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Garota de três anos tem o QI maior do que o de Albert Einstein

(Reprodução/SWNS.com)
Aos três anos, Ophelia Morgan-Dew já sabe ler e escrever e demonstra capacidades que impressionam. A criança se tornou recentemente a pessoa mais jovem do Reino Unido a se tornar membro da Mensa, sociedade internacional que reúne pessoas com os quocientes de inteligência (QIs) mais altos do mundo. De acordo com testes, ela possui um QI mais alto do que o do físico Albert Einstein, apontado como uma das pessoas mais inteligentes da história.
A mãe conta que a filha começou a falar aos oito meses de idade. De lá pra cá, o aprendizado continuou, passando por números, cores e o alfabeto. Outro ponto impressionante é o fato de Ophelia conseguir se lembrar de coisas que aconteceram nos seus primeiros anos de vida. Especialistas indicam que a maior parte das pessoas só tem lembranças de sua vida depois dos três anos.
“Ela tem uma memória incrível e se lembra de eventos que aconteceram antes de completar 12 meses de idade”, explica Natalie Morgan-Dew, mãe da garota.
Surpresa com o desenvolvimento da filha, ela decidiu levar a criança a um especialista. Testes de QI mostraram uma pontuação de 171, 11 a mais do que Einstein e acima de gênios como Stephen Hawking. A capacidade intelectual de Ophelia é a de crianças com mais do que o dobro de sua idade.
Natalie afirma que a garota tem uma vida comum. “Ela é uma criança bastante ativa, gosta se manter ativa e é muito espirituosa. Ela adora ler livros comigo ou com o pai, atividades numéricas, cartas e o computador. Ela também gosta muito de brincar com os primos e ir ao parque”, declara.
A mãe revela que cogitou “evitar celebrar a conquista intelectual” da filha. “Parece haver um estigma em torno disso. Mas eu pensei: não é diferente para os pais celebrarem uma medalha que os filhos ganham em um evento esportivo, então ela merece elogios por ser tão inteligente. Ofélia é uma garota linda e eu teria orgulho dela, não importa o que ela conseguisse, contanto que ela fosse saudável e feliz”, afirma.[Fonte: Yahoo]

País tem mais de 30 milhões de pessoas que só conseguem assinar o nome


Mais de 30 milhões de pessoas no Brasil com mais de 15 anos só conseguem escrever o próprio nome e entender textos curtos e simples. Segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), organizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com base em dados de 2011, esse número representa 20,4% da população.

Ao contrário da taxa de analfabetismo, que caiu 1%, o número de analfabetos funcionais, como são chamadas as pessoas que conseguem compreender apenas as informações do dia a dia, como o nome da linha de ônibus e escrever um bilhete, se manteve o mesmo nos últimos três anos.

Na região Nordeste, a situação é mais greve: 30,9% das pessoas que estudaram ao menos quatro anos ao longo da vida são analfabetas funcionais, enquanto no Sudeste o índice é de 14,9%.

Enquanto em todo o País o índice se manteve ou caiu, a região Norte registrou aumento nessa taxa, passando de 24% das pessoas com analfabetismo funcional em 2009 para 25,3% em 2001.

Já nas regiões Sul e Centro-Oeste, a taxa não teve variações significativas nos últimos três anos e se manteve em 15% e 18%. [Fonte: R7]



Brasil tem quase 13 milhões de analfabetos; número caiu apenas 1% em três anos

O Brasil tem 12,9 milhões de analfabetos, contingente que corresponde a 8,6% da população brasileira com 15 anos ou mais de idade, apontam dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2011, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de analfabetismo segue em queda no país. Em 2009, eram 9,7% de pessoas que não sabiam ler ou escrever.
A parcela mais significativa de analfabetos do Brasil foi constatada na faixa etária que engloba as pessoas de 50 anos ou mais. Do total dessa parcela, são 18,6%. A taxa de analfabetismo cai à medida em que a população é mais jovem. Dos 40 a 49 anos, 8,1% não leem nem escrevem. Dos 30 aos 39 anos, são 5,2% enquadrados dessa forma; Dos 25 a 29 anos, 2,8%; na faixa dos 18 a 24 anos, são 1,7% de analfabetos, e entre as pessoas de 15 a 17, essa proporção fica em 1,2%.
Proporcionalmente, o maior contingente de analfabetos está na região Nordeste, onde 16,9% da população acima dos 15 anos de idade não sabe ler ou escrever. Em 2009, essa proporção era de 18,8%. Na região Norte, foram constatados 10,2% de analfabetos. O dado também mostra evolução na comparação com 2009, quando 11% da população do Norte era analfabeta.
Também houve queda na taxa de analfabetismo nas demais regiões. No Centro-Oeste, de 8%, em 2009, para 6,3%; no Sul, a proporção de analfabetos passou de 5,5% para 4,9%; já no Sudeste, os analfabetos significaram 4,8% da população acima dos 15 anos, ante 5,7% em 2009.
No Nordeste, 35,6% da população com 50 anos ou mais são analfabetos. Na faixa dos 40 a 49 anos, 18,7% não sabem ler ou escrever. Entre a população que mora no Nordeste, que tem 15 a 17 anos, são 2,1% de analfabetos. [Fonte: Terra]


Mulheres são mais escolarizadas do que os homens, diz IBGE


As mulheres são mais escolarizadas do que os homens, informou nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011) mostra que as representantes do sexo feminino economicamente ativas (com dez anos ou mais de idade) têm, em média, 7,3 anos de estudo. Já os homens registram 7,1 anos de frequência nas salas de aula. Na média geral, a população brasileira tem 7,5 anos de estudo.
A diferença é ainda maior entre os mais jovens. Na faixa dos 20 a 24 anos, a parcela feminina registra 10,2 anos de estudo. Os homens ficam bem atrás, e têm 9,3 anos médios de frequência escolar. A média geral dessa parcela da população é de 9,8 anos de estudo.
As mulheres apresentam mais anos de estudo que os homens em todas as faixas etárias, com exceção do grupo com 60 anos ou mais. A parcela masculina desse grupo tem 4,6 anos de estudo, em média. Já entre as mulheres, a frequência média nos bancos escolares é de 4,3 anos.
O IBGE mediu ainda o nível de instrução das pessoas com 25 anos ou mais de idade. O grupo cuja instrução é inferior a 1 ano de estudo representa 15,1% do total. Em 2009, significava 13%.
Já os que apresentam ensino fundamental incompleto ou equivalente são 31,5% do total da população acima de 25 anos. Em relação a 2009, houve queda relevante, já que naquele ano, essa proporção era de 36,9%. Ao mesmo tempo, a participação de pessoas com ensino fundamental completo, que era de 8,8% em 2009, saltou para 10% na Pnad 2011.
No ensino superior, 11,5% completaram essa etapa, ante proporção de 10,6% em 2009. Aqueles que apresentam superior incompleto ficou praticamente estável - de 3,5% para 3,4%.
31% das crianças pequenas e mais pobres estão fora da escola
Quase um terço das crianças mais pobres, de 4 ou 5 anos, estão fora da escola, informou nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2011) indica que, nas famílias que não tem renda domiciliar per capita ou ganham menos de ¼ do salário mínimo, 69,1% das crianças estão no maternal ou jardim de infância. Em média, a taxa de escolarização das crianças de 4 ou 5 anos é de 77,4%.
Nas famílias com renda domiciliar per capita igual ou superior a um salário mínimo, 88,9% das crianças estão estudando, segundo o IBGE. Já entre as crianças de 6 a 14 anos de idade, 98,2% estão na escola. Nessa faixa, a diferença para os que têm menos renda é menor. Para os grupos familiares com renda domiciliar per capita igual ou superior a um salário mínimo, a evasão escolar de crianças de 6 a 14 anos é de 2,6%. Já entre os com rendimento maior, 99,2% dessas crianças seguem estudando.
A Pnad mostra que a população com 10 anos ou mais de idade tem, em média, 7,3 anos de estudo. Por gênero, verifica-se que as mulheres são mais escolarizadas, com média de 7,5 anos de frequência nas salas de aula. Já os homens têm 7,1 anos de estudo. [Fonte: Terra]

MEC publica regras de programa para alfabetizar crianças até 8 anos


O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quinta-feira uma portaria no Diário Oficial da União estabelecendo as regras do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O programa, que deve ser lançado em breve, tem como objetivo garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. Redes municipais e estaduais terão que aderir ao programa para poder receber recursos e o apoio técnico do MEC.
Entre as ações previstas no programa estão a capacitação dos professores alfabetizadores, o pagamento de bolsas aos docentes e a distribuição de materiais didáticos específicos para alfabetização. Outra medida será a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental para medir o nível de alfabetização.
Até hoje, o País não tinha um exame oficial para medir se as crianças estavam sendo alfabetizadas ou não na idade correta. Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em 2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC. Em caráter amostral, o exame apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do Ensino Fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de ensino.
As duas avaliações aplicadas atualmente pelo MEC aos alunos do Ensino Fundamental não aferiam essa informação. A Prova Brasil tem como público-alvo os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Já a Provinha Brasil, aplicada no 2º ano, era uma ferramenta de uso interno das escolas para que cada professor pudesse acompanhar o desenvolvimento dos estudantes. Com o PNAIC, as escolas deverão informar ao MEC os resultados da Provinha a partir de um sistema que será desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). [Fonte: Terra]

Software possibilita maior eficiência no ensino de disléxicos


O processo de alfabetização não é simples. São novos signos, fonemas, esquemas ortográficos, significados diversos para coisas que antes eram apenas símbolos em um papel. Além da dificuldade natural que é entrar no mundo das palavras pela primeira vez, há crianças que apresentam defasagem insistente em relação ao ritmo de aprendizagem do restante da turma, o que pode ser um sinal de dislexia. "É uma diferença no processamento de informações", resume Maria Inêz Ocanã De Luca, neuropsicóloga especialista na área.
A profissional também explica que a dislexia pode ser observada em três níveis: leve, moderada e severa, dependendo do quão complicado é para essa criança a interpretação de signos e textos.
Partindo do problema que é encontrar uma forma de facilitar a alfabetização dessas crianças, Cíntia Salgado Azoni, doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fez sua tese - concluída em 2010 - com o intuito de desenvolver um software para aumentar a absorção das lições por parte dos disléxicos. Agora, os pesquisadores da Unicamp estão implantando melhorias no programa de computador para que seja possível usá-lo também com adolescentes que apresentem as mesmas condições.
A pesquisa, que gerou o Programa de Remediação Fonológica (Prefon), reuniu 31 crianças entre 9 e 12 anos diagnosticadas com o distúrbio. Dessas, um grupo fez uso do software e o outro, primeiramente, não. "O grupo que usou apresentou significativa melhoria. Melhoraram em vários aspectos, como nas habilidades da linguagem, atividades de consciência fonológica, memória e trabalho", conta Cíntia. Ela ressalta que o processo não é de cura, mas de melhoria do quadro geral da criança.
Podendo ser manipulado pela própria criança, mas contando com acompanhamento de um profissional, o programa funciona em qualquer computador. Nele, o aluno é estimulado a realizar diversas atividades, como jogos. Uma parceria com alunos de mestrado do Instituto de Biologia da universidade permitiu o desenvolvimento de atividades para manter a atenção e o desempenho das crianças. Há muitos estímulos visuais e auditivos para auxiliar no aprendizado mais efetivo das lições no processo de alfabetização, e são usadas estratégias de linguagens nas quais as crianças com dislexia têm mais dificuldade, como a rima.
Disléxicos no País
Há parcerias com outros órgãos de ensino, e o projeto teve o apoio do Instituto ABCD. No entanto, não há verba governamental direta nem projeção de implantação do sistema nas redes de ensino do País. Cíntia cita que alguns estudos apontam para uma taxa de 2% de efetivos disléxicos entre os jovens que apresentam dificuldade de aprendizagem. O número é pequeno, mas o diagnóstico também não é simples de ser feito. Ela afirma que no laboratório onde trabalha na Unicamp há uma preocupação em apurar o real problema por meio de uma avaliação interdisciplinar.

A neuropsicóloga Maria Inêz explica que não há uma legislação específica que garanta os direitos dos disléxicos no Brasil. Eles acabam amparados por regras mais genéricas, que tratam de crianças com deficiências de um modo geral. "Algumas escolas trabalham muito bem, outras, nada bem. Há um projeto em andamento para a aplicação de provas orais nessas crianças, mas há certa dificuldade em passar leis desse tipo porque é necessário o reconhecimento de que existe um transtorno e que ele precisa ser tratado e, quando esse reconhecimento existe, o governo tem que propiciar solução", explica.
Já que não há quem efetivamente garanta um tratamento diferenciado para quem apresenta esse distúrbio cognitivo, a vida de quem tem dislexia não é fácil em nenhum nível educacional, seja em ensino fundamental, médio ou mesmo superior. E não é só a falta de recursos e treinamento dos professores que atrapalha. Maria Inêz explica que, como há muita competição entre as escolas particulares no sentido de terem um bom índice de aprovação no vestibular, muitos jovens com dificuldades de cognição são convidados a se retirar dos colégios que frequentam.
A Associação Brasileira de Dislexia, órgão ao qual a neuropsicóloga é ligada, oferece periodicamente treinamento para professores das redes pública e privada que queiram entender melhor os processos de ensino para uma criança com dislexia. Alguns, com valor mais acessível, para incentivar a reciclagem dos profissionais. Mais informações sobre esses cursos podem ser obtidas no site da instituição. site da instituição. "São pequenas diferenças que podem ser feitas em sala de aula, mas que demandam interesse, disposição e tempo dos profissionais", diz Maria Inêz. [Fonte: Terra]

Em 2010, 3,9% das crianças de 10 a 14 anos não eram alfabetizadas

No ano passado, 671 mil crianças de 10 a 14 anos ainda não eram alfabetizadas (3,9%). Em 2000, esse contingente atingia 1,258 milhão, o que representava 7,3% do total de crianças nessa faixa etária. No período intercensitário, a proporção diminuiu de 9,1% para 5%, no segmento masculino, e de 5,3% para 2,7%, no feminino. A proporção baixou de 4,6% para 2,9%, na área urbana, e de 16,6% para 8,4%, na rural.
Na faixa entre 15 e 19 anos, a taxa de analfabetismo atingiu 2,2% em 2010, mostrando uma redução significativa em relação a 2000, quando era de 5%. Por outro lado, no contingente de pessoas de 65 anos ou mais, esse indicador ainda é elevado, alcançando 29,4% em 2010.
A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade foi de 9,6% em 2010, uma redução de 4 pontos percentuais em relação a 2000 (13,6%). O indicador diminuiu de 10,2% para 7,3%, na área urbana, e de 29,8% para 23,2%, na rural. Entre os homens, declinou de 13,8% para 9,9%, e de 13,5% para 9,3%, entre as mulheres.
Regionalmente, as maiores quedas se deram no Norte (de 16,3% em 2000 para 11,2% em 2010) e Nordeste (de 26,2% para 19,1%), mas também ocorreram reduções nas regiões Sul (de 7,7% para 5,1%), Sudeste (de 8,1% para 5,4%) e Centro-Oeste (de 10,8% para 7,2%). A menor taxa foi encontrada no Distrito Federal (3,5%), e a maior foi de 24,3%, em Alagoas.
No contingente de pessoas de 10 anos ou mais de idade com rendimento mensal domiciliar per capita de até R$ 128, a taxa de analfabetismo atingiu 17,5%. Nas famílias com renda de R$ 128 a R$ 510 per capita, a taxa caía de patamar, atingindo 12,2% e 10%, respectivamente, mas ainda bastante acima da taxa da classe de R$ 510 a R$ 1.020 (3,5%).
Nas faixas seguintes, a taxa de analfabetismo prosseguiu em queda, passando de 1,2%, entre as pessoas que ganhavam de R$ 1.020 a R$ 1.530, a 0,3%, entre as pessoas que recebiam R$ 2.550 ou mais.[Fonte: Terra]

Nordeste: 28% da população das pequenas cidades é analfabeta

Embora a taxa de analfabetismo na população com 15 anos ou mais de idade tenha caído de 13,63% em 2000 para 9,6% em 2010 na média do País, nas menores cidades do Nordeste, com até 50 mil habitantes, ela ainda atinge 28% das pessoas nessa faixa etária. Além disso, nesses municípios a proporção de idosos que não sabiam ler e escrever chegava a 60%.
Segundo dados dos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no caso do analfabetismo de jovens, a situação da região Nordeste também é preocupante. Enquanto na média do País a proporção de adolescentes e jovens que não sabiam ler e escrever atingia 2,5%, no Nordeste era quase o dobro (4,9%), com pouco mais de 500 mil pessoas nessa faixa etária. Na Região Sul o percentual era de 1,1% e na Sudeste, de 1,5%.
Entre jovens e adultos, o levantamento aponta que em 1.304 municípios a taxa de analfabetismo era igual ou superior a 25%. Entre eles, 32 não contavam com o programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). A maioria está localizada no Nordeste, tendo sido a pior situação observada em João Dias (RN), onde 38,9% das pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever. Em seguida, aparecem Monte Santo (BA), com 35,6%, e São Brás (AL), com 34,7%. No Norte, três municípios aparecem na lista, todos em Tocantins: Ponte Alta do Bom Jesus (25,2%), Mateiros (26,4%) e Centenário (28,6%). O Sudeste concentrava quatro deles, localizados em Minas Gerais. São eles: Miravânia (26,0%), Frei Gaspar (28,5%), Bertópolis (29,6%) e Santa Helena de Minas (31,7%).
O levantamento também evidenciou as diferenças em termos de alfabetização nos resultados segundo cor ou raça. Enquanto entre os brancos, o percentual de analfabetos para pessoas com 15 anos ou mais era de 5,9%, entre os pretos atingiu 14,4% e entre os pardos, 13%.[Fonte: Terra]

Ensino médio Inovador e integrado ao técnico

Sistema de ensino de Joinville testa propostas do Ministério da Educação na tentativa de renovar uma das áreas de ensino que mais registra desistência de alunos


O ano letivo começou há uma semana na rede pública, mas uma discussão sobre o novo modelo de ensino médio promete ser uma das principais pautas do ano na educação.

Em Joinville, há pelo menos dois modelos sendo testados: um no Cedup e outro em duas escolas da rede estadual – o Brasil Profissionalizante e o Ensino Médio Inovador, criados pelo Ministério da Educação (MEC).

As mudanças no currículo e no modelo do ensino médio têm um objetivo: evitar os altos índices de evasão escolar entre os adolescentes. Na maior cidade do Estado, por exemplo, 5,86% dos jovens entre 15 e 17 anos saíram da escola em 2008. Em alguns bairros, como no Vila Nova, o número está acima dos 15%. Na mesma faixa de idade, a taxa de adolescentes que abandonou definitivamente os estudos naquele ano também era alta: 18,85%.

Para contornar esses números, é meta dos governos federal e estadual apostar em um ensino diferente. No começo do ano, o ministro Fernando Haddad anunciou que o ensino médio integrado com o profissionalizante é uma das grandes esperanças da equipe de especialistas do MEC.

A ideia de o aluno cursar o ensino médio em um turno e fazer o ensino técnico em outro requer formação de professores, parcerias com governos e prefeituras e altos investimentos em infraestrutura nas escolas.

Na região Norte, um modelo parecido foi implantado no ano passado em São Francisco do Sul e em Itapoá. Neste ano, começará a funcionar no Cedup, em duas turmas: técnico em marketing e técnico em qualidade.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, já apresentou um projeto à presidente Dilma Rousseff, que deu sinal verde para encaminhar a proposta à equipe econômica. Na avaliação do ministro, mesmo com a ampliação do número de escolas técnicas federais no governo Lula, o avanço é pequeno na integração do ensino médio com o técnico. “O ensino médio precisa de uma injeção de ânimo muito forte”, afirmou.

Ainda não há definição de custo estimado nem como seria a aplicação da medida. Haddad disse que, além das 354 escolas técnicas federais, poderiam participar do projeto mais 500 escolas do Sistema S (Senac, Senai, Sesc etc) e mais 500 do Programa Brasil Profissionalizado (200 a serem criadas). A carga horária complementar seria composta por disciplinas relacionadas ao curso escolhido mais atividades de esporte e cultura.

O ensino técnico é restrito no País, porque faltam vagas. Enquanto 8,3 milhões cursam o ensino médio, 861 mil fazem o profissionalizante, o equivalente a 10,3%. Dos que estão no nível técnico, 60% começaram depois de terminar o médio.

Para alterar o quadro, o governo terá um desafio pela frente. Em média, cada escola federal oferece 1,2 mil vagas, número insuficiente para atender à demanda. Em algumas unidades, a concorrência é muito acirrada. No Estado, são 1,6 mil estudantes matriculados no ensino médio integrado do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), que oferece 422 vagas nesse modelo. No último processo seletivo, o curso mais concorrido foi o de edificações – 15,53 candidatos para cada uma das 32 vagas oferecidas.


Preparação para o mercado


A partir deste ano, Joinville vai ganhar dois cursos de ensino médio integrado ao ensino profissional. As aulas dos cursos técnico em marketing e técnico em qualidade serão oferecidas no Cedup, mas ainda não está definido se irão começar no primeiro ou no segundo semestre. Serão cerca de cem vagas.

Segundo a consultora educacional da gerência regional de Educação, Angela Cristina da Silva, um modelo parecido foi implantado em Itapoá e em São Francisco do Sul no ano passado, quando duas escolas passaram a formar técnicos em logística portuária e em comércio. “Os cursos foram discutidos com a própria comunidade, levando em conta o mercado”, reforça a consultora.

O ensino médio integrado tem quatro anos de duração. A proposta é aliar as disciplinas do currículo convencional (como português e matemática, por exemplo) ao ensino específico voltado para a profissão. “Com isso, estamos dando uma oportunidade para que as pessoas saiam com uma qualificação para o mercado de trabalho.” A iniciativa faz parte do Programa Brasil Profissionalizado, criado pelo MEC. [Fonte: AN]





Ensino Médio em Tempo Integral

Especialista Critica Modelo


O economista e especialista em educação Claudio de Moura Castro avalia como equivocada a proposta do Ministério da Educação (MEC). Para ele – autor de vários livros e artigos sobre o assunto e considerado um dos maiores estudiosos sobre educação no Brasil –, o projeto ignora décadas de história e pesquisas na área. Integrar não seria a solução dos problemas do ensino médio, que, na opinião dele, está encolhendo por ser “chato e sobrecarregado de matérias”.

“Aprendem-se coisas cujo uso, se é que existe, nem os professores sabem. Isso tudo em uma idade de transição, de grandes terremotos interiores e pouco interesse por assuntos teóricos e abstratos”, critica. O especialista defende que a reforma do médio requer outros caminhos, que não passam pela integração com o técnico. “Ela exige reduzir o número de matérias e, mais ainda, os conteúdos dentro de cada uma. Requer mais aplicação. Ser mais prático não significa ser voltado para um emprego ou ocupação. Significa que a teoria deve ser exercitada em aplicações no mundo real”, ressalta.

Além disso, ele argumenta que o ensino técnico tem um custo elevado. “São escolas muito caras, têm quase custo de universidade federal, que, por sua vez, custam o mesmo que a média da Europa. Não há recursos para a expansão que seria desejável no setor público.” [Fonte: AN]

Santa Catarina Quer Mais Tempo


O secretário de Estado da Educação, Marco Tebaldi, considera a proposta do ministro Fernando Haddad um avanço. No entanto, a integração do ensino médio com o técnico em Santa Catarina não deverá sair nessa gestão, de acordo com Tebaldi. “Precisamos adequar as condições do Estado. Vamos caminhar para isso, preparando para que, na próxima gestão, isso já aconteça. É algo para os próximos anos “, observa.

Mas 16 escolas estaduais catarinenses, além das duas de Joinville, já testam o Ensino Médio Inovador – o modelo já foi implantado em 354 escolas de 18 Estados brasileiros.

Tebaldi lembra que, em sua gestão como prefeito de Joinville, foi implantado um modelo como o proposto pelo MEC, no qual os alunos vão às aulas do ensino médio num período e, no outro, frequentam a escola técnica. No fim de três anos, o estudante sai formado como um técnico também. “A implantação desse modelo contou com o apoio do setor privado de metal-mecânico. A Prefeitura ficou responsável por oferecer o terreno e os professores e eles fizeram o complemento.” [Fonte: AN]

No Ensino Fundamental, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados.

No Ensino Fundamental brasileiro, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados nos estudos. No Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, o cenário é ainda pior: 34 a cada 100 estudantes sofreram defasagem ao longo da vida escolar. Os dados foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ao movimento Todos Pela Educação, e se referem ao ano de 2009.


A distorção idade-série pode ocorrer quando a criança entra atrasada no sistema de ensino ou ainda quando abandona os estudos e retoma. Mas, segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP) Ocimar Munhoz Alavarse, o atraso escolar pode ser explicado em boa medida pela reprovação.
"O único percentual aceitável para a distorção idade-série é 0%. O ideal seria que ninguém reprovasse. Todas as crianças deveriam estar oito ou nove anos no Ensino Fundamental", afirma. "As altas taxas de reprovação e de repetência não estão produzindo os efeitos de aprendizagem esperados."
Para a professora Inês de Almeida, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), o processo ensino-aprendizagem é complexo e não pode se resumir apenas à reprovação por notas: "Ao longo do tempo que esse aluno está na escola, o professor tem oportunidade de conhecê-lo em sua dimensão de sujeito humano e, portanto, pode acompanhá-lo, sabendo de suas fragilidades pessoais, familiares, cognitivas e de domínio de conteúdos. O professor precisa estar atento para que dê a essa criança condições de chegar ao resultado final, mas para que o processo não seja determinado apenas por provinhas", diz.


Desigualdades regionais:
No Pará, o atraso escolar atinge 38 a cada 100 estudantes do Ensino Fundamental. Nos estados das regiões Norte e Nordeste o atraso escolar tem, em geral, se mostrado maior do que nas demais regiões.

Confira abaixo a taxa de distorção idade-série pelas unidades da federação:

REGIÃO NORTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
AC 26,9 26,4 26,7 33
AM 27 43,8 33,9 49,7
AP 23,6 27,8 25,3 41,9
PA 36,6 41,5 38,5 57,4
RO 18,7 31,5 24,6 29,9
RR 16,3 27 21 23,6
TO 17 28,1 22 33,2



REGIÃO NORDESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
AL 26 43,9 34,1 47,2
BA 31,4 42,9 36,4 47,9
CE 21 29,5 24,8 34
MA 25,1 35,6 29,4 45,5
PB 27,7 38,6 32,4 40,1
PE 23,9 37 30 48,4
PI 30,6 37,4 33,4 54,8
RN 22,5 37,8 29,3 43,6
SE 30,7 43 36 47,1


REGIÃO CENTRO-OESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
DF 11,9 27,4 18,7 29,9
GO 16,3 28 21,8 34,6
MS 19,3 31,3 24,6 30,7
MT 15,4 27,3 20,9 37,3



REGIÃO SUDESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
ES 16,6 27,1 21,5 27,5
MG 13,1 28,5 20,2 31
RJ 22,3 35,6 28,4 45,9
SP 4,8 12,2 8,3 17,3


REGIÃO SUL
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
PR 8 23,2 15,4 25,5
RS 16 29 22,2 32
SC 10,6 19,4 15 16,7


Prática Adequada aos Adultos da EJA


Prática Adequada aos Adultos da EJA:
O processo de alfabetização das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está ancorado em práticas indispensáveis de leitura e escrita que também são desenvolvidas com as crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Isso não quer dizer que o professor vá trabalhar lançando mão dos mesmos materiais e estratégias com públicos tão distintos. Não faz sentido. Esse é, inclusive, um dos motivos que levam os mais velhos a fracassar e abandonar a escola (leia abaixo os depoimentos de três alunos dessa modalidade).

Embora exista uma variedade considerável de bons materiais organizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais do país (disponíveis gratuitamente na internet), muitos educadores ainda recorrem aos livros usados pela criançada. Um dos motivos é a falta de formação específica. A maioria das faculdades de Pedagogia negligencia a EJA e não prepara os educadores para lidar com as especificidades da modalidade. Estudo encomendado por NOVA ESCOLA à Fundação Carlos Chagas no ano passado aponta que lecionar para jovens e adultos é um fato abordado somente em 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia.



"Adoro ir à biblioteca da escola. Atualmente, estou lendo obras que falam sobre a música brasileira."
Joel dos Santos, 30 anos, aluno do Colégio Santa Cruz, na capital paulista

"Quando a professora escreve o que os alunos ditam, aprendemos como as palavras são escritas."
Geralda Lourenço, 67 anos, aluna do Centro Educacional Sesc Ler, em Quixeramobim, CE

"Gosto das aulas em que a professora lê para a turma porque aprendo coisas sobre o mundo."
Manoel Pinheiro, 82 anos, aluno do Centro Educacional Sesc Ler, em Quixeramobim, CE

Mas é fato: os alunos da EJA não são crianças grandes e não podem ser tratados como tal em sala de aula. "São pessoas com experiências de vida, já bastante recheadas de saberes. E, ainda que não formais, eles precisam ser levados em conta", explica Vera Barreto, presidente do Vereda - Centro de Estudos em Educação. Além do mais, usar o material das crianças pode não despertar o interesse desses alunos. "Sabendo disso, é preciso escolher textos e músicas, por exemplo, que tenham a ver com o mundo desses estudantes e despertem a curiosidade deles, descartando o que é destinado aos pequenos", diz Francisco Mazzeu, pedagogo e professor do Departamento de Didática da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Araraquara. Atividades que envolvam poemas de Cora Coralina (1889-1985), contos de Luis Fernando Verissimo e crônicas de Walcyr Carrasco - entre outros gêneros e autores, reportagens de revistas e jornais sobre o aumento do salário mínimo ou canções de Erasmo Carlos, Neguinho da Beija Flor e Cauby Peixoto - são muito mais adequadas do que as propostas que usam parlendas e histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e livros que reúnem contos como Chapeuzinho Vermelho. A seleção dos autores deve ser sempre feita de acordo com os temas que eles abordam - sempre precisam estar conectados diretamente com o mundo adulto - e, é claro, com a qualidade apresentada pelo material escolhido (conheça, na imagem abaixo, o exemplo de uma prática de leitura e na última imagem, uma atividade de escrita).

Outro fator decisivo para o sucesso do grupo está no discurso do educador. Ele deve conversar constantemente com os alunos sobre as estratégias que adota, expondo os motivos que o levam a organizar as atividades. "Muitos deles acham que ditar um texto para o professor não faz sentido e a leitura em voz alta feita por ele nada mais é que uma perda de tempo", diz Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo. O histórico de fracasso escolar também precisa ser levado em consideração - para alguns estudantes, a possibilidade de errar ao ler e escrever amedronta, quando deveria, na verdade, ser encarada como uma etapa natural da aprendizagem.

Para colaborar com a atividade docente em EJA, NOVA ESCOLA apresenta as quatro situações didáticas de leitura e escrita, descritas por Sandra Medrano, que não podem faltar em sala de aula e traz detalhes sobre como trabalhar cada uma delas. Além disso, há exemplos de materiais a serem usados e sugestões de sequências didáticas, elaboradas por educadores que no dia a dia consideram as especificidades dos jovens e adultos.



1. Leitura pelo professor:
O que é Momento em que o educador lê para a turma textos diversos (literários, informativos etc.). Os gêneros devem variar para que o repertório do grupo seja ampliado. Além de contos, crônicas e poemas com temática adulta, recorra a reportagens de jornais e revistas. Também é válido organizar audições de leitura de livros literários mais longos, trabalhando capítulo a capítulo. Atribua valor à atividade explicando que a intenção é formar os estudantes como usuários da leitura e da escrita e para isso é preciso vivenciar na sala de aula práticas semelhantes às realizadas fora da escola. Antes de iniciar a leitura, apresente o material a ser explorado. Ao final, retome a conversa, estimulando opiniões e questionamentos sobre o conteúdo (leia sequência didática*).
Quando propor Diariamente:

Material Contos e crônicas de autores como Ignácio de Loyola Brandão, Adriana Falcão e Mario Prata, poemas de autores como Patativa do Assaré e Manoel de Barros, reportagens que abordem temas atuais e de interesse dos cidadãos, como as que tratam do sistema de transporte do município, livros como Alexandre e Outros Heróis, de Graciliano Ramos (1892-1953), e Capitães da Areia, de Jorge Amado (1912-2001).
O que o aluno aprende Os usos e as funções da escrita, as características que distinguem os gêneros textuais e as diferenças entre a linguagem oral e a escrita. Ele também se familiariza com a linguagem dos livros e jornais, aprende a opinar sobre o que foi lido, a apreciar o escrito e se emocionar com isso e a localizar várias informações.



2. Leitura pelo aluno para aprender a ler:O que é A possibilidade de ler listas ou textos conhecidos de memória. Sabendo o que está escrito, é possível antecipar o que vem a seguir, buscando indícios gráficos por meio do conhecimento das letras iniciais ou finais, que ajudam a refutar ou confirmar sua hipótese. Lembre-se de que nem sempre a situação de ler, arriscando-se a errar, é confortável para os estudantes dessa modalidade de ensino. Por isso, explique que é lendo - mesmo antes de saber fazê-lo convencionalmente - que se aprende a ler.
Quando propor Em dias alternados aos de atividades de escrita.
Material Listas como as de pratos para uma festa, de convidados para um sarau, de cantores preferidos e de compras no supermercado. Canções conhecidas do grupo, como Asa Branca, de Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979), sucessos de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Alcione e outros artistas que a turma aprecie. Poemas de autores como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Cecília Meireles (1901-1964). Eles tratam de temas próximos do universo dos adultos e apresentam produções de qualidade.
O que o aluno aprende O sistema de escrita, como ele funciona e o que tem de ser feito para colocar em ação as estratégias de leitura.



3. Produção de texto oral com destino escrito: O que é Situação em que os estudantes ditam um texto e o professor o transcreve no quadro (leia sequência didática*). Eles controlam o que é escrito e acompanham como se escreve. Alguns não participam, pois têm vergonha. Por isso, devem ser feitas perguntas para estimular todos a opinar.
Quando propor Várias vezes por semana, sempre que houver o uso da escrita.
Material Textos de referência como cartas publicadas em jornais e cartilhas com informações de saúde.
O que o aluno aprende Como se organizam as ideias de um texto e como se dá a passagem da linguagem oral para a escrita. Ele também compreende o processo de produção textual, incluindo a revisão, e conhece a estrutura e a linguagem do material que está produzindo.

4. Escrita pelo aluno para aprender a escrever: O que é A oportunidade de escrever o que é conhecido de memória (como poemas) ou listas (de ingredientes de receitas culinárias). Pelo fato de existirem alunos que acham que a cópia é mais adequada para aprender a escrever ou que não se pode escrever errado, explique que é preciso se arriscar a escrever, colocando em jogo o que se sabe e pensa.
Quando propor Em dias alternados aos de atividades de leitura.
Material Textos de referência ou sugeridos nas situações didáticas anteriores (considerando a possibilidade de se aproximar de uma situação de uso social da escrita), letras móveis e computadores com editores de textos instalados.
O que o aluno aprende A refletir sobre o sistema de escrita, representar graficamente o que quer comunicar e definir quantas e quais letras usar. [Fonte: Nova Escola]



* Sequência didática:




Material necessário:
Música e letra da canção Valsinha, escrita por Chico Buarque e Vinicius de Moraes:



Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


Desenvolvimento 
1ª etapa
Convide os alunos para uma audição da composição. No fim, pergunte se alguém já a conhecia, assim como seus autores. Recorde A Banda, que também é assinada por Chico Buarque. Apresente a música mais uma vez para a turma.

2ª etapa
Leia a letra em voz alta e estimule que os estudantes digam o que entenderam. Questione-os sobre o casal da história. Quantos anos eles têm? Qual a profissão deles? Registre essas e outras características no quadro.

3ª etapa
Proponha que o grupo elabore uma carta contando o episódio apresentado na música - os alunos vão ditar o texto e você será o escriba. Como remetentes, eles terão de se colocar no papel da mulher apresentada na música, que é surpreendida pelo marido. Ela mora em uma cidade distante do lugar onde nasceu e escreve para sua prima, que lá ficou.

4ª etapa
Converse com a turma sobre o envio e o recebimento de cartas. Quem já ditou uma? E quem já recebeu? Comunicar uma notícia por carta é diferente de falar por telefone? Por quê? Peça que todos apontem as características do gênero: como uma carta deve começar? E terminar?

5ª etapa
Inicie a produção da carta. Embora você deva atuar como escriba, seu papel não será passivo. Chame a atenção do grupo para a coerência do texto e a presença de elementos que marcam o gênero. Releia as partes que estiverem confusas e peça que a turma melhore todas. Explicite a importância de transpor a linguagem oral para a escrita, perguntando: como isso que você falou deve ser escrito? Retome a leitura do texto, dizendo ao grupo que é importante se colocar no lugar do destinatário. Se necessário, estimule os estudantes a analisar se a carta transmite a emoção que a letra da música apresenta e peça que façam as inserções necessárias.

6ª etapa
Converse com a turma a respeito dos motivos que levam as pessoas a escrever cartas e destaque o uso real do gênero.

Avaliação
Durante a escrita coletiva, analise a capacidade de criação dos alunos, considerando que eles tiveram de criar elementos para compor a carta que não estavam definidos na música. Observe o texto: qual o domínio que o grupo tem da linguagem escrita comum a esse gênero? Se a produção apresentar muitas falhas, retome a produção coletiva, dessa vez convidando todos a escrever uma carta a um destinatário real sobre um episódio verídico.