobrirem que estudantes em várias partes do país ainda são submetidos à palmatória e outros tipos de castigos físicos. Afinal, esse tipo de punição já foi banido há décadas na maioria dos países e, mesmo nos Estados Unidos, é proibido em quase todas instituições públicas, como centros de treinamento militar, prisões e até mesmo como sentença para criminosos.
Mas a prática é permitida por lei em escolas públicas de 19 dos 50 Estados americanos, compreendendo alunos desde a pré-escola até o 12º ano (equivalente ao último ano do ensino médio no Brasil). Nas escolas particulares, o alcance é ainda maior, com permissão em 48 Estados - somente Nova Jersey e Iowa proíbem.

Cada Estado dos EUA tem suas próprias regras

O tipo mais comum de castigo é a aplicação de golpes de palmatória nas nádegas, mas há também relatos de espancamento com outros objetos, como cintos ou réguas. Cada Estado tem suas próprias regras, que incluem detalhes como o tipo de palmatória usada, o número máximo de golpes e o grau de força permitidos.
A palmatória é feita de madeira e tem tamanho variado, geralmente em torno de 40 cm de comprimento e de 5 cm a 10 cm de largura. Algumas têm buracos para aumentar a velocidade do golpe e a dor. Os golpes são aplicados por um professor, diretor ou outro funcionário autorizado. Certas escolas exigem a presença de uma testemunha adulta.
Apesar de o departamento federal de Educação recomendar que o castigo seja proporcional ao comportamento, não há controle sobre sua aplicação. Desde casos mais sérios, como brigas, até pequenas infrações, como mascar chiclete, conversar em aula, ir ao banheiro sem permissão ou chegar atrasado, podem levar a essa punição.
Muitas vezes os estudantes podem escolher entre a palmatória ou outro tipo de punição, como suspensão ou notas mais baixas. Dependendo do distrito escolar, os pais podem se recusar a permitir que seus filhos recebam castigos físicos.
Em alguns casos, como na escola de Jalijah, os pais precisam preencher um formulário indicando se permitem ou não. Em outros, os castigos são norma, e os pais que se opuserem precisam tomar a iniciativa de enviar uma carta à escola. Há ainda distritos em que, caso o estudante cometa uma infração, os pais são consultados antes que o castigo seja administrado.
Mas, assim como ocorreu com Smith, não é incomum que a vontade dos pais seja ignorada. Nesses casos, como a lei garante proteção à escola e aos funcionários envolvidos, os pais têm poucos recursos para contestar, mesmo quando o aluno sofre ferimentos.

Quase 110 mil alunos punidos

É difícil encontrar números precisos, já que muitos incidentes não são relatados, mas segundo o Departamento de Educação dos Estados Unidos, quase 110 mil alunos de escolas públicas receberam castigos físicos no ano letivo de 2013-2014. O número é bem menor do que os mais de 342 mil registrados em 2000-2001, e vem caindo gradualmente.
Mesmo nos Estados em que é permitida por lei, a prática já deixou de ser usada por vários distritos escolares. Um exemplo é a Carolina do Norte, onde já foi banida de todos os 115 distritos, apesar de ainda ser oficialmente legal. Neste mês, foi apresentado um projeto para modificar a lei, o que consolidaria a proibição e tornaria o Estado o 32º a abolir esta forma de punição.
Mas, nos locais em que o uso de punição corporal nas escolas persiste, especialmente no sul do país e em comunidades rurais, tentativas de alterar as leis costumam ser recebidas com resistência.
"É tradicional há muitos anos nessas comunidades, é difícil para os moradores abandonarem as tradições", diz à BBC News Brasil o deputado estadual republicano Steve Riley, de Kentucky, autor de uma proposta para proibir castigos físicos nas escolas públicas do Estado.
Riley destaca que somente 17 dos 173 distritos escolares de Kentucky, predominantemente em zonas rurais, ainda permitem a prática. Mesmo assim, sua proposta acabou nem indo à votação. Dois projetos semelhantes já haviam sido apresentados em 2018 e 2017, também sem sucesso.
"A maior parte da resistência vem daqueles que acreditam que isso deve ser uma decisão local, sem interferência do governo estadual", afirma Riley, que atuou por mais de 30 anos como professor e diretor de escola e pretende reapresentar a proposta no próximo ano.
"Castigo físico não muda comportamento, é simplesmente punição. Não acho que seja eficaz. Adultos não deveriam espancar estudantes na escola. Não é bom para ninguém", afirma.

Castigos físicos já foram amplamente aceitos nos EUA

Durante séculos, o uso de castigos físicos para disciplinar estudantes foi amplamente aceito nos Estados Unidos. Em 1867, New Jersey foi o primeiro Estado a proibir a prática em escolas públicas. Mas somente em 1971, mais de cem anos depois, um segundo Estado, Massachusetts, seguiu o exemplo.
Em 1977, a discussão chegou à Suprema Corte, a mais alta instância da Justiça americana, que decidiu que o uso de castigos físicos nas escolas era constitucional. Nas décadas seguintes, muitos Estados baniram a prática de suas instituições de ensino públicas.
Hoje, o uso de castigos físicos em escolas públicas é considerado ilegal em 31 Estados e no Distrito de Columbia, onde fica a capital americana, Washington. Mas, desde 2011, quando o Novo México adotou a proibição, nenhum outro Estado conseguiu mudar sua lei. Várias tentativas recentes de aprovar uma proibição em nível federal também não foram adiante.
Com isso, os Estados Unidos estão atrás da maioria dos países desenvolvidos. Segundo a organização Global Initiative to End All Corporal Punishment of Children (Iniciativa Global para Acabar com Toda Punição Corporal de Crianças, em tradução livre), 131 países proíbem completamente o uso de castigo físico nas escolas.
Em outros 68, a proibição em escolas não existe ou não é total, como no caso americano. Em 54 países, entre eles o Brasil, a proibição se aplica a qualquer local, inclusive em casa.
"O conceito de disciplina física está profundamente arraigado na nossa cultura e História", diz à BBC News Brasil o especialista prevenção de abusos de crianças Victor Vieth, fundador do National Child Protection Training Center (Centro Nacional de Treinamento para Proteção de Crianças, em tradução livre) e diretor de Educação e Pesquisa do Zero Abuse Project (Projeto Abuso Zero, em tradução livre).
"Também acho que a religião tem um papel importante. Os Estados em que castigo físico em escolas ainda é legal tendem a ser mais religiosos e mais conservadores", observa.

Especialistas dizem que castigo físico pode piorar comportamento do aluno

Muitos especialistas afirmam que a aplicação de castigos físicos nas escolas não ajuda a melhorar comportamento ou desempenho acadêmico e costuma ter impacto negativo em ambas as áreas, além de reduzir a confiança entre professores e alunos e poder causar ferimentos. Nos Estados Unidos, várias organizações religiosas, de saúde e educação se opõem à prática.
A Associação Americana de Psicologia diz que castigos corporais podem levar a comportamento antissocial, agressividade e problemas de saúde mental nas crianças. A Academia Americana de Pediatria diz que a prática é ineficaz e prejudicial e pode gerar um círculo vicioso de comportamento cada vez pior e punições cada vez mais severas.
A Associação Médica Americana, maior associação de médicos do país, a United Methodist Church (Igreja Metodista Unida, terceira maior denominação cristã do país, e a Associação Nacional de Diretores de Escolas Secundárias também estão entre as organizações oficialmente contrárias à prática.
Críticos afirmam ainda que castigos físicos violam os direitos humanos das crianças. Além disso, vários estudos indicam que, nas escolas americanas, afetam desproporcionalmente estudantes negros e portadores de alguma deficiência, dificuldade de aprendizado, autismo ou em cadeira de rodas.
Apesar das críticas, há pais e professores que ainda consideram os castigos físicos uma boa maneira de disciplinar os estudantes, acreditam que não faz mal em moderação e consideram preferível a outras alternativas, como suspensão.
Mas a prática vem perdendo espaço. Em 2016, um estudo do professor de economia Dick Startz, da Universidade da Califórnia em Santa Bárbara, revelou que apenas sete Estados (Mississippi, Texas, Alabama, Arkansas, Georgia, Tennessee e Oklahoma) respondem por 80% dos casos de punição corporal em escolas públicas americanas.
"A maioria dos pais e mães mais jovens se opõe ao uso de castigos físicos", diz Vieth. "Acredito que a maioria dos americanos são contra castigos físicos na escola, mesmo que apoiem dentro de casa. A prática está em declínio." [Fonte: MSN Notícias]

Uso da tecnologia vai mesmo deixar os professores ultrapassados em sala?

Pixabay
Há alguns anos, a inteligência artificial tem sido posicionada como o ápice da tecnologia para a educação. Muitos acreditam que somente a tecnologia, de modo geral, é capaz de abrir espaço para a inovação educacional, sobretudo em um contexto em que crianças e jovens gastam duas vezes mais tempo diante das telas – televisão, computador, smartphone e tablet – do que na escola.
Essa forma de pensar ganhou reforço desde 2010, quando a revolução digital passou a ser incorporada à escola. Um pensamento mais criterioso, entretanto, mostra que a educação inovadora nem sempre está atrelada a soluções tecnológicas do momento, como a da inteligência artificial. Inovar na educação requer analisar os contextos específicos e os objetivos mais amplos, antes de depositar toda a esperança de mudança educacional em uma abordagem única.
A Geekie, referência em educação com apoio de inovação no Brasil e no mundo, há sete anos tem usado a inteligência artificial em ferramentas e plataformas criadas pela empresa. Com uma visão pragmática e especializada, temos criado uma forma inovadora de fazer uso da tecnologia e de metodologias.
Um dos produtos da Geekie – Geekie Games, plataforma de estudo online que capacita e aprimora o desempenho de estudantes em provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e vestibulares, exames que permitem o ingresso ao ensino superior – faz uso da inteligência artificial. Com oferta de planos de estudos personalizado, aulas, exercícios, simulados e simulador do Sistema de Seleção Unificada (SISU), a plataforma já foi usada por mais de 7 milhões de jovens brasileiros.
É a única ferramenta de estudos para o ENEM que conta com o reconhecimento do MEC. Ao longo da trajetória, a ferramenta auxiliou 73% de estudantes com idade entre 18 anos e 24 anos: 22% entre 25 anos e 44 anos; e 5% com mais de 44 anos, sendo 64% de mulheres e 36% de homens. Desse universo, 72% são de escolas públicas e 28% particulares. Em 2016, a avaliação Metas Sociais – uma das organizações mais conhecidas que mensuram o impacto das políticas sociais, faz uma análise intensiva do impacto social deste projeto; depois de averiguar dados de mais de 140 mil estudantes – comprovou que o algoritmo de recomendação do plano de estudos da empresa proporcionou uma melhoria cinco vezes maior em relação a quem seguiu um plano de estudos padronizado.
Cabe lembrar que a inteligência artificial está entre nós desde a década de 1950. O cientista J. McCarthy, da Universidade de Stanford, usou o termo pela primeira vez em uma conferência, em 1956, na Dartmouth University, nos Estados Unidos. Na ocasião, classificou teorias de complexidade, simulação de linguagem, redes neurais e máquinas de aprendizagem; na prática, sistemas de imaginação humana que usam a ciência da computação.
Uma das chaves da inteligência artificial aplicada à educação é a machine learning – um programa ou sistema que constrói um modelo preditivo a partir da análise de correlações entre os dados disponíveis para aplicar sobre dados não conhecidos. Esse sistema usa o modelo aprendido para traçar previsões úteis a partir de novos dados; o aprendizado de máquina também se refere ao campo de estudos relacionado a esses programas e sistemas.
A machine learning é a prática de usar algoritmos para coletar dados, aprender com eles e fazer predição de algo. A partir desses dados e algoritmos, a máquina é “treinada” e adquire habilidade de aprender a executar determinada tarefa. Com a automação de funções analíticas, cada vez mais será exigido dos seres humanos habilidades criativas e sociais. Jennifer Rexford, acadêmica da Ciência da Computação, da Universidade de Princeton, afirma que o modo que ensinamos hoje não coloca muita ênfase em criatividade, percepção social, design e trabalho em grupo; segundo ela, o campo da educação está buscando formas de responder ao impacto da inteligência artificial.
E isso requer não apenas o foco no ensino de diferentes habilidades para preparar os jovens para o futuro do trabalho, mas empregar inteligência artificial para adotar novas formas de ensinar. Concordo. A trajetória e visão da Geekie mostra a importância da inclusão do professor em todas as propostas educacionais; com ou sem tecnologia, o envolvimento desse profissional é essencial para potencializar o aprendizado.
Aliás, um tema educacional recorrente é que enquanto os millenniuns têm demandado mais tecnologia dentro da sala de aula, os professores resistem às inovações educacionais. Ouso discordar. Na Geekie, aliamos a tecnologia de ponta às metodologias pedagógicas inovadoras que potencializam o aprendizado.
Ao contrário do pregado pelos críticos, a tecnologia tem se tornado uma importante aliada dos educadores, sobretudo no desafio de gerenciar melhor o tempo dentro e fora da sala de aula. No Brasil, os docentes utilizam 12% da carga horária para administrar tarefas operacionais (corrigir exercícios e provas, preencher listas e tabelas, elaborar e revisar planejamento, calcular notas); 20% é usado para manter a disciplina na sala de aula; e 67% é dedicado ao ensino e aprendizagem propriamente dita. Essa é a conclusão da pesquisa conduzida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Com a experiência do atendimento de mais de 12 milhões de alunos e 5 mil escolas públicas e privadas, podemos afirmar que o principal aprendizado é que a tecnologia a serviço da educação se torna mais poderosa quando está nas mãos dos professores. Quando o auxiliamos o docente a ter informações de forma rápida e eficiente, ele se torna um verdadeiro super-herói que pode melhorar a qualidade da educação no Brasil. Com avanços tecnológicos exponenciais, o desafio é direcioná-los para levarmos a educação a um novo patamar.
Não se trata de automatização, mas da possibilidade inovadora de personalizar, canalizar o tempo dos educadores e gestores para o que realmente importa e utilizar os recursos e metodologias capazes de apoiar uma educação coerente com as necessidades dos nossos alunos. O ponto central é que as tecnologias trazem benefícios exponenciais quando voltadas aos professores. Um computador nas mãos dos professores, por exemplo, elevou a notas dos alunos brasileiros no PISA em 2,7 pontos.
O processo de visto e correção de atividades alternativas pode levar muito tempo, demandando um tempo precioso que poderia ser investido no desenvolvimento de planos de aula e no atendimento um a um com estudantes. A inteligência de dados pode trazer uma experiência mais personalizada e personalizável; aprendizado adaptável no qual os professores passam a ter acesso exatamente quando o aluno está consumindo o conteúdo; o envio de informações sobre como estão lidando com esses conceitos. Esse conhecimento oferece ao professor a oportunidade de fazer ajustes nas aulas de acordo com a necessidade do aluno. Podem, inclusive, oferecer conteúdo adicional para que o aluno possa ter um reforço necessário a ir mais adiante.
Com o apoio da inteligência de dados, o trabalho do professor não se restringe a passar os conceitos, sim moldar comportamentos como resiliência e inteligência emocional para lidar com desafios. Além disso, todos nós temos aquela lembrança de um professor que moldou nossas vidas e nos inspirou a escolher uma carreira profissional ou tomar uma decisão de longo prazo nas nossas vidas. A tecnologia pode colaborar para conectar estudantes e tutores por meio de feedbacks constantes e customizados.
Com esses dados, vemos que o fator humano não pode ser substituído. Vale lembrar que a interação com o docente face a face, é responsável pelo desenvolvimento das habilidades do século XXI – incluindo habilidades cognitivas como resolução de problemas e desenvolvimento de pensamento crítico, além de características como determinação e perspectiva.
Em suma, usar a tecnologia em sala de aula extrapola a visão sobre a capacitação de professores para o uso da ferramenta. Estamos falando de como os recursos tecnológicos ajudam a tornar a aula uma experiência mais dinâmica e completa. Algo que é almejado por alunos, professores, pais e toda a comunidade educacional.
Claudio Sassaki é mestre em Educação pela Stanford University e cofundador da Geekie, empresa referência em educação com apoio de inovação no Brasil e no mundo [Fonte: Yahoo]

Brasil é Campeão em Violências Contra Professores


Segundo pesquisa da OCDE, 12,5% dos professores brasileiros disseram sofrer violência verbal ou intimidação de alunos, pelo menos uma vez por semana. O Brasil ocupa a primeira posição no ranking. Em segundo lugar aparece a Estônia com 11%, seguida pela Austrália com 9,7%.

A pesquisa foi realizada em 34 países, com a participação de 100 mil professores e diretores dos ensinos fundamental e médio.

Outra pesquisa mostra que mais de 22,6 mil professores foram ameaçados por estudantes e mais de 4,7 mil sofreram atentados à vida nas escolas. Os dados são do questionário da Prova Brasil 2015, aplicado a diretores, alunos e docentes do 5º e do 9º anos do ensino fundamental de todo o país. 

A violência também ocorre entre estudantes: 71% dos mestres presenciaram agressões verbais ou físicas entre eles. As informações estão na plataforma Qedu.

Canadense ‘exilada no frio’ é eleita a melhor professora do mundo



© image/jpeg O aventureiro e montanhista Bear Grylls, a vencedora Maggie MacDonnell e o Sheik Mohammed bin Rashid Al Maktoum, primeiro-ministro e vice-presidente dos Emirados Árabes Unidos e emir de Dubai

A canadense Maggie MacDonnell foi anunciada neste domingo a vencedora do  Global Teacher Prize, competição que escolhe o melhor professor do mundo. O Brasil concorria ao prêmio com  capixaba Wemerson da Silva Nogueira, que se tornou nacionalmente conhecido no ano passado, ao levar o prêmio Educador Nota 10, concedido em parceria pela Fundação Victor Civita com a Fundação Roberto Marinho por um projeto sobre a contaminação do Rio Doce após o rompimento da barragem de Mariana (MG).
Em seu discurso de agradecimento na cerimônia de premiação realizada em Dubai, nos Emirados Árabes, neste domingo, Maggie MacDonnell exaltou a classe. “Nós temos importância, professores importam”, disse. Em seguida, a docente puxou um coro na plateia da frase “Teachers matter” (“professores importam”).  
Maggie trabalha em uma comunidade que possui apenas 1.300 habitantes e onde a temperatura no inverno chega a menos 25 graus Celsius. A docente desenvolveu vários projetos para incentivar a permanência escolar 
A canadense, que é natural da província de Nova Escócia, uma ilha ao leste do país,  também falou sobre a sua experiência como professora no Salluit, uma comunidade inuíte no ártico canadense — ela testemunhou o enterro de dez alunos no período de seis anos em que trabalha por lá. “A memória que continua a me assombrar é a de quando vejo esses canadenses colocando os corpos de seus entes queridos na terra, sob a tundra. No dia seguinte, ao chegar na sala de aula, há um silêncio, mas que ecoa aqui.”

Maggie trabalha em uma comunidade que possui apenas 1.300 habitantes e onde a temperatura no inverno chega a menos 25 graus Celsius. As escolas da região sofrem com a desistência de professores — a instituição onde Maggie atua está sem diretor, por exemplo. Por lá, a docente desenvolveu vários projetos para incentivar a permanência escolar, como um programa de nutrição, em que os estudantes preparam lanches para os colegas, e a criação de um centro esportivo para as crianças e adolescentes das escolas e a comunidade em geral.
‘A memória que continua a me assombrar é a desses canadenses enterrando seus entes queridos sob a tundra. No dia seguinte, ao chegar na sala de aula, há um silêncio, mas que ecoa aqui’


Maggie MacDonnel
O prêmio é concedido pela Varkey Foundation e encerra o evento Global Education & Skills Forum, que recebe anualmente educadores, empresários, pensadores e políticos para debater educação. Esta foi a terceira edição do Global Teacher Prize — nos anos anteriores, venceram a palestina Hanan Al Hroub (2016) e a americana Nancie Atwell (2015). Neste ano, foram mais de 20.000 inscritos. Os dez finalistas incluíam, além de Maggie e de Wemerson, professores de lugares como Reino Unido, Quênia e Paquistão.
Wemerson Nogueira, de 26 anos, tem experiência de cinco anos lecionando química e ciências em escolas públicas da região de Nova Venécia, a 200 quilômetros de Vitória. Ele passou por cerca de quinze escolas — algumas sofriam com problemas como a alta taxa de evasão, tráfico de drogas e notas baixas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Neste ano, ele deixou a educação básica e começou a trabalhar com turmas de pedagogia e engenharia elétrica e da computação em uma universidade privada na capital do Espírito Santo.
O capixaba desenvolveu diversos projetos dentro e fora da sala de aula, envolvendo alunos, outros docentes e a comunidade. Entre eles, estão o de trabalhar com os alunos usando aplicativos, distribuição de panfletos de conscientização sobre o uso de drogas e o ensino da tabela periódica a partir dos metais encontrados na água contaminada do Rio Doce após o rompimento da barragem de Mariana (MG). O professor ainda organizou a construção de filtros para serem distribuídos à comunidade ribeirinha. Por esse projeto, de 2016, ele ganhou oito prêmios, entre eles o Educador Nota 10, uma iniciativa feita em parceria entre a Fundação Victor Civita e a Fundação Roberto Marinho. Veja também:

Professores se sentem excluídos dos debates educacionais, diz pesquisa

Ver os alunos aprendendo de verdade é o que mais motiva os professores do ensino básico brasileiro a continuarem na carreira do magistério, mas não serem ouvidos pelos gestores é um dos pontos mais os preocupam. Esses foram alguns dos resultados da pesquisa Conselho de Classe, realizada pelo IBOPE Inteligência a pedido da Fundação Lemann, com o apoio do Instituto Paulo Montenegro, e que contou com a participação de 1 mil professores do ensino fundamental da rede pública.
O objetivo da pesquisa foi dar voz aos professores, tão importantes agentes de mudança na educação. A pesquisa mostrou a visão deles sobre a educação do país. Entre a várias perguntas que eles responderão, estão:
  • Quais aspectos trazem mais satisfação na sua atuação como professor?
  • Com que frequência você sente que a sua opinião é ouvida?
  • O que você gostaria de discutir e mudar na educação?

Formação e atuação dos professores

Mais de 60% dos professores entrevistados fizeram a graduação em alguma universidade particular. Apesar disso, a maioria deles estudou o ensino básico (ensino fundamental e médio) em escola pública. Além disso, poucos têm ou tinham pais com ensino superior completo.
A maioria dos entrevistados também disse que pretende continuar na mesma escola em que atua nos próximos cinco anos. Dos participantes, 9% disse que pretende permanecer como professor, mas em outra escola, e 5% que gostaria de assumir cargos de direção e administração escolar.
Os pesquisadores conversaram com alunos de escolas onde realizaram o estudo e descobriram uma coisa que todas elas tinham em comum: professores inspiradores que impactaram suas vidas. Assista abaixo ao vídeo dessa conversa com os alunos.

O que mais motiva o professor

A entrevista ainda procurou saber o que, nas condições por que passam hoje, motiva os professores a continuarem na carreira do magistério. Saber que está contribuindo para o aprendizado dos alunos foi a principal resposta dos entrevistados (72%). A maioria, por exemplo, disser ser totalmente a favor de que os currículos de todas as escolas do Brasil tenham uma base comum, e que saber o que é esperado do aluno a cada ano facilitaria seu trabalho.
A remuneração foi citada como motivador por 20% dos entrevistados. Vale ressaltar que o estudo quis identificar o que o motiva a continuar como professor e não o que é mais importante para o profissional. Além disso, mais de 70% dos professores afirmaram sentir que existe um descompasso financeiro frente a outros profissionais de nível superior, tanto do setor público quanto privado.
Entrevista com professora na pesquiisa Conselho de Classe

Como os professores se sentem

Mais da metade dos entrevistados disse que nem sempre tem voz no debate educacional. A sensação de ser ouvido vai piorando quanto mais distante o professor se sente de um órgão ou gestor, como o Ministério da Educação: 96% dos professores disseram que nunca ou apenas algumas vezes se sentiram ouvidos pelo MEC.
O estudo mostrou que, para os professores, caso a opinião deles fosse mais ouvida pelos gestores educacionais, questões como condições de trabalho e desempenho escolar dos alunos poderiam ser mais impactadas. Além disso, para eles, o tema mais importante para se discutir é o acompanhamento psicológico e a indisciplina dos alunos.

Temas preocupantes para os professores

A pesquisa identificou quatro grandes temas que mais preocupam os docentes. O primeiro é a questão da formação efetiva dos alunos. Para eles, essa luta é importante, pois assim é possível enfrentar a defasagem de aprendizado, por exemplo. A maioria também disse não ter certeza se o que ensina para os alunos é suficiente para que se desenvolvam pessoal e profissionalmente.
O segundo tema diz respeito à heterogeneidade das turmas. Dentro deste tema, um dos desafios é a falta de condições adequadas para a inclusão de alunos com deficiência. Já o terceiro tema trata sobre a relação com as família. Os professores disseram se sentir sobrecarregados com tarefas que deveriam ser assumidas pelos pais, por exemplo.
O último tema preocupante para os professores é a aplicabilidade das políticas educacionais. A maioria se sente excluído do processo de implementação de políticas públicas para a educação.
Quer conhecer melhor a opinião dos professores sobre esses e outros temas? Baixe gratuitamente a pesquisa “Conselho de Classe”, basta preencher o formulário abaixo. [Fonte: QEdu]

Pesquisa põe Brasil em topo de ranking de violência contra professores


saída escola no Rio de Janeiro Foto Tânia Rego/Agência Brasil
Estudo também revelou que também revelou que apenas um em cada dez professores no Brasil acreditam que a profissão é valorizada pela sociedade

Uma pesquisa global feita com mais de 100 mil professores e diretores de escola do segundo ciclo do ensino fundamental e do ensino médio (alunos de 11 a 16 anos) põe o Brasil no topo de um ranking de violência em escolas.
Na enquete da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), 12,5% dos professores ouvidos no Brasil disseram ser vítimas de agressões verbais ou de intimidação de alunos pelo menos uma vez por semana.
Trata-se do índice mais alto entre os 34 países pesquisados - a média entre eles é de 3,4%. Depois do Brasil, vem a Estônia, com 11%, e a Austrália com 9,7%.
Na Coreia do Sul, na Malásia e na Romênia, o índice é zero.
O tema da violência em sala de aula foi destacado por internautas ouvidos pela BBC Brasil como um assunto que deveria receber mais atenção por parte dos candidatos presidenciais e vem gerando acirrados debates em posts que publicamos nos últimos dias nas nossas páginas de Facebook,Twitter e Google +.
"A escola hoje está mais aberta à sociedade. Os alunos levam para a aula seus problemas cotidianos", disse à BBC Brasil Dirk Van Damme, chefe da divisão de inovação e medição de progressos em educação da OCDE.
O estudo internacional sobre professores, ensino e aprendizagem (Talis, na sigla em inglês), também revelou que apenas um em cada dez professores (12,6%) no Brasil acredita que a profissão é valorizada pela sociedade; a média global é de 31%.
O Brasil está entre os dez últimos da lista nesse quesito, que mede a percepção que o professor tem da valorização de sua profissão. O lanterna é a Eslováquia, com 3,9%. Em seguida, estão a França e a Suécia, onde só 4,9% dos professores acham que são devidamente apreciados pela sociedade.
Já na Malásia, quase 84% (83,8%) dos professores acham que a profissão é valorizada. Na sequência vêm Cingapura, com 67,6% e a Coréia do Sul, com 66,5%.
A pesquisa ainda indica que, apesar dos problemas, a grande maioria dos professores no mundo se diz satisfeita com o trabalho.
A conclusão da pesquisa é de que os professores gostam de seu trabalho, mas "não se sentem apoiados e reconhecidos pela instituição escolar e se veem desconsiderados pela sociedade em geral", diz a OCDE.

Pelo Facebook, leitora comenta que Brasil peca por falta de políticas públicas que contemplem a educação

Segundo Van Damme, "a valorização dos professores é um elemento-chave para desenvolver os sistemas educacionais".
Ele aponta melhores salários e meios financeiros para que a escola funcione corretamente, além de oportunidades de desenvolvimento de carreira como fatores que podem levar a uma valorização concreta da categoria.
No Brasil, segundo dados do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDEs) da Presidência da República, divulgados em junho deste ano, a remuneração média dos professores é de pouco menos de R$ 1,9 mil por mês.
A média salarial dos professores nos países da OCDE, calculada levando em conta o poder de compra em cada país, é de US$ 30 mil (cerca de R$ 68,2 mil) por ano, o equivalente a R$ 5,7 mil por mês, o triplo do que é pago no Brasil.
O especialista da OCDE cita a Coreia do Sul e a China como exemplos de países onde o trabalho dos professores é valorizado tanto pela sociedade quanto por políticas governamentais, o que representa, diz ele, um "elemento fundamental na melhoria da performance dos alunos".
"Em países asiáticos, os professores possuem um real autoridade pedagógica. Alunos e pais de estudantes não contestam suas decisões ou sanções", afirma.
A organização ressalta que houve avanços na educação brasileira nos últimos anos. Os investimentos no setor, de 5,9% do PIB no Brasil, estão próximos da média dos países da OCDE (6,1%), que reúne várias economias ricas.
"Entre 2000 e 2011, o nível de investimentos em educação no Brasil, em termos de percentual do PIB, quase dobraram", afirma Van Damme.
Outro indicador considerado importante pela OCDE, o percentual de jovens entre 15 e 19 anos que estudam, é de 77% no Brasil. A média da OCDE é de 84%.[Fonte: BBC Brasil]

Quase 90% dos professores se sentem desvalorizados no Brasil

Quase 90% dos professores brasileiros acreditam que a profissão não é valorizada na sociedade. Mesmo assim, a maioria está satisfeita com o emprego. O resultado foi apresentado semana passada pela Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem (Talis) da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) que ouviu 100 mil professores e diretores escolares em 34 países.
De acordo com o levantamento, somente 12,6% dos professores brasileiros consideram-se valorizados. A proporção está abaixo da média internacional, de 30,9%. No entanto, 87% dos professores brasileiros consideram-se realizados no emprego, próximo da média global de 91,1%.
Apesar de não se sentirem valorizados, os professores brasileiros estão entre os que mais trabalham, com 25 horas de ensino por semana, seis horas a mais do que a média internacional. Em relação ao tempo em sala de aula, os professores brasileiros ficam atrás apenas da província de Alberta, no Canadá, com 26,4 horas trabalhadas por semana, e do Chile, com 26,7 horas.
Mesmo trabalhando mais que a média, os professores brasileiros gastam mais tempo para manter a ordem em sala de aula. Segundo o levantamento, 20% do tempo em sala é usado para controlar o comportamento dos alunos, contra 13% na média internacional.
Todos os entrevistados na pesquisa dão aula para a faixa etária de 11 a 16 anos. A publicação também mostra que nos países em que os professores se sentem valorizados, os resultados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa) tendem a ser melhores.
Quanto à formação, mais de 90% dos professores brasileiros dos anos finais do ensino fundamental concluíram o ensino superior, mas cerca de 25% não fizeram curso de formação de professores. Segundo a falta de especialização reflete-se no ensino. Professores com conhecimento de pedagogia e de práticas das disciplinas que lecionam relataram se sentir mais preparados do que aqueles cuja educação formal não continha esses elementos.

Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), os dados serão incorporados aos dados do Censo Escolar e das avaliações nacionais, para que se possam criar descrições ainda mais detalhadas da situação educacional brasileira.[Fonte: Terra]

Dilma diz que professores precisam ser valorizados pelos governantes

A presidente Dilma Rousseff defendeu novamente a valorização dos professores para melhorar a Educação no Brasil. Neste 15 de outubro, Dia do Professor, Dilma cumprimentou os profissionais e afirmou que sua missão "precisa ser valorizada por toda a sociedade, especialmente pelos governantes".
Na semana passada, Dilma já havia ressaltado a importância dos investimentos em educação no País. Segundo ela, o caminho para o Brasil se tornar uma nação desenvolvida passa pelos investimentos no ensino, com professores "mais bem formados e melhor remunerados". A presidente defende a utilização dos recursos dos royalties do petróleo para pagar melhores salários aos educadores e melhorar a qualidade da educação básica.
"Sou filha de professora. Por isso, aprendi desde cedo que a alegria que se tem em pensar, estudar e aprender nos impulsiona a pensar, estudar e aprender sempre mais", escreveu a presidente em seu Twitter. "O professor é a base do desenvolvimento de um País. Feliz #DiaDoProfessor!" [Fonte: Terra]
NOTA DO EDITOR DO BLOG: "Que cara de Pau!", porque entre o discurso ideológico e demagogo sobre educação como plataforma política e a realidade há um abismo de 500 anos!

Salário de profissionais de educação apresenta queda em 2012

Os salários dos profissionais que prestam serviços em ensino - como professores, pedagogos, coordenadores, assistentes, vigilantes, secretárias, merendeiras, porteiros, entre outros - tiveram redução quantitativa e percentual de 2011 a 2012. De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais) 2012, divulgadanesta sexta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego, os salários no setor de ensino caíram de R$ 2.884 para R$ 2.852 - redução de 1,1%, o que representa R$ 32 a menos na folha de pagamento.
Entre os setores elencados pela Rais, o de serviços está entre os três que tiveram os menores aumentos no período avaliado - 2,1%, taxa inferior à média nacional (2,97%). Entre os subsetores elencados pela relação do Ministério do Trabalho, em que estão incluídos os serviços em ensino, o de produção de materiais de transporte também teve redução, de 0,34%.
A informação de que os salários dos profissionais em educação apresentaram redução em 2012 vai de encontro com outro dado também da Rais: o setor de serviços foi o que mais gerou empregos no mesmo ano, cerca de 794 mil. Um dos destaques nesse setor foi justamente o de prestação de serviços em educação, responsável por 5,67% do total, aproximadamente 45 mil postos de trabalho.
De acordo com o Ministério do Trabalho, a geração de emprego demonstra o aumento do consumo das famílias em saúde e educação - o que, economicamente, deveria provocar alta dos salários, motivado pelo crescimento da demanda por esses serviços. No entanto, o que ocorre é a escassez de profissionais.
"Esse dado (redução salarial) mostra uma realidade que, infelizmente, denunciamos há muito tempo. O decréscimo mostra que a educação não está sendo valorizada, em uma dinâmica em que não há a valorização do trabalhador", disse à Agência Brasil o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão.
Segundo Leão, o fato de a demanda por profissionais ser grande e os salários baixos intensifica ainda mais a escassez de mão de obra. "Há cursos de licenciatura nas universidades que estão fechando porque não há alunos. Ninguém quer seguir carreira que não tem perspectiva de futuro, em que se ganha pouco", explicou o presidente da CNTE, em relação à formação de professores.
Atualmente, o piso salarial dos professores do magistério público é R$ 1.567. Para Roberto Leão, o fato de o piso não estar sendo respeitado em todo o país contribui para a diminuição da média salarial.
"No serviço público, um professor chega a receber 60% menos do que um profissional de mesma formação (superior), como engenheiros ou advogados", informou.
Segundo a diretora executiva do movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, os salários dos profissionais, em termos absolutos, têm aumentado em todo o país. Para ela, com a contratação de mais professores recém-contratados, cresce o número de profissionais em início de carreira que ganham o piso salarial. Isso faz com que, na média, haja uma redução dos salários. No entanto, a diretora concorda que os ganhos atuais não são atrativos para a carreira. "Não podemos afirmar que está havendo uma desvalorização dos salários, mas o patamar atual é insuficiente para atrair os melhores alunos do ensino médio para a carreira e com isso melhorar o ensino".
A Rais é um registro das declarações anuais e obrigatórias de todos os estabelecimentos existentes no país. Gerenciados pelo Ministério de Trabalho e Emprego, os dados são as principais fontes de informações sobre o mercado de trabalho formal, sendo usados pelo governo na elaboração de políticas públicas. [Fonte: Terra]

Dia dos Professores: carreira perde interessados ano a ano

"Não tenho filhos, mas se tivesse faria de tudo para não deixar que se tornassem professores. É o que farei com meus sobrinhos". Desta forma o educador Oscar Eduardo Magnusson resume o sentimento que acompanha os profissionais da categoria. Com salários desvalorizados, carga horária intensa em sala de aula e trabalho constante em casa, os professores estão cansados.
Resultado: cada vez menos gente procura uma formação na área. O panorama é desalentador e não há perspectiva de melhora em um curto espaço de tempo. Contudo, alguns especialistas analisam a situação por outro ângulo. Com a baixa procura pela profissão, a demanda por docentes seguirá alta. Uma perspectiva positiva em um horizonte obscuro.
O desânimo dos profissionais da Educação, cujo rendimento médio mensal é o pior no País, segundo o relatório Professores do Brasil: Impasses e Desafios (realizado pela Unesco e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2009), se reflete em uma procura cada vez menor por cursos de Pedagogia ou licenciaturas. O último Censo da Educação Superior, divulgado no ano passado, mostra que apenas a metade das vagas são preenchidas nas faculdades de Pedagogia. Consequentemente, a quantidade de formados vem caindo. Em 2005, cerca de 103 mil alunos concluíram o curso. Em 2009, esse número caiu para 52 mil. Nas licenciaturas, o cenário se repete: 77 mil formados em 2005, e 64 mil quatro anos depois.
Segundo o pedagogo Hamilton Werneck, nos últimos quatro anos foram fechados 200 cursos de Pedagogia no Brasil. "Soube recentemente que, no Maranhão, um professor deixou a função e foi ser bombeiro, cujo salário inicial é de R$ 2,5 mil. Prestará um inestimável serviço àquele Estado, no entanto, a Educação, por salários reduzidos, perdeu um profissional. A nova geração não quer mais ser professor", afirma.
Trabalhando em quatro escolas diferentes, o professor de Português da rede pública e particular de Indaiatuba (SP) Oscar Eduardo Magnusson, citado no começo da matéria, já está cansado. "Depois de 20 anos lecionando, me arrependi de ter escolhido esta profissão. Não melhora nunca", desabafa.
Futuro promissor?
Se a procura pelos cursos está baixa, a demanda por educadores deve ser alta. Para Tânia Cristina Arantes Macedo de Azevedo, diretora acadêmica da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), o futuro acabará sendo promissor para aqueles que optarem pela carreira. "A perspectiva profissional do pedagogo é promissora, principalmente pela quantidade de concursos públicos abertos regularmente para a área da educação", diz, complementando que acredita em uma melhora na oferta do setor público para atrair os profissionais.

Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), o curso de Pedagogia teve 1.626 inscritos no exame de 2011, o que representa apenas 3,8 candidatos por vaga. Enquanto isso, na página da Vunesp, entre os concursos em andamento para a área da educação, há opções para prefeituras como as de Guaíra, São Bernardo do Campo, São Carlos e São José do Rio Preto, além da seleção para executivo público do Governo do Estado. "A demanda por professores é cada vez maior. Basta ver o número de escolas avaliadas pelo Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), 8.736. O País só vai avançar por meio da educação", fala Tânia.
Werneck concorda. "A carreira de pedagogia é promissora, pois o mercado deve precisar cada vez mais de profissionais. No entanto, o que é oferecido ainda não é atrativo", afirma. Para o especialista em Educação, mesmo que o mercado sofra com a falta de profissionais, as ofertas de trabalho não deverão ser melhores. "Ou o Brasil faz uma grande revolução na Educação, que envolva currículos, programas, metodologias, salário e preocupação com o real aprendizado dos alunos, ou o salto econômico e social ficará prejudicado", sentencia.[Fonte: Terra]