Sindicatos devem ir a Justiça para cobrar piso dos professores


A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) orientou nesta sexta-feira os sindicatos estaduais de professores a mover ações, de forma isolada, nos Judiciários locais para fazer valer a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou constitucional a fixação de piso nacional para a categoria.
Sancionada em 2008, a Lei do Piso determinou que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos de R$ 950 mensais. Com a correção, o valor este ano passou para R$ 1.187. À época da aprovação da lei, cinco governadores entraram no STF questionando a constitucionalidade do piso nacional.
Para o advogado da CNTE Gustavo Ramos, a decisão do Supremo deixou em aberto diversas questões, como a validade do piso nacional para quem cumpre menos de 40 horas semanais e a retroatividade do piso nacional a janeiro de 2009.
No caso da carga horária, Ramos entende que a tendência do STF, se tivesse que se pronunciar sobre o assunto, seria optar pela proporcionalidade, por isso é melhor os professores resolverem a questão movendo ações em nível estadual.
Sobre a retroatividade, o advogado entende que o sistema jurídico do País aponta para esse direito, por isso recomendou que os professores se mobilizem e não deixem o movimento que estão fazendo nessa direção perder força.
Durante encontro dos professores na sede da CNTE, foi distribuído cartaz em que a categoria pede a aplicação de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) anual na educação. [Fonte: Terra]

Simulado do Enem: Inscrições até 12 de setembro.

Prova servirá como teste para estudantes que farão este ano 

o Exame Nacional do Ensino Médio

Alunos do 3º ano do ensino médio poderão testar seus conhecimentos com o Simulado Online Enem 2011, que ocorre entre os dias 17 e 18 de setembro, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A prova é uma versão virtual do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), realizada pelo Pré-vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com apoio da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina e promovida pela Rádio Atlântida de Florianópolis.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até 12 de setembro pelo site www.prevestibular.ufsc.br. O teste tem duração de duas horas e pode ser realizado de qualquer computador com acesso à internet, no sábado (17) ou domingo (18), à escolha do aluno.

São duas versões da prova, com 30 questões de múltipla escolha, que abordarão as ciências da natureza, ciências humanas e matemática. O regulamento e demais informações estão disponíveis no site. O professor e coordenador do Pré-vestibular da UFSC, Otávio Auler, irá esclarecer as dúvidas dos estudantes no blog diario.com.br/otavioauler , twitter @profenem e facebook/profenem.

– Todos os desafios da vida exigem dedicação e treino. No Simulado Online Enem é a mesma coisa, antes de entrar em campo, temos que treinar – lembra Auler.

Pelo menos 30 universidades federais adotaram o Enem como única forma de seleção para 2012. As instituições também utilizam o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), criado pelo Ministério da Educação para as universidades que usam a nota do Enem para o processo de seleção, de forma parcial ou integral. A UFSC realiza o vestibular, mas neste ano aumentou o peso do Enem para 30% na nota final da prova.

O concorrente que tenha realizado o teste e obtido um bom desempenho contará com mais pontos.

Confira o Resultado do IBED - Clique Aqui!

Projeto de Lei que obriga divulgação do Ideb em escolas públicas tem opiniões divergentes em SC

As fachadas das escolas públicas brasileiras poderão vir acompanhadas de um número: o do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) — uma avaliação que monitora a qualidade de ensino do país. Um projeto de lei, em tramitação no Congresso Nacional, quer obrigar os colégios públicos a colocarem uma placa, de no mínimo um metro quadrado, na porta do estabelecimento, revelando a média que obteve na avaliação nacional.

A ideia foi apresentada pelo deputado federal, Edmar Arruda (PSC-PR). A justificativa foi de que "pais, professores, alunos e toda a comunidade escolar sejam informados sobre a qualidade da escola em que estão envolvidos". Ele ainda citou no texto do projeto que a proposta foi inspirada em uma provocação feita pelo especialista em educação Gustavo Ioschpe.

Em sua coluna na revista Veja de 8 de junho, o pesquisador sugeriu que as escolas públicas deveriam ser forçadas a expor o Ideb ao lado do índice médio do município e do Estado. Para Ioschpe, "a maioria dos pais e professores não sabe se a escola do filho é boa ou ruim" e completa dizendo que se esperar que haja consultas no site do Ministério da Educação (MEC), o Brasil será o país do futuro por mais muitas gerações. De mesma opinião, Arruda levou a ideia adiante.

— Entendo que, à medida que isso se torne transparente, não só haverá uma melhora na autoestima do aluno e dos profissionais como também um maior envolvimento dos pais. É um projeto simples, mas que vai gerar orgulho pra eles ou uma mobilização maior para que se busque melhoras na instituição — diz.

No Rio de Janeiro (RJ), o prefeito Eduardo Paes nem aguardou a aprovação da lei. Assinou um decreto obrigando os colégios municipais a exibiram o número. Quando os alunos voltaram às aulas, na semana passada, já encontraram a nota exposta.

Opiniões divergem no Estado
O presidente do Conselho Estadual de Educação, Maurício Pereira, é favorável à proposta. Ele argumenta que, se a avaliação é pública, os resultados devem ser divulgados:

— Só lamento que por algo tão simples precisamos de lei. Não sei se essa seria a maneira correta. Mas no Brasil, infelizmente, as coisas só funcionam assim.

Para ele, o Ideb é a nota da escola, representando a qualidade que ela tem ou não.

— Quem não tem um resultado bom, que procure melhorar. Divulgar esse índice tem repercussão, incluindo a cobrança dos pais pela melhoria da escola — ressalta.

Número não ajuda

Já para o especialista em educação Antonio Pazeto, ex-diretor de educação básica do Estado, a exposição pública do Ideb em frente a qualquer escola não contribui para melhorar a educação.
— O que é positivo e eu concordo é que se dê amplo conhecimento dos resultados do Ideb aos alunos, pais e professores por meio de discussões, buscando as causas positivas e negativas dos resultados, definindo ações, metas e compromissos conjuntos a serem alcançados. Ele ainda observa que o índice não é garantia de que uma escola é boa e com qualidade:
— Ele serve como um indicador importante, não sendo o único. Há diversos outros aspectos que somente professores, gestores e os próprios alunos têm condições de identificar como positivos ou negativos. Para isso, eles devem focar o trabalho pedagógico, a aprendizagem, as relações de convivência, os valores humanos e ambientais.

Orgulho do resultado
Quando saiu o resultado do Ideb, em 2010, a Escola Aldo Câmara da Silva, em São José, na Grande Florianópolis, colocou uma faixa comemorando o resultado alcançado: 6,2 nos anos iniciais do ensino fundamental. O índice mereceu ser celebrado. Além de a nota ser a mais alta entre escolas públicas do município, apenas 6,7% (3.325) dos colégios públicos do país tiveram índice maior ou igual a seis nesta etapa do aprendizado.

A diretora da escola, Roseli Kulkamp Sant'ana, acredita que o bom desempenho em 2009 — um salto, se comparado com o índice de 2007, de 4,6 — foi devido a um momento que a escola vivia. Havia professores muito engajados com a educação. Eles trocavam ideias e projetos, que funcionavam nas turmas.

— A gente tentou divulgar o máximo nosso desempenho, porque foi um orgulho para todos — relata.

A diretora concorda em expor a nota na frente do colégio, que tem cerca de 420 alunos. Para ela, isso incentivaria a instituição a melhorar. Roseli apenas alerta para o fato de que são poucos os responsáveis que sabem o que a nota representa.

— Quando colocamos a faixa, uma minoria de pais nos procurou. Por isso é interessante que se publique e que se fale do índice. Acredito que, quando o número ficar na frente do colégio, vai despertar a curiosidade dos familiares.

A diretora ainda acha necessário contextualizar o índice, explicando o que ele avalia.

— Ele não é apenas uma nota, é resultado de um trabalho pedagógico e de convivência, que envolve professores, alunos e família — observa.

No final deste ano, alunos do 5º ano e 8ª série irão encarar a Prova Brasil, que conta no Ideb. Roseli espera a escola repita o bom desempenho nas séries iniciais.

Mais do que avaliar a qualidade de escola, a prova também vai dar uma resposta para o novo modelo de ensino fundamental, que era de oito e passou para nove anos. A avaliação será respondida por alunos do 5º ano — os primeiros que entraram no novo modelo, em 2007, quando começou a ser implantado na rede estadual.
Ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb)
Média do Brasil
Séries iniciais (1º a 5º ano): 4,6

Séries finais (6º a 9º ano): 4

Ensino Médio: 3,6
Média de Santa Catarina
Séries iniciais (1º a 5º ano): 5,2

Séries finais (6º a 9º ano): 4,5

Ensino Médio: 4,1
O ranking nos estados
:: Séries iniciais
Minas Gerais: 5,6
Distrito Federal: 5,6
São Paulo: 5,5
Paraná: 5,5
Santa Catarina: 5,2
:: Séries finais
São Paulo: 4,5
Santa Catarina: 4,5
Distrito Federal: 4,4
Minas Gerais: 4,3
Paraná: 4,3
:: Ensino Médio
Paraná: 4,2
Santa Catarina: 4,1
Minas Gerais: 3,9
São Paulo: 3,9
Rio Grande do Sul: 3,9

[Fonte: DC]

Programa Missão Pedagógica no Parlamento

Curso para professores - A Câmara dos Deputados abriu inscrições, até 22 de julho, para um curso presencial de educação para a democracia, dirigido a professores do ensino médio de escolas públicas. O Programa Missão Pedagógica no Parlamento vai selecionar 54 professores de todo o Brasil para participar de treinamento em Brasília sobre as instituições democráticas, cidadania, política e educação para democracia nas escolas. A Câmara vai arcar com passagem aérea de ida e volta, hospedagem, alimentação e translado. Mais informações no site www.camara.gov.br/responsabilidade-social/edulegislativa

Desempenho de alunos brasileiros está bem abaixo do ideal

Relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico mostra déficit brasileiro nas categorias leitura, matemática e ciência.

O relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa, na sigla em inglês) divulgado nesta terça-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela um dado pouco animador para o Brasil: o país continua abaixo da média mundial nos pilares educacionais da leitura, matemática e ciência.
O levantamento, produzido a cada três anos, faz um raio-x da situação da educação no mundo e organiza um ranking com os países membros e parceiros da organização. Dentre os 65 países analisados, o Brasil ocupa apenas a 53ª posição (confira o ranking abaixo), atrás de nações como Chile, Trinidad e Tobago, Colômbia, México e Uruguai.


Confira também: Infográfico: Os números do Pisa

A colocação do Brasil, a exemplo do que aconteceu na última edição, em 2006, não foi positiva. Segundo dados do relatório de 2009, divulgado neste mês, o país atingiu 412 pontos em leitura, 386 pontos em matemática e 405 pontos em ciência. A média sugerida pela OCDE é de 492, 496 e 501, respectivamente.



O objetivo do Pisa é comparar o desempenho da educação no mundo. Ao todo foram analisados 65 países - 34 membros da organização e 31 parceiros.
Participaram da avaliação 3.292.022 adolescentes brasileiros, todos na faixa dos 15 anos. Embora o desempenho não tenha sido exemplar, o Brasil mostrou melhoras no setor. Em leitura, a nota do país subiu 19 pontos - em 2006, a marca estava em 393 pontos. A pontuação dos alunos brasileiros ainda cresceu 16 pontos no quesito matemática (era de 370 há três anos) e 15 pontos na área de ciência (de 390 para 405).
Entre todas as habilidades analisadas, a leitura é a principal. Ela influencia a performance dos alunos nas demais categorias e, por essa razão, foi abordada de diferentes pontos de vista. De acordo com um dos recortes, a maioria dos brasileiros está no nível 1a, o que significa que grande parte do grupo tem capacidade de localizar informações importantes em um texto e conectá-las à experiência cotidiana.
Ainda segundo o levantamento, são as mulheres as que mais de destacam na área da leitura, com um desempenho superior em todos os países membros e parceiros da organização.
O comportamento dos alunos que mais prejudica o desempenho escolar, de acordo com as próprias escolas brasileiras, é o uso de álcool e drogas ilícitas. O bullying - palavra inglesa que significa intimidar e atormentar - é a segunda razão que mais compromete o rendimento do estudante no Brasil.
A expectativa é de que o país apareça em melhor posição nos demais levantamentos da OCDE. A meta do governo, afirma o documento, é alcançar a pontuação média do Pisa em 2021, um ano antes do bicentenário da independência do país.
Confira, na íntegra, o ranking geral do Programa Internacional de Avaliação de Alunos:

[Fonte: Veja]

Escolas do Brasil têm 3ª pior taxa de computador por aluno

Dados da OCDE revelam que a média de alunos por máquina no país é de 6 para 1. Com resultado, Brasil fica à frente apenas da Tunísia e Indonésia em ranking.

A inclusão digital dos alunos do ensino básico ainda é um grande desafio para o Brasil. É o que mostram dados divulgados nesta terça-feira pela OCDE, organização que reúne os países mais desenvolvidos do mundo, com base nos resultados da avaliação internacional Pisa. De acordo com o levantamento, as escolas brasileiras oferecem, em média, um computador para cada 6,25 estudantes - ou 0,16 computador por aluno. O número rende ao país o posto de terceira pior colocação no ranking da inclusão digital, à frente apenas de Tunísia e Indonésia.
A Austrália é o país mais bem colocado na lista, que inclui 65 nações. No país da Oceania, a oferta é de 1,03 aluno por computador. Na China, a média é de 1,75, enquanto a média dos países-membros da OCDE é 1,69. Na Colômbia, o mais bem colocado da América Latina, a média é de 2,85 alunos por máquina.
O estudo mostra ainda que 53,3% dos estudantes brasileiros analisados declaram ter um computador em casa. A estatística é 129% maior que em 2000, quando apenas 23,2% afirmaram possuir o equipamento. Apesar do crescimento expressivo, o país ainda esta longe das nações mais ricas. A média registrada pelos países-membros da OCDE foi de 94,3%, ou 41 pontos porcentuais a mais do que no Brasil.
O acesso à internet em casa também cresceu, diz o estudo. Em 2000, apenas 16,8% dos estudantes disseram acessar a rede mundial de computadores em casa. Em 2009, foram 58,3%, - um crescimento de 247%. Nesse quesito, a média dos países-membros da OCDE atingiu 88,9%, ou 30,6 pontos porcentuais a mais.
Apesar do crescimento, as diferenças sociais permanecem: somente 15,5% dos estudantes que pertencem ao quarto mais pobre da população afirmaram ter computador em casa. Entre o quarto mais rico, esse número atinge 86,9%. Quanto ao acesso à internet em casa, 27,2% dos estudantes que pertencem ao quarto mais pobre da população acessam a internet de casa, enquanto 88% do quarto mais rico o fazem.
Os números divulgados nesta terça são resultados de uma análise minuciosa do Pisa, avaliação internacional que mede a qualidade internacional da educação. De acordo com os dados gerais, divulgados em dezembro do ano passado, os estudantes brasileiros ocupam apenas a 53ª posição, atrás de nações como Chile, Trinidad e Tobago, Colômbia, México e Uruguai. Nesta avaliação, é levado em consideração o desempenho de alunos da sétima série em diante.[Fonte: Veja]

ONU: 67 milhões de crianças não têm acesso à educação

Elevada taxa de natalidade e conflitos armados estão entre os principais fatores que prejudicam o ensino.

Ao menos 67 milhões de crianças no mundo não têm acesso à educação, especialmente em países com taxa de natalidade elevada e alvos de conflitos armados. A informação consta no relatório A crise oculta: Conflitos Armados e Educação, elaborado pelo Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU), que realiza nesta segunda-feira um encontro anual que tem a educação como tema central. A reunião acontece em Genebra, na Suíça.
Durante a sessão inaugural, o presidente da Assembleia Geral da ONU, Joseph Deiss, insistiu na importância da educação para se alcançar a felicidade individual e a prosperidade econômica, além de melhorias sociais como a autonomia das mulheres e a redução da pobreza.
Pelo relatório, entre 1999 e 2008, ao menos 52 milhões de crianças foram matriculadas na educação primária, o que representou aumento de um terço com relação à década anterior. No entanto, apesar desse avanço, em regiões como a África Subsaariana, 10 milhões de crianças abandonaram o colégio por ano. Assim, em 2008, já havia um total de 67 milhões de crianças no mundo todo sem acesso à educação básica.
Além disso, nos países menos desenvolvidos, 195 milhões de crianças menores de cinco anos - uma em cada três - sofrem de desnutrição, o que causa danos irreversíveis ao desenvolvimento cognitivo.
Adultos - As crianças não são as únicas afetadas pelos problemas de acesso à educação, já que ao redor de 796 milhões de pessoas, 17% dos adultos de todo o mundo, são analfabetas. Deste percentual, dois terços são mulheres. A diferença de gênero é ainda notada entre as crianças. De acordo com a ONU, se a paridade de gênero tivesse sido alcançada em 2008, 3,6 milhões de meninas a mais teriam assistido à escola.
Joseph Deiss destacou a importância de atingir a meta da educação universal para cinco anos, como indicam os Objetivos do Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas, pelo qual são necessários mais de 1,9 milhão de professores. O cumprimento desse objetivo foi afetado pela crise, especialmente nos países mais pobres, já que sete dos 18 países de baixas receitas analisados cortaram seus orçamentos para educação e juntos somaram 3,7 milhões de crianças sem escolarizar. No entanto, os países mais pobres aumentaram em conjunto a despesa em educação, passando de 2,9% de seus orçamentos em 1999 para 3,8% em 2008.
Conflito armado - O relatório analisa ainda como as guerras afetam à escolarização das crianças, já que na última década 35 países sofreram com conflitos armados com duração média de 12 anos. Nesse período, 28 milhões de crianças - 42% do total - foram obrigadas a abandonar a escola primária por causa dos conflitos, responsáveis pela destruição de escolas e que tornaram muito mais perigosos os caminhos até as escolas.
No Afeganistão, por exemplo, foram registrados ao menos 613 ataques a escolas em 2009; na Tailândia 63 estudantes e 24 professores foram assassinados ou feridos entre 2008 e 2009, e, na República Democrática do Congo, um terço das violações ocorreu contra meninas, das quais 13% são menores de dez anos. Além disso, nesses países afetados por conflitos armados, 79% dos jovens são analfabetos, explica o relatório.
A ONU lembra a responsabilidade dos países ricos, já que no conjunto das 21 economias mais desenvolvidas investem mais recursos em armamento do que na construção das escolas. Se 10% dessa despesa militar fosse destinada à educação, haveria mais 9,5 milhões de crianças escolarizados.

Filmes: "Entre os Muros da Escola" e "Pro Dia Nascer Feliz".

Nesses links pode-se baixar os filmes:

ENTRE OS MUROS DA ESCOLA
Legendado em RMVB
363Mb

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PRO DIA NASCER FELIZ - JOAO JARDIM
RMVB 256Mb

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Últimos dias de inscrição para cursos oferecidos pelo MEC

O Ministério da Educação prorrogou até a próxima sexta-feira, 3 de junho, o prazo para que diretores de escolas públicas de educação básica inscrevam os professores de suas unidades em cursos de extensão ou aperfeiçoamento oferecidos por instituições de educação superior.
Já os professores inscritos terão até o dia 5 de junho, domingo, para confirmar o interesse em realizar o curso. E as secretarias de educação devem validar as inscrições até o dia 16 de junho.
As vagas disponíveis em todo o Brasil ultrapassam 86 mil para diversos cursos como o de produção de material didático para a diversidade e mediadores de leitura da educação básica. “O MEC tem feito um esforço enorme de articulação com as universidades e secretarias estaduais e municipais de educação para oferecer esta formação”, destacou a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Maria do Pilar Lacerda.
As inscrições são gratuitas e realizadas pela Plataforma Freire, sistema desenvolvido pelo MEC para a operacionalização dos cursos de formação de professores. Ofertados em três modalidades - presencial, semipresencial e a distância - os cursos, também gratuitos, devem ser realizados no horário de trabalho do docente, ou seja, sem aumentar a sua carga horária.
A partir de 18 de junho, a lista dos docentes inscritos em cursos de extensão ou aperfeiçoamento estará disponível na página eletrônica da Plataforma Freire.
Dúvidas poderão ser esclarecidas por meio do telefone 0800 616161, opção 7.
Acesse a Plataforma Freire

CNE aprova as mudanças no Ensino Médio

Grade curricular terá novas disciplinas e escolas ganham autonomia para priorizar áreas de interesse.

Grade curricular terá novas disciplinas e escolas ganham autonomia para priorizar áreas de interesseAs disciplinas de ciência, tecnologia, cultura e trabalho vão fazer parte do novo currículo do ensino médio. As mudanças foram aprovadas, ontem, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e dão mais autonomia às escolas públicas e privadas na elaboração da grade curricular. O ministro da Educação, Fernando Haddad, precisa homologar a proposta para que as mudanças entrem em vigor.

A proposta do CNE é tornar a grade curricular mais atrativa aos jovens e combater a desistência dos alunos do ensino médio. Cada escola vai poder escolher entre quatro áreas de atuação para focar o seu currículo.

De acordo com as novas regras, poderá aumentar ou diminuir o número de horas-aula das disciplinas fundamentais, como português ou matemática. Uma escola de uma região industrial, por exemplo, pode focar seu currículo na área de tecnologia e reduzir a carga horária de disciplinas de física e química.
No ensino médio, a atual carga mínima de estudo é de 2,4 mil horas, divididas em dois conjuntos de disciplinas: a base comum, com as matérias mais tradicionais, como português e matemática, e a base diversificada, que traz os conteúdos eletivos, escolhidos diretamente pela escola. O aluno precisa ter sua carga horária dividida em 75% das matérias tradicionais e outros 25% da base diversificada.

O CNE também aprovou que a escola pode trabalhar até 20% de conteúdo à distância. Além disso, os estabelecimentos terão autonomia para aumentar o período letivo no turno da noite, dando mais tempo aos alunos para concluir os estudos.

O texto aprovado na tarde de ontem pelo CNE altera as diretrizes brasileiras para o ensino médio, em vigor desde 1998. A proposta foi estudada por oito meses pelo conselho.

Secretário avalia como positivas as medidas

Na avaliação do secretário estadual de Educação de Santa Catarina, Marco Tebaldi, as mudanças são positivas e o aluno será o grande beneficiado. Ele explica que a alteração aprovada ontem pelo CNE é conceitual e as escolas não vão precisar incluir novas disciplinas na grade curricular.

– É importante priorizar no ensino médio a relação com o trabalho para iniciá-lo no mercado de trabalho. Há muitas escolas catarinenses que já têm essa percepção, sendo que há casos em que alunos têm até uniforme diferenciado – diz o secretário. [Fonte: DC]


Melhoria da distribuição de renda é consequência de mais educação

Estudos do economista Marcelo Néri, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), indicam que o aumento da escolaridade dos brasileiros se reflete diretamente na melhoria da renda. No período de 2000 a 2010, a escolaridade dos 20% mais pobres da população cresceu 55,6% e a renda 49,5%; no grupo dos 20% mais ricos, a escolaridade subiu 8,12% e a renda, 8,9%.

Néri analisou dados da década utilizando informações colhidas pela Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) e a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). No recorte educação, que faz parte do estudo divulgado na última terça-feira, 3, o economista também elaborou tabelas sobre as regiões, os estados e destacou o efeito educação sobre populações branca, preta, parda.
A comparação de dados sobre as regiões Nordeste, a mais pobre do país, e Sudeste, a mais rica, revela um crescimento expressivo do Nordeste. O efeito educação sobre a população nordestina foi de 30,68% na década, acompanhando de um crescimento de 29,49% da renda. No Sudeste, o crescimento educacional foi de 15,67%, enquanto a renda subiu 8,6%.

No Maranhão, considerado o estado mais pobre do país, o crescimento da educação na década foi de 42,34%, a renda aumentou 36,48%. Em São Paulo, que é seu contraponto, a educação cresceu 15,22%, e a renda, 1,54%.

Quando são analisados os dados sobre educação e as raças, pretos e pardos obtêm conquistas superiores aos brancos em todo o país. A escolaridade dos pretos subiu 30,77% na década e a renda, 31,48%; entre os pardos, a escolaridade cresceu 30,17% e a renda, 37,03%. Já entre os brancos, o estudo aumentou 16,10% e a renda aumentou em 12,42.

Especialistas comentam a pesquisa:

Clélio Campolina, reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) – “Vários mecanismos promovem a ascensão social, mas a educação entre todos é o que tem um impacto brutal de mudança. O resultado da pesquisa da FGV mostra que o país está no caminho certo ao abrir mais vagas no ensino superior público e com o ProUni (Programa Universidade para Todos), mas ainda precisa valorizar muito mais o professor do ensino fundamental e médio. Essa valorização é com salário e formação.”

Priscila Fonseca da Cruz, diretora executiva do Todos pela Educação – “A pesquisa é muito importante porque chama a atenção do país para o papel da educação na redução das desigualdades. A ausência de educação gerou desigualdade social, e hoje é o acesso à educação que está modificando esse quadro e promovendo a equidade. Temos que prestar atenção num detalhe: durante um tempo, a escolaridade funciona, mas o desafio é aumentar a aprendizagem dos alunos jovens e adultos para atender um mercado de trabalho mais exigente e com mais tecnologia. Carreira e salário do professor da educação básica estão entre os pontos que devem ser considerados para obter esses avanços.”

Nilene Badeca, presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed) – “A educação é o presente e o futuro, ela prepara para o depois da escola, por isso é fundamental. A importância está no acesso à educação, hoje temos o ensino fundamental, que recebe 97% das crianças nesse nível educacional. Mas também é preciso garantir que as crianças e os jovens permaneçam na escola, para isso não é suficiente apenas proporcionar as vagas, é preciso garantir transporte escolar, merenda, material didático. Gestores, governadores e prefeitos têm que dar condições ao jovem para que permaneça na escola, os estados e municípios têm que se preparar para funcionar em tempo integral, para oferecer contraturno, capacitando e preparando os estudantes.” [Fonte: MEC]

Entrevista, Paulo Blikstein: "Nosso modelo de educação está morrendo"

Para repensar a educação no Brasil é preciso mudar o foco. Essa é a proposta do engenheiro paulista Paulo Blikstein, professor doutor da Escola de Educação e da Escola de Engenharia da Universidade de Stanford, com mestrado pelo MIT e doutorado pela Northwestern University (Chicago). Nome de referência na área, o engenheiro dirige o Transformative Learning Technologies Lab de Stanford e presta consultoria em projetos educacionais nos Estados Unidos e em diferentes países em desenvolvimento, a começar pelo Brasil.

Blikstein sustenta que, para mudar o que acontece na sala de aula, não basta preocupar-se com questões de gestão da educação, como a administração das escolas ou mesmo a garantia de novas vagas. Mais do que isso, é preciso, acredita o especialista, pensar um projeto educacional a longo prazo e perguntar-se sobre o que queremos ensinar às crianças para as demandas do século 21 e qual o papel que cabe ao professor nessa mudança de paradigma. Confira a entrevista a seguir, concedida por telefone desde os Estados Unidos:

Zero Hora – O que faz um bom professor?

Paulo Blikstein – Depende do que você quer que as crianças aprendam. Dizer o que é um bom professor é dizer o que a gente quer que ele ensine. Até pouco tempo, antes da internet e desta grande disponibilidade de informações instantâneas, uma parte importante do papel do professor era transmitir informação. Ele era o detentor da informação. Então, o que você queria é que ele soubesse explicar bem, aquela ideia do professor-ator, que dá uma ótima aula, que empolga os alunos. Agora, o professor que se quer não é mais o que explica bem e dá uma aula animada, porque a educação precisa ser cada vez mais personalizada: a era da educação de massas, na qual você ensina a mesma coisa para todo mundo, tem de acabar. O que queremos hoje são pessoas criativas, que saibam criar soluções para problemas complexos – então queremos uma educação cada vez mais personalizada, adaptada à cultura local. Então, o que faz um bom professor? Primeiro, sabe diagnosticar rapidamente eventuais dificuldades de seus alunos; segundo, diagnosticar de onde ele vem e como pode ajudá-lo a construir conhecimento novo a partir do que já sabe; terceiro, os desafios que você propõe aos alunos têm que ser estudados: se forem muito fáceis, o aluno não tem motivação; se forem muito difíceis, perde o interesse. Em resumo, o professor tem de ter um olhar muito cuidadoso e preciso sobre a individualidade da criança, entendê-la.

ZH – As faculdades estão sintonizadas com essas metas?

Blikstein – Acho que não. Há dois extremos: há quem ache que a formação do professor tem de ser puramente filosófica, sobre teorias abstratas do que é o aprendizado, ensinando Piaget, Paulo Freire, essas coisas. E tem outras pessoas que acham que têm de ensinar técnicas de ensino. Nem uma coisa nem outra está certa. Esses dois componentes têm de estar presentes, e infelizmente não estão.

ZH – Como o senhor compara a formação dos professores no Brasil em relação a outros países?

Blikstein – Esse problema de que estamos falando se repete em muitos países, inclusive nos EUA: aqui se debate também como formar um professor, se ele é um técnico de ensino ou se deve-se ensinar as grandes teorias de aprendizagem. Em países como Finlândia, Cingapura e Irlanda, a profissão de professor tem um status muito grande: são poucos que conseguem ser professores, há provas rigorosas. Isso faz com que você atraia pessoas com boa formação – uma diferença enorme para o que acontece em sala de aula. Para devolver à profissão do magistério esse tipo de status no Brasil, é preciso ter um plano de carreira, que não é só salário. Se você falar com professores, muitos não vão dizer que querem mais dinheiro, mas melhores condições de trabalho, menos alunos por sala, menos aulas por dia, melhores equipamentos. Então, para valorizar o professor, precisamos melhorar a qualidade de vida dele e, consequentemente, o que ele faz em sala de aula: dar a ele tempo para preparar a aula, acesso à cultura, à informação, a treinamento, salas de aula que não tenham 50 alunos. Enquanto a gente não encarar de frente essa questão, criando um ambiente que seja atraente para pessoas mais bem preparadas, não vai adiantar construir mais escolas, porque o que importa mesmo é quando o professor fecha a porta da sala de aula e está com os alunos. Esse é o momento fundamental da educação.

ZH – Qual o passo a ser dado para essas mudanças necessárias?

Blikstein – Em primeiro lugar, não se pode ter a ilusão de que educação é uma coisa barata. É cara. Não é como uma fábrica que você automatiza com um monte de máquinas, tem o custo do trabalho humano. Se você olha o custo por aluno no Brasil e em outros países, a diferença é enorme: em média, um aluno no Brasil custa de R$ 1 mil a 1,5 mil ao ano, o equivalente a cerca de US$ 500 a 700. Nos Estados Unidos, o custo de um aluno de escola pública é de US$ 5 mil ao ano. Um aluno no Brasil custa cerca de 10 vezes menos. É preciso se conscientizar de que o investimento tem de ser muito maior do que está acontecendo agora. Há países, como os que citei, que tomaram a decisão de economizar em outras áreas e investir pesadamente em educação – e há pesquisas que mostram que cada dólar que um país gasta em educação retorna multiplicado por nove em 10 a 20 anos.

ZH – O que falta para ter essa conscientização no Brasil?

Blikstein – A primeira coisa é entender que nosso modelo de educação, no Brasil e no mundo, está morrendo, precisa ser urgentemente transformado. É o modelo da educação massificada, baseado na transmissão de informação para os alunos, que aprendem as fórmulas de química, de física, as datas históricas. Esse tipo de informação hoje é completamente inútil, porque você pode buscá-las no celular, na internet, não precisa mais memorizar fórmulas e dados. Há uma pesquisa de um economista de Harvard que analisou nos últimos 30 anos os tipos de tarefas que as pessoas fazem no mercado de trabalho – as rotineiras, que são repetitivas, caíram aproximadamente pela metade, coisas de pensamento crítico ou de resolver problemas complexos mais do que dobraram. Hoje, o conhecimento de física e química fica obsoleto a cada cinco anos, então o que a gente ensina às crianças já não será mais ciência atual quando elas se formarem. Se as pessoas não aprendem a aprender, tudo que sabem quando se formam já está obsoleto. É preciso reestruturar todo o sistema educacional: a própria ideia de você ter aulas de ciência, de matemática, de português, divididas em uma grade, é também absurda. A maior parte do que se faz na escola deve ser orientada a projetos – de robótica, de cinema, de investigação científica – como se faz nas escolas mais progressistas em vários países, como a Finlândia, que tem um dos melhores sistemas educacionais do mundo. Antes de qualquer reforma, temos de pensar que tipo de escola se quer construir: se queremos aprofundar o modelo que já existe, de memorização da informação, modelo da era industrial, ou se queremos criar a escola do século 21, em que as pessoas vão usar a criatividade, o senso crítico. Se não decidimos, vamos ficar só perdendo dinheiro e tempo nesse limbo de querer melhorar um sistema educacional obsoleto.

ZH – Qual a sua opinião sobre os sistemas de meritocracia, baseados na avaliação do desempenho de alunos?

Blikstein – A meritocracia é fundamental na educação, mas é fundamental saber o que estamos medindo. Testes e provas não necessariamente medem o potencial dos alunos, medem a capacidade de fazer testes e provas. Você não pode basear um sistema meritocrático só nesse tipo de instrumentos de avaliação, porque eles são limitados e parciais. Eu sou a favor da meritocracia, mas com instrumentos mais holísticos de avaliação. Nos EUA, há um programa que vem desde o governo Bush, No Child Left Behind, que implantou testes anuais em todas as escolas públicas americanas. Se os alunos começam a ir muito mal nesses testes, eles fecham a escola ou diminuem a verba para escola, ou demitem os professores. As escolas viraram cursinhos para esses testes: os professores só ensinavam o que caía no teste. Foi algo desastroso, mesmo os professores criativos, que estavam fazendo algo inovador, tiveram que parar e começar ensinar para esse teste, porque, se as crianças fossem mal, a escola iria fechar. Corremos um pouco esse risco no Brasil se começarmos a universalizar esses testes. [Fonte: ZH]

Bolsas de mestrado serão oferecidas a professores do ensino básico

Serão oferecidas bolsas de mestrado para professores da educação básica, segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad. O objetivo é estimular o aumento da oferta de mestrado para os educadores da rede pública ao criar demanda pelos cursos, que serão ligados a várias áreas de ensino da educação básica. Essas bolsas serão oferecidas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Segundo a superintendente regional de ensino, Vânia Célia Ferreira, ainda não existem dados sobre o número de bolsas destinadas para a cidade, mas acredita que a oferta atrairá muitos interessados. "O nível dos professores precisa melhorar, quanto mais alto o nível de escolaridade dele, melhor vai ser o professor, mas ele tem que ter o perfil de educador, tem que saber a língua dos estudantes, senão não adianta nada o alto nível de capacitação", analisou ela.

O ministro ressaltou que muitas vezes o mestrado não é na cidade onde o professor mora e isso exige custeio, gastos com transporte, alimentação e aquisição de material pedagógico, por isso a bolsa é de grande importância para a formação dos professores da educação básica.

Os professores que conseguirem a bolsa serão obrigados a terem, no mínimo, cinco anos dentro das salas de aula da rede pública de ensino. [Fonte: CAPES]

Provas do Encceja serão aplicadas no próximo domingo

As provas do Exame Nacional para Certificação de Competência de Jovens e Adultos (Encceja) serão aplicadas no próximo domingo, dia 20, em 837 escolas espalhadas por todo o país. É uma oportunidade para jovens com mais de 15 anos e adultos que não tiveram acesso à escolaridade regular na idade apropriada, uma vez que, se atingirem a pontuação mínima de 100 pontos em cada uma das provas escolhidas, receberão certificado do ensino fundamental emitido pela Secretaria de Educação do estado ou do município do candidato.

De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), o Encceja tem como objetivo avaliar as habilidades e competências básicas de jovens e adultos. O Inep já enviou pelos correios o cartão de confirmação de inscrição para os 142.545 inscritos, mas os participantes podem consultar na internet, com o número do CPF, o local onde farão a prova.

As provas serão aplicadas pela manhã e à tarde. Das 8h30 às 12h30, serão feitas provas de História, Geografia e Ciências Naturais. À tarde, das 14h30 às 19h30, os inscritos fazem os exames de Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física, Redação e Matemática. Cada prova terá 30 itens de múltipla escolha, além de um tema proposto para a redação.

Os participantes devem levar um documento de identificação com foto, CPF, o cartão de confirmação de inscrição e uma caneta esferográfica transparente de tinta preta. Segundo o Inep, não será permitida a entrada com aparelhos eletrônicos, relógio, material de estudo, lápis, borracha, apontador, grafite, calculadoras, conforme edital do exame. [Fonte: Terra]
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Ensino médio Inovador e integrado ao técnico

Sistema de ensino de Joinville testa propostas do Ministério da Educação na tentativa de renovar uma das áreas de ensino que mais registra desistência de alunos


O ano letivo começou há uma semana na rede pública, mas uma discussão sobre o novo modelo de ensino médio promete ser uma das principais pautas do ano na educação.

Em Joinville, há pelo menos dois modelos sendo testados: um no Cedup e outro em duas escolas da rede estadual – o Brasil Profissionalizante e o Ensino Médio Inovador, criados pelo Ministério da Educação (MEC).

As mudanças no currículo e no modelo do ensino médio têm um objetivo: evitar os altos índices de evasão escolar entre os adolescentes. Na maior cidade do Estado, por exemplo, 5,86% dos jovens entre 15 e 17 anos saíram da escola em 2008. Em alguns bairros, como no Vila Nova, o número está acima dos 15%. Na mesma faixa de idade, a taxa de adolescentes que abandonou definitivamente os estudos naquele ano também era alta: 18,85%.

Para contornar esses números, é meta dos governos federal e estadual apostar em um ensino diferente. No começo do ano, o ministro Fernando Haddad anunciou que o ensino médio integrado com o profissionalizante é uma das grandes esperanças da equipe de especialistas do MEC.

A ideia de o aluno cursar o ensino médio em um turno e fazer o ensino técnico em outro requer formação de professores, parcerias com governos e prefeituras e altos investimentos em infraestrutura nas escolas.

Na região Norte, um modelo parecido foi implantado no ano passado em São Francisco do Sul e em Itapoá. Neste ano, começará a funcionar no Cedup, em duas turmas: técnico em marketing e técnico em qualidade.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, já apresentou um projeto à presidente Dilma Rousseff, que deu sinal verde para encaminhar a proposta à equipe econômica. Na avaliação do ministro, mesmo com a ampliação do número de escolas técnicas federais no governo Lula, o avanço é pequeno na integração do ensino médio com o técnico. “O ensino médio precisa de uma injeção de ânimo muito forte”, afirmou.

Ainda não há definição de custo estimado nem como seria a aplicação da medida. Haddad disse que, além das 354 escolas técnicas federais, poderiam participar do projeto mais 500 escolas do Sistema S (Senac, Senai, Sesc etc) e mais 500 do Programa Brasil Profissionalizado (200 a serem criadas). A carga horária complementar seria composta por disciplinas relacionadas ao curso escolhido mais atividades de esporte e cultura.

O ensino técnico é restrito no País, porque faltam vagas. Enquanto 8,3 milhões cursam o ensino médio, 861 mil fazem o profissionalizante, o equivalente a 10,3%. Dos que estão no nível técnico, 60% começaram depois de terminar o médio.

Para alterar o quadro, o governo terá um desafio pela frente. Em média, cada escola federal oferece 1,2 mil vagas, número insuficiente para atender à demanda. Em algumas unidades, a concorrência é muito acirrada. No Estado, são 1,6 mil estudantes matriculados no ensino médio integrado do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC), que oferece 422 vagas nesse modelo. No último processo seletivo, o curso mais concorrido foi o de edificações – 15,53 candidatos para cada uma das 32 vagas oferecidas.


Preparação para o mercado


A partir deste ano, Joinville vai ganhar dois cursos de ensino médio integrado ao ensino profissional. As aulas dos cursos técnico em marketing e técnico em qualidade serão oferecidas no Cedup, mas ainda não está definido se irão começar no primeiro ou no segundo semestre. Serão cerca de cem vagas.

Segundo a consultora educacional da gerência regional de Educação, Angela Cristina da Silva, um modelo parecido foi implantado em Itapoá e em São Francisco do Sul no ano passado, quando duas escolas passaram a formar técnicos em logística portuária e em comércio. “Os cursos foram discutidos com a própria comunidade, levando em conta o mercado”, reforça a consultora.

O ensino médio integrado tem quatro anos de duração. A proposta é aliar as disciplinas do currículo convencional (como português e matemática, por exemplo) ao ensino específico voltado para a profissão. “Com isso, estamos dando uma oportunidade para que as pessoas saiam com uma qualificação para o mercado de trabalho.” A iniciativa faz parte do Programa Brasil Profissionalizado, criado pelo MEC. [Fonte: AN]





Ensino Médio em Tempo Integral

Especialista Critica Modelo


O economista e especialista em educação Claudio de Moura Castro avalia como equivocada a proposta do Ministério da Educação (MEC). Para ele – autor de vários livros e artigos sobre o assunto e considerado um dos maiores estudiosos sobre educação no Brasil –, o projeto ignora décadas de história e pesquisas na área. Integrar não seria a solução dos problemas do ensino médio, que, na opinião dele, está encolhendo por ser “chato e sobrecarregado de matérias”.

“Aprendem-se coisas cujo uso, se é que existe, nem os professores sabem. Isso tudo em uma idade de transição, de grandes terremotos interiores e pouco interesse por assuntos teóricos e abstratos”, critica. O especialista defende que a reforma do médio requer outros caminhos, que não passam pela integração com o técnico. “Ela exige reduzir o número de matérias e, mais ainda, os conteúdos dentro de cada uma. Requer mais aplicação. Ser mais prático não significa ser voltado para um emprego ou ocupação. Significa que a teoria deve ser exercitada em aplicações no mundo real”, ressalta.

Além disso, ele argumenta que o ensino técnico tem um custo elevado. “São escolas muito caras, têm quase custo de universidade federal, que, por sua vez, custam o mesmo que a média da Europa. Não há recursos para a expansão que seria desejável no setor público.” [Fonte: AN]

Santa Catarina Quer Mais Tempo


O secretário de Estado da Educação, Marco Tebaldi, considera a proposta do ministro Fernando Haddad um avanço. No entanto, a integração do ensino médio com o técnico em Santa Catarina não deverá sair nessa gestão, de acordo com Tebaldi. “Precisamos adequar as condições do Estado. Vamos caminhar para isso, preparando para que, na próxima gestão, isso já aconteça. É algo para os próximos anos “, observa.

Mas 16 escolas estaduais catarinenses, além das duas de Joinville, já testam o Ensino Médio Inovador – o modelo já foi implantado em 354 escolas de 18 Estados brasileiros.

Tebaldi lembra que, em sua gestão como prefeito de Joinville, foi implantado um modelo como o proposto pelo MEC, no qual os alunos vão às aulas do ensino médio num período e, no outro, frequentam a escola técnica. No fim de três anos, o estudante sai formado como um técnico também. “A implantação desse modelo contou com o apoio do setor privado de metal-mecânico. A Prefeitura ficou responsável por oferecer o terreno e os professores e eles fizeram o complemento.” [Fonte: AN]

No Ensino Fundamental, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados.

No Ensino Fundamental brasileiro, 23 a cada 100 estudantes estão atrasados nos estudos. No Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, o cenário é ainda pior: 34 a cada 100 estudantes sofreram defasagem ao longo da vida escolar. Os dados foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ao movimento Todos Pela Educação, e se referem ao ano de 2009.


A distorção idade-série pode ocorrer quando a criança entra atrasada no sistema de ensino ou ainda quando abandona os estudos e retoma. Mas, segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP) Ocimar Munhoz Alavarse, o atraso escolar pode ser explicado em boa medida pela reprovação.
"O único percentual aceitável para a distorção idade-série é 0%. O ideal seria que ninguém reprovasse. Todas as crianças deveriam estar oito ou nove anos no Ensino Fundamental", afirma. "As altas taxas de reprovação e de repetência não estão produzindo os efeitos de aprendizagem esperados."
Para a professora Inês de Almeida, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), o processo ensino-aprendizagem é complexo e não pode se resumir apenas à reprovação por notas: "Ao longo do tempo que esse aluno está na escola, o professor tem oportunidade de conhecê-lo em sua dimensão de sujeito humano e, portanto, pode acompanhá-lo, sabendo de suas fragilidades pessoais, familiares, cognitivas e de domínio de conteúdos. O professor precisa estar atento para que dê a essa criança condições de chegar ao resultado final, mas para que o processo não seja determinado apenas por provinhas", diz.


Desigualdades regionais:
No Pará, o atraso escolar atinge 38 a cada 100 estudantes do Ensino Fundamental. Nos estados das regiões Norte e Nordeste o atraso escolar tem, em geral, se mostrado maior do que nas demais regiões.

Confira abaixo a taxa de distorção idade-série pelas unidades da federação:

REGIÃO NORTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
AC 26,9 26,4 26,7 33
AM 27 43,8 33,9 49,7
AP 23,6 27,8 25,3 41,9
PA 36,6 41,5 38,5 57,4
RO 18,7 31,5 24,6 29,9
RR 16,3 27 21 23,6
TO 17 28,1 22 33,2



REGIÃO NORDESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
AL 26 43,9 34,1 47,2
BA 31,4 42,9 36,4 47,9
CE 21 29,5 24,8 34
MA 25,1 35,6 29,4 45,5
PB 27,7 38,6 32,4 40,1
PE 23,9 37 30 48,4
PI 30,6 37,4 33,4 54,8
RN 22,5 37,8 29,3 43,6
SE 30,7 43 36 47,1


REGIÃO CENTRO-OESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
DF 11,9 27,4 18,7 29,9
GO 16,3 28 21,8 34,6
MS 19,3 31,3 24,6 30,7
MT 15,4 27,3 20,9 37,3



REGIÃO SUDESTE
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
ES 16,6 27,1 21,5 27,5
MG 13,1 28,5 20,2 31
RJ 22,3 35,6 28,4 45,9
SP 4,8 12,2 8,3 17,3


REGIÃO SUL
UF Distorção Idade-Série (em %) 
1ª a 4ª Série 5ª a 8ª Série Fundamental Médio
1º ao 5º Ano 6º ao 9º Ano
PR 8 23,2 15,4 25,5
RS 16 29 22,2 32
SC 10,6 19,4 15 16,7


Prática Adequada aos Adultos da EJA


Prática Adequada aos Adultos da EJA:
O processo de alfabetização das turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) está ancorado em práticas indispensáveis de leitura e escrita que também são desenvolvidas com as crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Isso não quer dizer que o professor vá trabalhar lançando mão dos mesmos materiais e estratégias com públicos tão distintos. Não faz sentido. Esse é, inclusive, um dos motivos que levam os mais velhos a fracassar e abandonar a escola (leia abaixo os depoimentos de três alunos dessa modalidade).

Embora exista uma variedade considerável de bons materiais organizados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelas secretarias estaduais e municipais do país (disponíveis gratuitamente na internet), muitos educadores ainda recorrem aos livros usados pela criançada. Um dos motivos é a falta de formação específica. A maioria das faculdades de Pedagogia negligencia a EJA e não prepara os educadores para lidar com as especificidades da modalidade. Estudo encomendado por NOVA ESCOLA à Fundação Carlos Chagas no ano passado aponta que lecionar para jovens e adultos é um fato abordado somente em 1,5% das disciplinas do currículo de Pedagogia.



"Adoro ir à biblioteca da escola. Atualmente, estou lendo obras que falam sobre a música brasileira."
Joel dos Santos, 30 anos, aluno do Colégio Santa Cruz, na capital paulista

"Quando a professora escreve o que os alunos ditam, aprendemos como as palavras são escritas."
Geralda Lourenço, 67 anos, aluna do Centro Educacional Sesc Ler, em Quixeramobim, CE

"Gosto das aulas em que a professora lê para a turma porque aprendo coisas sobre o mundo."
Manoel Pinheiro, 82 anos, aluno do Centro Educacional Sesc Ler, em Quixeramobim, CE

Mas é fato: os alunos da EJA não são crianças grandes e não podem ser tratados como tal em sala de aula. "São pessoas com experiências de vida, já bastante recheadas de saberes. E, ainda que não formais, eles precisam ser levados em conta", explica Vera Barreto, presidente do Vereda - Centro de Estudos em Educação. Além do mais, usar o material das crianças pode não despertar o interesse desses alunos. "Sabendo disso, é preciso escolher textos e músicas, por exemplo, que tenham a ver com o mundo desses estudantes e despertem a curiosidade deles, descartando o que é destinado aos pequenos", diz Francisco Mazzeu, pedagogo e professor do Departamento de Didática da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), campus de Araraquara. Atividades que envolvam poemas de Cora Coralina (1889-1985), contos de Luis Fernando Verissimo e crônicas de Walcyr Carrasco - entre outros gêneros e autores, reportagens de revistas e jornais sobre o aumento do salário mínimo ou canções de Erasmo Carlos, Neguinho da Beija Flor e Cauby Peixoto - são muito mais adequadas do que as propostas que usam parlendas e histórias em quadrinhos da Turma da Mônica e livros que reúnem contos como Chapeuzinho Vermelho. A seleção dos autores deve ser sempre feita de acordo com os temas que eles abordam - sempre precisam estar conectados diretamente com o mundo adulto - e, é claro, com a qualidade apresentada pelo material escolhido (conheça, na imagem abaixo, o exemplo de uma prática de leitura e na última imagem, uma atividade de escrita).

Outro fator decisivo para o sucesso do grupo está no discurso do educador. Ele deve conversar constantemente com os alunos sobre as estratégias que adota, expondo os motivos que o levam a organizar as atividades. "Muitos deles acham que ditar um texto para o professor não faz sentido e a leitura em voz alta feita por ele nada mais é que uma perda de tempo", diz Sandra Medrano, coordenadora pedagógica do Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), em São Paulo. O histórico de fracasso escolar também precisa ser levado em consideração - para alguns estudantes, a possibilidade de errar ao ler e escrever amedronta, quando deveria, na verdade, ser encarada como uma etapa natural da aprendizagem.

Para colaborar com a atividade docente em EJA, NOVA ESCOLA apresenta as quatro situações didáticas de leitura e escrita, descritas por Sandra Medrano, que não podem faltar em sala de aula e traz detalhes sobre como trabalhar cada uma delas. Além disso, há exemplos de materiais a serem usados e sugestões de sequências didáticas, elaboradas por educadores que no dia a dia consideram as especificidades dos jovens e adultos.



1. Leitura pelo professor:
O que é Momento em que o educador lê para a turma textos diversos (literários, informativos etc.). Os gêneros devem variar para que o repertório do grupo seja ampliado. Além de contos, crônicas e poemas com temática adulta, recorra a reportagens de jornais e revistas. Também é válido organizar audições de leitura de livros literários mais longos, trabalhando capítulo a capítulo. Atribua valor à atividade explicando que a intenção é formar os estudantes como usuários da leitura e da escrita e para isso é preciso vivenciar na sala de aula práticas semelhantes às realizadas fora da escola. Antes de iniciar a leitura, apresente o material a ser explorado. Ao final, retome a conversa, estimulando opiniões e questionamentos sobre o conteúdo (leia sequência didática*).
Quando propor Diariamente:

Material Contos e crônicas de autores como Ignácio de Loyola Brandão, Adriana Falcão e Mario Prata, poemas de autores como Patativa do Assaré e Manoel de Barros, reportagens que abordem temas atuais e de interesse dos cidadãos, como as que tratam do sistema de transporte do município, livros como Alexandre e Outros Heróis, de Graciliano Ramos (1892-1953), e Capitães da Areia, de Jorge Amado (1912-2001).
O que o aluno aprende Os usos e as funções da escrita, as características que distinguem os gêneros textuais e as diferenças entre a linguagem oral e a escrita. Ele também se familiariza com a linguagem dos livros e jornais, aprende a opinar sobre o que foi lido, a apreciar o escrito e se emocionar com isso e a localizar várias informações.



2. Leitura pelo aluno para aprender a ler:O que é A possibilidade de ler listas ou textos conhecidos de memória. Sabendo o que está escrito, é possível antecipar o que vem a seguir, buscando indícios gráficos por meio do conhecimento das letras iniciais ou finais, que ajudam a refutar ou confirmar sua hipótese. Lembre-se de que nem sempre a situação de ler, arriscando-se a errar, é confortável para os estudantes dessa modalidade de ensino. Por isso, explique que é lendo - mesmo antes de saber fazê-lo convencionalmente - que se aprende a ler.
Quando propor Em dias alternados aos de atividades de escrita.
Material Listas como as de pratos para uma festa, de convidados para um sarau, de cantores preferidos e de compras no supermercado. Canções conhecidas do grupo, como Asa Branca, de Luiz Gonzaga (1912-1989) e Humberto Teixeira (1915-1979), sucessos de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Alcione e outros artistas que a turma aprecie. Poemas de autores como Carlos Drummond de Andrade (1902-1987) e Cecília Meireles (1901-1964). Eles tratam de temas próximos do universo dos adultos e apresentam produções de qualidade.
O que o aluno aprende O sistema de escrita, como ele funciona e o que tem de ser feito para colocar em ação as estratégias de leitura.



3. Produção de texto oral com destino escrito: O que é Situação em que os estudantes ditam um texto e o professor o transcreve no quadro (leia sequência didática*). Eles controlam o que é escrito e acompanham como se escreve. Alguns não participam, pois têm vergonha. Por isso, devem ser feitas perguntas para estimular todos a opinar.
Quando propor Várias vezes por semana, sempre que houver o uso da escrita.
Material Textos de referência como cartas publicadas em jornais e cartilhas com informações de saúde.
O que o aluno aprende Como se organizam as ideias de um texto e como se dá a passagem da linguagem oral para a escrita. Ele também compreende o processo de produção textual, incluindo a revisão, e conhece a estrutura e a linguagem do material que está produzindo.

4. Escrita pelo aluno para aprender a escrever: O que é A oportunidade de escrever o que é conhecido de memória (como poemas) ou listas (de ingredientes de receitas culinárias). Pelo fato de existirem alunos que acham que a cópia é mais adequada para aprender a escrever ou que não se pode escrever errado, explique que é preciso se arriscar a escrever, colocando em jogo o que se sabe e pensa.
Quando propor Em dias alternados aos de atividades de leitura.
Material Textos de referência ou sugeridos nas situações didáticas anteriores (considerando a possibilidade de se aproximar de uma situação de uso social da escrita), letras móveis e computadores com editores de textos instalados.
O que o aluno aprende A refletir sobre o sistema de escrita, representar graficamente o que quer comunicar e definir quantas e quais letras usar. [Fonte: Nova Escola]



* Sequência didática:




Material necessário:
Música e letra da canção Valsinha, escrita por Chico Buarque e Vinicius de Moraes:



Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz


Desenvolvimento 
1ª etapa
Convide os alunos para uma audição da composição. No fim, pergunte se alguém já a conhecia, assim como seus autores. Recorde A Banda, que também é assinada por Chico Buarque. Apresente a música mais uma vez para a turma.

2ª etapa
Leia a letra em voz alta e estimule que os estudantes digam o que entenderam. Questione-os sobre o casal da história. Quantos anos eles têm? Qual a profissão deles? Registre essas e outras características no quadro.

3ª etapa
Proponha que o grupo elabore uma carta contando o episódio apresentado na música - os alunos vão ditar o texto e você será o escriba. Como remetentes, eles terão de se colocar no papel da mulher apresentada na música, que é surpreendida pelo marido. Ela mora em uma cidade distante do lugar onde nasceu e escreve para sua prima, que lá ficou.

4ª etapa
Converse com a turma sobre o envio e o recebimento de cartas. Quem já ditou uma? E quem já recebeu? Comunicar uma notícia por carta é diferente de falar por telefone? Por quê? Peça que todos apontem as características do gênero: como uma carta deve começar? E terminar?

5ª etapa
Inicie a produção da carta. Embora você deva atuar como escriba, seu papel não será passivo. Chame a atenção do grupo para a coerência do texto e a presença de elementos que marcam o gênero. Releia as partes que estiverem confusas e peça que a turma melhore todas. Explicite a importância de transpor a linguagem oral para a escrita, perguntando: como isso que você falou deve ser escrito? Retome a leitura do texto, dizendo ao grupo que é importante se colocar no lugar do destinatário. Se necessário, estimule os estudantes a analisar se a carta transmite a emoção que a letra da música apresenta e peça que façam as inserções necessárias.

6ª etapa
Converse com a turma a respeito dos motivos que levam as pessoas a escrever cartas e destaque o uso real do gênero.

Avaliação
Durante a escrita coletiva, analise a capacidade de criação dos alunos, considerando que eles tiveram de criar elementos para compor a carta que não estavam definidos na música. Observe o texto: qual o domínio que o grupo tem da linguagem escrita comum a esse gênero? Se a produção apresentar muitas falhas, retome a produção coletiva, dessa vez convidando todos a escrever uma carta a um destinatário real sobre um episódio verídico.
 

14º Salário para os (as) professores (as) - Clique Aqui

Votem na enquete no site do Senado que pesquisa se você é a favor ou contra o pagamento de décimo quarto salário para os professores da rede pública (PLS 319/08)

http://www.senado.gov.br/noticias/OpiniaoPublica/votar_enquete.asp