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A Finlândia tem muito a ensinar

Todo mundo admira a lendária neutralidade da Suíça, que se permitiu passar ilesa pelas duas guerras mundiais que devastaram a Europa no século passado. Injustamente, porém, quase ninguém conhece a histórica altivez da Finlândia, que rechaçou pelas armas dois poderosos invasores, os soviéticos e os nazistas - conseguindo também atravessar a Guerra Fria sem aderir ideologicamente a nenhum dos lados que, entre 1947 e 1991, polarizaram o mundo entre comunismo e capitalismo. Na canção Let's Do It, de Cole Porter, os finlandeses aparecem só depois dos pássaros, das pulgas, dos lituanos, espanhóis e holandeses em sua hipnótica lista de seres que se apaixonam na primavera. Mesmo tendo dado ao mundo o escorredor de pratos e os celulares Nokia, o destino da Finlândia não é ser famosa. Assim, a revolução educacional gestada nas escolas de lá está silenciosamente lançando as bases da educação que vai ajudar a moldar o ensino em todo o mundo no decorrer do século XXI. VEJA foi a Helsinque testemunhar essa saga, narrada em detalhes nas páginas seguintes desta reportagem.
Finlândia 7X0

Crianças ora hipnotizadas pela tela do computador, bem à vontade só de meias, ora ao ar livre e gelado, dissecando a geologia de uma paisagem que tem como marco uma sólida rocha encravada entre os pinheiros, como se fosse um parque temático sobre a era glacial. Bem-vindo à Finlândia, o país que se notabilizou como um dos melhores do mundo na educação, mas que, mesmo assim, já finca os pilares do ensino do futuro. Fale com qualquer professor de lá, da 1ª série à universidade, e ouvirá, como uma bem orquestrada sinfonia de Sibelius, o grande compositor finlandês, orgulho nacional: precisamos de uma escola que leve os alunos ao limite de suas potencialidades, que os prepare para um mundo cada vez mais globalizado e os ensine a se adaptar ao novo, a se virar diante do inesperado, a criar e a inovar. Que a lição se faça ouvir por aqui, onde agora se debate justamente o primeiro currículo escolar brasileiro.
Nenhum país que tem a educação como prioridade está alheio à discussão que inflama as rodas especializadas e afeta a vida de pais e estudantes: o que ensinar a crianças que não necessitam mais do saber enciclopédico, já que têm acesso a informação de qualidade ao toque do mouse, mas devem ser talhadas para enfrentar problemas e ofícios que nem sequer se imagina quais serão? "Mais do que acumular dados, o aluno precisa aprender a aprender, porque a toda hora surge um conhecimento novo e relevante no planeta", resumiu a VEJA o físico alemão Andreas Schleicher, diretor da área de educação na OCDE (organização que reúne as nações mais desenvolvidas). No fim do ano passado, líderes de toda parte encontraram-se em Genebra para falar do currículo do século XXI. Houve consenso de que é preciso preservar os conteúdos essenciais, ter coragem para eliminar o resto e dar lugar na escola ao desenvolvimento de habilidades requeridas no mercado de trabalho, como resiliência, capacidade de produzir em equipe, comunicação, abertura ao risco, criatividade. A Finlândia forçou ainda mais a barra e decidiu tornar menos estanques as divisões entre as matérias, ensinando-as muitas vezes ao mesmo tempo. A ousadia, vinda do país que lidera rankings mundiais de ensino, ocupou as manchetes. Seria o começo do fim das disciplinas?
"Os conceitos básicos de cada matéria continuarão a ser ensinados com metas claras e elevadas, ainda que as fronteiras entre elas fiquem mais flexíveis", garante Leena Maija Niemi, 42 anos, vice-diretora da escola Kasavuori, a meia hora da capital, Helsinque, espécie de laboratório dos novos tempos plantado em meio à floresta. Ali, vê-se uma mescla de economia, geografia, história, demografia, estudos sociais e finlandês num projeto chamado Minhas Raízes, um dos vários em curso, em que cada adolescente produz vasto material sobre a cidade de seus pais, avós ou tios. Nessa abordagem de "aprendizado baseado em projetos", professores de várias áreas planejam as aulas em conjunto. Fomentam independência para pesquisar e colaboração. Não se põem à frente da classe a ministrar intermináveis aulas expositivas, mas vão de mesa em mesa, resolvendo dúvidas e renovando desafios. Especialistas de Singapura, Estados Unidos, México, Espanha e Tailândia já agendaram visitas à escola Kasavuori para conhecer o modelo que, a partir do próximo ano, fará parte do currículo mínimo obrigatório da Finlândia.
De certa maneira, as inovações finlandesas são um reencontro com um passado glorioso. Na Atenas clássica, o ensino era baseado em desafios que demandavam várias áreas do saber para ser solucionados. O mentor respondia a uma pergunta com outra mais difícil, um problema levava ao seguinte, em um voo pela razão balizado pelo rigor da geometria e pela lógica, mas impulsionado pelas asas da poesia. A realidade é multidisciplinar e requer diversos domínios para ser abarcada em toda a sua complexidade. Os gregos sabiam disso. Os finlandeses estão provando que essa e outras abordagens do passado, embora esquecidas no tempo, nunca perderam seu valor. Há um século, o filósofo e matemático inglês Alfred North Whitehead escreveu The Aims of Education ("Os objetivos da educação"), um libelo contra o academicismo e a compartimentação dos campos do saber. "Nas nossas escolas a contradição é vista como uma derrota, quando deveria ser o primeiro passo rumo ao conhecimento real." Whitehead preconizava também o trabalho cooperativo. Encontra-se muito das ideias dele na adaptação das escolas da Finlândia à dinâmica do mundo atual e às exigências da economia globalizada e conectada.
Na década de 70, a Finlândia decidiu promover uma virada crucial no ensino. Era um tempo em que metade da população ainda vivia na zona rural e a economia dependia das flutuações do preço da madeira - passado que soa remoto diante do atual desempenho do país na corrida global: a chamada "terra dos 1 000 lagos" (exatamente 187 000) e dos 2 milhões de saunas (uma para cada 2,7 habitantes) desponta entre os cinco primeiros nos rankings mundiais de competitividade, inovação e transparência. Sua capital lidera o mais recente teste de honestidade da revista Reader's Digest, baseado em quantas de doze carteiras com 50 dólares deixadas em lugares-chave pela revista foram entregues de volta a seus donos ou à polícia. Em Helsinque, onze das doze carteiras foram devolvidas - no Rio de Janeiro, quatro, o mesmo número de Zurique.
Não espere encontrar na Finlândia a rigidez típica de outros campeões do ensino, como Coreia do Sul ou China. Enquanto a palavra de ordem na Ásia é estudar noite e dia, nessas bandas da Escandinávia a rotina escolar é mais suave, com jornadas de cinco horas e lição na medida certa para sobrar tempo para "relaxar" - esse é o verbo de que os finlandeses gostam. Que não se confunda isso com indisciplina ou pouca ambição. Foi só a Finlândia perder posições no ranking da OCDE (ficou em sexto lugar no último) e o exame nacional mostrar certa queda para soar o alerta e o rumo ser corrigido. Os novos tempos são de construção do conhecimento em rede, uns colaborando com os outros, como nas rodas acadêmicas. Também é visível a mudança na condução da aula pelo professor, que às vezes nem mesa tem; a ideia é que ele palestre menos e guie mais o voo dos estudantes. Os mestres não são coadjuvantes, como em muitas experiências que se autointitulam inovadoras, mas o centro de uma reviravolta sustentada em delicado equilíbrio. "O segredo está em não achar que flexibilidade é o mesmo que anarquia", pondera a doutora em educação Kristiina Kumpulainen, da Universidade de Helsinque.
A tarefa de saber qual conteúdo deve sobreviver à afiada peneira deste século não é simples, mas vem sendo testada com sinais de sucesso, e não só na Finlândia. Também na vanguarda do ensino, o distrito de Colúmbia Britânica, no Canadá, encontra-se em pleno processo de separar o descartável do essencial. "Com uma grade de matérias tão pesada, as crianças não estavam aprendendo a pensar", reconhece Rod Allen, envolvido na missão de reescrever o currículo. Os canadenses continuarão a estudar os fundamentos da democracia grega e por que todos os caminhos levavam a Roma, mas não precisarão mais "sobrevoar", como diz Allen, todas as civilizações da Antiguidade. "No lugar de cinquenta tópicos mal absorvidos, vamos agrupá-los em dez ou doze grandes áreas, enfatizando os conceitos realmente valiosos", explica ele, que ainda esclarece: datas, pessoas e eventos importantes seguem firmes na cartilha. O Japão percorre trilha semelhante. Enxugou em 30% seu currículo para ceder espaço às habilidades tão em voga. Não há nada de modismo aí. Os japoneses perceberam que os postos de trabalho que envolvem atividades rotineiras e baseadas em um único tipo de conhecimento estão sendo varridos por aqueles movidos a desafios mais imprevisíveis e complexos, que exigem flexibilidade de pensamento e de postura. Mas em um ponto ninguém mexe: ler um livro por semana foi, é e sempre será sagrado.
Há décadas se fala da importância de ensinar habilidades comportamentais, ou socioemocionais, como se diz no meio, como persistência e autodisciplina. Há décadas também elas vêm sendo subestimadas nas escolas, ainda que, nos anos 80, o americano James Heckman, prêmio Nobel de Economia, tenha demonstrado em pesquisas que são tão ou mais determinantes para o sucesso futuro do que as tradicionais matérias - e, sim, podem ser incentivadas. Mas, à medida que a cadeia produtiva muda sua lógica, exigindo cada vez mais capacidade de resolução de problemas e de adaptação em todos os níveis, o alerta de Heckman se faz reverberar na educação. Um estudo do Instituto Ayrton Senna reforça as palavras do Nobel trazendo os números à realidade brasileira: alunos mais perseverantes e organizados aprendem em um ano letivo cerca de um terço mais em matemática do que os outros; a abertura ao novo e a coragem de empreender e errar produzem o mesmo efeito positivo em língua portuguesa. "Existe o princípio geral de que só o que dá para medir tem valor. Pois já conhecemos bem o peso dessas habilidades que soam tão abstratas", observa Oliver John, professor da Universidade da Califórnia, em Berkeley, e consultor da OCDE no projeto de criar um termômetro universal para aferi-las.
E o Brasil nisso? Bem, enquanto países como Finlândia e Austrália, outro caso de sucesso, revisam seu currículo a cada dez anos e a Coreia do Sul já cravou a sétima edição do seu, o Brasil não tem nenhum. Isso mesmo: aterrissamos no século XXI sem um consenso nacional sobre o que o aluno deve aprender a cada ano em cada disciplina. A principal razão para tão profundo atraso é de cunho ideológico. Uma turma de educadores ainda acha que um script com objetivos e metas de aprendizado em comum engessaria a liberdade de lecionar e daria as costas às diferenças. "Confundem até hoje estrutura com camisa de força", diz Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann e integrante de um grupo de especialistas que debatem o teor do currículo brasileiro por vir. Previsão: 2016.
Envolvido na confecção desse currículo, o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, fez uma ala de pensadores tremular com suas afirmações a propósito do tema. Disse o ministro, acertadamente: "A tradição no Brasil é de enciclopedismo raso". A proposta conduzida por ele, portanto, mira diminuir quantidade em prol de profundidade, mas não só isso: "Desenvolver competências deve ser a principal missão da escola". Ele se refere, por exemplo, a saber ler e interpretar e afiar o raciocínio lógico. O que tirou o sono de especialistas foi a aparente contraposição que Unger fez entre conteúdos e competências (justamente relacionadas à utilização do conhecimento acumulado), como se fossem excludentes. "Não há conteúdos consagrados nem obrigatórios, sobretudo nos anos escolares mais avançados", defendeu ele a VEJA. "Também não podemos produzir um currículo engessado, que cale o experimentalismo vigoroso", foi além. Mas garantiu: a ideia é ter metas e orientações para docentes. A ver. Como professores que tropeçam no básico darão conta da transição para algo que só agora países bem mais evoluídos no ensino estão fazendo?
Muitas ressalvas cabem na comparação entre Brasil e Finlândia - a começar pela população: os finlandeses são 5,5 milhões com cultura homogênea e pouca disparidade de renda; já nós, 200 milhões com todo tipo de diversidade. Também eles não têm o mau hábito de mudar o curso da educação a cada troca de governo. A Finlândia adota um sistema parlamentarista com presidente da República que favorece coalizões entre quase todos os partidos. Tal estabilidade política contribuiu para a implantação de um sistema em que 99% das escolas são públicas e igualmente boas, segundo notou a OCDE. Tamanho é o valor que se dá à sala de aula que, mesmo na universidade, ninguém desembolsa um tostão. Ao contrário: os alunos ganham até bolsas para arcar com moradia. "Não precisamos mudar de cidade atrás de um bom ensino porque ele está por toda parte", conta a enfermeira Kirsi Ojala-Kinnunen, 42 anos, mãe de três filhos e uma entre os 35 000 habitantes da bucólica Tuusula, onde vive em uma casa de madeira típica do pós-II Guerra, com o conforto que todas essas residências têm - sauna para enfrentar o frio e as noites sem fim. Olhar para eles pode ajudar o Brasil a deixar a própria zona glacial: a dos últimos do mundo na educação.[Fonte: Veja.Com]

Anunciado em 2011, projeto do MEC não entregou nenhum tablet


Anunciada em 2011 pelo Ministério da Educação (MEC), a distribuição dos aparelhos estava prevista para iniciar ainda em 2012 - Foto: Getty Images
A menos de um mês para o fim do ano letivo, o programa nacional de distribuição de tablets para professores de ensino médio da rede estadual não entregou nenhum aparelho. Anunciada em 2011 pelo Ministério da Educação (MEC), a distribuição dos aparelhos estava prevista para iniciar ainda em 2012.
Em fevereiro deste ano, o ministro Aloizio Mercadante afirmou que cerca de R$ 150 milhões seriam utilizados para comprar e distribuir 600 mil tablets ainda em 2012. Até o início do mês de novembro, segundo o MEC, o valor total do projeto, cerca de R$ 330 milhões, foi utilizado pelos estados que aderiram ao programa para adquirir 409.793 dos 900 mil tablets que devem ser distribuídos até 2013. Ainda de acordo com o ministério, o atraso na distribuição dos aparelhos se deve à variação no prazo de entrega, que depende dos contratos feitos por cada estado.
No Pará, segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a primeira remessa de 12.458 tablets, que serão utilizados em 545 escolas, está em processo de aquisição, e o treinamento dos professores começará em 2013. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação da Bahia, o estado já fechou contrato com uma fabricante de tablets, mas não possui informações sobre a data de entrega dos produtos. No Rio de Janeiro, a Secretaria de Educação estima que 34.340 tablets sejam distribuídos em dezembro. Com investimento de cerca de R$ 9,5 milhões, o Paraná pretende distribuir 27 mil tablets de 7 e 10 polegadas para os professores da rede estadual até janeiro de 2013, além de comprar mais 5 mil, para estoque de reserva.
Nos dois estados mais populosos do País, a distribuição dos tablets também não começou ainda. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, os 73 mil aparelhos estão previstos para serem distribuídos a partir de dezembro, enquanto em Minas Gerais, de acordo com a assessoria da secretaria de educação do estado, 66.294 tablets poderão ser utilizados pelos professores do ensino médio apenas em 2013.
Fabricados no Brasil pelas empresas CCE Digibras e Positivo Informática, os tablets terão a distribuição restrita a escolas da rede estadual, em áreas urbanas e com internet banda larga sem fio. Amapá e Maranhão são os únicos estados que não aderiram ao programa. Com 7 ou 10 polegadas e conteúdos de disciplinas como física e química traduzidos de portais em inglês, os tablets devem chegar a institutos federais e escolas da rede municipal em um segundo estágio do programa, e sem recursos federais nessas últimas, segundo o MEC.
Programa não prevê capacitação de professores
O uso dos tablets em sala de aula já vem sendo adotado em diversos países, e pode ser sinônimo de melhora no desempenho escolar, segundo pesquisa da norte-americana Abilene Christian University. Após três anos de estudos com estudantes da própria universidade, os pesquisadores afirmaram que aqueles que utilizaram seus iPads para anotar os conteúdos vistos em sala de aula apresentaram um desempenho 25% maior em relação aos colegas que escreveram a matéria no caderno.

No caso do programa do MEC, no entanto, a falta de uma definição de estratégias de utilização das ferramentas e capacitação dos professores, gera um pessimismo entre especialistas em educação. "As expectativas não são muito boas, pois programas como esse já nascem enviesados; não se pensa na formação do professor e na infraestrutura das escolas. Essas iniciativas devem ser bem planejadas, pois a tecnologia tem cada vez mais relevância no processo educacional, e a garotada precisa aprender a usar materiais multimídia que interessem a eles, que evitem que o ensino se torne tedioso. É muito além de sair por aí comprando equipamento", destaca Luciana Allan, diretora técnica do Instituto Crescer para a Cidadania, que trabalha com projetos educacionais e tem sede em São Paulo (SP).
Além do programa federal, iniciativas dos próprios estados já levam tablets para as salas de aula do ensino médio de colégios públicos. Em Pernambuco, a secretaria de educação implantou, em 2008, o Professor Conectado, que forneceu notebooks para todos os professores da rede estadual e internet sem fio em 450 escolas estaduais. Até o final de 2013, o órgão pretende levar rede sem fio a todas as 1,1 mil escolas da rede. Além de aderir ao programa do MEC, encomendando 18 mil tablets para os professores do ensino médio (ainda sem previsão de entrega), a secretaria está distribuindo, desde julho deste ano, tablets para os estudantes da rede estadual do 2º e do 3º anos do ensino médio, em 750 escolas.
Segundo o secretário de educação do estado, Anderson Gomes, o programa teve um custo de R$ 115 milhões, e até meados de novembro, 170 mil tablets devem ser utilizados pelos alunos pernambucanos. "Houve atrasos sim, mas eles foram superados, e os alunos estão recebendo normalmente os tablets. É cedo para dizer qual o impacto do programa, e a discussão deve ultrapassar a necessidade ou não de ter o tablet, pois não podemos pensar mais em um ambiente onde o estudante não tem contato com a tecnologia, que é uma ferramenta adicional para obtenção de informação", destaca.
Uma das primeiras escolas a receber os tablets do governo de Pernambuco, o Ginásio Pernambucano conta com 700 alunos no ensino médio, e cerca de 470, matriculados nos dois últimos anos, utilizam os tablets desde julho. Segundo a gestora geral do colégio, Neuza Pontes de Mendonça, os estudantes podem levar o produto para casa, mas só utilizam a ferramenta em aula com a autorização do professor.
Apesar de destacar como positivo o uso dos tablets no ambiente escolar, com o aumento do interesse dos estudantes por pesquisas relacionadas com disciplinas estudadas na sala de aula, Neuza ressalta a falta de orientação prévia aos alunos e professores sobre o conteúdo disponível nos tablets antes do recebimento dos produtos. "Não houve diretamente um projeto pedagógico, uma preparação anterior. Passamos a entender o funcionamento do tablet apenas quando ele chegou na escola. Não houve grandes dificuldades, e os alunos estão aproveitando a ferramenta como um recurso pedagógico na elaboração de trabalhos e blogs, mas se nós soubéssemos quais conteúdos seriam distribuídos, o uso teria sido mais fácil", afirma. [Fonte: Terra]

Quem estuda ganha até três vezes mais


Mais estudo, mais renda. Esta lógica permanece arraigada no imaginário brasileiro como algo inquestionável. Porém, a desigualdade traduzida na diferença salarial entre os níveis de instrução vem caindo há duas décadas. O abismo maior está entre os que concluíram o ensino superior na comparação com os que só estudaram até o ensino médio. Ter diploma universitário garante hoje uma renda 167% maior frente ao último ciclo do ensino obrigatório (ensino médio).
Essa distância, no entanto, já foi maior. Em 2002, o "prêmio" de renda para quem tinha diploma universitário na mão chegava a 192%, o ponto mais alto nas últimas décadas. Em 1995, o abismo era de 134%. Só 12,5% da população ocupada brasileira têm curso superior concluído, e a taxa de desemprego é de 3,8%, frente aos 6,7% da média da força de trabalho:
- Aumentou a oferta de mão de obra com ensino médio, mas não tanto no ensino superior. A demanda por esses profissionais cresceu muito - afirmou Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, que fez os cruzamentos usando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE.
Faculdade como carta de alforria
David Marcos de Almeida Neves, de 27 anos, sabe bem o valor do diploma. Para ele, "a faculdade foi uma espécie de carta de alforria". Trabalhando como borracheiro, conseguiu concluir a faculdade de Farmácia:
- Foi muito difícil conciliar trabalho de domingo a domingo, estudo, estágio. Nunca pensei em desistir dos estudos, embora quase tenha largado a faculdade por questões financeiras. Mas valeu a pena, sempre soube que a faculdade seria uma espécie de carta de alforria para mim - disse.
Morador de Piedade, Zona Norte do Rio, ele passou de um salário de trabalho informal de R$ 300 como borracheiro, em 2005, para R$ 2.200 como recém-contratado no emprego de farmacêutico. Sua vida mudou. Na época, ele economizava o que podia para pagar a faculdade de R$ 800 mensais.
Além de seu trabalho, ele contava com um financiamento do Fies, programa governamental que garantiu 50% de sua mensalidade, e da ajuda de pais e tios. Mas não foram dias fáceis.
- A questão não é só financeira, a faculdade me permitiu conhecer mais pessoas, mais culturas e me abriu um leque de oportunidades. Já fui convidado a dar aula, trabalhar em hospital, sempre existe a possibilidade de ir para a indústria farmacêutica - afirmou David, atualmente responsável por uma drogaria no Leblon, Zona Sul do Rio. Ele agora quer fazer pós-graduação e aprender inglês, e já comprou até uma casa.
Diante do aumento da oferta de trabalhadores com o ensino médio completo, a diferença salarial entre quem concluiu o antigo segundo grau e os que têm só o ensino fundamental caiu com força. Em 1995, a distância salarial era de 44%; em 2011, estava em 23%.
- Houve grande expansão de matrículas, mas a economia não estava demandando no mesmo ritmo. A procura é por mais qualificados, com ensino superior e pós-graduação e até menos qualificados. Por isso, caiu esse retorno da educação - disse Menezes Filho.
Até mesmo no ensino superior, a mão de obra partiu mais para área de Humanas, como pedagogia e administração. Agora, com a economia mais aquecida, cursos como engenharia e medicina começam a aumentar, comentou Menezes Filho.
Rafael Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vê o encurtamento dessa distância salarial como um passo na direção dos países desenvolvidos:
- E esse padrão veio para ficar. Isso é bom. Diminui a desigualdade. Não há esse diferencial de renda entre os que cursaram o ensino superior e o médio na Dinamarca, na Finlândia, na Suécia. Temos que nos acostumar com uma estrutura de incentivos mais enxuta. O ensino médio não confere mais o grau de proteção de antes.
Menos de 0,9% tem mestrado ou doutorado
Para Osório, o trabalhador brasileiro não pode parar no ensino superior, tem que perseguir especialização. Conseguir concluir um mestrado e o doutorado faz disparar o salário. Segundo dados da Pnad, são 92,5 milhões de ocupados e, destes, apenas 771.409 têm mestrado ou doutorado. Ou seja, um percentual inferior a 0,9% do total de ocupados no país. Assim, o salário dobra em relação aos que têm diploma universitário e fica 426% maior frente a quem só concluiu o ensino médio.
Quer dizer, a diferença vem caindo, mas o prêmio por mais educação que o mercado paga ainda é altíssimo nos maiores níveis de instrução. E, claro, o emprego é pleno. A taxa de desemprego desse grupo é de apenas 1,4%. Ou seja, estudar ainda vale muito a pena.

Universidade russa abre vagas para brasileiros estudarem medicina


A Aliança Russa de Ensino Superior começou a entrevistar candidatos para cursar Medicina na Universidade Estatal de Kursk (KMSU), considerada uma das melhores da Rússia. As aulas estão ministradas em inglês, portanto, os alunos precisam ter conhecimento intermediário da língua. As inscrições já começaram e a seleção vai até o dia 10 de junho.
Os estudantes que não possuem domínio da língua inglesa podem optar por cursar a Faculdade Preparatória, onde eles têm, inicialmente, três meses para a adaptação ao idioma e método de ensino. Caso o aluno não se adapte ou não passe na prova neste tempo de curso, poderá solicitar mais três, até se sentir apto a iniciar a graduação.
O valor cobrado por aluno é simbólico por conta de uma política de incentivo a estudantes estrangeiros adotada pelo governo russo. Em média, cada estudante desembolsa aproximadamente R$ 7 mil por ano em despesas entre curso e moradia, valor muito inferior ao das universidades particulares no Brasil devido ao subsídio dado pelo governo russo aos estrangeiros.
O processo de seleção está sendo feito no Brasil pela Aliança Russa de Ensino Superior. No momento da entrevista, o aluno, que deve ter até 25 anos, pode escolher entre as turmas indicadas conforme o seu perfil. As turmas são fechadas com três meses de antecedência. O candidato interessado em estudar na Rússia passa por um processo seletivo avaliado pela universidade de sua escolha e administrado pela Aliança Russa, que inclui reunião com os pais, análise de histórico escolar e currículo, tudo para garantir que o aluno se encaixe no perfil da faculdade.
A Universidade fica a cerca de 500 km da capital Moscou. O baixo custo de vida de Kursk é um dos principais motivos pelos quais muitos estudantes estrangeiros procuram a instituição. Atualmente mais de 250 alunos brasileiros estão matriculados em turmas de, no máximo, 12 alunos.
Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.
O governo brasileiro pretende afrouxar as regras para que médicos formados no exterior trabalhem no Brasil. A estimativa oficial é de que haja 291,3 mil médicos no Brasil, o que equivale a 1,6 médicos para cada mil habitantes. A ideia é flexibilizar a exigência de fazer o exame para revalidação do diploma.
Os estudantes que possuem conhecimento da língua russa podem optar por outros cursos - graduação, pós-graduação e doutorado - na Universidade Estatal de Belgorod, na parte europeia da Rússia. Para isso, também é oferecida aos alunos de até 36 anos a Faculdade Preparatória, com um curso de 9 meses da língua local. Depois da preparação, o estudante pode escolher o nível e a faculdade que deseja cursar.
Os interessados podem entrar em contato com a Aliança Russa pelos telefones             (11) 3854-2513       / 3854-2514 / 3854-2515 e pelo site www.aliancarussa.com

MEC abre inscrições para graduação gratuita a professores


Professores em exercício na rede pública de educação básica podem fazer sua pré-inscrição para cursos de licenciatura presenciais até o dia 8 de abril. Segundo o Ministério da Educação (MEC), serão oferecidas 14.277 mil vagas para cursos que terão início no segundo semestre de 2012.
O programa é organizado e financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) para atender os objetivos da Política Nacional de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Segundo o MEC, o objetivo é garantir aos professores em exercício na rede pública a formação acadêmica exigida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), bem como promover a melhoria da qualidade da educação básica.
São oferecidos cursos de primeira licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica sem formação superior; de segunda licenciatura, para professores em exercício na rede pública da educação básica, em área distinta da sua formação inicial, e formação pedagógica, para professores graduados, mas não licenciados.
Os professores devem acessar a Plataforma Freire, sistema informatizado do MEC para gestão da formação docente, para obter mais informações.
As pré-inscrições deverão ser validadas, no período de 9 a 23 de abril, pela secretaria de educação estadual ou municipal à qual o professor em exercício estiver vinculado. A seleção das instituições acontece entre 24 de abril e 8 de maio.[Fonte: Terra]

Governo abre inscrições para 5,8 mil bolsas em sete países


O Programa Ciência sem Fronteiras recebe a partir desta quarta-feira, 21 de março, as inscrição para estudantes de graduação nas áreas de ciência e de tecnologia interessados em estudar no exterior. São 5.800 bolsas, distribuídas em universidades da Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Espanha, Holanda e Portugal. A bolsa pode chegar a até 12 meses de estudos, que serão depois aproveitados pela universidade brasileira de origem do estudante. Para esses países, há possibilidade de cursos de pós-graduação e graduação sanduíche.
Veja aqui as melhores universidades para onde o governo mandará alunos
Além do domínio da língua e de estar matriculados em curso nas áreas consideradas prioritárias pelo Programa Ciência sem Fronteiras, os candidatos devem ter desempenho acadêmico satisfatório e ter cursado no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo previsto. As inscrições vão até 30 de abril.
Os editais já podem ser consultados na página do Ciência sem Fronteiras na internet. "Com exceção de Portugal, é a primeira vez que o Brasil está encaminhando estudantes para esses países", ressalta Geraldo Nunes, coordenador geral de bolsas no exterior da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Parceria entre os ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio da Capes e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Ciência sem Fronteiras é uma iniciativa do governo federal e prevê a concessão de 100 mil bolsas de estudo no exterior em quatro anos.[Fonte: Terra]

Elogiado por Bill Gates, site estimula uso da internet na educação

Já imaginou ter conteúdos que você vê em sala de aula em um único site gratuito, com direito a vídeos explicativos, exercícios online e muitas outras ferramentas para ajudar no ensino? Pois esse site existe e se chama Khan Academy (www.khanacademy.org).
Criado em setembro de 2006 pelo educador americano Salman Khan, a iniciativa não tem fins lucrativos e já foi elogiada por Bill Gates, cujos filhos são visitantes assíduos do acervo com mais de 3 mil vídeos disponíveis. A maioria deles é focada em exatas (matemática, finanças, física e química), mas há tópicos da área de humanas, como história e arte, entre outras disciplinas.
Atualmente, os conteúdos são oferecidos apenas em inglês, mas a previsão é de que, em breve, seja possível acessar material em línguas como o português e o espanhol. Por e-mail, o Terra entrevistou Shantanu Sinha, presidente do Grupo Khan e um dos idealizadores do projeto, para saber mais sobre como funciona essa iniciativa. Confira os principais trechos a seguir.
Terra - Quais são as vantagens e desvantagens de aprender um conteúdo por meio de um vídeo, em vez de em sala de aula?
Shantanu Sinha - Os vídeos são apenas uma parte da Khan Academy e seu ideal de educação. A Khan Academy é composta por três elementos que estão disponíveis em nosso site. Um deles é a biblioteca de vídeos, na qual adicionamos material constantemente. Outro elemento chave são os exercícios - disponibilizamos uma plataforma de exercícios, com mais de 225 questões de matemática, no momento, e com atualização constante. Os alunos podem trabalhar através de um mapa de conhecimento e problemas da prática, com base em seus níveis de habilidade, enquanto o software auxilia os alunos com passo a passo, dicas e vídeos sugeridos. Este é o elemento fundamental pelo qual Khan Academy é utilizado em nossas salas de aula piloto. Por último, temos um painel que fornece dados em tempo real sobre o desempenho do estudante, bem como para seus professores, mentores ou pais (a quem nos referimos como treinadores). Este feedback instantâneo ajuda a orientar a aprendizagem de cada aluno no dia a dia
É importante ressaltar que nós não exibimos esses conteúdos como substitutos para o ensino praticado nas escolas. Na verdade, acreditamos que sites como o nosso auxiliam o professor, fazendo com que ele gaste seu tempo de forma mais eficaz, de tutoria aos alunos, dando a eles uma atenção mais personalizada.
Alunos nos dizem que apreciam o controle que têm com vídeo - a possibilidade de ver o que eles querem, quando querem, onde querem. Quando Sal começou a tutoria de seus primos, por meio de vídeos, eles disseram que gostaram desse tipo de ensino, justamente porque era em vídeo! O vídeo alivia a pressão de alguém julgar quão rapidamente o conceito é compreendido, e pode ser repetido quantas vezes um aluno precisa. Além disso, os estudantes podem facilmente saltar entre os temas específicos que precisam de ajuda - mesmo conceitos básicos que deveriam ter aprendido anos atrás.
Terra - Atualmente, a maioria dos conteúdos é de matemática, física e química. Vocês pretendem explorar mais disciplinas da área de humanas? As ciências exatas facilitam um ensino com menos interação ou vocês pensam que o seu modelo pode ser utilizado com qualquer disciplina? Shantanu Sinha - Além de matemática e ciência, nós também oferecemos conteúdos de finanças, história e arte e buscamos expandir essa quantidade de tópicos. Nosso objetivo em longo prazo é cobrir todos os tópicos, e acredito que toda a educação pode ser melhorada, aproveitando as ferramentas oferecidas pela inovação. O modelo de como a tecnologia será usada em cada matéria varia, então estamos pesquisando diferentes mecanismos que possam ser usados nas mais variadas disciplinas.
Terra - O ensino à distância tem crescido no Brasil nos últimos anos, mas ainda preservam-se os encontros presenciais. Como se dá a interação estudante-professor no site de vocês?
Shantanu Sinha - Nosso site incentiva o envolvimento de um treinador para ajudar a orientar um aluno, mas nós defendemos que o aprendizado mais efetivo ainda acontece pessoalmente, como citei anteriormente, esse tipo de estudo é uma complementação do estudo praticado em sala de aula.
Terra - Você acredita que há um perfil de estudante que melhor se encaixe neste método de ensino? Se existe, como ele seria? 
Shantanu Sinha - Nós estamos tentando focar em um aprendizado personalizado para cada estudante, de maneira que todos possam usufruir do material do site sem a necessidade de um determinado perfil, basta ele acessar que terá conteúdos que satisfaçam as suas necessidades, em uma formatação que ele considere agradável. Acreditamos que buscar as necessidades específicas de cada aluno é uma excelente maneira de melhorar o seu aprendizado.
No entanto, temos observado um maior impacto dessa adequação de conteúdo em três áreas. A primeira é o apoio em conceitos fundamentais: disponibilizamos grandes "pedaços" de informação, que permitem aos alunos preencherem as lacunas que têm no conhecimento fundamental, construindo o conhecimento passo a passo. Depois, apostamos nos alunos avançando de acordo com seu ritmo - com a nossa abordagem aberta para o conteúdo, os alunos podem aprender tanto quanto eles querem e tão rápido quanto eles podem dominar conceitos, podendo inclusive pular entre os tópicos. O terceiro conceito é uma complementação do conteúdo: as nossas seções com conteúdo resumido são muitas vezes utilizadas para auxiliar na preparação de um exame ou esclarecer um conceito ensinado em sala de aula.
Terra - O que é o mais importante para práticas de ensino a distância? 
Shantanu Sinha - Nós acreditamos que a Khan Academy é mais do que apenas ensinar à distância, mas sim, uma nova maneira de usar a tecnologia para aprender. Temos trabalhado muito ultimamente sobre o uso de nossos vídeos e ferramentas em um ambiente tipo blended-learning (integrando recursos online com suporte em pessoa).
Também pensamos que esses instrumentos podem ajudar a tornar a educação mais acessível para as pessoas que não têm dinheiro para gastar com educação. O nosso foco principal é produzirmos conteúdo de alta qualidade e disponibilizá-los gratuitamente para o maior número de pessoas possível, pois acreditamos que todos devem ter acesso gratuito a uma boa educação. [Fonte: Terra]

Simulado do Enem: Inscrições até 12 de setembro.

Prova servirá como teste para estudantes que farão este ano 

o Exame Nacional do Ensino Médio

Alunos do 3º ano do ensino médio poderão testar seus conhecimentos com o Simulado Online Enem 2011, que ocorre entre os dias 17 e 18 de setembro, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A prova é uma versão virtual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada pelo Pré-vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina e promovida pela Rádio Atlântida de Florianópolis.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 12 de setembro pelo site www.prevestibular.ufsc.br. O teste tem duração de duas horas e pode ser realizado de qualquer computador com acesso à internet, no sábado (17) ou domingo (18), à escolha do aluno.

São duas versões da prova, com 30 questões de múltipla escolha, que abordarão as ciências da natureza, ciências humanas e matemática. O regulamento e demais informações estão disponíveis no site. O professor e coordenador do Pré-vestibular da UFSC, Otávio Auler, irá esclarecer as dúvidas dos estudantes no blog diario.com.br/otavioauler , twitter @profenem e facebook/profenem.

– Todos os desafios da vida exigem dedicação e treino. No Simulado Online Enem é a mesma coisa, antes de entrar em campo, temos que treinar – lembra Auler.

Pelo menos 30 universidades federais adotaram o Enem como única forma de seleção para 2012. As instituições também utilizam o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), criado pelo Ministério da Educação para as universidades que usam a nota do Enem para o processo de seleção, de forma parcial ou integral. A UFSC realiza o vestibular, mas neste ano aumentou o peso do Enem para 30% na nota final da prova.

O concorrente que tenha realizado o teste e obtido um bom desempenho contará com mais pontos.

Programa Missão Pedagógica no Parlamento

Curso para professores - A Câmara dos Deputados abriu inscrições, até 22 de julho, para um curso presencial de educação para a democracia, dirigido a professores do ensino médio de escolas públicas. O Programa Missão Pedagógica no Parlamento vai selecionar 54 professores de todo o Brasil para participar de treinamento em Brasília sobre as instituições democráticas, cidadania, política e educação para democracia nas escolas. A Câmara vai arcar com passagem aérea de ida e volta, hospedagem, alimentação e translado. Mais informações no site www.camara.gov.br/responsabilidade-social/edulegislativa

Bolsas de mestrado serão oferecidas a professores do ensino básico

Serão oferecidas bolsas de mestrado para professores da educação básica, segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad. O objetivo é estimular o aumento da oferta de mestrado para os educadores da rede pública ao criar demanda pelos cursos, que serão ligados a várias áreas de ensino da educação básica. Essas bolsas serão oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Segundo a superintendente regional de ensino, Vânia Célia Ferreira, ainda não existem dados sobre o número de bolsas destinadas para a cidade, mas acredita que a oferta atrairá muitos interessados. "O nível dos professores precisa melhorar, quanto mais alto o nível de escolaridade dele, melhor vai ser o professor, mas ele tem que ter o perfil de educador, tem que saber a língua dos estudantes, senão não adianta nada o alto nível de capacitação", analisou ela.

O ministro ressaltou que muitas vezes o mestrado não é na cidade onde o professor mora e isso exige custeio, gastos com transporte, alimentação e aquisição de material pedagógico, por isso a bolsa é de grande importância para a formação dos professores da educação básica.

Os professores que conseguirem a bolsa serão obrigados a terem, no mínimo, cinco anos dentro das salas de aula da rede pública de ensino. [Fonte: CAPES]

14º Salário para os (as) professores (as) - Clique Aqui

Votem na enquete no site do Senado que pesquisa se você é a favor ou contra o pagamento de décimo quarto salário para os professores da rede pública (PLS 319/08)

http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/votar_enquete.asp

MEC divulga 1° chamada do ProUni; confira

O resultado do programa Universidade para Todos (ProUni), com a relação dos candidatos pré-selecionados em primeira chamada, pode ser consultado a partir desta segunda
Foto: Getty Images

O Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta segunda-feira, 21, o resultado do programa Universidade para Todos (ProUni), com a relação dos candidatos pré-selecionados em primeira chamada. Esses estudantes deverão comparecer às instituições para a qual foram selecionados no período de 22 de junho a 2 de julho, para entregar documentos que comprovem as informações prestadas durante as inscrições. Confira a lista .

Nesta edição estão sendo oferecidas 60.488 bolsas em 1.225 instituições privadas de ensino superior em todo o País. Do total, 39.113 são integrais e 21.375 parciais, que custeiam 50% da mensalidade. As bolsas integrais são destinadas a alunos com renda familiar mensal per capita de até um salário mínimo e meio (R$ 765). Já as parciais são para os candidatos cuja renda familiar mensal per capita não seja superior a três salários mínimos (R$ 1.530).

Segundo o MEC, os candidatos que não tiverem o nome nessa primeira lista devem ficar atentos pois podem estar em outras chamadas. O ministério informa ainda que outras cinco listas estão programadas, mas só serão liberadas caso o número de bolsas não tenha sido atingido na primeira chamada. Com informações da Agência Brasil. [Fonte: Terra]