Universidades holandesas oferecem vagas em mais de 1,5 mil cursos


Estão abertas as inscrições para programas de ensino superior das universidades holandesas. Ao todo, são mais de 1,5 mil cursos, ministrados em inglês, entre graduação, mestrado, MBA, doutorado e outras especializações. Para se candidatar a uma vaga, o estudante deve buscar o curso desejado no site da Neso Brazil, fundação que representa o ensino superior holandês no Brasil, e entrar em contato diretamente com a instituição de interesse. Se aprovado, a universidade se responsabiliza pelos trâmites do visto estudantil.
Para se candidatar, é preciso enviar até o final de janeiro os documentos para admissão, que são certificado de proficiência na língua inglesa e documentos que comprovem grau de escolaridade. Os documentos devem apresentar tradução juramentada para o inglês.
A Nuffic Neso Brazil explicará os procedimentos em uma palestra online, no site www.ustream.tv/channel/nuffic-neso-brazil a partir das 20hs.
Bolsas de estudo
Ao todo, as universidades holandesas oferecem mais de 60 oportunidades de bolsas de estudo para brasileiros, e todas exigem bom desempenho acadêmico como principal requisito. Fora isso, existe o programa do governo holandês, a participação no projeto brasileiro Ciência sem Fronteiras e financiamentos globais, como Erasmus Mundus e Banco Mundial. [Fonte: Terra]

Escassez de professores ameaça metas mundiais para educação


Um comunicado assinado por quatro chefes de agências da ONU (Organização das Nações Unidas) alerta para a necessidade de que os governos corrijam um déficit de mais de 10 milhões de professores até 2015. O texto destaca, entre outros pontos, o papel crucial que os educadores desempenham na recuperação de desastres naturais e conflitos.
"Sem um número suficiente de professores capacitados e profissionalmente motivados, corremos o risco de ficar aquém da promessa feita há dez anos no Fórum Mundial de Educação para as crianças e a juventude: educação para todos até 2015. Isto porque os professores são o coração do sistema de ensino", declararam os chefes de agências.
"O baixo nível social, baixo salário e más condições de trabalho violam os direitos dos professores, ao mesmo tempo que desencorajam talentosos jovens a ingressar e permanecer na profissão docente. A situação deve ser corrigida em um momento em que o mundo precisa de um número estimado de 10,3 milhões de novos professores para atingir os objetivos de educação internacionalmente acordados até 2015", acrescentaram.
Em uma discussão, professores do Haiti, Israel, Lesoto, Mali, Laos e França compartilharam suas experiências em lidar com a crise educacional. A apresentação das últimas estatísticas sobre a escassez global de professores e a abertura de uma exposição fotográfica sobre os profissionais da área que trabalham em condições particularmente assustadoras também marcaram a data. [Fonte: Terra]

Quem estuda ganha até três vezes mais


Mais estudo, mais renda. Esta lógica permanece arraigada no imaginário brasileiro como algo inquestionável. Porém, a desigualdade traduzida na diferença salarial entre os níveis de instrução vem caindo há duas décadas. O abismo maior está entre os que concluíram o ensino superior na comparação com os que só estudaram até o ensino médio. Ter diploma universitário garante hoje uma renda 167% maior frente ao último ciclo do ensino obrigatório (ensino médio).
Essa distância, no entanto, já foi maior. Em 2002, o "prêmio" de renda para quem tinha diploma universitário na mão chegava a 192%, o ponto mais alto nas últimas décadas. Em 1995, o abismo era de 134%. Só 12,5% da população ocupada brasileira têm curso superior concluído, e a taxa de desemprego é de 3,8%, frente aos 6,7% da média da força de trabalho:
- Aumentou a oferta de mão de obra com ensino médio, mas não tanto no ensino superior. A demanda por esses profissionais cresceu muito - afirmou Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper, que fez os cruzamentos usando a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo IBGE.
Faculdade como carta de alforria
David Marcos de Almeida Neves, de 27 anos, sabe bem o valor do diploma. Para ele, "a faculdade foi uma espécie de carta de alforria". Trabalhando como borracheiro, conseguiu concluir a faculdade de Farmácia:
- Foi muito difícil conciliar trabalho de domingo a domingo, estudo, estágio. Nunca pensei em desistir dos estudos, embora quase tenha largado a faculdade por questões financeiras. Mas valeu a pena, sempre soube que a faculdade seria uma espécie de carta de alforria para mim - disse.
Morador de Piedade, Zona Norte do Rio, ele passou de um salário de trabalho informal de R$ 300 como borracheiro, em 2005, para R$ 2.200 como recém-contratado no emprego de farmacêutico. Sua vida mudou. Na época, ele economizava o que podia para pagar a faculdade de R$ 800 mensais.
Além de seu trabalho, ele contava com um financiamento do Fies, programa governamental que garantiu 50% de sua mensalidade, e da ajuda de pais e tios. Mas não foram dias fáceis.
- A questão não é só financeira, a faculdade me permitiu conhecer mais pessoas, mais culturas e me abriu um leque de oportunidades. Já fui convidado a dar aula, trabalhar em hospital, sempre existe a possibilidade de ir para a indústria farmacêutica - afirmou David, atualmente responsável por uma drogaria no Leblon, Zona Sul do Rio. Ele agora quer fazer pós-graduação e aprender inglês, e já comprou até uma casa.
Diante do aumento da oferta de trabalhadores com o ensino médio completo, a diferença salarial entre quem concluiu o antigo segundo grau e os que têm só o ensino fundamental caiu com força. Em 1995, a distância salarial era de 44%; em 2011, estava em 23%.
- Houve grande expansão de matrículas, mas a economia não estava demandando no mesmo ritmo. A procura é por mais qualificados, com ensino superior e pós-graduação e até menos qualificados. Por isso, caiu esse retorno da educação - disse Menezes Filho.
Até mesmo no ensino superior, a mão de obra partiu mais para área de Humanas, como pedagogia e administração. Agora, com a economia mais aquecida, cursos como engenharia e medicina começam a aumentar, comentou Menezes Filho.
Rafael Osório, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vê o encurtamento dessa distância salarial como um passo na direção dos países desenvolvidos:
- E esse padrão veio para ficar. Isso é bom. Diminui a desigualdade. Não há esse diferencial de renda entre os que cursaram o ensino superior e o médio na Dinamarca, na Finlândia, na Suécia. Temos que nos acostumar com uma estrutura de incentivos mais enxuta. O ensino médio não confere mais o grau de proteção de antes.
Menos de 0,9% tem mestrado ou doutorado
Para Osório, o trabalhador brasileiro não pode parar no ensino superior, tem que perseguir especialização. Conseguir concluir um mestrado e o doutorado faz disparar o salário. Segundo dados da Pnad, são 92,5 milhões de ocupados e, destes, apenas 771.409 têm mestrado ou doutorado. Ou seja, um percentual inferior a 0,9% do total de ocupados no país. Assim, o salário dobra em relação aos que têm diploma universitário e fica 426% maior frente a quem só concluiu o ensino médio.
Quer dizer, a diferença vem caindo, mas o prêmio por mais educação que o mercado paga ainda é altíssimo nos maiores níveis de instrução. E, claro, o emprego é pleno. A taxa de desemprego desse grupo é de apenas 1,4%. Ou seja, estudar ainda vale muito a pena.

Qual a importância dos conteúdos escolares? Saiba mais


"Para que aprender isso? No que que eu vou usar na minha vida?" Boa parte dos professores já escutou essas perguntas durante as mais variadas aulas. Para muitos estudantes que chegam ao ensino médio com ideias de qual profissão gostariam de seguir, continuar aprendendo sobre os mais variados conteúdos é mera questão de ser aprovado no vestibular ou, no mínimo, reforçar a certeza de quais áreas eles não gostariam de se dedicar de jeito nenhum. Porém, a formulação do currículo escolar procura abarcar conhecimentos que serão aproveitados pelos alunos em qualquer curso superior e no próprio dia a dia.
"O que pode não fazer sentido hoje serve para ter uma formação global generalista que depois vai permitir a ele se tornar um especialista por meio da graduação", explica Célio Tasinafo, professor de História e diretor pedagógico do colégio e cursinho pré-vestibular Oficina do Estudante (SP). "Tudo o que eles acham que 'não serve para nada' é por não ter a dimensão de como as áreas específicas estão estruturadas e como esse conteúdo é básico", completa. [Fonte: Terra]
INFOGRÁFICO

10 conteúdos importantes
Conheça melhor a importância de conteúdos cuja utilidade é geralmente questionada pelos estudantes, de acordo com os próprios professores

Por que apenas 2% dos estudantes querem seguir a carreira de professor?


Conforme pesquisa, o magistério brasileiro segue o caminho inverso ao de países desenvolvidos, nos quais a atividade conta com bons salários e disputa por vagas


O desafio da educação brasileira não se resume a estimular crianças e adolescentes a aprender. Exige, também, encontrar quem se disponha a ensiná-los. Nas últimas décadas, a perda de interesse dos jovens pela carreira de professor dificulta a seleção de educadores em quantidade e qualidade suficientes para garantir o salto de desempenho que se espera nas escolas. Ao cativar o interesse de apenas 2% dos estudantes do ensino médio, conforme demonstrado pela pesquisa A Atratividade da Carreira Docente no Brasil, o magistério brasileiro segue caminho inverso ao de países desenvolvidos.


Em lugares como Japão, Finlândia ou Coreia do Sul, todos com ensino de excelência, a atividade conta com bons salários, reconhecimento social e por isso é capaz de peneirar candidatos entre os melhores alunos. No país, os baixos rendimentos, a perda de status e o desgaste do trabalho contribuem para o envelhecimento da categoria e despertam temor em relação ao futuro da profissão.



Em apenas quatro anos, entre 2007 e 2011, as sinopses estatísticas da educação básica revelam que o percentual de educadores com menos de 24 anos caiu de 6% para 5,1% no Brasil, enquanto a proporção de mestres com mais de 50 subiu de 11,8% para 13,8%.



No Rio Grande do Sul, o fenômeno se repete: os educadores mais jovens minguaram de 5% para 4,7%, e os mais velhos avançaram de 16,3% para 18,1%. Para a coordenadora do mestrado profissional em gestão e políticas públicas da Fundação Getúlio Vargas, Regina Pacheco, as razões vão além dos baixos salários.



“Precisamos repensar o trabalho do professor e a carreira no setor público, que segue um modelo de cem anos atrás. Hoje, a concepção de vida é outra, os mais jovens querem ir atrás de oportunidades, enquanto o sistema prevê que fiquem 30 anos fazendo a mesma coisa”, diz ele.



Conforme a pesquisadora, além de dificultar a renovação da categoria, as más condições de trabalho estimulam distorções como excessos de faltas e licenças. Confira, a seguir, um resumo das condições que afugentam novos professores. [Fonte: AN]


Mudança de perfil


Nos últimos anos, o abandono da profissão de professor pelas classes mais altas abriu espaço para um novo perfil: estudantes de colégios públicos, filhos de pais com baixa escolaridade, e que são os primeiros de suas famílias a chegar à universidade. Conforme a pesquisa A Atratividade da Carreira Docente, quanto maior o nível socioeconômico e a escolaridade dos pais, menor a intenção de se tornar educador.


Essas características ilustram o caso da estudante do quarto semestre de pedagogia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Nathália Cargnin, 20 anos. Filha de uma ex-doméstica, atualmente auxiliar de serviços gerais, entrou na carreira por força do destino. “Minha mãe se enganou ao fazer a matrícula e, em vez do ensino médio normal, me inscreveu no magistério. Acabei gostando e resolvi seguir a carreira”, conta Nathália.



A escolha da profissão, foi recebida com estranhamento entre amigos – refletindo a pouca apreciação social pela atividade hoje no País.


“Muitas pessoas me diziam que eu era inteligente, não deveria passar o resto da vida cuidando de crianças ou me tornar uma futura grevista”, conta, fazendo referência a sua intenção de trabalhar com educação infantil.

Oferta de baixos salários


A baixa remuneração dos professores brasileiros é um dos temas mais recorrentes para explicar a pouca atratividade da carreira no País – e os números confirmam essa avaliação. Uma série de comparações revela que o salário dos educadores do Brasil está entre os mais baixos do mundo.

Conforme uma das análises mais recentes, realizada este mês pela Metas – Avaliação e Proposição de Políticas Sociais a pedido do UOL Educação, um educador da rede pública recebe o equivalente a US$ 15,4 mil anuais nas séries finais do ensino fundamental. Comparando-se este valor com os de 37 países que constam em um levantamento divulgado este ano pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil fica acima somente da Indonésia (onde se paga US$ 2,3 mil) e da Argentina.


Más condições de trabalho


Não é só a remuneração insuficiente que espanta os jovens brasileiros da cadeira de professor da educação básica. A infraestrutura deficiente das escolas e o ambiente muitas vezes conturbado atemoriza os possíveis candidatos a mestre. “Há até uma questão de falta de segurança. Escolas públicas sempre enfrentaram situação de pobreza, mas não havia insegurança como agora, ou a crise da autoridade do professor”, avalia a professora e pesquisadora Maria Isabel da Cunha.

A dificuldade para disciplinar os alunos é agravada pela impressão de que falta apoio adequado. Coordenadora da pesquisa A Atratividade da Carreira Docente, Bernardete Gatti, revela que a visão dos alunos é de que os professores ficam abandonados nas escolas. “Os jovens percebem que os professores não têm apoio ou materiais didáticos adequados. A expressão que usam é que o professor fica largado na escola”, comenta Bernardete.


Baixo prestígio da profissão

Os países com melhor desempenho nas avaliações internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), implementado pela OCDE, dividem uma característica em comum: professores selecionados entre a fatia de melhores alunos no equivalente à educação básica. Nem sempre estão entre os profissionais mais bem pagos do mercado mas invariavelmente estão entre os trabalhadores com maior reconhecimento social por causa do nível cultural e excelente formação.

Em países como Finlândia, Coreia do Sul e Japão, os professores são respeitados como profissionais de alto nível. No Brasil, o prestígio da profissão caiu nas últimas décadas e hoje se encontra restrito aos mestres do ensino superior. Isso faz com que mesmo quem cursa uma licenciatura muitas vezes evite seguir a carreira à qual estaria habilitado.

Organização e estudo diário são rotina para vencedora do Soletrando

Yasmin Böhm Lewis Esswein, 14 anos, sempre foi uma aluna dedicada. Alfabetizou-se aos cinco anos e desde pequena tomou gosto pela leitura e pelo português. A jovem estuda ao menos uma hora por dia, aumentando o tempo para duas horas aos fins de semana. Não é por acaso que a estudante do nono ano do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA) não errou nenhuma palavra durante as etapas que a levaram à final da competição Soletrando, da qual foi vencedora em 2012.
A palavra que lhe deu o prêmio de R$ 100 mil e o troféu Jorge Amado no fim de setembro foi "endechador", vocábulo que a estudante desconhecia. "Nunca tinha visto a palavra, mas havia estudado etimologia e regras ortográficas, então refleti sobre isso, analisei e cheguei à conclusão da grafia correta", conta, ressaltando que o mais difícil durante a competição foi manter a tranquilidade. "Ela nunca deu chance para adversário, porque sempre acertava todas", orgulha-se a mãe, Carmen Lúcia.
O gosto pela leitura foi incentivado pelos pais, que liam histórias antes dormir desde que a menina tinha dois anos. "Sou muito curiosa e sempre gostei de ler, porque quanto mais leio, mais aprendo", diz Yasmin. Na preparação para o Soletrando, passou a estudar mais do que o normal, auxiliada por um dicionário eletrônico.
Yasmin ingressou no CMPA em 2009. Como não provém de família militar, teve que prestar concurso para entrar no colégio. Já em 2008, aos 10 anos, começou a estudar para o exame. Na época, além de estar matriculada na Escola Escobar, que prepara para o ingresso no Colégio Militar, ela também frequentava um cursinho com o mesmo objetivo. "O CMPA é uma entidade de ponta, e sempre pensamos na possibilidade de ela estudar lá. Quando chegou o momento, a preparamos para isso", conta James, pai da menina. Os três finalistas da edição 2012 do Soletrando eram de colégios militares.
"Cada colégio que estudei tinha suas particularidades, e eu tive uma base muito boa. Se eu sou o que sou hoje é por causa da base que tive, porque aprendi a ler e escrever bem", afirma Yasmin, que também frequentou o colégio Pró-Saber, em Porto Alegre. Além das aulas no CMPA, Yasmin se divide entre aulas de inglês duas vezes por semana e o clube de química às segundas-feiras.
Determinada, Yasmin já sabe o que fazer com o prêmio em dinheiro: economizar para investir em uma provável graduação em odontologia e na especialização em ortodontia. Além da formação profissional, a gaúcha também deve destinar 10% da quantia para uma instituição de caridade. [Fonte: Terra]

Piso nacional de professor terá reajuste menor em 2013


O reajuste do piso nacional do professor deverá ficar abaixo de 10% em 2013, menos da metade dos 21% previstos no início deste ano. O número está sendo finalizado pelos ministérios da Fazenda e da Educação e é usado para corrigir o salário dos docentes da rede pública que lecionam do ensino infantil ao médio. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
Com o baixo crescimento da economia brasileira, técnicos do governo admitem que a correção pode ser inferior aos 7,86% registrados em 2010 - o menor desde a definição do piso nacional, há quatro anos. A queda foi comunicada informalmente a alguns secretários de Educação e reacendeu o debate sobre mudanças na fórmula do reajuste. Atualmente, nenhum professor de escola pública pode ganhar menos do que R$ 1.451 mensais para uma jornada de trabalho de 40 horas semanais. O Ministério da Educação (MEC) afirmou, em nota, que a reestimativa de recursos do fundo só é definida no final do ano. "Portanto, qualquer avaliação sobre o volume de reajuste, ou de eventual mudança na fórmula, é precipitada". [Fonte: Terra]

Mundo precisa de mais 1,7 milhão de professores, diz ONU


São necessários mais 1,7 milhão de professores para atingir a educação primária universal até 2015, um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) estabelecidos pelos países signatários da ONU há 12 anos. O alerta foi feito na sexta-feira por várias agências das Nações Unidas, como Unesco, Unicef e Pnud, a fim de marcar o Dia Mundial dos Professores.
O documento defende o treinamento adequado de professores e à garantia dos direitos dos docentes, incluindo salários justos e a valorização da igualdade e da autonomia profissional.
Em entrevista à Rádio ONU, o brasileiro Alexandre Lopes, eleito em 2012 o melhor professor do estado da Flórida, nos Estados Unidos, explicou a prioridade dele enquanto docente.
"Eu acredito que a educação é a solução de qualquer problema. Quando uma pessoa decide que vai tornar-se um professor, querendo ou não essa pessoa torna-se altruísta. O foco não está mais nessa pessoa, o foco passa a estar nos alunos. O meu dever é para com os meus alunos, antes de ser para comigo mesmo", destacou o professor.
A Unesco ressalta que não pode haver ensino de qualidade sem docentes competentes e motivados. Para marcar a data, a agência da ONU lançou uma estratégia para 2012-2015, que busca diminuir a falta de professores (sobretudo na África Subsaariana), melhorar a qualidade do ensino e promover debates globais sobre educação. [Fonte: Terra]

Aos 12 anos, britânica tem QI maior do que Einstein e Hawking

Olivia Manning tem um quociente de inteligência de 162
Foto: Reprodução

Uma britânica de 12 anos descobriu recentemente que tem um quociente de inteligência de 162, bem acima da média de 100 e maior do que os de Albert Einstein e Stephen Hawking. Por isso, Olivia Manning foi aceita na Mensa, sociedade internacional que reúne pessoas com altos quocientes de inteligência. O resultado a coloca entre o 1% das pessoas mais inteligentes do mundo. As informações são do Daily Mail.
Entrando para o mundo dos gênios, a menina tem agora status de celebridade na escola onde estuda, a North Liverpool Academy em Everton. "Muitas pessoas estão vindo até mim para pedir ajuda com a lição de casa. Eu simplesmente gosto de desafios e de fazer minha mente funcionar", conta Olivia. Ela admite ter um talento especial para absorver e lembrar de novas informações, mas confessa ter ficado "sem palavras" quando descobriu sua pontuação. A britânica conta, ainda, que aprendeu as falas de Macbeth para uma peça em 24 horas.

Olivia terá muito a fazer daqui para frente. "Nós temos dado trabalho extra para ela fazer e vamos querer saber por que ela não está tirando A em tudo", brincou Stacey Meighen, professora e organizadora do clube Mensa na escola, do qual Olivia faz parte. [Fonte: Terra]


Especialista: ensino não está preparado para lidar com 'gênios'


Ter uma inteligência acima da média pode representar facilidade para algumas coisas, mas a falta de preparo e estrutura do sistema de ensino brasileiro para identificar e lidar com esses talentos é apontado por especialistas como a principal dificuldade enfrentada pelos estudantes superdotados, que muitas vezes não são compreendidos na escola.
E quem pode ser considerado um superdotado? Para o Conselho Brasileiro para Superdotação, este perfil resulta de três conjuntos de traços: habilidade acima da média em alguma área de conhecimento, comprometimento com a tarefa e criatividade. A Mensa, sociedade formada por pessoas de alto QI na Inglaterra, entende uma pessoa como superdotada aquela que obtém um resultado de 140 pontos ou mais em um teste de QI padrão. A estimativa é de que 5% da população seja superdotada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de alunos no País sejam detentores de altas habilidades em alguma área do conhecimento.
Integrante destacado de sociedades conhecidas por aceitaram somente pessoas com QI muito alto, como Mensa Brasil, Vertex Society e GenerIQ Society, o gaúcho Eduardo Correa, argumenta que quocientes de inteligência altos não necessariamente são acompanhados de um resultado excelente em um determinado teste. "Se a inteligência fosse dependente do desempenho, alguém com desinteresse em dada atividade, por a considerar fútil, seria classificado como inferior intelectual, mesmo na condição relativa de adulto mental, tal como ocorre no ambiente escolar para aqueles com QI muito superior à média", conclui Correa.
Segundo a presidente da Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD), Erondina Vieira, para falar do processo de identificação de superdotados é importante deixar de lado aquele mito do jovem bom em tudo. "Nós temos uma série de crenças com relação aos superdotados, como acreditar que esses jovens sempre serão geniais em matemática ou física, usarão óculos com lentes grossa e serão introvertidos", afirma Erondina. Ainda segundo a diretora, atualmente é comum encontrarmos superdotados com grandes habilidades em literatura, história, línguas, altas capacidades psicomotoras, entre outras.
Embora existam diversas maneiras de reconhecer um superdotado, seja por meio de testes específicos ou por períodos de observação, algumas características como a criatividade, a persistência, a maturidade precoce e a curiosidade podem ser consideradas traços comuns nessas pessoas. "O período mais difícil de reconhecer um aluno de alto intelecto é na infância. Isso porque as crianças são naturalmente curiosas, então fica mais complexo, por exemplo, separar a curiosidade de uma criança superdotada da de uma criança comum" explica Erondina.
A entidade trabalha, essencialmente, com o processo de observação para seleção de estudantes. Em um período de seis meses a um ano, um educador observa o aluno em questão para avaliá-lo e comprovar suas potencialidades. Geralmente após a identificação, essas instituições recebem o estudante em um turno oposto ao das suas aulas do ensino básico, em uma rotina que incluem exercícios e atividades de acordo com os interesses do superdotado.
Além do acompanhamento adequado, com um corpo técnico composto por professores, doutores, mestres e especialistas, as escolas e associações para superdotados servem como plataforma para o aluno realizar seus projetos pessoais, desenvolvendo ainda mais as suas potencialidades. Segundo Ricardo Pereira, membro e psicólogo supervisor nacional da Mensa, esse tipo de ambiente é ideal para indivíduos com inteligência acima da média explorarem características como a criatividade.
Aos 15 anos, Elizelton Abreu dos Santos cursa o ensino médio, gosta de conversar, ler, mexer no computador e sair com os amigos nas horas vagas. Seria um jovem como muitos outros não fosse sua capacidade intelectual muito acima da média, especialmente em física. No ano passado ele, em um time com mais dois estudantes, foi vice-campeão nas Olimpíada Brasileira de Robótica. "Sempre gostei desse campo de robótica e engenharia, e pretendo pesquisar mais sobre o assunto no futuro", afirma Elizelton.
Quanto mais cedo for identificado esse talento natural, mais fácil adequar o estudante em uma rotina que seja produtiva para ele e para o grupo no qual esteja inserido. "Ao ignorarmos esse quadro, criamos no jovem um comportamento comum a crianças insatisfeitas. Ele se torna o excluído da turma, pois resolve os exercícios com facilidade e pode vir a atrapalhar a aula, é tachado de CDF pelos colegas e, às vezes, se fecha em seu mundo", comenta Erondina. Segundo a educadora, nossas escolas ainda não estão preparadas para filtrar os estudantes especiais de suas instituições. "Perdemos uma quantidade incrível de alunos, que chegam a negar suas altas habilidades para poder se inserir em grupos de convívio, porque as escolas não estão preparadas para lidar com eles", lamenta a presidente. [Fonte: Terra]

MEC tenta evitar inclusão de novas disciplinas no currículo escolar


Contrário ao inchaço dos currículos escolares com novas disciplinas, o Ministério da Educação (MEC) articulou-se com o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), para evitar que fosse enviado imediatamente à Câmara dos Deputados projeto de lei que insere duas novas matérias na grade escolar do ensino básico: Cidadania Moral e Ética no ensino fundamental e Ética Social e Política no ensino médio.
Para atender ao ministério, Braga entrou com recurso solicitando que o PLS 2/2012, do senador Sérgio Souza (PMDB-PR), também seja apreciado pelo Plenário, para decisão final. Inicialmente, a análise pelo Plenário estava dispensada, já que a proposta havia sido aprovada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), em setembro, em decisão terminativa.
Na visão do MEC, a aprovação do projeto não é a solução mais adequada para tratar dos temas da ética e da cidadania. Em nota técnica enviada à liderança do governo, o ministério argumenta que os documentos orientadores dos currículos "não sugerem a criação ilimitada de disciplinas nem de conteúdos, mas que a escola oportunize condições para que temas socialmente relevantes sejam incluídos e tratados no desenvolvimento dos conteúdos escolares".
Complementação
Ainda de acordo com a nota, atualmente os componentes curriculares obrigatórios, de abrangência nacional, estão estruturados em cinco áreas: línguas, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e ensino religioso. Na avaliação do ministério, por meio desses componentes, assim como na parte diversificada, que pode ser agregada aos currículos pelos demais entes federativos e as próprias escolas, podem ser abordados temas abrangentes para complementar a formação dos alunos.

Como exemplo, a nota cita assuntos contemporâneos que afetam a vida humana em escala global, regional e local, bem como a esfera individual. Destaca temas como saúde, sexualidade e gênero, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), e a preservação do meio ambiente, nos termos da política nacional de educação ambiental (Lei 9.795/99), além de educação para o consumo, educação fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e outros que revelem a diversidade cultural.
Tempo reduzido
A nota informa que são frequentes as iniciativas legislativas e proposições vinda da sociedade no sentido da inclusão de novas disciplinas e temáticas nos currículos. Apesar da relevância das sugestões, ressalta que antes de novas inclusões é necessário debater e decidir "sobre o tempo e o espaço que a escola e seus professores vão dispor para organizar o desenvolvimento do trabalho a ser realizado".

O ministério assinala, ainda, que é difícil incluir a diversidade de componentes desejada diante de uma estrutura de horas de atendimento ao aluno que não se modificou desde a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases (LDB). Conforme salientado, a LDB indica apenas um mínimo obrigatório de quatro horas de atividades diárias, em um calendário de 200 dias letivos.
Esvaziamento ético
Na CE, o projeto de Sérgio Souza foi aprovado com base em relatório favorável do senador Cristovam Buarque (PDT-DF). O relator elogiou a proposta, a seu ver uma iniciativa para fazer frente ao "esvaziamento ético no Brasil".

A senadora Ana Amélia (PP-RS), por sua vez, lembrou que o projeto foi colocado em votação poucos dias depois da realização de protestos de jovens em diversas cidades contra a corrupção, durante a celebração da Independência.
Lídice da Mata (PSB-BA), no entanto, demonstrou preocupação com a criação de mais uma disciplina escolar, sugerindo que os conteúdos relativos ao tema sejam abordados no âmbito das matérias já existentes.
Sérgio Souza, o autor do projeto, ponderou que as aulas da nova disciplina poderão ocorrer no turno contrário ao das aulas normais dos estudantes. [Fonte: Terra]

Salário de professor no País está entre os piores do mundo


Levantamentos feitos por economistas, agências da ONU, Banco Mundial e Organização para a Cooperação e do Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que professores brasileiros em escolas de ensino fundamental têm um dos piores salários da categoria em todo o mundo, além de receberem renda abaixo do Produto Interno Bruto (PIB) per capita nacional. Em uma lista de 73 cidades, a pesquisa registrou apenas 17 com salários inferiores aos de São Paulo, entre elas Nairobi, Lima, Mumbai e Cairo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em praticamente toda a Europa, Estados Unidos e Japão, os salários são pelo menos cinco vezes superiores ao de um professor brasileiro. Um estudo realizado em 2011 pelo banco UBS relatou que um professor do ensino fundamental em São Paulo ganha, em média, US$ 10,6 mil por ano - apenas 10% do salário de um professor nesta mesma fase na Suíça, onde o salário médio da categoria seria de US$ 104,6 mil por ano. Na Coreia do Sul, os salários médios de professores são 121% superiores à média nacional. O Fórum Econômico Mundial apontou a Coreia como uma das economias mais dinâmicas do mundo e atribuiu a valorização da educação como um dos fatores que transformaram uma sociedade rural em uma das mais inovadoras no século 21. [Fonte: Terra]