A Aliança Russa de Ensino Superior começou a entrevistar candidatos para cursar Medicina na Universidade Estatal de Kursk (KMSU), considerada uma das melhores da Rússia. As aulas estão ministradas em inglês, portanto, os alunos precisam ter conhecimento intermediário da língua. As inscrições já começaram e a seleção vai até o dia 10 de junho.
Os estudantes que não possuem domínio da língua inglesa podem optar por cursar a Faculdade Preparatória, onde eles têm, inicialmente, três meses para a adaptação ao idioma e método de ensino. Caso o aluno não se adapte ou não passe na prova neste tempo de curso, poderá solicitar mais três, até se sentir apto a iniciar a graduação.
O valor cobrado por aluno é simbólico por conta de uma política de incentivo a estudantes estrangeiros adotada pelo governo russo. Em média, cada estudante desembolsa aproximadamente R$ 7 mil por ano em despesas entre curso e moradia, valor muito inferior ao das universidades particulares no Brasil devido ao subsídio dado pelo governo russo aos estrangeiros.
O processo de seleção está sendo feito no Brasil pela Aliança Russa de Ensino Superior. No momento da entrevista, o aluno, que deve ter até 25 anos, pode escolher entre as turmas indicadas conforme o seu perfil. As turmas são fechadas com três meses de antecedência. O candidato interessado em estudar na Rússia passa por um processo seletivo avaliado pela universidade de sua escolha e administrado pela Aliança Russa, que inclui reunião com os pais, análise de histórico escolar e currículo, tudo para garantir que o aluno se encaixe no perfil da faculdade.
A Universidade fica a cerca de 500 km da capital Moscou. O baixo custo de vida de Kursk é um dos principais motivos pelos quais muitos estudantes estrangeiros procuram a instituição. Atualmente mais de 250 alunos brasileiros estão matriculados em turmas de, no máximo, 12 alunos.
Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.
O governo brasileiro pretende afrouxar as regras para que médicos formados no exterior trabalhem no Brasil. A estimativa oficial é de que haja 291,3 mil médicos no Brasil, o que equivale a 1,6 médicos para cada mil habitantes. A ideia é flexibilizar a exigência de fazer o exame para revalidação do diploma.
Os estudantes que possuem conhecimento da língua russa podem optar por outros cursos - graduação, pós-graduação e doutorado - na Universidade Estatal de Belgorod, na parte europeia da Rússia. Para isso, também é oferecida aos alunos de até 36 anos a Faculdade Preparatória, com um curso de 9 meses da língua local. Depois da preparação, o estudante pode escolher o nível e a faculdade que deseja cursar.
Os interessados podem entrar em contato com a Aliança Russa pelos telefones www.aliancarussa.com
/ 3854-2514 / 3854-2515 e pelo site