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'Geração do diploma' lota faculdades, mas decepciona empresários

Nunca tantos brasileiros chegaram às salas de aula das universidades, fizeram pós-graduação ou MBAs. Mas, ao mesmo tempo, não só as empresas reclamam da oferta e qualidade da mão-de-obra no país como os índices de produtividade do trabalhador custam a aumentar.
Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou, embora ainda fique bem aquém dos níveis dos países desenvolvidos e alguns emergentes. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE.
"Mas mesmo com essa expansão, na indústria de transformação, por exemplo, tivemos um aumento de produtividade de apenas 1,1% entre 2001 e 2012, enquanto o salário médio dos trabalhadores subiu 169% (em dólares)", diz Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A decepção do mercado com o que já está sendo chamado de "geração do diploma" é confirmada por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos.
"Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar respostas e de apreender coisas novas. E quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria", diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore.
Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem ou têm dificuldades de se adaptar às regras de ambientes corporativos.
"Cadastramos e avaliamos cerca de 770 mil jovens e ainda assim não conseguimos encontrar candidatos suficientes com perfis adequados para preencher todas as nossas 5 mil vagas", diz Maíra Habimorad, vice-presidente do DMRH, grupo do qual faz parte a Companhia de Talentos, uma empresa de recrutamento. "Surpreendentemente, terminanos com vagas em aberto."
Outro exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil é um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower. De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão.
É claro que, em parte, isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Apesar da desaceleração da economia, os níveis de desemprego já caíram para baixo dos 6% e têm quebrado sucessivos recordes de baixa.
Mas segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) divulgado nesta semana, os brasileiros com mais de 11 anos de estudo formariam 50% desse contingente de desempregados.
"Mesmo com essa expansão do ensino e maior acesso ao curso superior, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições requerem", explica Márcia Almstrom, do grupo Manpower.
Causas
Especialistas consultados pela BBC Brasil apontam três causas principais para a decepção com a "geração do diploma".

A principal delas estaria relacionada a qualidade do ensino e habilidades dos alunos que se formam em algumas faculdades e universidades do país.
Os números de novos estabelecimentos do tipo criadas nos últimos anos mostra como os empresários consideram esse setor promissor. Em 2000, o Brasil tinha pouco mais de mil instituições de ensino superior. Hoje são 2.416, sendo 2.112 particulares.
"Ocorre que a explosão de escolas superiores não foi acompanhada pela melhoria da qualidade. A grande maioria das novas faculdades é ruim", diz Pastore.
Tristan McCowan, professor de educação e desenvolvimento da Universidade de Londres, concorda. Há mais de uma década, McCowan estuda o sistema educacional brasileiro e, para ele, alguns desses cursos universitários talvez nem pudessem ser classificados como tal.
"São mais uma extensão do ensino fundamental", diz McCowan. "E o problema é que trazem muito pouco para a sociedade: não aumentam a capacidade de inovação da economia, não impulsionam sua produtividade e acabam ajudando a perpetuar uma situação de desigualdade, já que continua a ser vedado à população de baixa renda o acesso a cursos de maior prestígio e qualidade."
Para se ter a medida do desafio que o Brasil têm pela frente para expandir a qualidade de seu ensino superior, basta lembrar que o índice de anafalbetismo funcional entre universitários brasileiros chega a 38%, segundo o Instituto Paulo Montenegro (IPM), vinculado ao Ibope.
Na prática, isso significa que quatro em cada dez universitários no país até sabem ler textos simples, mas são incapazes de interpretar e associar informações. Também não conseguem analisar tabelas, mapas e gráficos ou mesmo fazer contas um pouco mais complexas.
De 2001 a 2011, a porcentagem de universitários plenamente alfabetizados caiu 14 pontos - de 76%, em 2001, para 62%, em 2011. "E os resultados das próximas pesquisas devem confirmar essa tendência de queda", prevê Ana Lúcia Lima, diretora-executiva do IPM.
Segundo Lima, tal fenômeno em parte reflete o fato da expansão do ensino superior no Brasil ser um processo relativamente recente e estar levando para bancos universitários jovens que não só tiveram um ensino básico de má qualidade como também viveram em um ambiente familiar que contribuiu pouco para sua aprendizagem.
"Além disso, muitas instituições de ensino superior privadas acabaram adotando exigências mais baixas para o ingresso e a aprovação em seus cursos", diz ela. "E como consequência, acabamos criando uma escolaridade no papel que não corresponde ao nível real de escolaridade dos brasileiros."
Postura e experiência
A segunda razão apontada para a decepção com a geração de diplomados estaria ligada a "problemas de postura” e falta de experiência de parte dos profissionais no mercado.

"Muitos jovens têm vivência acadêmica, mas não conseguem se posicionar em uma empresa, respeitar diferenças, lidar com hierarquia ou com uma figura de autoridade”, diz Marcus Soares, professor do Insper especialista em gestão de pessoas.
"Entre os que se formam em universidades mais renomadas também há certa ansiedade para conseguir um posto que faça jus a seu diploma. Às vezes o estagiário entra na empresa já querendo ser diretor.”
As empresas, assim, estão tendo de se adaptar ao desafio de lidar com as expectativas e o perfil dos novos profissionais do mercado – e em um contexto de baixo desemprego, reter bons quadros pode ser complicado.
Para Marcelo Cuellar, da consultoria de recursos humanos Michael Page, a falta de experiência é, de certa forma natural, em função do recente ciclo de expansão econômica brasileira.
"Tivemos um boom econômico após um período de relativa estagnação, em que não havia tanta demanda por certos tipos de trabalhos. Nesse contexto, a escassez de profissionais experientes de determinadas áreas é um problema que não pode ser resolvido de uma hora para outra", diz Cuellar.
Nos últimos anos, muitos engenheiros acabaram trabalhando no setor financeiro, por exemplo.
"Não dá para esperar que, agora, seja fácil encontrar engenheiros com dez ou quinze anos de experiência em sua área – e é em parte dessa escassez que vem a percepção dos empresários de que ‘não tem ninguém bom’ no mercado", acredita o consultor.
"Tradição baicharelesca"
Por fim, a terceira razão apresentada por especialistas para explicar a decepção com a "geração do diploma” estaria ligada a um desalinhamento entre o foco dos cursos mais procurados e as necessidades do mercado.

De um lado, há quem critique o fato de que a maioria dos estudantes brasileiros tende a seguir carreiras das ciências humanas ou ciências sociais - como administração, direito ou pedagogia - enquanto a proporção dos que estudam ciências exatas é pequena se comparada a países asiáticos ou alguns europeus.
"O Brasil precisa de mais engenheiros, matemáticos, químicos ou especialistas em bioquímica, por exemplo, e os esforços para ampliar o número de especialistas nessas áreas ainda são insuficientes”, diz o diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio (Amcham), Gabriel Rico.
Segundo Rico, as consequências dessas deficiências são claras: "Em 2011 o país conseguiu atrair importantes centros de desenvolvimento e pesquisas de empresas como a GE a IBM e a Boeing”, ele exemplifica. "Mas se não há profissionais para impulsionar esses projetos a tendência é que eles percam relevância dentro das empresas.”
Do outro lado, também há críticas ao que alguns vêem como um excesso de valorização do ensino superior em detrimento das carreiras de nível técnico.
"É bastante disseminada no Brasil a ideia de que cargos de gestão pagam bem e cargos técnicos pagam mal. Mas isso está mudando – até porque a demanda por profissionais da área técnica tem impulsionado os seus salários”, diz o consultor.
Rafael Lucchesi concorda. "Temos uma tradição cultural baicharelesca, que está sendo vencida aos poucos”, diz o diretor da CNI – que também é o diretor-geral do Senai (Serviço Nacional da Indústria, que oferece cursos técnicos).
Segundo Lucchesi, hoje um operador de instalação elétrica e um técnico petroquímico chegam a ganhar R$ 8,3 mil por mês. Da mesma forma, um técnico de mineração com dez anos de carreira poderia ter um salário de R$ 9,6 mil - mais do que ganham muitos profissionais com ensino superior.
"Por isso, já há uma procura maior por essas formações, principalmente por parte de jovens da classe C, mas é preciso mais investimentos para suprir as necessidades do país nessa área”, acredita.[Fonte: Yahoo]

Professores do ensino superior discutem plano de luta em congresso


O plano de luta para 2013 é o principal tema a ser discutido no Congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) que reúne até sábado, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mais de 500 professores.
"O plano de luta envolve as políticas educacionais, a política para cada setor em termos de carreira, de condições de trabalho, políticas sobre gênero, tudo isso será debatido agora. Mas o central é a aprovação do nosso plano de lutas para o ano de 2013, que logo depois do congresso nós vamos protocolar nos governos federal e estaduais", disse a presidente da entidade Marinalva Oliveira.
Ela explicou que o congresso é a instância deliberativa mais importante do sindicato e os professores vão debater o plano de lutas para 2013 nas universidades federais, particulares e estaduais. No ano passado, os professores fizeram uma greve de 124 dias. O movimento parou 56 das 59 universidades federais e 34 institutos federais de educação tecnológica.
Os professores reivindicavam a reestruturação da carreira e melhorias na infraestrutura das instituições. O governo federal ofereceu reajustes que de 25% a 40%, nos próximos três anos, e redução do número de níveis de carreira de 17 para 13. Marinalva lembra que a greve do ano passado não teve a pauta de reivindicações atendida, mas fortaleceu a categoria.
"Nós estendemos a greve no ano passado na perspectiva de que tinha um projeto de carreira que foi enviado para o Congresso Nacional, nós passamos a atuar no Congresso, e agora neste congresso do Andes-SN nós vamos aprovar o plano de luta. É a retomada da luta junto com outros trabalhadores", disse. Como conquista alcançada com a paralisação de 2012, a presidente do Andes-SN cita a aprovação de concursos para a contratação de 8 mil professores, que devem ocorrer este ano, além da convocação de professores já aprovados em concursos anteriores.
Na terça-feira, os professores se unem a outras entidades e movimentos sociais na Marcha em Defesa da Educação Pública. A concentração está prevista para as 16h na Candelária, com passeata até a Cinelândia. No dia 24 de abril, o Andes-SN participa da Jornada em Defesa dos Direitos dos Trabalhadores, em Brasília. [Fonte: Terra]

MEC divulga lista de cursos que terão vestibular suspenso


O Ministério da Educação publicou hoje (19) no Diário Oficial da União a lista de cursos superiores que não alcançaram resultados satisfatórios no Conceito Preliminar de Curso (CPC) de 2008 e de 2011, e sofrerão medidas cautelares, entre elas a suspensão do ingresso de novos alunos.
A publicação divide os cursos em dois grupos: os 112 que melhoraram a nota entre 2008 e 2011, e por isso são considerados de tendência positiva, e os 88 que pioraram, classificados como de tendência negativa. Ontem o MEC  anunciou se tratar de 207 cursos. No entanto, segundo o ministério, os outros sete cursos seriam da Universidade São Marcos, de São Paulo, que já foram descredenciados em março e por isso não aparecerem na lista.
Aos cursos de tendência positiva está aberta a possibilidade de reverter a suspensão do vestibular ainda em 2013, se seguirem as regras definidas pelo MEC para se reabilitar. Já os de tendência negativa não poderão abrir processos seletivos no ano que vem.
Todos os cursos deverão assumir um protocolo de compromissos com o MEC, criar uma comissão para acompanhar esse protocolo e definir prazos e metas para melhorar a qualidade do ensino. O Inep fará avaliações in loco ao fim do prazo, e as instituições que não cumprirem o compromisso estabelecido poderão ter a autorização de funcionamento cassada.
O Diário Oficial da União traz ainda a lista de todos os cursos que tiveram CPC negativo em 2011. [Fonte: Terra]

MEC: avaliação aponta melhora do ensino superior no Brasil


Houve evolução na qualidade da educação superior brasileira nos últimos anos. A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo ministro Aloizio Mercadante, com base nos indicadores de qualidade da educação superior 2011. Foram avaliados no ano passado 8.665 cursos das áreas de ciências exatas, licenciaturas e áreas afins, bem como os cursos dos eixos tecnológicos de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial, pertencentes a 1.387 instituições de ensino superior.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), os indicadores de qualidade do ensino superior levam em conta o o Índice Geral de Cursos (IGC), além do Conceito Preliminar de Curso (CPC). O cálculo do IGC inclui a média ponderada dos conceitos preliminares de curso e os conceitos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), responsável por avaliar os programas de pós-graduação das instituições.
Já o CPC avalia o rendimento dos alunos, infraestrutura e corpo docente. Na nota do CPC, o desempenho dos estudantes conta 55% do total, enquanto a infraestrutura representa 15% da nota e o corpo docente, 30%. Na nota dos docentes, a quantidade de mestres pesa 15% do total, já dedicação integral e doutores representam 7,5% (cada) da nota.
O IGC 2011 avaliou 2.136 universidades, faculdades e centros universitários. Desse total, 50,6% tiveram conceito 3, considerado satisfatório. Dados divulgados pelo Ministério da Educação mostram ainda que 27% das instituições de ensino superior brasileiras tiveram conceito insuficiente no IGC em 2011.
Segundo Mercadante, o ministério será rigoroso na punição às instituições que se mantiveram em índices considerados insuficientes. O ministro prometeu divulgar as informações das universidades que não atingiram padrões mínimos na próxima semana. "Uma instituição que era 1 e continua 1 é inaceitável. Ponto. No ciclo de três anos, quem está estagnado analisaremos com muito rigor. Tomaremos medidas complementares, elas não só deixarão de ter acesso ao Prouni e ao Fies", disse.
Estes resultados compõem o primeiro ciclo completo dos indicadores de qualidade, evidenciando a evolução de 2008 a 2011, quando foram avaliados 18.346 cursos de 2.136 instituições.
"(Neste período) cai o número de instituições que estavam no nível 1, e cai fortemente o número de instituições que estavam em nível 2, o que é um ótimo indicador", analisou o ministro Aloizio Mercadante, ao lado do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), Luiz Cláudio Costa. "Também aumenta o nível 3 de forma significativa, aumenta muito o nível 4 e um pouco o nível 5. Ou seja, houve uma melhora generalizada na qualidade do desempenho das instituições por curso, quando analisamos de 2008 a 2011", salientou.
O resultado do CPC 2011 considerou 4.403 universidades - sendo 2.642 públicas e 1.761 privadas - além de 2.245 faculdades e 928 centros universitários. Atualmente, 53,9% das matrículas do ensino superior estão nas universidades, 30,9% nas faculdades e 13,7% nos centros universitários.
Segundo Mercadante, em todos os casos houve melhora significativa nos cursos de ensino superior. "A curva toda se desloca em direção à melhora na qualidade. Há uma série de medidas que estão surtindo efeito", pontuou o ministro.
De acordo com Mercadante, a avaliação do MEC induz a melhoria da qualidade nos cursos. O ministro ainda destacou a importância de políticas como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), já que as instituições precisam atingir nível acima de dois para receber esses programas. "Essas políticas educacionais fomentaram a melhoria da qualidade, quando associadas à nova política de avaliação que induz a qualidade", destacou.[Fonte: Terra]

Dúvida sobre carreira contribui para ingresso tardio na universidade


Sair do ensino médio com 17 anos pode ser cedo para decidir sobre seu futuro. Por isso, muitos jovens adiam a entrada na faculdade. Para Monique Cunha de Araújo, a escolha da profissão ainda não era clara quando deixou o terceiro ano, em Niterói. Apesar de o colégio ser voltado para o vestibular, Monique não compartilhava dos planos de seus colegas que se preocupavam com os preparativos para os processos seletivos das universidades. "Eu queria fazer algo que eu gostasse. Essa era a minha linha de pensamento, eu não queria estresse. Então decidi ir trabalhando, pensando e amadurecendo", conta.
A atitude de Monique ainda é rara entre os adolescentes recém-formados no colégio, diz a coordenadora de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, de São Paulo, Silvana Letorace. Mas ela afirma que casos como o de Monique vêm crescendo. Silvana relata que as situações mais comuns são de alunos que vão estudar um período no exterior antes de entrar na faculdade, algo que acontece muito em países europeus. Porém, faz uma ressalva sobre a importância de regressar ao Brasil para seguir os estudos: "Se o aluno realmente está em dúvida, quer aprimorar uma língua estrangeira, conhecer novas culturas e conhecer outro país é interessante. Mas não pode perder o foco dos estudos. O ideal é que volte para ingressar em uma faculdade".
Nem sempre os pais apoiam a decisão do jovem. Às vezes, os pais desaprovam o fato do filho não prestar vestibular imediatamente. Marcelo Cury conta que era um adolescente desinteressado e que aos 16 anos já trabalhava, o que o afastou dos estudos. O hoje jornalista terminou o Ensino Médio aos 28 anos, no supletivo em um colégio de Sorocaba, e começou a trabalhar em uma rádio na cidade. No emprego, recebeu incentivo de seus chefes para entrar na faculdade de jornalismo, na qual se formou em 2000. Antes disso, porém, Cury teve que enfrentar a pressão familiar para que fizesse o vestibular assim que terminasse o colégio. "Todos os pais têm esse plano, sempre foi um processo natural de todo mundo. Mas eu nunca terminava o colégio e não tinha interesse", conta.
Os pais de Monique aceitaram a escolha da filha com mais tranquilidade. Antes de terminar o terceiro ano em uma instituição de cursos pré-vestibular, a jovem também já trabalhava. Por estar indecisa sobre a carreira que queria seguir, acabou o colégio e trocou de emprego. Começou a trabalhar como secretária em uma empresa de inspeção de dutos, no Rio de Janeiro. Lá conheceu uma gerente que havia estudado Letras com ênfase em alemão e que acabou se tornando seu exemplo.
"Na verdade, eu já gostava muito da língua, mas foi quando eu comecei a conversar com ela que me deu um clique", relata. Com um incentivo financeiro da empresa para fazer pré-vestibular, Monique conseguiu passar no processo seletivo da Universidade Federal Fluminense (UFF) para o mesmo curso que sua colega de trabalho havia feito há alguns anos. Ela hoje dá aulas de alemão para crianças e adultos em Caxias do Sul (RS).
Para Monique, a experiência foi válida para seu amadurecimento e a ajudou a seguir o futuro profissional que considera hoje o mais adequado. "Eu demorei a escolher, mas foi a coisa certa. Eu cheguei a pensar em fazer serviço social, mas, quem sabe, hoje não estaria tão feliz", afirma.
Ela aconselha os jovens que não se sentem maduros para optar por um curso superior a fazerem o mesmo. A coordenadora de orientação educacional do Colégio Dante Alighieri, Silvana Letorace, lembra que o término do colégio é o momento em que os alunos realmente começam a caminhar sozinhos e devem fazer um curso que considerem a escolha correta. Portanto, artifícios como intercâmbio podem ajudar no seu crescimento pessoal para tomar tal decisão.
Cai percentual de calouros com menos de 20 anos nas federais
Nos anos de 1996, 1997, 2003 e entre os meses de outubro e dezembro de 2010, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais (Andifes), a pedido do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Assuntos Comunitários e Estudantis (Fonaprace), realizou pesquisas para compor o perfil dos estudantes das universidades federais do Brasil.

O estudo constatou uma diminuição do percentual dos jovens com idade inferior a 20 anos. Em 1996 e 1997, 21,41% dos alunos em instituições de ensino superior federais tinham menos de 20 anos. Em 2010, o índice caiu para 16,8%. Um aumento foi observado quanto a presença de alunos com idade entre 20 e 25 anos, que passou de 53,77% para 57,73%. O percentual dos estudantes universitários de 25 a 29 anos também aumentou de 14,6% para 16,39%.
O coordenador nacional da Fonaprace, Fabrício Carvalho, vê que isso é resultado de dois fatores associados: o aumento do número de vagas proporcionadas pelo plano Reestruturação e Expansão de Universidades Federais (Reuni) e a necessidade de uma formação superior no mercado de trabalho brasileiro. Isso fez com que pessoas que antes não tinham interesse em cursar uma faculdade repensassem a ideia. Ele lembra também que houve um aumento dos cursos noturnos, o que facilitou o ingresso de jovens trabalhadores, como Monique e Marcelo.
Carvalho afirma que a ascensão da classe média também poderia estar associada ao crescimento das porcentagens apresentadas pelo estudo: "Essas pessoas que estão alcançando a classe média são potencialmente produtivas. Com o aumento da sua renda, naturalmente há uma vontade, primeiramente pessoal, e uma necessidade de qualificação no mercado". Carvalho observa que antes todos os membros da família precisavam trabalhar para completar a renda, mas agora sobra tempo para alguém deste círculo familiar estudar. [Fonte: Terra]

Download grátis de livros pedidos em vestibulares no Universia Brasil


Os estudantes que estão se preparando para prestar os mais diferentes vestibulares do Brasil ganharam uma mãozinha da Universia Brasil. O portal da rede de colaboração universitária está oferecendo gratuitamente para 2013 as obras (e os resumos delas) de 20 processos seletivos importantes no país.


O acesso grátis a livros, que vão dos clássicos da literatura aos de conteúdo acadêmico específico, não é novidade no portal. Já são mais de 600 obras disponíveis. Mas passam a fazer parte da lista os textos pedidos em mais vestibulares do Brasil, como as federais de Paraná, Pernambuco e Rio Grande do Sul, além das universidades mais concorridas de São Paulo, como USP e Unicamp.



De acordo com Alexsandra Bentemuller, gerente de conteúdo do portal Universia Brasil, o processo de escolha dos livros disponibilizados envolve o interesse do leitor e pedidos por meio de enquetes e redes sociais. Os resumos das obras que caem no vestibular são elaborados por um grupo de professores de cursinhos e universidades parceiras. Segundo ela, o download grátis dos livros pedidos nas provas de literatura deve continuar pelos próximos anos, sendo atualizado à medida que os processos seletivos forem mudando.



"A proposta é dar chance de conhecer o livro a quem nao tinha essa oportunidade, democratizar o acesso ao conhecimento. A Universia quer impactar alunos de todo o país oferecendo livros de graça num mesmo endereço", diz Alexsandra. Até o final do ano, o portal tem a meta de disponibilizar o download livre de pelo menos 1000 livros.

Veja a lista dos livros e de seus respectivos vestibulares:
 - Auto da barca do inferno – Gil Vicente (USP, UNICAMP)


- A cidade e as serras – Eça de Queirós (USP, UNICAMP)



- Memórias de um Sargento de Milícias – Manuel Antônio de Almeida (USP, UNICAMP)



- Iracema – José de Alencar (USP, UNICAMP)



- Dom Casmurro – Machado de Assis (USP, UNICAMP, UFPE, UFPR)



- O Cortiço – Aluísio Azevedo (USP, UNICAMP)



- Inocência – Visconde de Taunay (Alfredo d’Escragnolle Taunay) (UFPR)



- O Primo Basílio – Eça de Queirós (UFPE, UFRGS)



- Memórias Póstumas de Brás Cubas – Machado de Assis (UFRGS, UEG)



- Mestre, Meu Mestre Querido!; Ao Volante do Chevrolet pela Estrada de Sintra; Grandes São os Desertos, e Tudo é Deserto; Lisboa com suas Casas; Todas as Cartas de Amor São; Ode Triunfal; Lisbon Revisited (1923); Tabacaria; Aniversário; Poema em linha reta – Poemas de Álvaro de Campos – Fernando Pessoa. (UFRGS)



- Espumas Flutuantes – Castro Alves (UEL)



- O Bom-Crioulo – Adolfo Caminha (UEL)



- A Capital Federal – Artur Azevedo (UEL)



- A Confissão de Lúcio – Mario de Sá-Carneiro (UEL)



- Contos Gauchescos – João Simões Lopes Neto (UEL)



- Helena – Machado de Assis (UFJF)



- Lira dos Vinte Anos – Álvares de Azevedo (UFJF)



- Civilização e Singularidades de uma rapariga loira – Eça de Queirós (UFJF)



- Poesias Selecionadas – Gregório de Matos


Para Acessar Clique Aqui


MEC divulga índice que mede qualidade dos cursos de graduação

O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quinta-feira, 17 de novembro, os resultados do Índice Geral de Cursos das Instituições (IGC). O índice é um indicador de qualidade construído com base numa média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição. Assim, sintetiza num único instrumento a qualidade de todos os cursos de graduação, mestrado e doutorado da mesma instituição de ensino. Divulgado anualmente, o resultado final é expresso em valores contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5). Notas 1 e 2 são consideradas insatisfatórias.
Para a graduação, o cálculo do IGC considera a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) da instituição. O CPC tem como base o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno, além de indicadores de corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógica. Na pós-graduação, o IGC utiliza a Nota Capes, que avalia a qualidade da pós-graduação numa escala de 1 a 5. O IGC de cada instituição de ensino superior do Brasil foi apresentado pela primeira vez em 2008, a partir da dos resultados do CPC 2007, compreendendo todos os cursos das instituições avaliados pelo Enade dentro do triênio 2005-2006-2007.
O indicador orienta as visitas in loco dos avaliadores do Instituto Nacional de Educação e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), além de informar a sociedade sobre a qualidade das instituições. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, o IGC está cumprindo a função de diminuir as distâncias entre instrumentos de avaliação objetivos e as visitas in loco de especialistas às instituições.
Caso as visitas dos especialistas confirmem o resultado do IGC, as instituições com notas inferiores a 3 têm prazo para recorrer desse resultado. Mantida a nota baixa, a instituição não poderá abrir novos campi, cursos ou ampliar vagas em cursos existentes até resolver os problemas indicados, mediante termo de saneamento firmado com a Secretaria de Educação Superior.[Fonte: Terra]

Especialistas: universidade não valoriza formação de professores


O ambiente acadêmico ainda considera a formação de professores para a educação básica uma tarefa "menor" o que dificulta a melhoria da qualificação desses profissionais para atuar em sala de aula. Este é o diagnóstico de especialistas, pesquisadores e organizações da sociedade civil reunidas no Congresso Internacional Educação: uma Agenda Urgente. A formação de professores no Brasil foi tema de discussão em uma das mesas de debates, e há um consenso de que é necessária a revisão dos currículos dos cursos de pedagogia e de licenciaturas.
Um dos componente que deve ser fortalecido, na opinião dos debatedores, é o prático. Para os especialistas, o estágio precisa ganhar maior importância e deve ocorrer desde o início da formação do professor. Uma das principais críticas é que a universidade não prepara o professor para lidar com a realidade da sala de aula, que inclui problemas de aprendizagem e um contexto social que influencia no processo.
"A formação inicial deve estar visceralmente ligada à sala de aula. Ela deve ocorrer em dois lugares: na universidade, onde eu penso, discuto e estudo e naquele lugar que é objetivo maior do professor, a sala de aula", disse Gisela Wajskop, diretora-geral do Instituto Singularidades.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin Leão, afirmou que apesar do estágio ser obrigatório para a obtenção do diploma, em muitas escolas de formação ele não passa de uma "formalidade". "O estágio é fundamental para conectar o que o aluno aprende na universidade e o mundo real. Ele precisa sair sabendo como são as escolas, quais são as dificuldades concretas que ele vai encontrar e quem é esse jovem que ele vai ensinar e que ele só estuda na psicologia. Mas o estágio precisa ser bem feito, orientado e cobrado", disse.
Uma das propostas apresentadas para melhorar a formação, é instituir nas licenciaturas e cursos de pedagogia uma espécie de residência, semelhante a que ocorre nos cursos de medicina e que é obrigatória para o exercício profissional. Leão aponta, entretanto, que a formação do professor não é a única variável que determina a qualidade do ensino. "A universidade que forma o professor da escola pública é o mesmo que forma o da particular. Mas, a segunda tem resultados melhores nas avaliações", afirmou.
Membro do Conselho Nacional de Educação (CNE) e do movimento Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos defende a criação de centros ou institutos de formação nas universidades que sejam separados dos departamentos que hoje oferecem as licenciaturas. "O professor da universidade que está preocupado em dar aula na escola de educação básica é visto no seu departamento como inferior porque não está preocupado em publicar artigos nas revistas de ponta", disse.
A desvalorização da carreira e dos cursos de formação têm levado ao fechamento das licenciaturas, conforme observou o vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), Marcelo Lourenço. "Nós estamos pedindo socorro porque os cursos estão fechando por falta de procura".[Fonte: terra]

Brasil tem seis universidades no ranking das 500 melhores do mundo

A classificação 2010 das 500 melhores nstituições de ensino superior do mundo, realizada pela Universidade de Comunicações de Xangai, coloca os estabelecimentos americanos na liderança, ocupando 17 dos 19 primeiros lugares.
O Brasil tem seis instituições na lista, todos abaixo das 100 melhores classificadas: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A americana Harvard é o número um, e Berkeley cede o segundo lugar a Stanford. Apenas as britânicas Cambridge (5º) e Oxford (10º) estão entre as 10 melhores, ao lado das americanas.

Três estabelecimentos franceses estão na lista dos 100 primeiros: Pierre-et-Marie-Curie, no 39º lugar (uma situação melhor, em relação ao relatório de 2009); Paris-Sud Orsay está no 45º (dois rankings perdidos) e a École Normale Supérieure (ENS-Ulm), no 71º (recuo de um lugar).

Divulgada desde 2003, esta classificação mundial é tão esperada quanto criticada, notadamente na Europa - na França, em particular.

Os critérios são relacionados essencialmente à performance em matéria de pesquisa, em detrimento da formação: o número de prêmios Nobel recebidos, as medalhas Fields (o equivalente ao Nobel em matemática) e artigos publicados em revistas e periódicos unicamente anglo-saxãos. Os francófonos não são levados em conta.

A União Europeia pretende construir até 2011 sua própria classificação, que contará com uma verdadeira "cartografia" por disciplinas, concebida como ajuda aos estudantes para sua escolha.

O assunto pode ser consultado no site www.lesechos.fr/medias/2010/0812//020719898737_print.pdf [Fonte: Yahoo]

Qualidade do Ensino Superior...


USP cai mais de 60 posições em ranking mundial de universidades:

A Universidade de São Paulo (USP) é a 122º universidade mais qualificada do mundo, de acordo com o ranking das melhores instituições de ensino superior divulgado pela Webometrics Ranking Web of World Universities. No início do ano, a instituição aparecia na 58ª colocação, perdendo 64 posições. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficou como primeira universidade federal entre as instituições brasileiras, ocupando a 377ª posição geral. Veja aqui o ranking mundial.
As instituições americanas marcam posição no ranking até a 21ª colocação. As três primeiras colocadas são a Harvard University, o Massachusetts Institute of Technology e a Stanford University. A primeira universidade europeia no levantamento é Cambridge, localizada na Inglaterra.
Entre as 10 primeiras colocadas no ranking da América Latina, cinco são instituições do Brasil. A USP, primeira colocada na última divulgação, perdeu a posição para a Universidad Nacional Autónoma de México. Veja aqui o ranking América Latina.
Desde 2004, o ranking é divulgado duas vezes por ano - em janeiro e julho - cobrindo mais de 20 mil instituições de ensino superior em todo o mundo. O relatório leva em conta o desempenho global e a visibilidade das instituições na web, incluindo indicadores de pesquisa e qualidade de estudantes e professores.
O Webometrics Ranking Web of World Universities é promovido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC, na sigla em espanhol) da Espanha.
Outras informações podem ser obtidas no site http://www.webometrics.info/.

Educação à distância cresceu 571%

Censo: Educação a distância é a modalidade que mais cresce.

O crescimento do número de cursos de educação superior a distância é o maior destaque do Censo da Educação Superior de 2006, divulgado nesta quarta-feira, 19, em Brasília. De 2003 a 2006, o número passou de 52 para 349, o que significa aumento de 571%.O crescimento do número de estudantes em cursos de educação a distância também superou expectativas. Eles passaram de 49 mil em 2003 para 207 mil em 2006, aumento que corresponde a 315%.Os dados demonstram também um crescimento geral no número de alunos matriculados em cursos de educação superior — de 4,99 milhões para 5,31 milhões, incluindo cursos presenciais, a distância, seqüenciais e tecnológicos. “Esperávamos que a educação a distância tivesse um aumento, mas os números coletados pelo censo superaram nossas expectativas”, revelou o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC), Reynaldo Fernandes.O secretário de educação a distância, Carlos Bielschowsky, atribui o crescimento à credibilidade desse método de ensino, ao incremento da tecnologia nos últimos quatro anos e à criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB). “O Exame Nacional de Avaliação de Desempenho de Estudantes demonstrou que os alunos de cursos a distância vão tão bem quanto os de cursos presenciais. Aliás, em alguns cursos, eles tiveram desempenho melhor”, diz Bielschowsky. Outra novidade foi a evolução, em 2006, da taxa de escolarização líquida — corresponde ao número de alunos matriculados em cursos de educação superior sem distorção de idade. Ou seja, jovens de 18 a 24 anos que estão na faculdade. Em 2005, o número de jovens em instituições de ensino superior correspondia a 10,9% do total de jovens brasileiros; em 2006, a 12,1%. “Ainda é pouco, mas há duas décadas esse percentual estava praticamente estagnado”, destacou o diretor de estatísticas e avaliação da educação superior do Inep, Dilvo Ristoff. “Conseguimos iniciar uma mudança.”A Região Sudeste ainda tem o maior número de instituições de ensino superior, com 48,1% do total, mas essa representação vem diminuindo a cada ano com o crescimento em outras regiões. O Nordeste, por exemplo, tinha 388 instituições em 2005. Em 2006, já eram 412.Matrículas — A rede pública responde, de acordo com o censo, por 25,9% das matrículas em graduações presenciais, enquanto a rede privada fica com 74,1%. No entanto, o número de doutores em exercício nas universidades públicas (42 mil) é superior ao da rede privada (24 mil).Na relação doutor por aluno, as instituições federais de educação superior são as mais bem colocadas. Elas têm, em média, um doutor para cada 69 alunos, enquanto as faculdades particulares têm, em média, um para 178. Em todo Brasil, predominam as instituições de pequeno porte: 67,5% das 2.270 instituições que participaram do censo de 2006 têm até mil alunos.As mulheres continuam como a maioria em cursos de educação superior. Elas correspondem a 55,7% do total de matrículas em 2006. A única categoria do censo na qual as mulheres ficam em segundo plano é a de número de professores na educação superior — os homens têm 55,5% dos postos. De acordo com o presidente do Inep, os números ainda não refletem a primeira fase da expansão universitária. “A maior parte da expansão começou a funcionar este ano”, lembrou. “Esperamos ter dados ainda mais positivos no censo de 2007.”´
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Só 12,1% dos jovens entre 18 e 24 anos são universitários

O número de pessoas matriculadas no ensino superior cresceu no País entre 2005 e 2006:

O último Censo do Ensino Superior, divulgado hoje pelo Ministério da Educação, mostra que a taxa de escolaridade líquida - que considera apenas os jovens de 18 a 24 anos - passou de 10,9% para 12,1%. Mesmo pequeno, o crescimento é comemorado pelo MEC. É o maior registrado nos últimos anos. "Nas décadas de 80 e 90 a taxa esteve estagnada em torno de 9%. Voltou a crescer agora. Apenas isso é uma boa notícia", afirmou Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). A taxa mostra que mais jovens na idade correta estão chegando ao ensino superior. Mas há também mais pessoas no ensino superior. A taxa de escolaridade bruta - calculada considerando-se todas as pessoas matriculadas, independentemente da idade, em relação ao número de jovens - também cresceu. Passou de 18,2% para 20,1%.O ensino superior, no entanto, mantém ainda as desigualdades regionais. Na região Sul, a taxa de escolaridade líquida é de 17,1%, a mais alta do País. Nas regiões Sudeste e Centro-oeste, a taxa atingiu 14%. As regiões Norte e Nordeste não chegam à metade disso, ficando abaixo de 7%. Boa parte desse crescimento do ensino superior pode ser creditado ao aumento dos cursos de graduação a distância. O censo mostra que as matrículas nesse tipo de ensino cresceram mais de 315% entre 2003 e 2006. O número de cursos oferecidos teve uma evolução de 571%. No entanto, apesar do investimento que o governo federal pretende fazer em cursos a distância, a maior parte desse crescimento ainda ocorre em instituições privadas. Isso porque o censo, ainda com dados de 2006, não conta as vagas criadas pela Universidade Aberta do Brasil (UAB), que entrou em funcionamento apenas este ano. Foram contadas apenas as vagas do programa Pro-Licenciatura, de formação de professores. "Até fevereiro teremos 45 mil alunos na UAB. Até 2009 pretendemos chegar a 200 mil", afirmou Carlos Bielschowsky, secretário de ensino a distância do MEC.