Educação do Brasil foi a 3ª que mais avançou no mundo, diz pesquisa


A educação brasileira foi a terceira que mais melhorou no mundo nos últimos 15 anos, atrás apenas do Chile e da Letônia. O resultado consta em um estudo realizado em 49 países conduzido por pesquisadores das universidades de Stanford e Harvard, nos Estados Unidos, e de Munich, na Alemanha. A pesquisa analisou o desempenho destes países com base em testes internacionais de avaliação, como o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).
De acordo com os especialistas, a melhora na qualidade do ensino desses países, que apresentavam índices baixos, foi registrada porque eles tiveram mais facilidade de subir no ranking ao usar fórmulas de baixo custo que países desenvolvidos já aplicavam. O desempenho também avançou por conta da redução da pobreza e do aumento da escolaridade dos pais.
Deficiências
Apesar dos avanços, o País ainda tem muito a melhorar. Os resultados do último Pisa, realizado em 2010, não foram nada animadores. Em um ranking de 65 países, o País ocupou a 53º posição em Leitura e Ciências e foi 57º em Matemática.

A média brasileira nessas áreas foi de 401 pontos, bem abaixo da pontuação dos países mais desenvolvidos, que obtiveram, em média, 496 pontos. O resultado deixou o Brasil atrás de México, Uruguai, Jordânia, Tailândia e Trinidad e Tobago.
Recentemente, a pressão dos movimentos sociais pelo aumento da taxa de investimento na educação levou a Câmara aprovar o Plano Nacional de Educação (PNE) com a meta de investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na área. A proposta, em trâmite há 18 meses, foi aprovada por unanimidade e agora segue para o Senado.
O texto explicita que a ampliação dos recursos destinados para educação vai dos atuais 5,1% do PIB para 7%, no prazo de cinco anos, até atingir os 10%, após outros cinco anos, quando termina a vigência do plano. Apesar do forte apelo popular, o governo já se manifestou contra a aprovação da proposta. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já chegou a afirmar que a aprovação da proposta pode "quebrar o Estado brasileiro". No início do mês, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a proposta durante audiência pública no Congresso. Ele cobrou a definição da fonte de recursos para pagar o investimento adicional contido na proposta.[Fonte: Terra]

PNE: especialistas defendem mais verbas para ensino básico brasileiro


O vultoso ajuste do percentual de investimentos públicos diretos em educação, que saltou de 5,1% para 10% em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), tornou-se a meta mais polêmica do novo Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado recentemente na Câmara dos Deputados. A reação do próprio Governo frente à decisão pôs em andamento a apresentação de um requerimento para que o tema volte a ser discutido no plenário da Câmara antes de seguir para trâmite no Senado, a fim de evitar pôr em risco as contas públicas. Embora haja divergências a respeito do percentual de aumento a ser efetuado, os especialistas concordam que é necessário investir mais no setor e defendem que a educação de base seja privilegiada na distribuição dos recursos.
O relator do novo plano, deputado Angelo Vanhoni (PT-PR), explica que o percentual de 7% de investimento foi inicialmente apontado como meta financeira do PNE pelo governo, sendo mais tarde alterado para 8% mais o acréscimo de recursos oriundos do pré-sal. "A projeção do meu relatório dá conta de que 8% de investimentos diretos em educação são suficientes para enfrentar os problemas tanto de melhoria da qualidade da educação brasileira, quanto no que diz respeito às demandas de inclusão das crianças e jovens no sistema educacional", afirma Vanhoni. No entanto, ele diz que os custos foram dimensionados para comportar as metas estabelecidas, que devem ser trabalhadas de forma conjunta pelo governo.
Segundo o deputado, o investimento de 10% aprovado pela Comissão Especial para o plano é fruto da discussão com entidades do movimento social que, há alguns anos, reivindicam o aumento dos recursos para a educação. Embora o índice de 5,1% em relação ao PIB seja semelhante ao adotado por diversos países, o valor absoluto por aluno fica bem abaixo da média praticada por países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de US$ 8,9 mil, enquanto no Brasil, o investimento fica em torno de US$ 2,4 mil por ano.
Diretora executiva do movimento Todos Pela Educação, Priscila Cruz acredita que a meta 20 aprovada na Câmara está de acordo com os objetivos da entidade e com a própria política de campanha da presidente Dilma Rousseff, mas ressalta que os recursos precisam ser melhor aplicados. Embora a porcentagem do PIB dedicada à educação tenha aumentado em 25% na década, ela relembra que somente 11% dos alunos concluem a educação básica com níveis satisfatórios de conhecimento em matemática, e cerca de um quarto dos estudantes saem do ensino médio com um bom aprendizado de português.
Para a ativista, a alfabetização das crianças até no máximo os oito anos e a garantia de educação infantil de qualidade devem ser os pontos prioritários do projeto, pois permitem que as demais metas do PNE sejam atingidas plenamente. "É o investimento que mais frutifica no futuro, que continua a render nos anos seguintes", observa. No entanto, Priscila ressalta que o financiamento não pode ser encarado como uma meta em si própria e atua como uma estratégia para viabilizar o aprendizado na escola, objetivo principal do plano. "Se a gestão dos gastos não acompanhar o aumento dos recursos, não se pode ter os resultados que queremos e precisamos", afirma.
A posição é compartilhada pelo senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), que defende uma completa reestruturação do sistema educacional brasileiro em detrimento de um novo PNE. Para ele, a injeção de recursos adicionais no modelo atual de ensino e a má determinação de como efetivar as propostas podem frustrar os objetivos do projeto. "Não está claro como cada meta será cumprida. Temo que mais dinheiro investido signifique desperdício, pois não se está dizendo como ele será gasto", diz o senador.
Autor de estudos sobre o PNE defende viabilidade do aumento 
O professor Nelson Cardoso do Amaral, do programa de pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás (UFG), afirma que o aumento previsto "não é nada catastrófico". Amaral explica que, de acordo com a proposta aprovada na Câmara, a elevação do percentual investido no setor ocorrerá gradualmente durante a vigência do plano, sem representar perigo para as contas públicas, como manifestou o Ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Há tempo para fazer reformas, mudanças tributárias e redefinições das prioridades nacionais para que os valores sejam elevados ao longo do tempo", diz o professor, autor de um estudo sobre o novo PNE e o financiamento da educação no Brasil.

Para Amaral, os recursos adicionais podem ser arranjados por meio dos investimentos do pré-sal, medidas como a implementação do Imposto sobre Grandes Fortunas - não regulamentado desde 1988 - e a redistribuição do orçamento entre União, estados e municípios, responsáveis, respectivamente, pela maior parte da cobertura de recursos para o ensino superior, médio e fundamental. De acordo com dados do MEC, o investimento por estudante no Ensino Superior é cinco vezes maior do que na Educação Básica, o que, para o professor, deveria ser revisto. "Os estados e municípios já estão no limite. A União poderia investir um pouco mais do dinheiro arrecadado com impostos, mas, sozinha, ela também não pode dar conta disso", afirma. A redistribuição já está sendo discutida pelo processo do novo PNE, com a votação de uma Lei de Responsabilização Educacional aprovada na Câmara.
O professor explica que a distribuição dos 10% acompanhará as duas etapas da implementação do projeto, inicialmente assegurando o acesso universal à educação para então promover um salto de qualidade no ensino. Para que a melhoria no sistema educacional seja efetiva, ele defende a permanência do percentual até 2030.
"A própria dinâmica populacional e econômica do País vai fazer com que, a partir de então, se possa diminuir o percentual do PIB para 5% ou 6%, que é aquele de países que já passaram pelo processo que o Brasil está passando agora", explica, com base em projeções do IBGE e do Ministério da Fazenda que preveem a estabilização da população brasileira e a elevação regular do PIB ao longo do período. Como a tendência é que a população estudantil diminua e o PIB siga crescendo, sobraria mais dinheiro para ser investido por estudante. Contudo, Amaral relembra que a população deve fiscalizar e cobrar dos dirigentes a correta aplicação do PNE não só nos primeiros anos de sua vigência, mas ao longo da década.[Fonte: Terra]

Luva tecnológica transforma linguagem dos sinais em fala


Todo ser humano quer se comunicar, é simplesmente parte da natureza humana. A frase foi escolhida pelos desenvolvedores do Enable Talk, um sistema que permite transformar a linguagem dos sinais (Libras) em fala, por meio de uma luva tecnológica, desenvolvido por programadores ucranianos. O equipamento foi desenvolvido para que pessoas com deficiências auditiva e de fala possam participar da comunicação verbal.
O projeto foi apresentado em um concurso promovido pela Microsoft, o Imagine Cup 2012, e garantiu à equipe, que além de três programadores contava com um designer, o primeiro lugar. Segundo o grupo, existe uma barreira entre as pessoas com conhecem a linguagem dos sinais e as que a desconhecem e o equipamento poderia ajudar a superá-la.
"Mesmo uma coisa habitual como comprar algo pode se tornar um problema se o vendedor não conhecer a língua dos sinais", apontam. Esse tipo de problema afeta as oportunidades de pessoas com deficiência e as possibilidades de realização pessoal.
Para solucionar essa questão, os programadores colocaram sensores flexíveis em um par de luvas, que detectam a posição das mãos. Os dados obtidos são transmitidos por meio de um módulo Blootooth para um celular, conectado a um computador. A luva conta ainda com pequenos painéis solares que diminuem a necessidade de carregamento da bateria e demonstra a preocupação com o meio ambiente.
"Nossa equipe está confiante que este projeto porque nos permite combinar modernas tecnologias no campo da microeletrônica e o poder do Windows OS para tornar o mundo melhor, não apenas para as pessoas com deficiência, mas também para o resto", declarou a equipe em seu website.[Fonte: Terra]

Fazer pausas durante estudo ajuda na memorização, diz pesquisador


Copiar o conteúdo durante a aula, repetir por horas o mesmo assunto e ter um lugar fixo para estudar parece ser uma receita infalível para qualquer aluno. No entanto, estudos comandados por Robert Bjork, do departamento de Psicologia da University of California, Los Angeles (UCLA), nos Estados Unidos, apontam para o lado contrário do que geralmente se pensa sobre o processo de aprendizagem e memorização.
De acordo com as pesquisas, fazer pausas durante as sessões de estudo ajuda na memorização do conteúdo a longo prazo e variar o local de aprendizado aumenta a possibilidade de recuperação de dados importantes. O pesquisador diz ainda que as informações são armazenadas na memória quando relacionadas com o que já sabemos e que recuperar memórias é um instrumento de estudo mais poderoso do que estudar um conteúdo novamente.
Diretor do Laboratório de Aprendizagem e Esquecimento (Learning and Forgetting Lab) da universidade, Bjork é especialista em armazenamento de novas informações e formas de retomá-las em nossa mente. No laboratório, são feitos testes sobre a capacidade de aprender e de memorizar no contexto educacional.
Nos anos 1990, Bjork introduziu os estudos sobre "dificuldades desejáveis" (desirable difficulties), no qual explorou, por meio da mudança nos locais e horários de estudo, a forma como armazenamos e lembramos informações. Seus estudos seguem até hoje e ainda surpreendem. Em entrevista exclusiva ao Terra, Bjork fala mais sobre nossa habilidade de guardar e lembrar memórias e sua relação com o aprendizado.
Terra - Quais são as melhores estratégias para aprender algo? O que os estudos recentes mostram sobre a melhor maneira de memorizar o que aprendemos?
Robert Bjork - É importante entender que não aprendemos somente quando nos expomos à informação que queremos saber. Novas informações são armazenadas em nossa memória quando as relacionamos com o que já sabemos. Isso requer que notemos essas relações e interpretemos ativamente o que tentamos aprender. Igualmente importante é praticar a recuperação da informação que desejamos lembrar. Quando geramos informações a partir de nossas memórias, tornamos a informação recuperada muito mais fácil de ser relembrada no futuro. O ato de recuperar é poderoso no aprendizado - consideravelmente mais poderoso do que estudar as informações novamente. Precisamos ser agentes ativos no processo de aprendizagem, não aparelhos gravadores passivos.
Terra - Como nossa memória trabalha para aprender novos dados?
Bjork - Pela associação desses dados com o que já sabemos. Nossa capacidade de armazenar informações em nossa memória é ilimitada, e aprender novas informações aumenta essa capacidade, em vez de ocupá-la por completo. Quanto mais sabemos sobre algum assunto, mais maneiras surgem de ligar a nova informação ao que já sabemos.
Terra - Como o lugar onde estudamos influencia no processo de aprendizagem? Por que seria melhor variar esse local? 
Bjork - Enquanto nossas memórias são ilimitadas do ponto de vista do armazenamento, somos consideravelmente limitados do ponto de vista da recuperação de dados. Muitas das informações em nossas memórias não podem ser relembradas em circunstâncias normais. O que é possível ou não de ser lembrado em nossa memória depende das marcas do contexto ambiental, interpessoal, emocional ou físico daquele momento.
Então, quando estímulos de algum teste ativam sinais que estavam presentes no tempo do estudo, nossa habilidade de relembrar a informação estudada é aumentada. Mesmo marcas restabelecidas pelo meio - ou seja, se imaginar de volta na situação do aprendizado - pode ajudar a relembrar. Quando algo é estudado duas vezes, parece que a habilidade de relembrá-lo é aumentada se a informação tiver sido estudada em lugares diferentes.
Terra - Por que isso acontece? 
Bjork - O porquê disso não é entendido por completo. Mas variar a localização de um primeiro para um segundo ambiente, provavelmente, faz duas coisas: enriquece a codificação, levando o aluno a codificar a informação de alguma forma diferente durante a segunda sessão de estudo; e enriquece a recuperação, fornecendo dois contextos diferentes que podem ser mentalmente restituídos na hora da prova.
Terra - Normalmente, fazemos uma pausa quando trocamos de assunto durante os estudos. Isso melhora a capacidade de memorização? 
Bjork - O que precisamos evitar é a "prática em massa", que significa estudar a mesma informação repetidamente sem fazer uma pausa entre as sessões de estudo. Dar um tempo entre as sessões de estudo melhora a memorização a longo prazo, às vezes de forma substancial. Quando há múltiplas coisas a serem aprendidas, as horas de estudo dessas coisas devem ser intercaladas, não fechadas em blocos de assuntos.
Terra - Qual a melhor forma de fazer anotações durante as aulas?
Bjork - Notas devem ser feitas somente de forma alternada e em comentários, em vez de maneira literal. A pior coisa que pode ser feita durante os estudos é entrar no modo taquígrafo de tribunal - isto é, tentar copiar tudo da maneira como foi dito. Isso reprime o aprendizado. Um taquígrafo pode gravar tudo que foi dito em um dia ou em um julgamento e depois, no final do dia, não ter nenhuma ideia de sobre o que era o caso.
Terra - É verdade que apagamos de nossa memória coisas que aprendemos há muito tempo?
Bjork - Não é verdade. Informações muito antigas permanecem em nossas memórias, mas se tornam inacessíveis e impossíveis de serem relembradas, a não ser que elas continuem sendo acessadas e usadas.

Pesquisadora propõe transformação que garante melhora em escolas


Uma pesquisadora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) trouxe da Espanha para o Brasil, há 10 anos, o conceito de "Comunidades de Aprendizagem", uma proposta de transformação das escolas que tem o objetivo de garantir a máxima aprendizagem, a convivência plena na diversidade e a participação da comunidade em todos os processos e decisões.
Desde então, a professora Roseli Rodrigues de Mello, do Departamento de Metodologia de Ensino do Centro de Educação e Ciências Humanas da UFSCar, dedicou-se a trabalhar na adaptação da proposta à realidade brasileira - esforço que resultou na transformação de quatro escolas de São Carlos (SP) em comunidades de aprendizagem .
As bases conceituais da proposta - assim como a experiência de adaptação ao Brasil e a implantação do programa na cidade do interior paulista - estão detalhadas no livro "Comunidades de Aprendizagem: outra escola é possível" .
Mello escreveu a obra em coautoria com Fabiana Marini Braga e Vanessa Gabassa, duas de suas orientandas que tiveram participação no processo. O trabalho de Mello com a proposta de comunidades de aprendizagem começou em 2001, quando realizou pós-doutorado no Centro Especial de Investigação em Teorias e Práticas Superadoras de Desigualdades (CREA), da Universidade de Barcelona, na Espanha.
"Fui a Barcelona para estudar esse programa que aproxima a escola das famílias dos estudantes e da comunidade, abrindo-se para uma gestão compartilhada e dialogada com o entorno, a fim de efetivar a aprendizagem de conteúdos de alta qualidade para todos os estudantes da rede pública. A proposta une o conceito de aprendizagem dialógica à noção de diversidade cultural como riqueza humana", disse Mello.
De volta ao Brasil em 2002, a professora difundiu a proposta junto à Secretaria Municipal de Educação de São Carlos, que encampou a ideia. A partir daí, teve início o processo de implantação da transformação em escolas do município.
"Comecei a orientar mestrados e doutorados com projetos voltados para investigar a capacidade de adaptação da proposta. Era preciso saber se seria possível implantar as comunidades de aprendizagem em um formato idêntico ao modelo espanhol, ou se havia especificidades locais que precisavam ser consideradas", declarou Mello.
Braga, que foi orientada por Mello no mestrado e doutorado, fez uma leitura comparativa do contexto da legislação na Espanha e no Brasil. "A comparação teve o objetivo de identificar se a legislação brasileira favoreceria ou atrapalharia a transformação das escolas¿, contou Mello.
A partir de então, entre 2007 e 2009, Mello coordenou o projeto "Comunidades de Aprendizagem: aposta na qualidade de aprendizagem, na igualdade de diferenças e na democratização da gestão da escola", financiado pela Fapesp por meio do Programa de Melhoria do Ensino Público. Gabassa, nesse momento, terminava seu mestrado sobre comunidades de aprendizagem e iniciava seu doutorado sobre o impacto da aprendizagem na sala de aula.
A obra, segundo Mello, é fruto de 10 anos de pesquisas. "O livro conta toda essa trajetória e descreve o que desenvolvemos na pesquisa e no trabalho de implantação dessas Comunidades de Aprendizagem no Brasil", disse.
Atualmente, em São Carlos três escolas municipais de ensino fundamental e uma escola estadual de ensino médio funcionam como Comunidades de Aprendizagem, segundo Mello. "O programa de Comunidades de Aprendizagem prevê a transformação das escolas para garantir dois objetivos fundamentais. O primeiro é a aprendizagem dos conteúdos escolares com a máxima qualidade para todos os estudantes da escola. O segundo é efetivar na escola o que chamamos de convivência respeitosa entre as muitas culturas e formas de ser dos alunos, professores e comunidade", explicou.
A fim de garantir a aprendizagem máxima para todos os alunos - que historicamente não ocorre nas escolas brasileiras - o programa prevê trazer a comunidade para dentro da escola e nunca afastar o aluno da sala de aula. "Chamamos o pessoal da comunidade para participar das discussões, levantar problemas e considerar perspectivas de solução junto com o conselho da escola, intensificando sua interação com os estudantes", afirmou.
A transformação, segundo Mello, requer todo um processo de estudo com base na sociologia, na psicologia, nas teorias das organizações e nas teorias da aprendizagem, que indicam caminhos mais seguros para viabilizar a interação da escola com a comunidade do entorno. "A escola não tem esse histórico, por isso não basta estabelecer diretrizes abstratas. É preciso estabelecer uma forma consistente de encaminhar as mudanças, caso contrário a transformação poderia gerar ainda mais conflitos. Por isso nossa proposta de Comunidades de Aprendizagem foi elaborada com um grupo que conta com 120 pesquisadores de diferentes áreas", declarou.
Na Espanha, de acordo com Mello, 150 escolas já se tornaram Comunidades de Aprendizagem. "Uma pesquisa abrangente feita em 14 países da União Europeia para localizar as práticas educacionais bem-sucedidas no continente apontou as Comunidades de Aprendizagem como exemplo de convívio respeitoso e qualidade de educação", disse a professora.
Fonte: Terra - Com informações da Agência Fapesp

MEC publica regras de programa para alfabetizar crianças até 8 anos


O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quinta-feira uma portaria no Diário Oficial da União estabelecendo as regras do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). O programa, que deve ser lançado em breve, tem como objetivo garantir que todas as crianças estejam alfabetizadas até os 8 anos de idade. Redes municipais e estaduais terão que aderir ao programa para poder receber recursos e o apoio técnico do MEC.
Entre as ações previstas no programa estão a capacitação dos professores alfabetizadores, o pagamento de bolsas aos docentes e a distribuição de materiais didáticos específicos para alfabetização. Outra medida será a criação de uma prova que será aplicada a todos os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental para medir o nível de alfabetização.
Até hoje, o País não tinha um exame oficial para medir se as crianças estavam sendo alfabetizadas ou não na idade correta. Iniciativa semelhante já foi feita pelo Movimento Todos pela Educação que, em 2011, aplicou a primeira edição da Prova ABC. Em caráter amostral, o exame apontou que mais de 40% dos alunos que concluíram o 3° ano do Ensino Fundamental não tinham a capacidade de leitura esperada para esse nível de ensino.
As duas avaliações aplicadas atualmente pelo MEC aos alunos do Ensino Fundamental não aferiam essa informação. A Prova Brasil tem como público-alvo os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental. Já a Provinha Brasil, aplicada no 2º ano, era uma ferramenta de uso interno das escolas para que cada professor pudesse acompanhar o desenvolvimento dos estudantes. Com o PNAIC, as escolas deverão informar ao MEC os resultados da Provinha a partir de um sistema que será desenvolvido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). [Fonte: Terra]

Pesquisas relacionam níveis de escolaridade e expectativa de vida


Pesquisas internacionais têm reforçado a hipótese de que a educação, além de contribuir para a carreira profissional e a formação das pessoas, pode trazer outro benefício a longo prazo. Segundo estudos publicados recentemente, o tempo de escolaridade é um fator importante para uma vida melhor e mais longa.
Uma experiência implementada em escolas da Suécia na década de 50, com duração de 13 anos, proporcionou a pesquisadores da Universidade de Estocolmo o método ideal para verificar a influência de anos a mais de estudo sobre o tempo de vida. Com o objetivo de avaliar o sistema escolar de nove anos antes de aplicá-lo em todo o País, colégios de 900 municípios agregaram um ano extra ao programa escolar de então; as crianças ingressavam no ensino fundamental aos sete anos e cursavam nove séries em vez de oito. Ao mesmo tempo, alguns alunos seguiam matriculados no sistema convencional e atuavam como grupo de controle para fins comparativos.
Cerca de 1,2 milhão de crianças nascidas entre 1943 e 1955 foram incluídas na pesquisa, e nos 58 anos seguintes ao início da experiência, 92 mil morreram. Dados sobre as causas e a idade da morte foram coletados até 2007 por Anton Lager e Jenny Torssander, que analisaram os efeitos do "9º ano" sobre o risco de mortalidade dos participantes em um estudo, divulgado em maio no portal online da revista americanaProceedings of the National Academy of Sciences. No grupo de pessoas que haviam cursado o ano adicional, os pesquisadores encontraram menor incidência de mortes por câncer, acidentes, isquemia cardíaca e demais causas externas reconhecidamente ligadas à educação.
Mas, embora a hipótese que associa níveis de instrução e expectativa de vida não seja uma novidade, ainda é difícil explicar por que isso acontece. "Em toda associação existem mecanismos. Nosso estudo é bastante adequado para verificar se existe uma relação causal verdadeira - e ele sugere que haja - mas não tanto para identificar qual é o mecanismo exato", explica Lager, do Centro de Estudos para Equidade na Saúde da universidade.
Os benefícios da educação não são proporcionados pelo conhecimento em si, mas pela tradução do que é aprendido em cuidado com a própria saúde e segurança, no caso dos acidentes. Para o pesquisador, níveis de instrução superiores resultam em empregos melhores, com salários mais altos e na redução do risco de vícios como cigarro e álcool. Lager também não acredita que as diferenças socioeconômicas entre países como Suécia e Brasil produziriam resultados muito diversos se uma pesquisa semelhante fosse desenvolvida no País. "As crianças da pesquisa cresceram em condições econômicas e com um PIB como o do Brasil hoje", afirma.
Políticas públicas 
Os efeitos tardios da instrução adquirida nos anos iniciais sobre a expectativa de vida também foram estudados por Cleusa Ferri, professora afiliada da Escola Paulista de Medicina (USP). Cleusa foi coordenadora de um estudo que integra o programa 10/66 DRG, formado por pesquisadores de diversos países dedicados ao estudo de doenças crônicas como a demência e de mortalidade entre a população idosa.

Publicado em fevereiro no jornal de livre-acesso PLoS Medicine, o estudo analisou o efeito de fatores socioeconômicos - desde aqueles determinados em etapas iniciais da vida, como a educação, até outros definidos mais adiante, como profissão e aposentadoria - sobre as taxas de mortalidade em idosos da América Latina, Índia e China.
"No entanto, quando analisamos de forma a levar todos estes fatores em consideração juntos, observamos que a educação afeta os níveis de mortalidade no idoso independentemente destes outros fatores que ocorrem posteriormente", explica a professora. A conclusão de que a variável instrução era a única que se mantinha associada às taxas de mortalidade aponta para a importância de políticas públicas voltadas para a educação também para melhorar - e prolongar - a vida das pessoas. "Este achado sugere que acesso universal à educação pode proporcionar benefícios substanciais à saúde de gerações futuras", afirma Cleusa.
Outro motivo para o investimento na área se deve aos indícios verificados pelo estudo de que, provavelmente, a expectativa de vida estaria muito mais relacionada a fatores externos, como os níveis de desenvolvimento socioeconômico de cada país, do que a características biológicas individuais entre a população.
Brasil
Os números do último censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um crescimento tanto da educação quanto da expectativa de vida no País: em 2010, o percentual de pessoas sem instrução ou com o ensino fundamental incompleto foi de 50,2% - índice que, em 2000, era de 65,1% -, e a esperança de vida ao nascer aumentou cerca de três anos no mesmo período. No entanto, os dados não permitem conclusões precisas, pois não existem cruzamentos ou estudos que explorem especificamente a relação entre educação e índices de mortalidade no Brasil.

Apesar disso, a coleta de dados sobre a situação escolar do País é reconhecidamente relevante: além de medir os níveis de instrução dos brasileiros, as pesquisas sobre educação fornecem dados explicativos para outras áreas. "A educação é um tema muito importante pelo escopo básico que ela dá para o entendimento de variáveis como trabalho e saúde", explica Vanderli Guerra, pesquisadora do IBGE.
Vanderli comenta que, com base nos resultados das pesquisas, o nível de instrução normalmente tem relação direta com o rendimento médio dos indivíduos. Em sua pesquisa, a professora Cleusa também cita um estudo semelhante desenvolvido em Bambuí (MG), no qual níveis de escolaridade mais baixos se apresentaram como um dos aspectos associados a taxas maiores de mortalidade entre idosos.[Fonte: Terra]

Semana da Pedagogia 2012 - FGG/ACE


Aumentar espaço entre as letras ajuda disléxicos a ler


Crianças disléxicas podem ler melhor e mais rápido quando há uma separação maior entre as letras de um texto, segundo estudo publicado nesta segunda-feira na revista especializada PNAS. O trabalho, realizado por cientistas europeus com 54 crianças italianas e 40 francesas, todas com dislexia e idades entre 8 e 14 anos, mostrou que a precisão para decifrar palavras dobra e a velocidade de leitura aumenta 20% quando o espaço entre as letras é maior.
"Nossos resultados proporcionam um método prático para melhorar a leitura dos disléxicos sem necessidade de treinamento especial", concluiu o estudo chefiado por Marco Zorzi, do Departamento de Psicologia da Universidade de Pádua (Itália). Os cientistas atribuem o feito a que, com um espaço maior, se mitiga o fenômeno de "aglomeração" das letras que leva os disléxicos a não conseguirem distinguir claramente os caracteres.
Os trabalhos apresentados às crianças incluíram 24 frases curtas que elas deviam ler em duas versões: uma com o texto apresentado de forma normal e outra com o texto apresentado com espaço maior entre as letras. O texto normal estava escrito com corpo de letra de 14 pontos, enquanto na outra versão, o espaço entre as letras aumentou 2,5 pontos (um ponto corresponde a 0,353 mm, segundo os padrões).
"O espaço entre I e L na palavra italiana ''il'' (que significa ele) passou de 2,7 pontos (...) para 5,2 pontos", explicou o estudo. Os resultados são particularmente animadores porque separar mais as letras não só aumenta a velocidade de leitura das crianças disléxicas, mas beneficia especialmente os disléxicos mais graves, o que demonstra a eficácia do método.
Este, no entanto, não faz efeito nas crianças não disléxicas, segundo os autores, provenientes da Universidade de Aix-Marseille (França) e do Centro Nacional de Pesquisa Científica francês (CNRS). A dislexia é um transtorno que afeta a parte do cérebro dedicada à interpretação da língua. Não tem cura e estima-se que afete 15% dos americanos. Para tratá-la, costuma recomendar-se tutoria adicional e um intenso enfoque na leitura.[Fonte: Terra]

Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente


É uma iniciativa do Inep no âmbito das políticas do Ministério da Educação no sentido da valorização dos profissionais do magistério no país.
A Prova Nacional de Concurso tem o objetivo principal de subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na realização de concursos públicos para a contratação de docentes para a educação básica. Trata-se de uma prova anual, a ser aplicada de forma descentralizada em todo o país para os candidatos ao ingresso na carreira docente das redes de educação básica. Cada ente federativo poderá decidir pela adesão e pela forma de utilização dos resultados: se como única prova, seguida da análise de títulos, ou como primeira prova, seguida de uma prova adicional do próprio município, por exemplo.
A idéia é a seguinte: as redes que fizerem adesão junto ao Inep publicarão seus editais de concurso público, indicando a forma de utilização dos resultados da Prova. Os candidatos poderão se inscrever em todos os concursos que lhes interessar e, após a participação na Prova, o Inep encaminhará às redes os resultados dos inscritos em seus respectivos concursos.
Todos ganham com essa iniciativa. Para as redes de educação básica, a Prova permitirá a redução de custos desses entes com a elaboração e a aplicação das provas, bem como permitirá maior agilidade no preenchimento de cargos vagos de docentes. Isto porque, devido ao peso dos custos da realização de um concurso para orçamento de uma secretaria, especialmente no caso dos municípios menores, muitas vezes fica-se amplos períodos sem a realização de concursos públicos, optando por acumular um número significativo de cargos vagos para que valha a pena realizar um concurso. Nesse meio tempo, o trabalho acaba sendo desenvolvido por professores temporários – geralmente um contingente maior do que seria o ideal apenas para cobrir necessidades temporárias.
Para os candidatos a professor, a existência de uma Prova que será aplicada em todo o país e poderá ser utilizada por diversos estados e municípios, aumenta significativamente a possibilidade de escolha do local de trabalho, bem como a possibilidade de se tornar um professor efetivo de uma rede de ensino. Com a mesma prova, o professor poderá se inscrever em quantos concursos desejar – dentre aqueles que adotarem a Prova como parte do concurso.
Mais do que disso, trata-se de uma Prova com qualidade garantida pelo Inep/MEC, baseada em uma matriz que está sendo nacionalmente discutida e que tem como ponto de partida a pesquisa e a reflexão sobre o perfil desejado para um ingressante na carreira docente no Brasil.
Desse modo, ao melhorar os processos de contratação de professores em termos quantitativos e qualitativos, a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente pretende contribuir para que os alunos da educação básica ganhem professores cada vez melhor qualificados e com melhores condições de exercer com excelência sua profissão. [Fonte: INEP]

Software possibilita maior eficiência no ensino de disléxicos


O processo de alfabetização não é simples. São novos signos, fonemas, esquemas ortográficos, significados diversos para coisas que antes eram apenas símbolos em um papel. Além da dificuldade natural que é entrar no mundo das palavras pela primeira vez, há crianças que apresentam defasagem insistente em relação ao ritmo de aprendizagem do restante da turma, o que pode ser um sinal de dislexia. "É uma diferença no processamento de informações", resume Maria Inêz Ocanã De Luca, neuropsicóloga especialista na área.
A profissional também explica que a dislexia pode ser observada em três níveis: leve, moderada e severa, dependendo do quão complicado é para essa criança a interpretação de signos e textos.
Partindo do problema que é encontrar uma forma de facilitar a alfabetização dessas crianças, Cíntia Salgado Azoni, doutora em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), fez sua tese - concluída em 2010 - com o intuito de desenvolver um software para aumentar a absorção das lições por parte dos disléxicos. Agora, os pesquisadores da Unicamp estão implantando melhorias no programa de computador para que seja possível usá-lo também com adolescentes que apresentem as mesmas condições.
A pesquisa, que gerou o Programa de Remediação Fonológica (Prefon), reuniu 31 crianças entre 9 e 12 anos diagnosticadas com o distúrbio. Dessas, um grupo fez uso do software e o outro, primeiramente, não. "O grupo que usou apresentou significativa melhoria. Melhoraram em vários aspectos, como nas habilidades da linguagem, atividades de consciência fonológica, memória e trabalho", conta Cíntia. Ela ressalta que o processo não é de cura, mas de melhoria do quadro geral da criança.
Podendo ser manipulado pela própria criança, mas contando com acompanhamento de um profissional, o programa funciona em qualquer computador. Nele, o aluno é estimulado a realizar diversas atividades, como jogos. Uma parceria com alunos de mestrado do Instituto de Biologia da universidade permitiu o desenvolvimento de atividades para manter a atenção e o desempenho das crianças. Há muitos estímulos visuais e auditivos para auxiliar no aprendizado mais efetivo das lições no processo de alfabetização, e são usadas estratégias de linguagens nas quais as crianças com dislexia têm mais dificuldade, como a rima.
Disléxicos no País
Há parcerias com outros órgãos de ensino, e o projeto teve o apoio do Instituto ABCD. No entanto, não há verba governamental direta nem projeção de implantação do sistema nas redes de ensino do País. Cíntia cita que alguns estudos apontam para uma taxa de 2% de efetivos disléxicos entre os jovens que apresentam dificuldade de aprendizagem. O número é pequeno, mas o diagnóstico também não é simples de ser feito. Ela afirma que no laboratório onde trabalha na Unicamp há uma preocupação em apurar o real problema por meio de uma avaliação interdisciplinar.

A neuropsicóloga Maria Inêz explica que não há uma legislação específica que garanta os direitos dos disléxicos no Brasil. Eles acabam amparados por regras mais genéricas, que tratam de crianças com deficiências de um modo geral. "Algumas escolas trabalham muito bem, outras, nada bem. Há um projeto em andamento para a aplicação de provas orais nessas crianças, mas há certa dificuldade em passar leis desse tipo porque é necessário o reconhecimento de que existe um transtorno e que ele precisa ser tratado e, quando esse reconhecimento existe, o governo tem que propiciar solução", explica.
Já que não há quem efetivamente garanta um tratamento diferenciado para quem apresenta esse distúrbio cognitivo, a vida de quem tem dislexia não é fácil em nenhum nível educacional, seja em ensino fundamental, médio ou mesmo superior. E não é só a falta de recursos e treinamento dos professores que atrapalha. Maria Inêz explica que, como há muita competição entre as escolas particulares no sentido de terem um bom índice de aprovação no vestibular, muitos jovens com dificuldades de cognição são convidados a se retirar dos colégios que frequentam.
A Associação Brasileira de Dislexia, órgão ao qual a neuropsicóloga é ligada, oferece periodicamente treinamento para professores das redes pública e privada que queiram entender melhor os processos de ensino para uma criança com dislexia. Alguns, com valor mais acessível, para incentivar a reciclagem dos profissionais. Mais informações sobre esses cursos podem ser obtidas no site da instituição. site da instituição. "São pequenas diferenças que podem ser feitas em sala de aula, mas que demandam interesse, disposição e tempo dos profissionais", diz Maria Inêz. [Fonte: Terra]

Universidade russa abre vagas para brasileiros estudarem medicina


A Aliança Russa de Ensino Superior começou a entrevistar candidatos para cursar Medicina na Universidade Estatal de Kursk (KMSU), considerada uma das melhores da Rússia. As aulas estão ministradas em inglês, portanto, os alunos precisam ter conhecimento intermediário da língua. As inscrições já começaram e a seleção vai até o dia 10 de junho.
Os estudantes que não possuem domínio da língua inglesa podem optar por cursar a Faculdade Preparatória, onde eles têm, inicialmente, três meses para a adaptação ao idioma e método de ensino. Caso o aluno não se adapte ou não passe na prova neste tempo de curso, poderá solicitar mais três, até se sentir apto a iniciar a graduação.
O valor cobrado por aluno é simbólico por conta de uma política de incentivo a estudantes estrangeiros adotada pelo governo russo. Em média, cada estudante desembolsa aproximadamente R$ 7 mil por ano em despesas entre curso e moradia, valor muito inferior ao das universidades particulares no Brasil devido ao subsídio dado pelo governo russo aos estrangeiros.
O processo de seleção está sendo feito no Brasil pela Aliança Russa de Ensino Superior. No momento da entrevista, o aluno, que deve ter até 25 anos, pode escolher entre as turmas indicadas conforme o seu perfil. As turmas são fechadas com três meses de antecedência. O candidato interessado em estudar na Rússia passa por um processo seletivo avaliado pela universidade de sua escolha e administrado pela Aliança Russa, que inclui reunião com os pais, análise de histórico escolar e currículo, tudo para garantir que o aluno se encaixe no perfil da faculdade.
A Universidade fica a cerca de 500 km da capital Moscou. O baixo custo de vida de Kursk é um dos principais motivos pelos quais muitos estudantes estrangeiros procuram a instituição. Atualmente mais de 250 alunos brasileiros estão matriculados em turmas de, no máximo, 12 alunos.
Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.
O governo brasileiro pretende afrouxar as regras para que médicos formados no exterior trabalhem no Brasil. A estimativa oficial é de que haja 291,3 mil médicos no Brasil, o que equivale a 1,6 médicos para cada mil habitantes. A ideia é flexibilizar a exigência de fazer o exame para revalidação do diploma.
Os estudantes que possuem conhecimento da língua russa podem optar por outros cursos - graduação, pós-graduação e doutorado - na Universidade Estatal de Belgorod, na parte europeia da Rússia. Para isso, também é oferecida aos alunos de até 36 anos a Faculdade Preparatória, com um curso de 9 meses da língua local. Depois da preparação, o estudante pode escolher o nível e a faculdade que deseja cursar.
Os interessados podem entrar em contato com a Aliança Russa pelos telefones             (11) 3854-2513       / 3854-2514 / 3854-2515 e pelo site www.aliancarussa.com

A Matemática do Piso...


Aula para os Governadores que não apoiam o Piso Nacional dos Profissionais da Educação:


Aula de Matemática:


Hoje vou brincar de professor de matemática. 
Vou passar alguns problemas para vocês resolverem.
Problema nº1

Um professor trabalha 5 horas diárias, 5 salas com 40 alunos cada. Quantos alunos ele atenderá por dia?
Resposta: 200 alunos dia.
Se considerarmos 22 dias úteis. Quantos alunos ele atenderá por mês?
Resposta: 4.400 alunos por mês.
Consideremos que nenhum aluno faltou (hahaha) e, que em cada um deles, resolveram pagar ao professor com o dinheiro da pipoca do lanche: 0,80 centavos, diárias. Quanto é a fatura do professor por dia?
R: R$ 160,00 reais diários
Se considerarmos 22 dias úteis. Quanto é faturamento mensal do mesmo professor?
R: Final do mês ele terá a faturado R$ 3.520,00.


Problema nº2
O piso salarial é 1.187 reais, para o professor atender 4.400 alunos mensais. Quanto o professor fatura por cada atendimento?
Resposta: aproximadamente 0,27 mensais 
(vixe, valemos menos que o pacote de pipoca)... continuando os exercícios...
Problema nº3
Um professor de padrão de vida simples,solteiro e numa cidade do interior, em atividade, tem as seguintes despesas mensais fixas e variáveis: 
Sindicato: R$ 12,00 reais 
Aluguel: R$ 350,00reais ( pra não viver confortável) 
Agua/energia elétrica: R$ 100,00 reais (usando o mínimo) 
Acesso à internet: R$ 60,00 reais 
Telefone: R$ 30,00 reais (com restrições de ligações) 
Instituto de previdência: R$ 150,00 reais 
Cesta básica: R$500,00 reais 
Transporte: sem dinheiro 
Roupas: promocionais


Quanto um professor gasta em um mês? 
Total das despesas: R$ 1.202,00


Qual o saldo mensal de um professor? 
Saldo mensal: R$ 1.187,00 - 1.202 = -15 reais, passando necessidades.


Agora eu lhe pergunto: 
- Que dinheiro o professor terá para seu fim de semana? 
- Quanto o professor poderá gastar com estudos, livros, revistas, etc. 
- Quanto vale o trabalho de um professor?
- Isso é bom para o aluno?
- Isso é bom para a educação pública do Brasil? 
  
Agora vejam a pérola que o senhor governador de Santa Catarina falou: "Quem quiser dar aula, faça isso por gosto, e não pelo salário. Se quiser ganhar melhor, peça demissão e vá para o ensino privado". SE VOCÊ ACHA QUE NOSSO GOVERNADOR DEVE ABRIR MÃO DE SEU SALÁRIO E GOVERNAR POR AMOR, PASSE PARA A FRENTE! CAMPANHA "Raimundo, e outros ditos Governadores que não apoiam o Piso Nacional, doem seus SALÁRIOS e governem por AMOR!" Vamos espalhar isso aos 4 ventos e aumentar a campanha: Deputados Federais e Estaduais, Ministros e Governadores, doem seus salários e trabalhem por amor! 

Autor:  Adriano Abel Fernandes.