Mostrando postagens com marcador Escola Pública. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Escola Pública. Mostrar todas as postagens

Aprovada lei que permite a aluno de escola pública fazer vestibular de graça


Aluno de escola pública terá direito a fazer vestibular de universidades federais e institutos federais de ensino gratuitamente Foto: Fernando Borges / Terra
Aluno de escola pública terá direito a fazer vestibular de universidades federais e institutos federais de ensino gratuitamente - Foto: Fernando Borges / Terra

Uma lei que permite a isenção do pagamento da taxa de inscrição nos vestibulares de instituições federais de ensino foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff. A lei nº 12.799 foi publicada noDiário Oficial da Uniãodesta quinta-feira. Para ter direito a fazer vestibular de graça, o estudante deve ter cursado todo o ensino médio em escola da rede pública ou como bolsista integral em escola da rede privada e também ter renda familiar per capta de até 1,5 salário mínimo.
A lei determina que as instituições federais de educação superior deverão adotar critérios para a isenção total e parcial do pagamento de taxas de inscrição nos vestibulares, levando em conta a "carência socioeconômica" dos candidatos.
A isenção total de pagamento de inscrição nos processos seletivos de ingresso aos cursos das universidades federais e institutos federais de ensino é garantida a partir de hoje aos alunos que atendam às duas exigências determinadas pela lei. É necessário, para ter direito ao benefício, possuir renda familiar per capta igual ou inferior a um salário mínimo e meio e ter cursado o ensino médio em escola pública ou como bolsista de escola particular. [Fonte: Terra]

Brasil Maior: lei incentiva compra de computadores para escolas


Publicada nesta terça-feira, a Lei 12.715, que amplia o Plano Brasil Maior, concede incentivos fiscais para a compra de computadores para escolas públicas e restabelece o Programa Um Computador por Aluno (Prouca). A norma trata, entre outros pontos, da desoneração da folha de pagamento, aplicação do Regime Diferenciado de Contratações (RDC) na área educacional e concessão de incentivos à indústria automotiva e ao Programa Nacional de Banda Larga.
De acordo com a lei, o Regime Especial de Incentivo a Computadores para Uso Educacional (Reicomp) visa facilitar a aquisição dos aparelhos para uso dos alunos e professores da rede pública federal, estadual, municipal e do Distrito Federal e para as escolas sem fins lucrativos que prestam atendimento a pessoas com deficiência. Os computadores deverão ser utilizados exclusivamente no processo de aprendizagem.
O Reicomp suspende a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as indústrias que fornecem matéria-prima e produtos intermediários para a fabricação dos computadores, além do PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
O Programa Um Computador por Aluno tem como objetivo promover a inclusão digital nas escolas públicas por meio da compra de equipamentos de informática, programas de computador, suporte e assistência técnica. Pela lei, um percentual mínimo dos equipamentos deverá, obrigatoriamente, ser adaptado para pessoas com deficiência.
A lei também institui o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para construção ou reforma de estabelecimentos de educação infantil. O regime poderá ser aplicado até 31 de dezembro de 2018 aos projetos de construção ou reforma de creches e pré-escolas, cujas obras tenham início ou contratação a partir de 1º de janeiro de 2013.
De acordo com o governo, a adoção do RDC é opcional. O projeto - de construção ou reforma de creche e pré-escola - precisa da prévia aprovação do Ministério da Educação e o imóvel não poderá ter a destinação alterada pelo prazo mínimo de cinco anos. [Fonte: Terra]

Críticas a escolas unem blogueiras mirins de Brasil e Escócia


Embora uma esteja em Argyll, na Escócia, e a outra em Florianópolis, no Brasil, as meninas Martha Payne, 9 anos, e Isadora Faber, 13, têm muito em comum. Tímidas, porém questionadoras, as duas sonham em ser jornalistas e chamaram a atenção da mídia ao criticar as escolas onde estudam em blogs na internet, cobrando das autoridades soluções para os problemas.
A convite da BBC Brasil, as duas blogueiras-mirins trocaram vídeos contando mais sobre a experiência pessoal de cada uma. Martha ficou feliz em saber que serviu de inspiração para Isadora. "Bom trabalho! Aposto que você também vai inspirar muitas outras crianças ao redor mundo!", disse a escocesa no vídeo.
Ainda no final de abril, a escocesa criou o blog Never Seconds (Nunca Repetir o Prato, em tradução livre), criticando a pouca quantidade e baixa qualidade da merenda em sua escola. Além de apontar que alguns alimentos não eram saudáveis, Martha dizia que muitas vezes chegava em casa ainda com fome.
Na época, a BBC Brasil entrevistou o pai da menina, Dave Payne, trazendo a história para o público brasileiro. Na capital de Santa Catarina, Eduarda Faber, de 15 anos, leu a reportagem na internet e mostrou para a irmã mais nova.
Conhecida na família por seu lema "tacar o horror", Isadora, que desde muito antes já dizia que pretende trabalhar como repórter, se inspirou pela ideia e logo enxergou a possibilidade de expandir o projeto. "Se ela falou das merendas e deu resultado, vou falar também de outras coisas, porque minha escola tem mais problemas", foi a reação da garota, relembra a mãe, Mel Farber.
Brasil
Por ser mais nova, Martha divulgou as fotos das merendas em um blog montado e mantido com a ajuda do pai. Já a pré-adolescente brasileira criou sozinha a página Diário de Classe: A Verdade no Facebook, com fotos de bebedouros e ventiladores quebrados, uma quadra sem cobertura e até um pedido para que um professor fosse substituído.

"Estamos no Brasil, as coisas podem ser mais difíceis", aconselhou a mãe. "Mas mesmo assim ela embarcou na ideia e seguiu firme", conta. Dias depois, após sites de notícias, jornais e programas de TV darem destaque ao assunto, o governo local anunciou a troca do professor e uma série de reformas foram iniciadas na escola.
Como boa jornalista, Isadora está de olho e vem postando fotos das obras que incluiem pintura da escola, novos banheiros, instalação de novas portas e até de um telefone público novo. O blog da escocesa Martha foi lido por quase 8 milhões de pessoas em quatro meses e a página da brasileira Isadora no Facebook, em pouco mais de um mês já conquistou quase 200 mil seguidores.
Reações
Martha também conseguiu o que queria. Seu blog virou notícia não só na Grã-Bretanha mas em diversos países, e sobretudo nos Estados Unidos e na Austrália, muitas crianças copiaram a ideia. "Sei que também há projetos semelhantes na França, Alemanha e na Nova Zelândia", diz Dave. "Mas a grande maioria foca no assunto das merendas. A página da Isadora é a primeira a tratar de tantos assuntos, em um lugar tão longe, e sem dúvida é a que rendeu mais repercussão até agora", acrescenta o pai da menina.

Tanto a escocesa como a brasileira, no entanto, tiveram que manter-se firmes diante de represálias dentro e fora da escola. "Os professores apoiavam, mas o conselho de educação da região não gostou e acabou retaliando", diz Dave. Em junho, o conselho de Argyll decidiu que a menina não poderia mais postar fotos de merendas em seu blog e proibiu os professores de comentarem o assunto em sala de aula.
"É difícil, porque o governo é muito maior do que nós. Ela se assustou, mas logo expliquei que os adultos ficaram bravos porque estavam com muita vergonha", explica o escocês.
Em Florianópolis, professores, coordenadores, a diretora e até as merendeiras da escola quiseram impedir Isadora de continuar com as críticas. "Puxavam o prato da mão dela na hora da merenda. Foi sério. Ela sofreu repressão mesmo e ainda não terminou, porque a reforma da escola está na metade. Mesmo assim ela nunca faltou à aula", diz Mel.
A página da catarinense entrou no ar no dia 13 de julho, mas só ganhou repercussão nacional nesta semana. "Tive até que me afastar do trabalho. Ela tem dado entrevistas todos os dias, para jornal, portais, telejornais. Não posso deixá-la sozinha", diz a mãe da catarinense.
África e livro
Além das críticas às merendas, o blog de Martha lançou uma campanha para arrecadar fundos para a Mary's Meal, uma entidade de caridade que entrega alimentos a escolas na África.

Em quatro meses ela arrecadou 114 mil libras (R$ 370 mil), e no fim de setembro irá ao Malawi, um dos países mais pobres do continente africano, para acompanhar os programas beneficentes. Dave adiantou à BBC Brasilque ele e Martha estão escrevendo um livro sobre o blog, os bastidores, e como o projeto foi recebido pelo conselho de educação e por crianças ao redor do mundo. Com previsão de lançamento para o Natal, o livro se chamará Never Seconds.
"O contato entre Martha e Isadora certamente será um dos pontos altos do livro", diz Dave. "Precisamos comemorar o que estas duas meninas estão fazendo. O mais bacana é que não há política para as crianças. Elas veem o mundo real, e é ótimo vê-las sendo ouvidas. Elas não têm medo de errar. Os adultos desistem muito fácil".

BID: escolas da América Latina e do Caribe têm infraestrutura precária

A infraestrutura e o acesso a serviços básicos de eletricidade, água, esgoto e telefone são "altamente deficientes" nas escolas da América Latina e do Caribe. Em 40% das escolas públicas e privadas, não há biblioteca, 88% não têm laboratório de ciências, 65% não contam com salas de informática e 35% não oferecem espaço para prática esportiva. Os dados constam do relatório Infraestrutura Escolar e Aprendizagem da Educação Básica Latino-Americana, lançado nesta terça-feira pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O estudo leva em consideração informações sobre 16 países, incluindo o Brasil. Uma das conclusões é que há grande disparidade entre a infraestrutura disponível nas escolas particulares em relação à rede pública e ainda entre as que se localizam nas cidades em comparação às do campo.
A condição dos estabelecimentos de ensino que atendem à quinta parte mais pobre é ainda mais grave. Segundo o relatório, só a metade deles tem acesso à água potável e eletricidade, apenas 4% têm acesso à linha telefônica, mais da metade não têm biblioteca e quase nenhum tem laboratório de ciências, ginásio de esportes ou sala de computação. "Essas deficiências minimizam o potencial da escola em mitigar ou compensar as iniquidades que as crianças trazem de casa, já que muitas dessas carências estão replicadas nos lares dos estudantes", aponta.
A comparação entre os países mostra que aqueles localizados na América Central apresentam os maiores déficits nos parâmetros medidos, seguidos pelo Paraguai e Equador, na América do Sul. Na outra ponta, estão os países do Conesul (Chile, Argentina e Uruguai), que contam com a melhor infraestrutura física. O Brasil, assim como o México e a Colômbia, ocupa posição intermediária entre as variáveis analisadas. O estudo destaca que, no Brasil, menos de 10% das escolas têm laboratórios de ciências, situação que se repete em El Salvador, na Nicarágua e Costa Rica.
O estudo também relaciona a infraestrutura das escolas com o desempenho dos alunos a partir do Segundo Estudo Regional Comparativo e Explicativo (Serce), espécie de teste que foi aplicado a quase 200 mil alunos de três mil escolas da região. A principal conclusão é que aqueles que estudam em unidades mais bem equipadas têm um melhor aprendizado.
Um dos fatores que está mais "consistente e positivamente" relacionado com a pontuação dos alunos no Serce, segundo o relatório, é a presença de áreas de estudo como laboratórios de ciências, biblioteca e sala de computação na estrutura escolar. O relatório estima que haverá uma variação de cerca de 20 pontos na nota de um aluno de uma escola que conte com todos esses recursos em comparação à outra que não tenha nenhum desses insumos. [Fonte: Terra]

Dia dos Professores: carreira perde interessados ano a ano

"Não tenho filhos, mas se tivesse faria de tudo para não deixar que se tornassem professores. É o que farei com meus sobrinhos". Desta forma o educador Oscar Eduardo Magnusson resume o sentimento que acompanha os profissionais da categoria. Com salários desvalorizados, carga horária intensa em sala de aula e trabalho constante em casa, os professores estão cansados.
Resultado: cada vez menos gente procura uma formação na área. O panorama é desalentador e não há perspectiva de melhora em um curto espaço de tempo. Contudo, alguns especialistas analisam a situação por outro ângulo. Com a baixa procura pela profissão, a demanda por docentes seguirá alta. Uma perspectiva positiva em um horizonte obscuro.

O desânimo dos profissionais da Educação, cujo rendimento médio 
mensal é o pior no País, segundo o relatório Professores do Brasil: Impasses e Desafios (realizado pela Unesco e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2009), se reflete em uma procura cada vez menor por cursos de Pedagogia ou licenciaturas. O último Censo da Educação Superior, divulgado no ano passado, mostra que apenas a metade das vagas são preenchidas nas faculdades de Pedagogia. Consequentemente, a quantidade de formados vem caindo. Em 2005, cerca de 103 mil alunos concluíram o curso. Em 2009, esse número caiu para 52 mil. Nas licenciaturas, o cenário se repete: 77 mil formados em 2005, e 64 mil quatro anos depois.
Segundo o pedagogo Hamilton Werneck, nos últimos quatro anos foram fechados 200 cursos de Pedagogia no Brasil. "Soube recentemente que, no Maranhão, um professor deixou a função e foi ser bombeiro, cujo salário inicial é de R$ 2,5 mil. Prestará um inestimável serviço àquele Estado, no entanto, a Educação, por salários reduzidos, perdeu um profissional. A nova geração não quer mais ser professor", afirma.
Trabalhando em quatro escolas diferentes, o professor de Português da rede pública e particular de Indaiatuba (SP) Oscar Eduardo Magnusson, citado no começo da matéria, já está cansado. "Depois de 20 anos lecionando, me arrependi de ter escolhido esta profissão. Não melhora nunca", desabafa.
Futuro promissor?
Se a procura pelos cursos está baixa, a demanda por educadores deve ser alta. Para Tânia Cristina Arantes Macedo de Azevedo, diretora acadêmica da Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista (Vunesp), o futuro acabará sendo promissor para aqueles que optarem pela carreira. "A perspectiva profissional do pedagogo é promissora, principalmente pela quantidade de concursos públicos abertos regularmente para a área da educação", diz, complementando que acredita em uma melhora na oferta do setor público para atrair os profissionais.
Na Universidade Estadual Paulista (Unesp), o curso de Pedagogia teve 1.626 inscritos no exame de 2011, o que representa apenas 3,8 candidatos por vaga. Enquanto isso, na página da Vunesp, entre os concursos em andamento para a área da educação, há opções para prefeituras como as de Guaíra, São Bernardo do Campo, São Carlos e São José do Rio Preto, além da seleção para executivo público do Governo do Estado. "A demanda por professores é cada vez maior. Basta ver o número de escolas avaliadas pelo Saresp (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo), 8.736. O País só vai avançar por meio da educação", fala Tânia.
Werneck concorda. "A carreira de pedagogia é promissora, pois o mercado deve precisar cada vez mais de profissionais. No entanto, o que é oferecido ainda não é atrativo", afirma. Para o especialista em Educação, mesmo que o mercado sofra com a falta de profissionais, as ofertas de trabalho não deverão ser melhores. "Ou o Brasil faz uma grande revolução na Educação, que envolva currículos, programas, metodologias, salário e preocupação com o real aprendizado dos alunos, ou o salto econômico e social ficará prejudicado", sentencia.[Fonte: Terra]


Com a recente ratificação do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a constitucionalidade da Lei 11.738/2008, que institui o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, os governos precisam cumprir com o pagamento mínimo de R$ 1.187 para professores que têm uma jornada de 40 horas semanais. O Terra levantou com as secretarias de Educação os valores pagos em cada Estado e no Distrito Federal e, nos seis que ainda não pagam o piso, questionou o que pretendem fazer para se enquadrar à legislação. Confira quanto ganham os professores estaduais no País.



Mil posições separam escola federal de estadual na lista do Enem


O Colégio de Aplicação da Universidade de Viçosa (Coluni) ficou em primeiro lugar entre as escolas públicas no Enem
Foto: Coluni/Divulgação


O abismo que separa a Escola Estadual Dom Aquino Corrêa, na cidade de Amambai (MS), e o Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Viçosa (Coluni), em Minas Gerais, não está apenas na lista das melhores escolas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Enquanto o colégio federal mineiro ficou no 8º lugar entre todas as escolas - primeiro entre as públicas - a instituição de Mato Grosso do Sul aparece mil posições depois, mas como primeira colocada entre as escolas estaduais de ingresso regular. Para o doutor em educação e professor da Universidade de Brasília (UnB), Célio da Cunha, a principal diferença entre as duas está no investimento.
"Não fico surpreso com essa diferença. Se pegarmos a história da educação brasileira desde os primórdios veremos que sempre estiveram à frente as instituições que o governo federal patrocinou. Isso acontece porque os investimentos federais são bem maiores", afirma o professor da UnB. Segundo ele, se o mesmo recurso disponibilizado para as escolas federais fosse aplicado pelos Estados e municípios na educação básica, a realidade seria outra.
No balanço divulgado ontem, além do Coluni, apenas 12 instituições públicas aparecem na relação das 100 melhores. Todas elas têm modelo de organização diferenciado e boa parte está vinculada às universidades públicas. Ainda fazem parte do grupo os colégios militares, os institutos federais de educação profissional e as escolas técnicas estaduais. Na lista geral, a primeira escola estadual com oferta regular de vagas é o colégio de Mato Grosso do Sul, na posição 1.008.
Feliz com o fato de a escola do interior ser a primeira entre as estaduais, a diretora do colégio Dom Aquino, Vilma Oliveira da Cruz, diz que os professores se empenham para estimular nos alunos os hábitos de leitura, fundamentais para um bom desempenho no Enem. "Nossa estrutura é muito ruim, a biblioteca é muito pequena, mas os professores levam os livros para a sala de aula e estimulam à leitura", afirma. Ela também diz que a disciplina e o comprometimento dos estudantes é um diferencial da instituição.
Com 615 alunos, no ano passado a escola formou a primeira turma de ensino médio, que atingiu a média de 635,51 pontos no Enem e teve participação de 100% dos estudantes na prova. Segundo a diretora, apesar de todas as dificuldades que a escola enfrenta, dos 25 estudantes, 24 passaram no vestibular. Entre os problemas está a falta de professores pra atender as turmas. "Agora estamos com a grade de docentes completa, mas todo o ano temos que enfrentar isso. As pessoas não querem vir de fora para ganhar pouco. Também temos muita rotatividade, eles ficam um ano na escola e vão embora", afirma.
Os maiores problemas são nas disciplinas de geografia e matemática. O salário inicial, de cerca de R$ 1,3 mil no Estado, não é atrativo para quem precisa sair de outras regiões para trabalhar em uma cidade que fica a mais de 400 km da capital. De acordo com a diretora, a falta de estrutura também é outro empecilho para o ensino. "Não temos prédio próprio, há 50 anos a nossa escola funciona em espaços cedidos. Agora estamos ocupando um lugar no prédio da Universidade Estadual, mas é muito pequeno", critica a diretora. Segundo ela, não há sala de informática, laboratório de ciências, quadra de esportes e nem refeitório. "Os alunos comem com o prato na mão", completa.
Realidades diferentes
Enquanto na escola estadual os alunos contam com uma estrutura mínima para as aulas, no colégio da Universidade de Viçosa, que atingiu média de 726.42 pontos no Enem, os estudantes têm a sua disposição cinco laboratórios de ciências, bibliotecas, computadores em todas as salas de aula e toda a infraestrutura de uma universidade. Os professores possuem dedicação exclusiva, dão aulas em um turno e no outro ficam disponíveis para pesquisas, tirar dúvidas e preparar as atividades.
O salário de um educador, segundo o sindicato nacional dos professores, varia de R$ 2,2 mil a R$ 3,6 mil em nível inicial. De acordo com o diretor Hélio Paulo Pereira Filho, o quadro da escola é composto, em sua maioria, de mestres e doutores. "Temos uma exigência muito grande, nossos professores, assim como o corpo técnico, são altamente qualificados", afirma.
A escola também não enfrenta dificuldades financeiras. Os recursos são suficientes para atender os 480 alunos e toda a estrutura necessária. "Nós também somos uma extensão da universidade, e isso facilita muito", explica o diretor. Ele concorda que, quanto mais recursos, mais fácil fica para gerir uma educação de qualidade. "Eu sempre digo: se a presidente Dilma quer mudar a história do ensino no Brasil, que invista nas escolas de aplicação das universidades".
Vagas
Na escola estadual de Mato Grosso do Sul, qualquer aluno pode se inscrever para uma vaga. "Recebemos todos, dos alunos mais humildes aos mais ricos", afirma o diretora. Já na escola federal de Minas Gerais, para concorrer a uma das 150 vagas oferecidas anualmente, os alunos precisam passar por uma prova, com uma média de dez candidatos por vaga.
"Fazemos esse exame para selecionar os estudantes com o perfil mais adequado", diz Hélio Paulo Pereira Filho. Segundo ele, isso não quer dizer que o ingresso é restrito para os estudantes que têm mais condições de se preparar. "Pelo menos 50% dos nossos alunos vieram de escolas públicas", diz.
Futuro
De acordo com o professor da UnB, o sucesso das escolas federais mostra que o investimento precisa aumentar no País. "Nos últimos anos, as escolas públicas estão acolhendo um grande contingente de pessoas, que antes não tinham oportunidade de estudar. Mas para que isso resulte em qualidade do ensino, é preciso que o recurso também aumente. É só pegar o exemplo dos colégio de aplicação, quando se investe dá certo", diz Célio da Cunha.
O doutor em educação defende a ampliação dos recursos disponibilizados pelo governo federal. "Se com o Plano Nacional de Educação (PNE) conseguirmos avançar para 7% do PIB de investimento na área, já poderemos dar um salto em qualidade. Mas o ideal é avançar mais, porque precisamos recuperar o atraso histórico da nossa educação", completa. [fonte: terra]

Segunda melhor no Enem, escola do PI tem aula de latim e xadrez


Dar "puxões de orelha" em pais faltosos e ver alunos estudando até mesmo na hora do recreio é uma rotina dentro do Instituto Dom Barreto, em Teresina (PI). A escola, que pela terceira vez conquistou a segunda posição no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), com média de 754,13 pontos, tem disciplinas de latim e xadrez no currículo dos alunos.
O Estado do Piauí, que tem um dos piores índices na classificação geral do exame, conseguiu emplacar dois colégios privados entre as 10 melhores escolas do País. Além do Dom Barreto, foi bem classificado o Educandário Santa Maria Goretti.
O colégio Dom Barreto é uma escola de elite, fundada pela Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado. A mensalidade varia de R$ 592 (ensino infantil) a R$ 696 (ensino médio). Além do xadrez e do latim, os alunos têm aulas de filosofia, sociologia, inglês e espanhol, num ambiente que cobra disciplina e exige a participação da família.
No quadro da escola 100% dos 224 professores têm especialização e 15% deles possuem mestrado e doutorado. O maior salário pago a um educador é R$ 7 mil e a média do vencimento fica em torno de R$ 3,5 mil. Além da valorização dos profissionais, a cobrança com os pais também é um diferencial. Se eles faltam a reuniões são cobrados via telefone, e-mail e cartas.
Com 90% dos alunos do ensino médio aprovados nas maiores universidades do País, a diretora do Instituto Dom Barreto, Maria Stela Rangel da Silva, afirma que o "segredo" está na formação humana. "Nosso foco é preparar o aluno para a vida, do aluno ser gente e se preocupar com o próximo", diz a diretora.
As estudantes Clarissa Vilanova, 15 anos, e Maria Clara Chaves Monteiro, 14 anos, concordam que o instituto cobra disciplina e responsabilidade social dos alunos. "A escola não forma só para o vestibular, desperta para o lado humano, de você ser honesta, de cuidar do meio ambiente e noções de mundo", diz Clarissa.
Com 67 anos de existência, a tradicional escola do Piauí também investe em tecnologia. Um dos destaques é a sala do futuro, em que o aluno não usa caneta e nem lápis, somente o computador é companhia no estudo. A partir de 2012, os estudantes do Dom Barreto também vão contar com aulas da disciplina de robótica. O objetivo é estimular o raciocínio lógico dos alunos do ensino fundamental.
Com 3,3 mil alunos do ensino infantil ao médio, o instituto chega a exigir do aluno 8 horas diárias de aulas, de segunda a sábado. No preparatório do Enem desde ano, a escola incluiu mais 12 simulados surpresas, dando ênfase à redação.
Acompanhamento individual
A diretora do Educandário Santa Maria Goretti, Tércia de Moraes Leal, atribui o sucesso do desempenho no Enem ao acompanhamento do aluno desde do maternal ao ensino médio. "Aqui, 80% dos alunos entram ainda no ensino infantil e fazemos um acompanhamento quase que individual, despertando suas habilidades", afirma a diretora.
Santa Maria Goretti tem 1,1 mil alunos e é uma escola católica criada há 40 anos pela professora. O colégio tem carga horária de 8 horas diárias e assim como o Dom Barreto cobra disciplina e compromissos dos pais. Este ano, 90% dos alunos do ensino médio foram aprovados em vestibulares e têm estudantes que conseguiram ser aprovados em cinco vestibulares, além do Enem. [FONTE: TERRA]

Entrevista, Paulo Blikstein: "Nosso modelo de educação está morrendo"

Para repensar a educação no Brasil é preciso mudar o foco. Essa é a proposta do engenheiro paulista Paulo Blikstein, professor doutor da Escola de Educação e da Escola de Engenharia da Universidade de Stanford, com mestrado pelo MIT e doutorado pela Northwestern University (Chicago). Nome de referência na área, o engenheiro dirige o Transformative Learning Technologies Lab de Stanford e presta consultoria em projetos educacionais nos Estados Unidos e em diferentes países em desenvolvimento, a começar pelo Brasil.

Blikstein sustenta que, para mudar o que acontece na sala de aula, não basta preocupar-se com questões de gestão da educação, como a administração das escolas ou mesmo a garantia de novas vagas. Mais do que isso, é preciso, acredita o especialista, pensar um projeto educacional a longo prazo e perguntar-se sobre o que queremos ensinar às crianças para as demandas do século 21 e qual o papel que cabe ao professor nessa mudança de paradigma. Confira a entrevista a seguir, concedida por telefone desde os Estados Unidos:

Zero Hora – O que faz um bom professor?

Paulo Blikstein – Depende do que você quer que as crianças aprendam. Dizer o que é um bom professor é dizer o que a gente quer que ele ensine. Até pouco tempo, antes da internet e desta grande disponibilidade de informações instantâneas, uma parte importante do papel do professor era transmitir informação. Ele era o detentor da informação. Então, o que você queria é que ele soubesse explicar bem, aquela ideia do professor-ator, que dá uma ótima aula, que empolga os alunos. Agora, o professor que se quer não é mais o que explica bem e dá uma aula animada, porque a educação precisa ser cada vez mais personalizada: a era da educação de massas, na qual você ensina a mesma coisa para todo mundo, tem de acabar. O que queremos hoje são pessoas criativas, que saibam criar soluções para problemas complexos – então queremos uma educação cada vez mais personalizada, adaptada à cultura local. Então, o que faz um bom professor? Primeiro, sabe diagnosticar rapidamente eventuais dificuldades de seus alunos; segundo, diagnosticar de onde ele vem e como pode ajudá-lo a construir conhecimento novo a partir do que já sabe; terceiro, os desafios que você propõe aos alunos têm que ser estudados: se forem muito fáceis, o aluno não tem motivação; se forem muito difíceis, perde o interesse. Em resumo, o professor tem de ter um olhar muito cuidadoso e preciso sobre a individualidade da criança, entendê-la.

ZH – As faculdades estão sintonizadas com essas metas?

Blikstein – Acho que não. Há dois extremos: há quem ache que a formação do professor tem de ser puramente filosófica, sobre teorias abstratas do que é o aprendizado, ensinando Piaget, Paulo Freire, essas coisas. E tem outras pessoas que acham que têm de ensinar técnicas de ensino. Nem uma coisa nem outra está certa. Esses dois componentes têm de estar presentes, e infelizmente não estão.

ZH – Como o senhor compara a formação dos professores no Brasil em relação a outros países?

Blikstein – Esse problema de que estamos falando se repete em muitos países, inclusive nos EUA: aqui se debate também como formar um professor, se ele é um técnico de ensino ou se deve-se ensinar as grandes teorias de aprendizagem. Em países como Finlândia, Cingapura e Irlanda, a profissão de professor tem um status muito grande: são poucos que conseguem ser professores, há provas rigorosas. Isso faz com que você atraia pessoas com boa formação – uma diferença enorme para o que acontece em sala de aula. Para devolver à profissão do magistério esse tipo de status no Brasil, é preciso ter um plano de carreira, que não é só salário. Se você falar com professores, muitos não vão dizer que querem mais dinheiro, mas melhores condições de trabalho, menos alunos por sala, menos aulas por dia, melhores equipamentos. Então, para valorizar o professor, precisamos melhorar a qualidade de vida dele e, consequentemente, o que ele faz em sala de aula: dar a ele tempo para preparar a aula, acesso à cultura, à informação, a treinamento, salas de aula que não tenham 50 alunos. Enquanto a gente não encarar de frente essa questão, criando um ambiente que seja atraente para pessoas mais bem preparadas, não vai adiantar construir mais escolas, porque o que importa mesmo é quando o professor fecha a porta da sala de aula e está com os alunos. Esse é o momento fundamental da educação.

ZH – Qual o passo a ser dado para essas mudanças necessárias?

Blikstein – Em primeiro lugar, não se pode ter a ilusão de que educação é uma coisa barata. É cara. Não é como uma fábrica que você automatiza com um monte de máquinas, tem o custo do trabalho humano. Se você olha o custo por aluno no Brasil e em outros países, a diferença é enorme: em média, um aluno no Brasil custa de R$ 1 mil a 1,5 mil ao ano, o equivalente a cerca de US$ 500 a 700. Nos Estados Unidos, o custo de um aluno de escola pública é de US$ 5 mil ao ano. Um aluno no Brasil custa cerca de 10 vezes menos. É preciso se conscientizar de que o investimento tem de ser muito maior do que está acontecendo agora. Há países, como os que citei, que tomaram a decisão de economizar em outras áreas e investir pesadamente em educação – e há pesquisas que mostram que cada dólar que um país gasta em educação retorna multiplicado por nove em 10 a 20 anos.

ZH – O que falta para ter essa conscientização no Brasil?

Blikstein – A primeira coisa é entender que nosso modelo de educação, no Brasil e no mundo, está morrendo, precisa ser urgentemente transformado. É o modelo da educação massificada, baseado na transmissão de informação para os alunos, que aprendem as fórmulas de química, de física, as datas históricas. Esse tipo de informação hoje é completamente inútil, porque você pode buscá-las no celular, na internet, não precisa mais memorizar fórmulas e dados. Há uma pesquisa de um economista de Harvard que analisou nos últimos 30 anos os tipos de tarefas que as pessoas fazem no mercado de trabalho – as rotineiras, que são repetitivas, caíram aproximadamente pela metade, coisas de pensamento crítico ou de resolver problemas complexos mais do que dobraram. Hoje, o conhecimento de física e química fica obsoleto a cada cinco anos, então o que a gente ensina às crianças já não será mais ciência atual quando elas se formarem. Se as pessoas não aprendem a aprender, tudo que sabem quando se formam já está obsoleto. É preciso reestruturar todo o sistema educacional: a própria ideia de você ter aulas de ciência, de matemática, de português, divididas em uma grade, é também absurda. A maior parte do que se faz na escola deve ser orientada a projetos – de robótica, de cinema, de investigação científica – como se faz nas escolas mais progressistas em vários países, como a Finlândia, que tem um dos melhores sistemas educacionais do mundo. Antes de qualquer reforma, temos de pensar que tipo de escola se quer construir: se queremos aprofundar o modelo que já existe, de memorização da informação, modelo da era industrial, ou se queremos criar a escola do século 21, em que as pessoas vão usar a criatividade, o senso crítico. Se não decidimos, vamos ficar só perdendo dinheiro e tempo nesse limbo de querer melhorar um sistema educacional obsoleto.

ZH – Qual a sua opinião sobre os sistemas de meritocracia, baseados na avaliação do desempenho de alunos?

Blikstein – A meritocracia é fundamental na educação, mas é fundamental saber o que estamos medindo. Testes e provas não necessariamente medem o potencial dos alunos, medem a capacidade de fazer testes e provas. Você não pode basear um sistema meritocrático só nesse tipo de instrumentos de avaliação, porque eles são limitados e parciais. Eu sou a favor da meritocracia, mas com instrumentos mais holísticos de avaliação. Nos EUA, há um programa que vem desde o governo Bush, No Child Left Behind, que implantou testes anuais em todas as escolas públicas americanas. Se os alunos começam a ir muito mal nesses testes, eles fecham a escola ou diminuem a verba para escola, ou demitem os professores. As escolas viraram cursinhos para esses testes: os professores só ensinavam o que caía no teste. Foi algo desastroso, mesmo os professores criativos, que estavam fazendo algo inovador, tiveram que parar e começar ensinar para esse teste, porque, se as crianças fossem mal, a escola iria fechar. Corremos um pouco esse risco no Brasil se começarmos a universalizar esses testes. [Fonte: ZH]

No Ensino Fundamental, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados.

No Ensino Fundamental brasileiro, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados nos estudos. No Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, o cenário é ainda pior: 34 a cada 100 estudantes sofreram defasagem ao longo da vida escolar. Os dados foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ao movimento Todos Pela Educação, e se referem ao ano de 2009.


A distorção idade-série pode ocorrer quando a criança entra atrasada no sistema de ensino ou ainda quando abandona os estudos e retoma. Mas, segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP) Ocimar Munhoz Alavarse, o atraso escolar pode ser explicado em boa medida pela reprovação.
"O único percentual aceitável para a distorção idade-série é 0%. O ideal seria que ninguém reprovasse. Todas as crianças deveriam estar oito ou nove anos no Ensino Fundamental", afirma. "As altas taxas de reprovação e de repetência não estão produzindo os efeitos de aprendizagem esperados."
Para a professora Inês de Almeida, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), o processo ensino-aprendizagem é complexo e não pode se resumir apenas à reprovação por notas: "Ao longo do tempo que esse aluno está na escola, o professor tem oportunidade de conhecê-lo em sua dimensão de sujeito humano e, portanto, pode acompanhá-lo, sabendo de suas fragilidades pessoais, familiares, cognitivas e de domínio de conteúdos. O professor precisa estar atento para que dê a essa criança condições de chegar ao resultado final, mas para que o processo não seja determinado apenas por provinhas", diz.


Desigualdades regionais:
No Pará, o atraso escolar atinge 38 a cada 100 estudantes do Ensino Fundamental. Nos estados das regiões Norte e Nordeste o atraso escolar tem, em geral, se mostrado maior do que nas demais regiões.

Confira abaixo a taxa de distorção idade-série pelas unidades da federação:

REGIÃO NORTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
AC 26,9 26,4 26,7 33
AM 27 43,8 33,9 49,7
AP 23,6 27,8 25,3 41,9
PA 36,6 41,5 38,5 57,4
RO 18,7 31,5 24,6 29,9
RR 16,3 27 21 23,6
TO 17 28,1 22 33,2



REGIÃO NORDESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
AL 26 43,9 34,1 47,2
BA 31,4 42,9 36,4 47,9
CE 21 29,5 24,8 34
MA 25,1 35,6 29,4 45,5
PB 27,7 38,6 32,4 40,1
PE 23,9 37 30 48,4
PI 30,6 37,4 33,4 54,8
RN 22,5 37,8 29,3 43,6
SE 30,7 43 36 47,1


REGIÃO CENTRO-OESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
DF 11,9 27,4 18,7 29,9
GO 16,3 28 21,8 34,6
MS 19,3 31,3 24,6 30,7
MT 15,4 27,3 20,9 37,3



REGIÃO SUDESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
ES 16,6 27,1 21,5 27,5
MG 13,1 28,5 20,2 31
RJ 22,3 35,6 28,4 45,9
SP 4,8 12,2 8,3 17,3


REGIÃO SUL
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
PR 8 23,2 15,4 25,5
RS 16 29 22,2 32
SC 10,6 19,4 15 16,7